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Ijuí – RS
2012
SÔNIA PRATES ADONSKI TAVARES
Ijuí/RS
2012
DEDICATÓRIA
Introdução ................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
e no governo tem sido fator relevante na conquista de seus direitos, sendo, portanto,
considerada um sujeito que tem obrigações e direitos (COULANGES, 1996).
O estabelecimento da igualdade das mulheres na vida pública e em todos os
níveis do processo político na sociedade reveste-se de diferentes mecanismos para
que possam exercer seus direitos e pode-se investigar desta forma, sua aceitação
pela sociedade, chegando-se ao consenso de realmente houve evolução jurídica e
social da mulher tendo em vista a mesma ser um ser humano com liberdades
transcendentes e inatas.
Desta forma, existem semelhanças entre homens e mulheres, importantes e
necessárias para sua convivência e são as relevâncias das diferenças que as levam
à igualdade pretendida, sendo isso mostrado nas diferentes Constituições
Brasileiras.
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Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. § 1º - O
título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
Pelo que se pode perceber, a maior luta pela igualdade da mulher está no
preconceito de família tendo em vista até bem pouco tempo estava subjugada ao
homem, devido o estigma de sociedade patriarcal, desigual e hierarquizada e em
função das vontades masculinas.
Na legislação brasileira, os direitos da mulher em sua redação inicial, o art.
233 do Código Civil (2002), mostra a desigualdade existente entre os sexos no
momento em que dava ao marido, a condição de chefe da sociedade conjugal, a
representação legal da família, administração de bem comuns e particulares da
cônjuge, mantença familiar, direito de mudar ou fixar domicílio, autorizar ou não uma
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CAPÍTULO II
e poucas chegam a cargos mais altos. Também isso ocorre, em cargos eletivos
onde as que concorrem se destacam com vereadoras ou secretárias especiais.
O magistério, que era cargo tradicionalmente feminino, deixou de ser ocupado
com a evolução do mercado de trabalho, fazendo com que a mulher fosse
incorporada em diferentes setores da indústria e se concentrassem no setor de
serviços e isso se deve à mudança das questões econômicas e a proteção oferecida
pela Previdência Social, ganhando as mulheres destaque nos benefícios
previdenciários e nas leis trabalhistas. A licença-maternidade e o pagamento do
salário-maternidade aos pouco foi-se ampliando, permitindo assim, que as mulheres
garantissem os direitos estabelecidos por lei (SOARES; IZAKI, 2002).
As leis surgiram para evitar ou diminuir conflitos e a Constituição Federal de
1988 assegura igualdade entre mulheres e homens, com diferenciações onde
existem, prevendo a proteção da mulher ao mercado de trabalho, com oportunidade
igual de acesso e afastando toda e qualquer forma de discriminação.
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1973 este Estatuto foi revogado e foi decidido estender, com algumas exceções, os
mesmos direitos concedidos aos trabalhadores urbanos (PIMENTEL, 1996).
A imagem da mulher na década de 1980 segundo ainda Pimentel (1996), é
remodelada devido às dificuldades econômicas, fortalecimento dos sindicatos,
movimentos feministas e organizações sindicais possibilitando que a legislação
referente à mulher fosse reavaliada e levado em consideração a igualdade entre os
sexos.
A igualdade entre homens e mulheres é assegurada com a Constituição de
1988 mostrando as diferenciações onde existem realmente, em especial no caso da
maternidade, sendo extinto a proibição para a mulher do trabalho noturno, a licença-
maternidade sendo ampliada de 12 semanas para 120 dias e instituindo a
estabilidade à gestante desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o
parto. Esta intenção é para a proteção da família e assegurar à mulher a escolha
entre a família e o trabalho, permitindo que fique junto aos filhos no início de suas
vidas (PIMENTEL, 1996).
Muitos empregadores ameaçam demitir suas funcionárias devido ao custo da
licença-maternidade de 120 dias e outros, somente contratam mulheres solteiras
com comprovação de não estarem grávidas. A Lei nº 9.029 de 1995, proíbe a
esterilização ou atestado de gravidez para admissão de mulheres ou durante o curso
do trabalho (PIMENTEL, 1996).
A proteção ao mercado de trabalho à mulher está prevista na Constituição de
1988 garantindo que, tanto homens e mulheres, o direito de oportunidades de
trabalho e afastando toda e qualquer discriminação com relação à mulher e, a Lei nº
9.799/99 inseriu artigos na CLT com relação à proteção do trabalho à mulher,
modificando o título da primeira seção de „Da Duração e Condições de Trabalho‟
para „Da Duração, Da Condições de Trabalho e Da Discriminação Contra a Mulher‟.
Essa alteração visou coibir distorções e punir a discriminação feminina, incentivando
a permanência e sua contratação (OLIVEIRA, 1998).
Mesmo com os avanços conquistados pelas mulheres nos campos
educacionais e de trabalho ainda não conseguiu alcançar estâncias de poder mais
elevadas, sendo discriminada no mercado de trabalho e com salários menores mas,
pode-se dizer que a situação está melhor comparando-se ao início do século XX,
como já visto no decorrer da pesquisa.
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CAPÍTULO III
Isso fez com que o mundo começasse pela terceira evolução tecnológica, o
intercâmbio entre países, sendo um processo mais forte do que a globalização que
veio afetar o mercado de trabalho.
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Cacciamali (2000, p.170), diz que a globalização tem seus efeitos perversos e
benéficos dentro do mercado de trabalho:
O contexto da globalização, se, por um lado, encerra elementos que limitam
a ação do Estado Nacional por exemplo, no momento presente, no caso da
seleção e implementação de uma determinada política econômica, por outro
lado, requer sua ação ativa, nos moldes citados anteriormente. O objetivo
nesse caso é filtrar determinados efeitos provocados pela maior exposição
ao exterior e pela maior integração das economias. Alguns desses efeitos
podem ser perversos, por exemplo, associados à perda da identidade
cultural; outros podem ser muito rápidos, como a destruição de
determinados segmentos empresariais e ramos de atividade domésticos
intensivos em mão-de-obra que não dispuseram da oportunidade de se
reestruturar em patamares tecnológico e de produtividade superiores; e
outros podem ser positivos, como maior competição nos mercados e
aumento nos níveis de produtividade. O Estado Nacional, dessa forma, se
mantém como palco de disputas e de conflitos com relação aos interesses e
representações de diferentes grupos sociais, sendo um ator primordial na
configuração da inserção internacional e do padrão de crescimento
econômico implementado, bem como dos resultados sociais e da
distribuição de renda.
Esta Lei cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8 o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre
a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a
Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de
Execução Penal; e dá outras providências.
Esta Lei foi uma luta de 29 anos de Maria da Penha Maia, biofarmacêutica,
que queria ver seu agressor condenado, tornando-se assim, um símbolo contra a
violência doméstica. A história dessa mulher pode ser assim relatada:
adianta conviver. Porque a cada dia essa agressão vai aumentar e terminar em
assassinato."
(Autor Desconhecido)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após ter sido feito um relato da evolução da mulher no contexto social e sua
inserção no mundo do trabalho, bem como sua evolução jurídica no Brasil, deve-se
agora atentar para alguns fatos.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 reconheceu
definitivamente a igualdade de direitos entre mulheres e homens, os movimentos
feministas que estão associados a líderes políticos e ganharam força, dando
garantia do espaço à mulher dentro da sociedade. Mesmo assim, sabe-se que
existem de uma sociedade conservadora e já ultrapassada, resquícios de
preconceitos e determinando as vezes comportamentos retrógrados.
Também sabe-se que, não raras vezes, as normas que garantem a igualdade
de direitos, tornam-se ineficazes indo de encontro com os preceitos legais, os quais
funcionam coo máscaras das injustiças que acontecem. Pode-se dizer que o
preconceito arraigado nas mulheres que foram criadas pela submissão masculina,
trava seu sucesso nas lutas contra o mesmo.
Algumas mulheres ainda, por comodismo e conforto abrem mão de sua
identidade, apresentando-se apenas como sendo „esposas do fulano‟, nem
mencionando o seu próprio nome. Portanto, não resta dúvida de que alguns
privilégios foram perdidos com a ascensão social da mulher mas deve-se ter em
mente que enquanto a submissão garante segurança, a emancipação e a liberdade
exigem maiores riscos e responsabilidades e, seguindo esse ensinamento, os fracos
não vão à luta, tombando facilmente.
O que se pretende é a igualdade entre mulheres e homens, o respeito mútuo
a soma de forças, uma vida mais digna e melhor para todos.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei nº. 11.340 de 07 de agosto de 2006. Brasília:
Governo Federal, 2006.
PIMENTEL, S. Evolução dos Direitos da Mulher. São Paulo: Ed. Revista dos
Tribunais, Vicente. Da Capacidade Civil da Mulher Casada. São Paulo: Saraiva & C.
1998.
WOLLF, V. (1915-1941). Um Teto Todo Seu. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.
VASSALO, C. O futuro mora aqui. Exame, São Paulo, v. 35, n.4, 734, p. 36-54, fev.
2004.
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