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LIÇÃO 2 – Os agentes da Missão

Introdução
“Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”. (João 17:16-18)

A Missão de Deus não é apenas a salvação do individuo, mas a redenção da humanidade. Não é apenas a
salvação da alma, mas também a salvação do corpo, não apenas no plano espiritual e metafísico, mas na
realidade material do planeta e da humanidade. O plano redentor de Deus não mira apenas na eternidade futura,
mas transforma a realidade presente. Como igreja, somos agentes de algo maior, de uma missão completa – Uma
missão integral – A Missão de Deus.

I- A COMUNIDADE DA MISSÃO: A IGREJA


A. A Missão e a Igreja – Vimos anteriormente que a missão é anterior a Igreja. Deus é quem primeiramente
e ativamente envolvido e realizando a missão. A igreja é a agente desta missão de Deus na terra.
1. A Missão tem uma igreja –Nessa perspectiva, missão não é primariamente a atividade da igreja,
mas de Deus. A ênfase não é que Jesus deu à Igreja uma missão. Em vez disso, a ênfase é que Jesus
convidou a Igreja a participar na missão preexistente de Deus.
2. A Missão é a Igreja – A missão não pertence a igreja. Não é algo que a igreja “faz”. É uma
característica do Deus trino, que é assumida pela igreja como uma marca da sua identidade. Missão então
não é o que a igreja faz, mas o que a igreja “é”, como criada a imagem e semelhança da T rindade. A igreja
é missão.
 (Mateus 5:13) - A Igreja é o Sal da Terra – Leva sabor e preservação do sabor de Deus no mundo.
 (Mateus 5:14-16) - A Igreja é a Luz do mundo – Leva luz às trevas deste mundo pecador
 (2 Coríntios 5:20)-A Igreja é embaixadora de Cristo – Promove a reconciliação do mundo com Deus em
Cristo.
 (1 Pedro 2:9-10) - A Igreja é geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido- Anuncia
as virtudes de Deus ao mundo.
 Nós somos a evidência visível de atividade invisível de Deus no mundo.
II. A HISTÓRIA DO DESVIO DA MISSÃO: A PROFISSIONALIZAÇÃO
E A PRIVATIZAÇÃO DA IGREJA
A. Cristianismo como Religião oficial do Império Romano – Constantino legalizou a fé cristã em 312
d.C. e nos anos posteriores a igreja cristã obteve mais influência,poder e riquezas ao seu dispor. Em 391-392
d.C. Teodósio oficializou o cristianismo como religião oficial do Império e a igreja passou de marginalizada e
ilegal a uma posição dominante,de clandestina e inferior a uma posição de superioridade econômica e
socialmente. Surge agora o termo “Cristandade” ou “ Cristianismo” para designar a fé e igreja cristã.
B. Os efeitos desta institucionalização da Igreja.
1. Perda de identidade – Ao invés de continuar sendo uma comunidade profético-crítica da cultura dominante a
igreja passou a ser cada vez mais moldada pela cultura.
2. Desvio da Missão – A Missão da igreja que antes era de ser luz em meio a uma cultura de trevas agora
passava ser o seu próprio bem-estar e manutenção; o cuidado pastoral e a manutenção interna da instituição
passaram a definir a missão e identidade da igreja institucional.
3. Manutenção do Status Quo- A Igreja deixa de ser instrumento de promoção do reino de Deus e dos
propósitos redentores de Deus e se torna braço e agente da política do Estado.
C. O Iluminismo como nova força moldadora da Igreja Cristã – O Cristianismo histórico terminou
por volta do século 18 e surge o Iluminismo como Nova alternativa para vida pública baseada no humanismo
racionalista, e a fé cristã começa a se mover do centro da vida pública para as margens da vida privativa.
D. Os efeitos do iluminismo na identidade e missão da igreja – A igreja novamente muda a sua
compreensão e a sua ênfase missionária por causa do Iluminismo.
1. Nova redefinição de identidade - A
igreja deixa de ser uma instituição que encarna a
ordem social de Deus em favor das nações e passa ser considerada como uma comunidade voluntária para
funcionar como espaço privado de valor, opiniões e preferências.
2. Nova redefinição de espiritualidade – Se agora no Iluminismo a igreja não era mais definida pelas fronteiras
políticas e territoriais, o que a manteria unida? A experiência religiosa individual! Surge então um novo tipo
de espiritualidade e uma nova forma de viver e fazer igreja. A igreja do Pós-Iluminismo (nós hoje) enfatiza
agora o relacionamento individual e pessoal com Deus.
3. Nova Redefinição do Evangelho- A mensagem do Evangelho deixar de ser o anúncio da chegada do reino de
Deus redimindo e transformando toda a criação e passa a ser o resgate do relacionamento pessoal entre
Deus e o ser humano. (Aceite Jesus como seu salvador pessoal).
4. Nova Redefinição de Missão – A Missão da igreja agora era a conversão através do conhecimento (estudar a
Bíblia!) se proteger do mundo e se manter homogênea (igreja de gente como a gente). Educação era mais
importante que as experiências, os rituais eram mais importantes do que proclamar uma fé pública e as duas
horas de culto semanal definem a vida cristã dedicada e fiel.
A igreja institucional estava mais preocupada em quem atraímos para vir até nós do que em transformar o
mundo ao nosso redor.
 Um novo tipo de Igreja que perdura até hoje – A Igreja a gosto do freguês.

III.O MODELO TRADICIONAL DE MISSÃO: AS DICOTOMIAS


A. O Conceito de Missão – No modelo tradicional a missão tinha apenas o sentido de missão transcultural
(outro país, outra língua e outra cultura).
B. O Propósito da Missão – Neste conceito o propósito da missão era “salvar almas” e “plantar igrejas”.
O papel da igreja local era ficou reduzido a prover pessoas para missões e dar apoio espiritual e financeiro.
C. Prioridades da Missão: Crescimento de igrejas e multiplicação de igrejas
D. A Base Bíblica da Missão – A fundamentação Bíblica da missão neste modelo era a Grande comissão. Os
textos de Mc 16:15; Mt 28:18-20 e At 1:8 era a base Bíblica da urgência desta missão.
E. Os resultados da Missão Tradicional.
a. Resultados positivos – Expansão do Cristianismo e transformações significativas.
b. Resultados negativos – Criou algumas Dicotomias que alienaram e limitaram a obra missionária da igreja:
 A Dicotomia entre quem recebe e quem faz Missão.
 A Dicotomia entre Clero e Leigos.
 A Dicotomia entre lar e campo missionário.
IV. O NOVO PARADIGMA MISSIONAL: MISSÃO INTEGRAL
A.O Novo Conceito de Missão – A Missão é compreendida no contexto da Teologia
(a natureza e o propósito de Deus), e não mais da Eclesiologia (plantar igrejas) nem da Soteriologia
(a salvação de pessoas). A igreja como primeiro ambiente do reinado de Deus e manifestação da presença
de Deus no mundo.
B.Nova Base Bíblica Missional: Para além da Grande
Comissão.
 Lucas 4.18-21 Missão
 João 20.21
 Efésios 1.20-23
C. O Objetivo da Missão- O propósito primeiro da missão Grande
da igreja não pode, por consequência, ser simplesmente Comissão
a implantação de igrejas e a salvação de almas; pelo contrario, ele
deverá ser o serviço à missão de Deus, representar a Deus no e diante
do mundo.
D. A Comunidade da Missão: Da Maioria para a minoria.
 Não importa o tamanho, mas a efetividade: Sal

E. Novos Princípios e Valores Missionais:


 Expansão do reino e não apenas
conversões e multiplicação de igrejas - A missão da igreja é a continuidade da missão histórica de
Jesus nos Evangelhos. Ela essencialmente é o estabelecimento e expansão do Reino de Deus. A nossa
missão aqui e agora é a manifestação do Reino como uma realidade presente em Jesus Cristo em pessoa e
ação, na pregação do evangelho e na realização de obras de justiça e misericórdia.
 Equilíbrio entre Palavra e obras – Observe a ênfase Bíblica para a prática das boas obras pela igreja:
 Tito 2:14;3:8,14
 Efésios 2:8-10
 2Tessaloncenses 2:16-17
 Atos 1:1 e Lucas 24:19 (Exemplo de Jesus)
F. Novos Resultados da Missão:
1. Reciprocidade Missionária - Pelo menos em princípio, todas as igrejas enviam e todas as igrejas
recebem. Em outras palavras, todas as igrejas têm algo a ensinar e algo a aprender com outras igrejas.
2. Extensão do campo missionário - O mundo todo é um “campo missionário” e cada necessidade
humana é uma oportunidade de ação missionária. A igreja local é chamada a manifestar o reino de Deus
em meio aos reinos do mundo não só pelo que diz, mas também pelo que é e por tudo o que faz em
resposta às necessidades humanas que a rodeiam. (Mt 9.36).
3. Inclusão de novos missionários - Todo cristão é um missionário e chamado a seguir a Jesus Cristo e a
comprometer-se com a missão de Deus no mundo. Os benefícios da salvação são inseparáveis de um estilo
de vida missionário e isto implica, entre outras coisas, o exercício do sacerdócio universal dos crentes em
todas as esferas da vida humana segundo os dons e ministérios que o Espírito de Deus outorgou livremente a
seu povo. A tarefa dos “pastores e mestres” é o “aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12).
4. Estilo de vida missional - A vida cristã em todas as suas dimensões, em nível pessoal e comunitário, é o
testemunho primordial da soberania universal de Jesus Cristo e do poder transformador do Espírito Santo.
A missão vai muito além das palavras: tem a ver com a qualidade de vida — ela se demonstra na vida que
restaura o propósito original de Deus para a relação do ser humano com o Criador, com o próximo e com a
criação.
CONCLUSÃO
A missão da igreja é na verdade a missão de Deus. Deus tem uma missão e esta missão precisa
encontrar uma igreja no mundo que a realize. Somos este tipo de Igreja? Que se dedica a cumprir a
missão de Deus para este mundo e não cria uma missão própria?
Alguém disse uma vez: “Não peça que Deus abençoe o que você está fazendo, mas descubra o que Deus
está fazendo e junte-se a Ele, pois isto já é abençoado.”
Isto define bem o nosso alvo, discernir e descobrir a missão de Deus e nos unir a Ele na realização desta
missão. Sendo a missão Dele, receberemos Dele a direção, a capacitação e o sucesso que só a obra de
Deus pode desfrutar.
PERSPECTIVAS ELESIÁSTICAS DA MISSÃO

Igreja Institucional Igreja Missional

Igreja é lugar. Pessoas “vão a igreja” (Templo) Igreja são as pessoas. Eu “sou a igreja” (comunidade)

Pastores percebidos como “pastores da igreja” Pastores são percebidos como


“pastores da comunidade”.

Foco principalmente na proclamação do Evangelho Proclamação e demonstração do Evangelho.


(kerygma-Grande Comissão) (Grande Comissão e “Maior Mandamento
(kerygma,Diaconia Marturia”)

Focada em “programas” da igreja (Ortodoxia) Focada em pessoas transformadas (Ortopraxia)

Missão como programa da Igreja Missão como Identidade da Igreja


(faz “missões”) (igreja é a missão)

Indicador de crescimento é “números”. Indicador de crescimento é saúde integral das


pessoas.

Estrutura complexa Estrutura simples e funcional


(que preserva o “status quo”) (potencializadora de criatividade)

Igreja representada como “Instituição” Igreja representada como “organismo vivo”.

Liderança baseada na Igreja Liderança baseada em valores do Reino.


(diretores executivos) (Líderes servidores)

Louvor como atração para atrair “buscadores” Louvor como reflexão e disciplina espiritual de
crescimento.

Líderes lideram uma “instituição” religiosa. Líderes lideram “um movimento” da Missão de Deus.

As pessoas são “membros” da igreja. Pessoas são “líderes missionais” da Obra de Deus.

Os membros percebem a igreja como “atração”. A igreja é um espaço para “encarnar” a missão de
Deus.

Igreja como centro de “informação”. Igreja como processo de “formação para


transformação”

Igreja como abastecedora Igreja é “provocadora” desafia o “crescimento de


(enche o tanque com o sermão a cada semana) dentro para fora” com disciplinas espirituais
integradas a vida cotidiana.

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