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UNIVERSIDADE VILA VELHA


CURSO DE GRADUÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PROJETO DE COMBATE À INCÊNDIO E CÁLCULOS INICIAIS PARA O PROJETO DE


ÁGUA FRIA DE UM EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NO
MUNICIO DE VILA VELHA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

VILA VELHA
2015
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ANDRÉ TAVARES
IGOR BARCELOS
MARCELLA BRONZE
THAÍS RIBEIRO MOREIRA

PROJETO DE COMBATE À INCÊNDIO E CÁLCULOS INICIAIS PARA O PROJETO DE


ÁGUA FRIA DE UM EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NO
MUNICIO DE VILA VELHA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Trabalho avaliativo para obtenção de nota


referente ao 1º bimestre do Curso de
Engenharia Civil da Universidade Vila
Velha, como requisito parcial para
obtenção da aprovação na disciplina
Instalações Hidrossanitárias.

VILA VELHA
2015
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SUMÁRIO DE ILUSTRAÇÕES

TABELA 1 – Fonte NT 12, TABELA A.4 - EXTINTORES DE INCÊNDIO MAIS


ADEQUADOS DE ACORDO COM AS CLASSES DE INCÊNDIO ....................... 12
TABELA 2 – Fonte NT 12, TABELA A.2 - CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA DE
EXTINTOR PORTÁTIL ................................................................................................. 13
FIGURA 1 – ESTIMATIVA DE CONSUMO DIÁRIO DE ÁGUA ..................................... 38
FIGURA 2 – TAXA DE OCUPAÇÃO COM A NATUREZA DO LOCAL ........................ 38
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 06
2. CÁLCULO DE CONSUMO DE ÁGUA E RESERVATÓRIOS ............................... 10
2.1 Estimativa de consumo ....................................................................................... 10
2.2 Capacidade dos reservatórios ............................................................................. 10
2.3 Dimensionamento da bomba de recalque e tubulações ...................................... 10
2.4 Dimensionamento do extravasador e determinação da altura da lâmina d'água
acima do mesmo ....................................................................................................... 11
3. ESTIMATIVA DO NÚMERO DE EXTINTORES E LOCALIZAÇÃO DOS MESMOS
COM INDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA ........................................ 10
4. ESTIMATIVA DO TIPO E QUANTIDADE DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA .......... 10
5. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................................ 10
6. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ....................................................................... 10
7. SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS ................................................... 10
8. LOCALIZAÇÃO DOS DETECTORES DE INCÊNDIO .......................................... 10
9. SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS- SPRINKLERS ............................. 10
10. SOLICITAÇÃO DE LIGAÇÃO DE ÁGUA Á CONCESSIONÁRIA ESPIRITO
SANTENSE DE SANEAMENTO BÁSICO (CESAN) ................................................ 10
11. SISTEMA TARIFÁRIO DA CESAN .................................................................... 10
12. SISTEMA TARIFÁRIO DA CESAN .................................................................... 10
13. DIMENSIONAMENTO DO RAMAL EXTERNO DE UMA LIGAÇÃO DE ÁGUA
PARA UM EDIFÍCIO RESIDENCIAL ........................................................................ 10
14. COCLUSÃO ........................................................................................................ 10
14. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 10
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo a elaboração do projeto de


combate a incêndio e cálculos iniciais para o projeto de água fria de um edifício
residencial multifamiliar, composto por: térreo, garagem, 6 pavimentos tipo,
cobertura e telhado. A normatização deve seguir as Normas Técnicas impostas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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2. CÁLCULOS DE CONSUMO DE ÁGUA E RESERVATÓRIOS


2.1. Estimativa de consumo:

A estimativa de consumo de água é essencial para que possamos


fazer os cálculos adequados de dimensionamento do reservatório, e assim
garantir o fornecimento de água de forma continua e segura, atender as
condições técnicas mínimas de higiene e gerar máximo conforto aos usuários
com a redução dos níveis de ruídos da tubulação. A norma onde estão as
exigências necessárias para projetar as instalações prediais de água fria é a
NBR 5626.
O consumo de um edifício depende da sua natureza, ou seja,
podendo ser público, residencial, comercial, hospital, hotel, escola, etc. Onde
cada tipo de edificação levar em consideração a peculiaridade de cada
edificação.
Segundo NBR 5626 item 5.2.5.1, o volume de água reservado para
uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 h de consumo
normal no edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio.
Sendo assim será adotado para esse trabalho uma reserva técnica de 1,3 dia.
Nesse trabalho temos o projeto de um edifício de apartamentos, de
médio padrão, totalizando 36 apartamentos e 90 vagas de garagem.
Considerando o consumo máximo diário per capita de 350l/dia (Macintyre,
Tabela 1.1), e taxa de ocupação de 2 pessoas por dormitório (Macintyre ,
Tabela 1.2). Temos:
Consumo diário por apartamento:

02 dormitórios x 350l/dia = 700 l/dia

Consumo total dos apartamentos: 36 apt. x 700 l/dia = 25.200 l/dia


Vagas de garagem: 90 vagas x 100 l/dia = 9.000 l/dia
Área comum: 3 funcionários x 100l/dia = 300 l/dia

TOTAL 34.500 l/dia

RESERVA PARA 1,3 DIA 44.850 l/dia


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2.2. Capacidade dos reservatórios

A norma NBR 5626 recomenda que o reservatório inferior tenha 3/5


do total de reserva e o superior com 2/5 do total de reserva, sendo ainda
necessário prever uma reserva técnica de incêndio de 20% do total.

Reservatório inferior 44.850 L x 3/5 = 26.910 L


Reservatório superior 44.850 L x 2/5 = 17.940 L

Para a Reserva Técnica de Incêndio (RTI), temos:

Reservatório inferior 26.910 L x 1,2 = 32.292,00 L


Reservatório superior 17.940 L x 1,2 = 21.528,00 L

TOTAL = 53.820,00 L

2.3. Dimensionamento da bomba de recalque e tubulações

A NBR 5626 estabelece que a vazão da instalação elevatória deva


ser constante e que a vazão mínima a ser admitida para a elevatória será
aquela que exija o funcionamento do conjunto elevatório durante 6,66 h/dia, ou
seja, a vazão horária mínima deverá ser de 15% do consumo diário. Como a
norma fixa apenas o mínimo, adota-se como base para prédios de
apartamentos 3 períodos de 1 hora e 30 minutos funcionamento.

 15% do volume diário:


Qb = 44.850 x 15%
Qb= 6.727,50 l/d ou 0,0000779 m³/s

 Para tempo de operação igual a 4,5 h (3 intervalos):


Qb = Cd/4,5 = = 44.850 l/dia / 4,5
Qb = 9.9666,67 l/h ou 0,00277 m³/s
8

Considerando a maior vazão entre elas:


Qb = 0,00277 m³/s (vazão da bomba)

Dimensionamento da tubulação de recalque


Pela fórmula de Forchheimmer, temos:

𝐷𝑟 = 1,3 × √𝑄𝑏 × 𝑥 0,25

4,50,25
𝐷𝑟 = 1,3 × √0,00277 ×
24

𝐷𝑟 = 0,045𝑚 𝑜𝑢 50𝑚𝑚

Assim, utilizaremos um tubo de 2” (50mm) para o recalque.


Segundo a norma NBR 5626:1982, a bitola de sucção tem que ser
no mínimo uma bitola comercial do tubo, imediatamente acima do de recalque
para melhor funcionamento da bomba e evitar danos à bomba e tubulação,
assim teremos:

Tubulação de recalque 2” (50 mm)

Tubulação de sucção 2 1/2” (63 mm)

Estimativa das perdas de carga


Tubulação de sucção:

Comprimento real (L): 0,15 + 0,33 + 0,27 + 0,28 + 0,23 + 0,34 + 0,67 +
3,78 + 0,45 + 0,40 = 6,9 m
9

Comprimento virtual (L'):

01 Curva de 90º 1,4


02 Tês passagem direta 4,8
01 Válvula de pé com crivo 25,0
01 Registro de gaveta 0,9

TOTAL L' 32,1 m

L + ∑ L' = 6,9 + 32,1 = 39 m

Pelo ábaco Fair-Wipple temos (Q = 2,77 l/s; Diâmetro de sucção: 2 1/2”):

J’u = 0,035 m/m


V = 0,89m/s

Perda de carga total na sucção: Jsucção = J’u * (Lsucção + L'sucção)

Jsução = 0,035 * (6,9 + 32,1)


Jsucção = 1,365 metros

Tubulação de recalque:

Comprimento real (L): 0,50 + 1,40 + 16,0 + 3,60 + 3,06 + 7,50 + (6 x


3,06) + 2,50 + 3,06 + 2,20 + 2,76 = 60,94 m
Comprimento virtual (L'):
02 Curva de 90º 2,6
11 Tês saída lateral 83,6
01 Válvula de redução 10,8
02 Registro de gaveta 2" 1,6

TOTAL L' 98,6 m


10

L + ∑ L' = 60,94 + 98,6 = 159,54 m

Pelo ábaco Fair-Wipple temos (Q = 2,77 l/s; Diâmetro de recalque: 2”):

J’u = 0,058 m/m


V = 0,91m/s

Perda de carga total no recalque: Jrecalque = J’u * (Lrecalque + L'recalque)

Jrecalque = 0,058 * (60,94 + 98,6)


Jrecalque = 9,253 metros

Hman = Hg + ∑ J
Hman = 0,60 + 40,42 + 9,253 + 1,365
Hman = 51,638 m

Escolha do sistema elevatório

Determinação da bomba para Q = 9,972 m³/h e Hman = 51,638 metros.

Especificação: Bomba KBS Meganorm 32-160; 3500 rpm

𝛾 × 𝑄 × 𝐻𝑚𝑎𝑛
𝑃𝑜𝑡 =
75 × 𝑛

1000 × 2,77 × 10−3 × 51,638


𝑃𝑜𝑡 = 𝑃𝑜𝑡 = 3,81 𝐶𝑉
75 × 0,50

2.4. Dimensionamento do extravasador e determinação da altura da lâmina


d'água acima do mesmo
11

O diâmetro do extravasador deve ser igual, no mínimo, ao da bitola


comercial imediatamente superior ao do diâmetro do encanamento de entrada
do reservatório e nunca inferior a 25mm (1”), assim, como o diâmetro da
tubulação de recalque da bomba é de 2” (50 mm), temos que:

Diâmetro do extravasador do reservatório superior: 2 1/2”

𝜋
𝐴= . 𝐷²𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑣𝑎𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟
4

𝜋
𝐴= . 0,06282 = 0,0031 𝑚2
4

Sendo a descarga pela bomba no reservatório de 2,77 l/s

𝑄
𝑣=
𝐴
10−3
𝑣 = 2,77. = 0,89 𝑚/𝑠
0,0031

Cálculo da carga cinética

𝑉 2 0,892
= = 0,040𝑚
2𝑔 19,62

Estimativa da perda de carga


Comprimentos equivalentes (m)
Entrada de tubo 0,90
Joelho 2 ½” 2,00
Alargamento 1,40
L’=4,30

Considerando o comprimento da tubulação vertical do extravasador igual


a 50 cm (L).
12

Pelo ábaco Fair-Wipple temos (Q = 2,77 l/s; Diâmetro de recalque: 2”):

J’u = 0,025 m/m

Cálculo da perda de carga total (Ht):

𝐻𝑡 = 𝐽𝑢. (𝐿 + 𝐿′ ) = 0,025. (0,50 + 4,30) = 0,12𝑚

Portanto a altura da lamina (H) d’água acima da tubulação será :

𝑣2
𝐻≥ + 𝐻𝑡 = 0,040 + 0,12 = 0,16𝑚
2𝑔

3. ESTIMATIVA DO NÚMERO DE EXTINTORES E LOCALIZAÇÃO DOS


MESMOS COM IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA

Conforme NT 12 item 5.3.1, para o dimensionamento dos extintores


deve ser levado em consideração em condições gerais a adequação do agente
extintor à classe de incêndio, capacidade extintora, classificação da edificação
ou área de risco quanto ao risco de incêndio, área a ser protegida e distância
máxima a ser percorrida.
Para adequação do agente extintor à classe de incêndio será usado
a tabela abaixo conforme NT 12, tabela A.4 anexo A.

TABELA 1 – Fonte NT 12, TABELA A.4 - EXTINTORES DE INCÊNDIO MAIS ADEQUADOS DE ACORDO COM AS
CLASSES DE INCÊNDIO
13

A determinação da capacidade extintora mínima será adequada de


acordo com tabela abaixo segundo NT 12, tabela A.2 anexo A.

TABELA 2 – Fonte NT 12, TABELA A.2 - CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA DE EXTINTOR PORTÁTIL

A área de proteção e as distancias máximas a serem percorridas de


acordo com os riscos de incêndio serão adequadas conforme as tabelas abaixo
contidas na NT 12, tabelas A.5 e A.6 do anexo A.

TABELA 3 – Fonte NT 12, TABELA A.5 - ÁREA MÁXIMA A SER PROTEGIDA POR CADA UNIDADE EXTINTORA

TABELA 4 – Fonte Fonte NT 12, TABELA A.6 - PERCURSO MÁXIMO DE MODO A ALCANÇAR UMA UNIDADE
EXTINTORA

Segundo NT 12, item 5.4.1, a instalação dos extintores deve sempre


ser feitas garantindo boa visibilidade, acesso desobstruído, a probabilidade do
incêndio bloquear seu acesso deve ser a menor possível, deve ser instalado
um extintor a não mais que 5 m da entrada principal da edificação e das
escadas nos demais pavimentos, sendo que sua localização não será permitida
nas escadas, nos patamares e nem nas antecâmaras das escadas. Existem
também os casos especiais de instalação dos extintores previsto no item
5.3.1.8, que diz necessário a instalação de extintores de incêndio,
independente da proteção geral da edificação ou área de risco, na parte
externa dos abrigos de riscos especiais como casa de força elétrica, casa de
bombas, casa de maquinas e transformadores.
14

A fixação dos extintores deve obedecer a NT12, item 5.4.2.1, onde a


quando instalados em paredes, divisórias ou colunas, deve resistir a três vezes
a massa total do extintor. E segundo item 5.4.2.2, devem ser fixados de
maneira que sua parte superior (gatilho) fique a uma altura máxima de 1,60m
(um metro e sessenta centímetros) do piso acabado.
Considerando o edifício residencial multifamiliar em questão com
classe de risco baixo, foram distribuídas unidades extintoras a cada 20 m
sendo que cada extintor garante uma área de proteção de 500 m².
Excepcionalmente será considerado as garagens da edificação como classe de
risco médio segundo NT 12, item 5.3.1.4. Onde foram distribuídas unidades
extintoras a cada 15 m sendo que cada extintor garante uma área de proteção
de 250 m².

Logo, temos:

Quadro 01: Resumo proteção por extintores de incêndio


QUADRO RESUMO DA PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO
CAPACIDADE
AGENTE EXTINTOR EXT. MINIMA QUANTIDADE LOCALIZAÇÃO
Todos os pavimentos, exceto reservatório
AP (ÁGUA) (2-A) XXXXXXXXXXXXX superior.
Todos os pavimentos, exceto reservatório
PQS (PÓ BC) (20-BC) XXXXXXXXXX superior.
TOTAL: XXXXXXXX

4. ESTIMATIVA DO TIPO E QUANTIDADE DE SAÍDAS DE


EMERGÊNCIA

Para o dimensionamento dos acessos e das escadas foram


utilizadas tabelas fornecidas pela NT 10 parte I, conforme mostrado abaixo.
O cálculo da altura da edificação, ou altura descendente, é
necessária para a classificação do prédio. Para obter essa classificação foi
consultada a tabela 1 do anexo A.
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TABELA 5 – Fonte – NT 10 - TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA

Para obter a altura foi consultado o item 4.1, onde temos como altura da
edificação a medida em metros entre o nível do terreno circundante à
edificação ou via pública ao piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos
superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes,
reservatórios de águas e assemelhados e pavimento superior de unidade
duplex, caso a(s) escada(s) de saída de emergência não sirva(m) esse
pavimento.
Sendo assim, conforme projeto, temos uma altura total da edificação de
36,36 m, denominando-se edificação alta.
Valores da carga de incêndio especifica segundo corpo de bombeiros
instrução técnica nº 014, divisão A-2, carga de incêndio: 300 MJ/m².
Conforme NT 10, tabela 2 – dimensionamento das saídas de
emergência:
QUADRO 02 – DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Ocupação Capacidade da unidade de passagem (C)
População (A)
Grupo Divisão Acessos/Descargas Escadas/rampas Portas
A A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C) 60 45 100
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População: 2 pessoas/ dormitório


2 pessoas x 2 dormitórios x 6 = 24 pessoas /andar

 Acessos/Descargas:
𝑃 24
𝑁=𝐶= = 0,40, ou seja, 1 acesso/descarga.
60

 Escadas/Rampas:
𝑃 24
𝑁=𝐶= = 0,53 , ou seja, 1 escada/rampa.
45

 Portas:
𝑃 24
𝑁=𝐶= = 0,24 , ou seja, 1 porta.
100

Onde:
N – número de unidades de passagem
P – População
C – Capacidade da unidade de passagem

5. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A NT13/2013 fixa condições necessárias para o projeto e instalação do


sistema de iluminação de emergência da edificação.
De acordo com o anexo A item 3, será utilizado o sistema de iluminação
de emergência para locais de reunião de público (ocupação F) para edificação
com lotação superior a 50 pessoas.
Portanto, baseado no item 5.1.3 da NT a distância máxima entre dois
pontos de iluminação será de 15 metros.

6. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de


ocorrência de incêndio, alertar para os riscos existentes e garantir que sejam
adotadas ações adequadas às situações de risco, que orientem as ações de
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combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para


abandono seguro da edificação em caso de incêndio.
Segundo NT 14, item 5.1, explica sobre as características dessa
sinalização, onde é usado símbolos, mensagens e cores, que devem ser
alocados convenientemente no interior da edificação e áreas de risco. Essas
sinalizações se dividem em básica e complementares.

A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que uma


edificação deve apresentar, constituído por quatro categorias de acordo com
sua função:

a) proibição: visa proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do


incêndio ou ao seu agravamento;
b) alerta: visa alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio,
explosão, choques elétricos e contaminação por produtos perigosos;
c) orientação e salvamento: visa indicar as rotas de saída e as ações
necessárias para o seu acesso e uso;
d) equipamentos: visa indicar a localização e os tipos de equipamentos de
combate a incêndio e alarme disponíveis no local. (NT 14 – 5.2.1)
A sinalização complementar é o conjunto de sinalização composto por
faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização básica, porém das
quais esta última não é dependente. A sinalização complementar é constituída
por cinco categorias de acordo com sua função:

a) rotas de saída: visa indicar o trajeto completo das rotas de fuga até uma
saída de emergência (indicação continuada);
b) obstáculos: visa indicar a existência de obstáculos nas rotas de fuga tais
como: pilares, arestas de paredes e vigas, desníveis de piso, fechamento de
vãos com vidros ou outros materiais translúcidos e transparentes, etc;
c) mensagens escritas: visa informar o público sobre:

1) uma sinalização básica, quando for necessária a complementação da


mensagem dada pelo símbolo;
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2) as medidas de proteção contra incêndio existente na edificação ou


áreas de risco;
3) as circunstâncias específicas de uma edificação e áreas de risco;
4) a lotação admitida em recintos destinados a reunião de público.
d) demarcações de áreas: visa definir um layout no piso, que garanta acesso
do público às rotas de saída e aos equipamentos de combate a incêndio e
alarme, em áreas utilizadas para depósito de materiais, instalações de
máquinas e/ou equipamentos industriais e em locais destinados a
estacionamento de veículos;
e) identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio: visa
identificar, através de pintura diferenciada, as tubulações e acessórios
utilizados para sistemas de hidrantes e chuveiros automáticos quando
aparentes. (NT 12 – 5.2.2).
No projeto de incêndio deve indicar a orientação de saída por meio de
setas indicativas do sentido de fuga, conforme imagem abaixo Segundo NT14,
item 6.1 e anexo E. As setas são ilustrativas e exigidas apenas para auxiliar a
análise do Projeto Técnico, devendo a sinalização atender ao previsto na
NT14.

FIGURA 01 – Fonte Exemplo de indicação da orientação de saída no Projeto Técnico


19

A Sinalização de proibição apropriada deve ser instalada em local


visível e a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da
sinalização, distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo
que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição
dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si (NT 14 – 5.3.1).

Sinalização de proibição – anexo B


20

Sinalização de alerta apropriada deve ser instalada em local visível e


a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização,
próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado,
distanciadas entre si em no máximo 15 m. NT 14 – 5.3.2

Sinalização de alerta – Anexo B


21

A sinalização de orientação e salvamento apropriada deve assinalar todas as


mudanças de direção, saídas, escadas, etc. Sendo dividida da seguinte forma
segundo NT 14 – 5.3.3 :

 Sinalização de portas de saída de emergência ser localizada,


preferencialmente, imediatamente acima das portas, no máximo a 0,10
m da verga, ou, na impossibilidade, diretamente na folha da porta,
centralizada a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da
sinalização.
 Sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de
modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída
até a sinalização seja de no máximo 15 m. Adicionalmente, esta também
deve ser instalada de forma que na direção de saída de qualquer ponto
seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de
30,0 m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja
numa altura igual ou superior a 1,80 m do piso acabado
 Sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de
escada de emergência deve estar a uma altura de 1,80 m medido do
piso acabado à base da sinalização, instalada junto à parede, sobre o
patamar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser visualizada
em ambos os sentidos da escada (subida e descida)
 A mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada em língua
portuguesa. Caso exista a necessidade de utilização de outras línguas
estrangeiras, devem ser aplicados textos adicionais
 A abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de
qualquer sinalização.
22

Sinalização de orientação e salvamento – Anexo B


23

Sinalização de orientação e salvamento – Anexo B


24

A sinalização apropriada de equipamentos de combate a incêndio deve estar a


uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização, e
imediatamente acima do equipamento sinalizado. NT 14 – 5.3.4

Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme – Anexo B


25

Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme – Anexo B


26

Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme – Anexo B

7. SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS

Baseando-se o item 5.7.1 da NT 15 os hidrantes/mangotinhos devem ser


posicionados:

a) nas proximidades das portas externas, escadas e/ou do acesso principal a


ser protegido, a não mais de 5m;
b) em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender a alínea “a”
obrigatoriamente; c) fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
d) de 0,90 m a 1,5 m do piso acabado.

Dimensionamento do sistema de proteção por mangotinhos.

De acordo com o anexo A, tabela A, da NT 15 , podemos determinar o


comprimento da mangueira de incêndio a ser utilizada, visto que a edificação
em estudo enquadra-se no grupo A-2 .
27

TABELA 5 - TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES OU MANGOTINHOS NT 15 2009.

A partir das informações obtidas na tabela, utilizaremos a mangueira de


45 m, sendo posicionada de acordo com o item 5.7.1 da NT 15 e a tabela A.1
do anexo A.

8. LOCALIZAÇÃO DOS DETECTORES DE INCÊNDIO

A NT 17 2013 estabelece requisistos mínimos para o dimensionamento


dos sistemas de detecção e alarme de incêndio.
De forma geral, é aplicada em todas as edificações onde é exigido
sistemas de detecção e alarme de incêndio, de acordo com a legislação de
segurança contra incêndio e pânico do estado do espirito santo.
Os itens 5.3 e 5.9 da NT 17, dizem, respectivamente que: A central de
alarme/detecção e o painel repetidor devem ficar em um local onde haja
constante vigilância e fácil visualização e os acionadores manuais deverão ser
colocados próximas as entradas do pavimento térreo e às escadas nos
diversos pavimentos, sendo que a distancia máxima percorrida por uma pessoa
em qualquer ponto da área protegida até o acionador, não deve ser superior a
30 m.
Segundo a NT 17, em casos de edificação com mais de um pavimento
deverá ser previsto ao menos um acionador manual em cada pavimento, se o
acionador manual do piso principal de cobertura para a área do mezanino, o
mesmo esta dispensado dessa exigência.
28

9. SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

O sistema de chuveiros automáticos é composto por um suprimento


d’água em uma rede hidráulica sob pressão, onde são instalados em diversos
pontos estratégicos, dispositivos de aspersão d’água (chuveiros automáticos),
que contém um elemento termo-sensível, que se rompe por ação do calor
proveniente do foco de incêndio, permitindo a descarga d’água sobre os
materiais em chamas.

De acordo com a NT-20/2010 – Corpo de Bombeiros, os passos


básicos para os cálculos dos chuveiros automáticos são:

1. Identificar a ocupação ou o risco a ser protegido;


2. Determinar o tamanho da área de aplicação dos chuveiros automáticos;
3. Determinar a densidade de projeto exigida;
4. Estabelecer o número de chuveiros contidos na área de cálculo;
5. Determinar o formato da área de cálculo;
6. Calcular a vazão mínima exigida para o primeiro chuveiro;
7. Calcular a pressão mínima exigida para o primeiro chuveiro;
8. Calcular a perda de carga entre o primeiro e o segundo chuveiro;
9. Calcular a vazão do segundo chuveiro;
10. Repetir os passos 9 e 10 para os chuveiros seguintes até que todos os
chuveiros do ramal estejam calculados;
11. Se a área de cálculo se estender até o outro lado do subgeral, os passos
6 até 10 são repetidos para o lado oposto. Os ramais que cruzam deverão ser
balanceados com a mais alta pressão de demanda;
12. Calcular o fator K para a primeira subida, com fatores adicionais
calculados para as linhas desiguais;
13. Repetir os passos 8 e 9 para as subidas (ao invés de chuveiros) até que
todas as subidas da área de cálculo tenham sido calculadas;
14. Computar a perda de carga no ponto de abastecimento com as
compensações devido a desníveis geométricos, válvulas e acessórios e
diferença de materiais da tubulação enterrada;
15. Comparar a vazão calculada com o suprimento de água disponível.
29

Segundo a NBR 10.897, os sprinkles podem ser classificados da


seguinte maneira:

a) Sistema de tubo molhado: Esse sistema consiste em uma rede de


tubulação fixa, contendo água sob pressão de forma permanente, na qual
estão instalados chuveiros automáticos em seus ramais. O sistema é
controlado, em sua entrada, por uma válvula de governo cuja função é soar,
automaticamente, um alarme quando da abertura de um ou mais chuveiros
disparados pelo incêndio. Os chuveiros automáticos realizam, de forma
simultânea, a detecção, alarme e combate ao fogo.

b) Sistema de tubo seco: consiste em uma rede de tubulação fixa,


contendo, em seu interior, ar comprimido ou nitrogênio sob pressão, à qual
estão instalados chuveiros automáticos em ramais. O sistema possui uma
válvula (válvula de tubo seco) que se abre quando da liberação do gás contido
na tubulação, pelo acionamento dos chuveiros automáticos. Dessa forma, a
válvula permite a admissão da água na rede da tubulação. Esse tipo de
sistema é destinado às regiões sujeitas a baixas temperaturas, onde o
congelamento da água na tubulação é uma possibilidade a ser considerada.
Uma característica indesejável é o intervalo de tempo relativamente prolongado
entre a abertura do chuveiro automático e a descarga da água, permitindo,
enquanto isso, o alastramento do incêndio.

c) Sistema de ação prévia: Esse sistema emprega uma rede de tubulação


seca semelhante à anterior, contendo ar que pode estar ou não sob pressão, à
qual são instalados chuveiros automáticos em seus ramais. Acrescido de
sistema de detecção de incêndio muito sensível, é interligado a uma válvula
especial instalada na entrada da rede de detectores, os quais cobrem sua área
de operação. Em princípio de incêndio, a válvula especial é aberta
automaticamente, permitindo a entrada de água na rede, que descarregará nos
chuveiros ativados.

c) Sistema dilúvio: Consiste em uma tubulação seca, na qual são


instalados chuveiros abertos (não possuem elementos termo- sensíveis) em
seus ramais. Esse sistema é monitorado por um sistema de detecção de
incêndio na área de proteção, interligado a uma válvula denominada dilúvio,
instalada na entrada da rede de tubulação. A água entra pela rede e é
descarregada por todos os chuveiros abertos, inundando toda a área.

Outra classificação que a NBR 10.897 diz é quanto aos riscos das
ocupações, para dimensionamento do sistema de chuveiros automáticos, ou
seja, para mensurar o volume da RTI, vazões, tubulações e número de
chuveiros, as edificações são classificadas em grupos de risco.
30

A NBR no 10.897 padroniza a classificação dos riscos, determinando


a quantificação do manancial de abastecimento de água.

A classificação de risco para chuveiros automáticos leva em


consideração:
a) A quantidade e distribuição da carga de incêndio;
b) O risco de ignição dos materiais ou produtos contidos;
c) As características de ocupação (uso).

Segundo a NBR 10.897, os riscos das ocupações podem ser:

a) Ocupação de risco leve,


b) Ocupação de risco ordinário,
c) Ocupação de risco extraordinário,
d) Ocupação de risco pesado.

Ocupação de risco leve


São locais onde os volumes e/ou combustibilidade do conteúdo (carga de
incêndio) são baixas. São exemplos: escolas (salas de aula), escritórios
(incluindo centro de processamento de dados), hospitais, hotéis e motéis,
dentre outros.

Ocupação de risco ordinário


São locais onde os volumes e/ou a combustibilidade do conteúdo (carga de
incêndio) são médios. Essa ocupação de risco subdivide-se em Grupo I, Grupo
II, e Grupo III.

a) Grupo I: São locais comerciais ou industriais onde a quantidade e a


combustibilidade do conteúdo são baixas, a altura do estoque não excede a
2,40m e, em caso de incêndio, é esperada moderada liberação de calor.
São exemplos: garagens e estacionamentos, lavanderias, padarias e
confeitarias, materiais de construção (comércio), presídios, restaurantes (áreas
de serviço), etc
b) Grupo II: Ocupações ou parte das ocupações isoladas, comerciais ou
industriais, onde a quantidade e a combustibilidade do conteúdo são
moderadas, a altura dos estoques não excede 3,7 metros e, finalmente, em
caso de incêndio, a liberação moderada de calor é esperada.
Exemplos: estúdio de rádio, gráficas, lojas de departamentos, oficinas
mecânicas, shopping centers, etc.

c) Grupo III: Esse grupo difere dos anteriores, porque é esperada alta
velocidade de desenvolvimento de calor, sendo que seus estoques não
excedem a 2,40 metros de altura.
31

São exemplos: aviões (montagem, excluindo hangares), carpintarias,


estaleiros, fábricas de móveis, fábricas de papel e tinturarias.

Ocupações de risco extraordinário


São locais onde as quantidades e a combustibilidade do conteúdo são altos e
possibilitam incêndio de rápido desenvolvimento e de grande liberação de
calor. Essa ocupação de risco subdivide-se em Grupo I e Grupo II, excluindo
os locais que se destinam ao estoque de materiais (grandes depósitos).

a) Grupo I: São locais onde se empregam líquidos inflamáveis e/ou


combustíveis em pequena quantidade ou ambientes com presença de poeiras,
felpas, vapores e outras substâncias combustíveis em suspensão.
São exemplos: estofados de espuma de plástico, fogos de artifícios
(fabricação), hangares, serrarias.

b) Grupo II: São locais onde se empregam líquidos inflamáveis e/ou


combustíveis de quantidade moderada a substancial.
Exemplos: asfalto (usina), cosméticos (fabricação com inflamáveis), líquidos
inflamáveis, tintas e vernizes.

Como podemos observar os Grupos I e II trazem a mesma definição,


segundo a NBR no 10.897, entretanto, fica evidenciado, pelos exemplos, que o
último grupo apresenta um processo químico-industrial bem mais complexo.

Ocupações de risco pesado


Compreendem as ocupações (ou parte isoladas destas) comerciais ou
industriais, onde se armazenam líquidos combustíveis e inflamáveis, produtos
de alta combustibilidade, como: borracha, papel e papelão, espumas celulares
ou outros materiais comuns em altura superior a 3,70 metros. Estão incluídos
os grandes depósitos, entretanto, seu dimensionamento dar-se-á não somente
pela NBR no 10.897, mas também pela NBR no 13.792, que versa sobre
sistema de chuveiros automáticos para áreas de armazenagem. Caso a
edificação em questão não se encaixe nos parâmetros de aplicação da NBR no
13.792, aplica-se norma internacional, como a NFPA no 13.

O sistema de chuveiros automáticos pode ser dividido,


basicamente, em cinco elementos:

1. Fonte de abastecimento de água (reservatórios);


2. Sistema de pressurização (bombas de incêndio);
3. Rede de alimentação, válvula de governo e alarme (canalização);
4. Rede de distribuição (canalização e chuveiros);
5. Recalque.
32

FIGURA 7 – Esquema de chuveiros automáticos

1. Fonte de abastecimento de água


Todo sistema de chuveiros automáticos dispõe de um reservatório, construído,
geralmente, em concreto, com capacidade suficiente para atender à demanda
do sistema. A norma não exige exclusividade do reservatório. Entretanto, exige
uma garantia da reserva mínima (reserva técnica de incêndio) por meio de
diferença de nível entre saída de consumo e canalização de incêndio.

Existem três tipos de reservatórios para abastecimento de água do sistema de


chuveiros automáticos:

a) reservatório elevado;
b) reservatório com fundo elevado ou ao nível do solo, semienterrado ou
subterrâneo;
c) tanque de pressão.
33

Tabela 06 -Tempo mínimo de duração de funcionamento do sistema de chuveiros para cada


classe do risco de ocupação
DIMENSIONAMENTO DA RTI PARA SPRINKLERS
TEMPO DE
VAZÕES
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OPERAÇÃO RTI por tabela
(L/min)
(min)
Leve 1000 30 30.000
Ordinário grupo I 1800 60 108.000
Ordinário grupo II 2600 60 156.000
Ordinário grupo III 4500 60 270.000
Extraordinário 6000 90 540.000
Fonte: NBR 10.897

Baseado na NBR 10.897 podemos então concluir que os edifícios


residenciais e hospitais se enquadram no grupo de risco leve, ou seja, volume
e/ou a combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) são baixos, ou seja, não
há necessidade de utilização de sprinklers, podendo utilizar outra solução
técnica como alternativa.

10. SOLICITAÇÃO DE LIGAÇÃO DE ÁGUA À CONCESSIONÁRIA


ESPÍRITO SANTENSE DE SANEAMENTO BÁSICO (CESAN)

O procedimento para a realização de Análises de Viabilidade de


Abastecimento de Água e Coleta de Esgotos Sanitários para novos
empreendimentos que se interligarão ao sistema público de água e esgoto,
quando localizados em área com serviços já disponíveis, e cujo consumo de
água seja de 270 m³/mês ou mais após a conclusão das obras é o seguinte:

1. Pagamento da Taxa para Análise de Viabilidade de Água e Esgoto. Trata-se


de uma única taxa para análise de viabilidade de água e esgoto, ou seja, a
Cesan sempre se manifestará sobre os dois serviços (água e esgoto). A guia
para pagamento do serviço (Fatura Avulsa) deve ser retirada no próprio
Escritório de Atendimento.
2. Elaboração da Carta/Ofício com a Solicitação da Análise de Viabilidade.
Favor informar dados completos como endereço, telefone e e-mail para contato
e retorno das análises;
3. Cópia da Planta de Situação;
34

4. Preenchimento da Ficha de Caracterização do Empreendimento:


preenchimento obrigatório de todos os campos que referem-se às
características do empreendimento que permita uma análise eficaz. Importante
declarar a demanda estimada para o período após a conclusão das obras,
conforme modelo abaixo:
35

11. SISTEMA TARIFÁRIO DA CESAN

Para efeito de faturamento e comercialização, a CESAN classifica os


imóveis dos clientes usuários dos serviços de água e esgoto sanitário da
seguinte maneira:

I. RESIDENCIAL – imóvel utilizado para fins exclusivamente residencial.


II. COMERCIAL - imóvel utilizado no exercício de atividade econômica
organizada para a produção de serviços ou circulação de bens e serviços;
III. INDUSTRIAL - imóvel utilizado para exercício de atividade classificada
como industrial pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas –
IBGE;
IV. PÚBLICA – imóvel utilizado para o exercício das funções da administração
pública direta e indireta da União, Estados e Municípios.

Os serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de


esgoto sanitário serão remunerados sob a forma de tarifa.

A fixação tarifária levará em conta a sustentabilidade e a viabilidade


do equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos serviços em regime de
eficiência, a geração de recursos para investimentos que proporcione a
promoção da saúde pública da população e a preservação dos aspectos
sociais dos respectivos serviços, observadas as seguintes diretrizes:

I. prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde


pública;
II. ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos
serviços;
III. geração dos recursos necessários para realização dos investimentos,
objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço;
IV. inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;
V. recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de
eficiência;
VI. remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços;
VII. estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os
níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos
serviços;
VIII. incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.

As tarifas serão propostas pela CESAN com base em cálculos,


estudos, e diretrizes do artigo anterior, considerando os seguintes fatores:

I. categorias de imóvel, distribuídas por faixas ou quantidades crescentes de


utilização ou de consumo;
II. padrões de uso ou de qualidade requeridos;
III. quantidade mínima de consumo ou de utilização do serviço, visando à
garantia de objetivos sociais, como a preservação da saúde pública, o
adequado atendimento aos clientes de menor renda e a proteção do meio
ambiente;
36

IV. custo mínimo necessário para disponibilidade do serviço em quantidade e


qualidade adequadas;
V. ciclos significativos de aumento da demanda dos serviços, em períodos
distintos; e
VI. capacidade de pagamento dos consumidores.

Segue abaixo a tabela de tarifa da CESAN, onde relaciona a


categoria com o consumo (R$/m³) de água/esgoto de acordo com o volume de
água/esgoto consumido.

Fonte: Site da CESAN - http://www.cesan.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Tabela_de_tarifas_2014.pdf.

12. DIMENSIONAMENTO DO RAMAL EXTERNO DE UMA LIGAÇÃO DE


ÁGUA PARA UM EDIFÍCIO RESIDENCIAL

O sistema de distribuição pode ser feito de forma indireta e direta. O


sistema de distribuição direta é realizado quando a instalação predial é
abastecida diretamente pela rede de água da rua e o sistema de distribuição
indireta é quando a rede de água abastece os reservatórios prediais (caixas
d’água) e esses abastecem o sistema predial de água fria.

Como o sistema de distribuição residencial multifamiliar é feito de


forma indireta, a vazão mínima considerada deve ser suficiente para atender ao
consumo diário da edificação no período de 24 horas.

𝐶𝐷
𝑄𝑚𝑖𝑚 =
86.400

Onde: CD= consumo diário


37

Para obter o padrão a ser informado a Concessionária de Água


(CESAN), devemos aplicar o consumo diário na seguinte fórmula e analisar em
qual faixa de consumo mensal o empreendimento se enquadra.

Expectativa de consumo mensal = CD/1000 x 30 dias

Para o nosso empreendimento multifamiliar, temos:

Expectativa consumo mensal = 44.850/1000 x 30 = 1.345,50 m³.

Podemos então concluir que o padrão que iremos ter no nosso


edifício multifamiliar é o padrão 3, conforme planilha abaixo.

EXPECTATIVA DE
CONSUMO
MENSAL HIDRÔMETRO DN PADRÃO
Até 45 m³ 1,5 m³/h 3/4" - 20 mm 1
46 a 270 m³ 3 m³/h 3/4" - 20 mm 1
271 a 900 m³ 7 m³/h 1"- 25mm 2
1.1/2" - 40
901 a 1.800 m³ 20 m³/h mm 3
1.801 a 9.000 m³ 30 m³/h 2"- 50 mm 4
9.001 a 18.000 m³ 60 m³/h 3"- 80 mm 5
18.001 a 30.000 m³ 100 m³/h 4"- 100 mm 6
Fonte: Site da CESAN

Importante ressaltar que quanto maior o consumo maior o


padrão/diâmetro. Para residências unifamiliares são utilizados padrões
menores, pois o consumo é menor.
38

FIGURA 6 – ESTIMATIVA DE CONSUMO DIÁRIO DE ÁGUA


FONTE: NBR 5626:1998

FIGURA 7 – TAXA DE OCUPAÇÃO COM A NATUREZA DO LOCAL


FONTE: NBR 5626:1998
39

13. CONCLUSÃO

De acordo com as normas 10844:1989 da ABNT, NBR 5626:1998, NBR


8160/99, além do livro instalações hidráulicas – Prediais e Industriais –
Archibald Joseph Macintyre, foi dimensionado um prédio com 6 pavimentos
tipo, cobertura, barrilete, pilotis, garagem, térreo e subsolo.
Conforme roteiro de trabalho, foi feito o memorial de calculo para as
instalações hidro sanitárias de água fria e combate à incêndio. Os cálculos
visam a demonstrar os diâmetros das tubulações utilizadas, as peculiaridades a
serem instaladas, bem como todos os sistemas de comutação de toda a rede
de abastecimento deste prédio.
40

REFERÊNCIAS

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 6/2009: Acesso de


viaturas nas edificações e áreas de risco. Vitória, 2009.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 10/2013: Saídas de


emergência – Parte 1 Condições gerais. Vitória, 2013.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 10/2010: Saídas de


emergência – Parte 4 Dimensionamento de saídas de emergência para shows
eventos. Vitória, 2010.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 12/2009: Extintores de


Incêndio. Vitória, 2009.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 13/2013: Iluminação de


Emergência. Vitória, 2013.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 14/2010: Sinalização de


Emergência. Vitória, 2010.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 15/2009: Sistema de


Hidrantes e Mangotinhos. Vitória, 2009.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESPIRITO SANTO. NT 17/2013: Sistema de


Detecção de Alarme de Incêndio. Vitória, 2013.

BRENTAMO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate e incêndios nas edificações.


3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.

CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

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