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Tendo em vista o nascimento de seu filho (certidão de nascimento anexa), esta requereu,
junto ao INSS, o benefício de salário-maternidade.
O INSS, entretanto, negou o benefício, sob o argumento de que a Parte Autora não havia
comprovado o exercício da atividade rural nos dez meses anteriores ao requerimento do
benefício.
Diante do indeferimento do benefício por parte do INSS, recorre a Parte Autora a esta
Justiça, certa de seu bom direito.
Por sua vez, o inciso VII do artigo 11, também da Lei n.º 8.213/1991, assim dispõe:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas [...]
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda
que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
1“Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e
vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de
ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à
proteção à maternidade”.
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do
caput do art. 2.º da Lei n.º 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal
meio de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal
meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este
equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente,
trabalhem com o grupo familiar respectivo.
§ 1.º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros
da família e indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do
núcleo familiar e é exercido em condições de mutua dependência e colaboração, sem a
utilização de empregados permanentes.
Desta forma, diante dos documentos acostados pela Parte Autora, não restam dúvidas de que
esta se enquadrada como segurada especial, e, por isto, faz jus ao benefício de salário-
maternidade, conforme prevê o parágrafo único do artigo 39 da Lei n.º 8.213/1991.
d) requer e protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em direito, sem
exclusão de nenhum que se fizer necessário ao deslinde da demanda, em especial a ouvida de
testemunhas, se V. Exa. considerar necessário.
Requer-se, ainda, por ser a Parte Autora pessoa hipossuficiente, na acepção jurídica do
termo, sem condições de arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios
sucumbenciais sem prejuízo de seu sustento e de sua família, a concessão do Benefício da
Justiça Gratuita, na forma dos artigos 4.º e 9.º da Lei n.º 1.060/1950 <recomenda-se a coleta,
pelo advogado, de declaração de hipossuficiência do cliente, caso seja requerida a Justiça
Gratuita. Deve-se, também, de preferência, fazer a juntada de tal declaração nos autos, já na
inicial>.
Requer-se, com base no § 4.º do art. 22 da Lei n.º 8.906/1994, que, ao final da presente
demanda, caso sejam encontradas diferenças em favor da parte autora, quando da expedição
da RPV ou do precatório, os valores referentes aos honorários contratuais (contrato de
honorários anexo) sejam expedidos em nome da sociedade de advogados contratada pela
2Súmula n.º 45 da TNU: “O salário-maternidade deve receber correção monetária desde a época
do parto, independentemente da data do requerimento administrativo”. Precedente: PEDILEF n.º
0011597-23.2008.4.01.3200.
Parte Autora, no percentual constante no contrato de honorários anexo, assim como dos
eventuais honorários de sucumbência.
Nestes Termos,
PEDE DEFERIMENTO.
Cidade e data.
Assinatura do advogado
TESTEMUNHAS:
1. nome – CPF
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2. nome – CPF
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3. nome – CPF
Endereço