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SANTOS
2016
DAVI DANIEL DE SOUZA FERREIRA
SANTOS
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................pg
1 INTERNET E SOCIEDADE.....................................................................................pg
2 SUBJETIVIDADE E NARCISISMO........................................................................pg
5 OBJETIVO..............................................................................................................pg
5.1 Hipótese...............................................................................................................pg
5.2 Problema..............................................................................................................pg
6 METODO.................................................................................................................pg
6.1 Procedimento.......................................................................................................pg
6.2 Sujeito...................................................................................................................pg
6.3 Local.....................................................................................................................pg
REFERÊNCIAS..........................................................................................................pg
INTRODUÇÃO
A internet como tecnologia e expressão social na contemporaneidade não é Formatted: Centered, Tab stops: Not at 0.32"
mais apenas um simples instrumento para facilitar a comunicação ou o acesso à Formatted: Font color: Light Blue
informação, mas – como veremos adiante – compõe uma nova realidade, com
definições, temporalidade e linguagem próprias, onde conceitos como as relações
humanas e o isolamento social se encontram e se afastam, em uma dança de
elementos que parecem ser heterogêneos, mas que apesar disso na temperatura
dos acontecimentos da contemporaneidade se fundem e formam algo novo, um Formatted: Font color: Text 1
novo todo humano em uma nova realidade que se apresenta bem diante dos olhos. Formatted: Font color: Green
humana.
Por fim, analisaremos o panorama do que temos até aqui, como sociedade,
indivíduos e cultura globalizada da qual fazemos parte, com espaço para algumas
considerações e hipóteses sobre a nossa realidade e a dinâmica psíquica nas
relações humanas da contemporaneidade. Formatted: Font color: Text 1
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placas e sinalizações que encontramos no trajeto, viajando conosco por esse mundo
amplo, complexo, social e subjetivo que é a Internet. Commented [TL1]: Muito legal!
1.INTERNET E SOCIEDADE Formatted: Centered
Todavia, tal instrumento não era apenas coberto de benefícios e elogios, pois,
como também ressalta Cosentino (2006, p. 62) “[...] a crítica que decorreu sobre a
imensa expansão do uso do computador declarava que o homem se isolaria
passando a interagir somente com a máquina, afastando-se do convívio e do meio
social. ”
Somos seres sociais, segundo Foley (1996 apud COSENTINO, 2006), e como
ele indica, isso influenciou até mesmo na evolução biológica de nosso cérebro, que
cresceu e complexou-se cada vez mais potencialmente – entre outros fatores -
devido à necessidade de acompanhar o fluxo das demandas das relações sociais às
quais nos submetemos, que exigiam cada vez mais intricadas estratégias de
socialização. Commented [DD3]: É direta ou indireta?
[...] a tecnologia começou a permear cada vez mais o cotidiano do ser humano. Mesmo não Formatted: Centered, Indent: Left: 0"
sendo a única espécie capaz de utilizar ferramentas, somos (...) os únicos animais que se
tornaram dependentes dos frutos da tecnologia, incluindo os povos com os modos de
subsistência mais simples” (LEWIN 1999 apud COSENTINO, 2006, p. 65)
Seguindo o raciocínio, e coadunando aos comentários de Pinker (1998 apud Formatted: Centered
Parece, então, que “não houve tempo suficiente para que nossas
mentes tenham mudado em função dos novos sistemas de
produção” (Izar, no prelo). É esse o motivo que leva o ser humano a
aprender mais facilmente a temer cobras que tomadas elétricas e a
lidar melhor com pequenos grupos de pessoas, do tamanho típico de
bandos de caçadores-coletores, do que com multidões.
1.2 Internet e seu impacto social Commented [TL5]: A estrutura do raciocínio do item
anterior está ótimo, somente sugiro que inclua outros autores
para que haja diálogo entre eles.
Se, conforme abordado há pouco, a utilização coletiva de qualquer tecnologia
independente do objetivo de sua função modifica a sociedade e suas inter-relações,
imagine o que é possível então quando essa tecnologia é feita com o propósito
específico de ser um meio para essas relações. Por isso a utilização crescente e
natural da internet também fez crescerem as dúvidas sobre quais são os seus
efeitos reais nas interações humanas.
Lasch (1983) desenvolve esse conceito relatando que não existe mais um
ímpeto pró-ativo de mudanças na sociedade, de lutar para impedir ou afastar os
desastres e possíveis tragédias como existia há décadas atrás no último século.
Após todas as guerras, holocaustos e desastres naturais repentinos e destruidores
pelo mundo, a sociedade, de forma geral, fez um movimento de aceitação dessas
tragédias como parte do cotidiano e agora sua preocupação não é mais com sua
iminência, mas sim com as estratégias necessárias para sobreviver a esse mundo.
Tirando o foco da sociedade pela falta de esperança de modificá-la, na descrença
em uma mudança real, o movimento do indivíduo virou-se na direção oposta,
focalizando a si mesmo; o objetivo tornou-se o “auto-crescimento psíquico”, formas
de tornar a vida individual melhor e mais saudável.
Uma vez que ‘a sociedade’ não tem futuro, faz sentido vivermos
somente para o momento, fixarmos nossos olhos em nossos próprios
‘desempenhos particulares’, tornamo-nos peritos em nossa própria
decadência, cultivamos uma ‘auto-atenção transcendental.
Ao mesmo tempo a internet também permitiu, pelo seu uso, não somente
uma revitalização de uma sensação de potência social antes perdida, agora com
possibilidades reais de mudança social e até mesmo cultural através do alcance
ampliado que a internet proporciona (DEIRO; SILVEIRA, 2004) mas vai ainda além,
promovendo agora um sentimento de onipotência, pois traz consigo certas
liberdades, facilidades e possibilidades que antes não existiam nas interações
humanas e na obtenção de informações, realçando o narcisismo já adquirido
anteriormente e munindo seus usuários de algo denominado por terapeutas como
uma espécie de super poder pessoal (LEITÃO; NICOLACI-DA-COSTA, 2005) que
juntamente com outros fatores tem contribuído e influenciado significativamente a
própria construção de identidades e subjetivações na contemporaneidade (DEIRO;
SILVEIRA, 2004).
Todavia, não basta uma análise teórica da internet em seu âmbito macro,
pois, como aborda Silverstone (2002 apud DEIRO; SILVEIRA, 2004) é preciso
analisar o papel do que ele chama de “textura da experiência”, que seria o conjunto
de aspetos comuns, características naturais, corriqueiras, e até mesmo banalidades
que compõem, influenciam e modificam nossa forma de trabalhar, se relacionar e
viver nesse mundo.
Há mais de 10 anos Arnet (2002 apud DEIRO; SILVEIRA, 2004) já previa que
provavelmente a internet superaria a televisão – até então o maior influenciador de
identidades culturais globais – devido à possibilidade de relação direta entre
pessoas e o acesso voluntário e autônomo à informação, em oposição à mídia da
qual o sujeito era passivo servindo apenas como receptáculo dos dados. Hoje com a
internet há opções e possibilidades distintas, tão cheias de diversidade quanto o
próprio mundo real.
Levi (2000), finaliza e complementa já nos dando um spoiler da discussão Commented [TL6]: Colocar nota de rodapé explicando a
palavra estrangeira
que deixaremos mais para frente, pois segundo ele todos os modos de Formatted: Font: Italic
5.1 Hipótese
5.2 Problema
Delineamento
6.1 Procedimento
6.2 Sujeito
6.3 Local
tecnologia, computador e evolução humana. In: PRADO, Oliver Z.; FORTIM, Ivelise;
COSENTINO, Leonardo A. M. (Org.). Psicologia & Informática: Produções do III
PSICOINFO e II Jornada do NPPI. São Paulo: CRP, 2006. p. 61-71. Disponível em:
<http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/en/Acervo_files/PsiInfo.pdf>. Acesso em
15/09/2015.
GIL, Antônio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.