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Você notou que o trabalho é atividade produtora do homem, da sua vida e da sua
história e, ao mesmo tempo, trabalho alienado, organizado segundo uma divisão de
trabalho que subordina o próprio homem, regulado segundo relações de produção
desiguais e excludentes? Ou seja, que é, ao mesmo tempo, práxis criadora e práxis
de dominação, fonte de riqueza, mas também de exploração e dominação? A mesma
divisão do trabalho que permite um modo de cooperação dos indivíduos e os fortalece
– os indivíduos se relacionam e sempre cooperam uns com os outros no processo
produtivo – condiciona também a divisão desigual de riqueza, estabelece uma
contradição entre o interesse particular e o interesse geral. Esta relação cria uma
“consolidação” da estrutura organizativa do trabalho, “uma força objetiva”, acima de
todos, que os subordina e se lhes configura como alheia, e não se deixa ver por eles
como a força resultante do processo de cooperação de que cada um é parte (MARX;
ENGELS, 1984).