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Faculdade Internacional Signorelli

Curso de Pós-Graduação em Libras


Disciplina: O Instrutor Surdo e o Tradutor Intérprete
Professora: Elaine Ramos De Souza
Aluna: Elys Correia Cunha

QUADROS E KARNOPP (2004) em seu estudo sobre Língua Brasileira de


Sinais dão uma definição de língua de sinais mostrando sua amplitude e complexidade:
As línguas de sinais são consideradas línguas naturais e,
consequentemente, compartilham uma série de características que
lhes atribui caráter específico e as distingue dos demais sistemas
de comunicação, por exemplo, produtividade ilimitada (no
sentido de que permitem a produção de um número ilimitado de
novas mensagens sobre um número ilimitado de novos temas);
criatividade (no sentido de serem independentes de estímulo);
multiplicidade de funções (função comunicativa, social e
cognitiva – no sentido de expressarem o pensamento);
arbitrariedade da ligação entre significante e significado, e entre
signo e referente); caráter necessário dessa ligação; e articulação
desses elementos em dois planos – o do conteúdo e o da
expressão. As línguas de sinais são, portanto, consideradas pela
linguística como línguas naturais ou como um sistema linguístico
legítimo, e não como um problema do surdo ou como uma
patologia da linguagem. Stokoe, em 1960, percebeu e comprovou
que a língua de sinais atendia a todos os critérios linguísticos de
uma língua genuína, no léxico, na sintaxe e na capacidade de
gerar uma quantidade infinita de sentenças. Quadros e Karnopp
(2004 p.30).

Conforme Góes (1996), o aluno surdo enfrenta complexas demandas adicionais


por apresentar uso restrito da língua utilizada nas atividades de sala de aula, dessa forma
além da perda auditiva, o grande cerne das implicações da surdez está nas dificuldades de
aquisição de linguagem e nas formas de interação que os sujeitos surdos terão com o
mundo, por serem privados da audição tais indivíduos necessitam de recursos visuais, de
uma língua que favoreça essa singularidade.
Deste modo surge a necessidade e obrigatoriedade do tradutor intérprete de libras
no espaço escolar. A atuação desse profissional é regulamentada pela lei Federal 12.319
de 1º de setembro de 2010. E da sua formação de Tradutor e Intérprete de libras - língua
portuguesa em seu capítulo V do decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.

Essa formação tem como requisito mediar a comunicação entre o aluno surdo e
os agentes envolvidos no conjunto educacional, por exemplo, aluno surdo e professor;
aluno ouvinte e aluno surdo, etc. Com a inclusão em pauta e a acessibilidade em
discussão, o trabalho do tradutor intérprete vem sendo reconhecida e sua formação
priorizada. Mas, é de suma importância preparar adequadamente os profissionais para
atender as necessidades específicas com competência, habilitados para o exercício da
função. Essas habilidades tem a capacidade de traduzir simultaneamente (tempo real) e
consecutiva (pequena pausa na interpretação).

É importante destacar como foi o surgimento do tradutor intérprete de Libras,


sendo que em meados do século XIX (1875) já havia intérpretes de sinais na Suécia, em
1938 o parlamento sueco cria o cargo de conselheiro de surdos, com o objetivo de
entender a comunidade surda. No ano de 1947 encontravam-se mais de 20 pessoas
exercendo a função de intérprete, assim em 1968 foi garantida aos surdos a presença do
intérprete sem encargos para o próprio, cuja reivindicação ficava a cargo a Associação
Nacional de Surdos. Neste mesmo ano a Associação Nacional de Surdos com a Comissão
Nacional de Educação e a Comissão Nacional para o Mercado de Trabalho criam o
primeiro curso de treinamento de intérprete de sinais da Suécia, de acordo com
QUADROS E KARNOPP (2004).
Assim, a formação dos TILS precisa ser pensada com cuidado para que os vários
aspectos envolvidos em sua atuação profissional sejam trabalhados. Sobral (2005) afirma
que o domínio da língua não é suficiente para a atuação profissional, já que se trata de
compreender bem as ideias, para além das palavras que as compõem. Neste sentido,
defende ser fundamental desenvolver conhecimentos para além do conteúdo mais direto
da mensagem, compreender as sutilezas dos significados e sentidos, os valores culturais,
emocionais e outros envolvidos no texto de origem, e os modos mais adequados de fazer
estes mesmos sentidos serem passados para a língua-alvo.
Deste modo, LACERDA (2007) defende que a formação de TILS contemple,
entre tantos outros pontos, os aspectos discutidos até aqui: conhecimento aprofundado
das línguas envolvidas nos processos tradutórios para além de seus aspectos linguísticos
e/ou gramaticais, domínio de diversas formas de dizer em cada uma das línguas
considerando a pluralidade de contextos e de sentidos possíveis, fidelidade aos sentidos
e aos modos de enunciá-los em cada uma das línguas. Trata-se de aspectos que não serão
facilmente construídos apenas pela atuação prática, necessitando de reflexão teórica e
possibilidades de experiências que favoreçam que tais aspectos sejam apreendidos por
aqueles que pretendem atuar como TILS.
O profissional Instrutor de Libras também apresenta seu perfil e função
primordial do ensino da Língua Brasileira de Sinais tanto para alunos surdos quanto para
ouvintes no contexto educacional. Para tanto esse profissional é surdo e precisa ter o
domínio da Libras, da língua portuguesa. Capacitado em órgãos competentes.
Segundo Vitaliano et. al., (2010), O processo de inclusão dos alunos com
necessidades educacionais especiais no ensino regular exige uma reforma geral na
organização dos sistemas de ensino, em especial para o atendimento dos alunos surdos
emerge a necessidade dos professores dominarem minimamente a Libras. (VITALIANO
et. al., 2010, p.7).

O Instrutor precisa criar uma sala agradável com condições de materiais no qual
aluno e instrutor troquem experiências visando a aprendizagem. Se observarmos a
presença do instrutor surdo é vista como conquista para os alunos surdos pois se trata da
mesma diferença. Não podemos deixar de tratar da responsabilidade do profissional
instrutor. No decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 no seu capítulo III explana
sobre da formação do professor de libras e do instrutor de libras. Sua responsabilidade é
esclarecer aos alunos somente cabível a sua competência pertinente a língua de sinais,
cultura e identidade dos surdos. Mesmo que tenha competência para outras disciplinas
deixar claro que não são de sua competência. É necessário que o mesmo garanta a
qualidade do ensino e acesso do aluno surdo as aulas educacionais. Objetivando a
imparcialidade e neutralidade.

Assim como o tradutor intérprete de Libras o Instrutor também precisa estar


continuamente estudando. Adquirindo formação continuada, participando de eventos e
promovendo acontecimentos dentro dessa área de estudo.

Para Imbernón (2009): A aquisição de conhecimentos por parte do professor é


um processo 107 complexos, adaptativo e experiência [...] quanto maior sua capacidade
de adaptação mais facilmente ela será posta em prática em sala de aula ou na escola e
será incorporada às práticas profissionais habituais. IMBERNÓN (2009, p.16-17).
REFERÊNCIAS

Disponível em: http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/legislacao acessado em


05/10/2017.

Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/o-papel-do-instrutor-de-libras-


no-ensino-regular acessado em 05/10/2017.

LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. O intérprete de língua de sinais: investigando


aspectos de sua atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Relatório
Final. FAPESP. Proc. 00443-3/05.2007.

QUADROS, Ronice Müller de. & KARNOPP, Lodenir. Língua de sinais brasileira:
estudos lingüísticos. Art Med. 2004.

SOBRAL, Adail. Pósfácio. In: BENEDETTI, Ivone; SOBRAL, Adail (Orgs.).


Conversas com Tradutores: Balanços e perspectivas da tradução. São Paulo:
Parábola. 2005, p. 201-214.

FENEIS 1 http://www.feneis.com.br/page/interpretes_historico.asp acessado em 20


de abril de 2008.

FILIETAZ, Marta R. Proença. Atuação do Tradutor e Intérprete de Língua De Sinais/


Língua Portuguesa. Londrina-PR. 2008.

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