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Turma: 2570-07
Acadêmicos(as):
Débora Sanches Aroca RA: 93409
Mariana Granero Frares RA: 93831
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Todos os solos, em sua fase sólida, contêm partículas de diferentes tamanhos em
proporções as mais variadas. A determinação do tamanho das partículas e suas respectivas
porcentagens de ocorrência permitem obter a função distribuição de partículas do solo e que é
denominada distribuição granulométrica.
A distribuição granulométrica dos materiais granulares, areias e pedregulhos, será obtida
através do processo de peneiramento de uma amostra seca em estufa, enquanto que, para siltes e
argilas se utiliza à sedimentação dos sólidos no meio líquido. Para solos, que tem partículas tanto
na fração grossa (areia e pedregulho) quanto na fração fina (silte e argila) se torna necessária a
análise granulométrica conjunta.
Através do ensaio granulométrico, determina-se a percentagem em peso que cada “classe”
de tamanho de partículas representa na massa total utilizada para o ensaio. Utilizando os
resultados obtidos por meio desse ensaio, faz-se a curva granulométrica do solo.
O ensaio por peneiramento é utilizado para fração granular (grossa) do solo. O tamanho do
grão é dado em função da abertura da malha quadrada de cada peneira, conjuntamente com as
respectivas porcentagens das massas secas (passante e retida) - 76 mm > Ø > 0,075 mm (peneira
nº 200). Para peneiramento fino o diâmetro deve ser 2,0 mm > Ø > 0,075 mm.
A análise granulométrica pode ser feita somente por peneiramento ou por peneiramento e
sedimentação. Essa última é realizada passando o material na peneira #2,0 mm, com material que
fica retido nessa peneira realiza-se o peneiramento grosso, e com o material que passa por ela
realiza-se a sedimentação e depois o peneiramento fino para grãos que ficarem retidos na peneira
#0,075mm.
Para se entender o processo de sedimentação, analisa-se a Lei de Stokes, que estabelece a
velocidade limite alcançada por uma esfera em queda livre num meio viscoso, ao alcançar o
movimento retilíneo uniforme.
Essa lei explica que um corpo em um meio viscoso sofre a ação de uma força viscosa (Fv)
que é proporcional a sua velocidade (V).
Quando uma esfera é solta na superfície de um líquido, que possui uma densidade menor
que a da esfera, no instante inicial sua velocidade é zero, mas essa por sua vez, sofre uma
aceleração, não uniforme, até atingir um valor limite, momento em que a resultante das forças
atuantes na esfera é nula.
Além da força viscosa, duas outras forças atuam na esfera: o peso da mesma (P) e a força
de empuxo (E). Igualando a resultante dessas forças à zero, obtêm-se a velocidade limite (VL),
através da seguinte equação:
γS −γwd 2
VL = 18μ
D (1)
No qual:
VL: Velocidade limite da esfera;
γS : Peso específico da esfera;
(ρS −ρwd )g 2 a′
VL = 18μ
D = t
(2)
Sendo:
ρS : Massa específica das partículas, em g/cm3;
ρwd : Massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio , em g/cm3;
a’: Altura de queda das partículas, em cm;
t: Tempo de sedimentação, em s;
g: Aceleração da gravidade;
D: Diâmetro das partículas.
√
18n
Dmáx = x a′
ρS −ρwd t [cm] (3)
√
1800n a′
Dmáx = x
ρS −ρwd t [mm] (4)
No qual:
Dmáx: Diâmetro máximo das partículas;
n: Coeficiente relacionado com a viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio,
em g.s/cm2.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAL
O solo utilizado no experimento foi coletado na cidade de Maringá – PR, na avenida
Tuiuti.
Então, a amostra de solo foi preparada seguindo as especificações da NBR 6457/1986,
com secagem prévia ao ar até a umidade higroscópica e destorroamento com o almofariz e a mão
de gral revestida de borracha, evitando a quebra de grãos nesse processo, homogeneizando, dessa
forma, a amostra. Peneira-se o material na peneira 200, o que ficar retido nela é jogado fora e o
que passou então será a massa a ser escolhida Mt de acordo com a NBR 6457/1986. Separou-se,
dessa forma, a quantidade Mt igual a 4,0 kg para a granulometria por peneiramento, conforme a
Tabela 3 da NBR 6457/1986.
Considerando:
● Mt - Massa total da amostra de solo seco ao ar e destorroado, passado na
peneira de 76mm, utilizada na análise granulométrica;
● Mg - Massa da amostra de solo seco, retida na peneira de 2mm,
referente a Mt;
● w - Teor de umidade, referente à fração passante na peneira de 2mm;
● Ms - Massa total da amostra seca, passante na peneira de 76mm, referente a Mt.
Ms=(Mt-Mg) / (1+w) + Mg;
● NF - Porcentagem de material da amostra seca que passa na peneira de 2mm.
N = NF=100(Ms-Mg) / Ms;
● M3 - Massa seca passante na peneira de 2mm, utilizada no peneiramento fino ou
sedimentação. M3=Mh / (1+w);
● γs , ρ s - Respectivamente peso e massa específica dos sólidos;
● γwd , ρ wd - Respectivamente peso e massa específica do meio dispersor (água +
defloculante);
● γi , ρ i - Respectivamente peso e massa específica em um ponto da suspensão,
determinado com densímetro devidamente calibrado;
● Dmáx , Qs - Respectivamente diâmetro máximo equivalente e porcentagem de sólidos
existentes em um determinado ponto da suspensão, em um determinado instante;
● V - Volume da suspensão utilizada na sedimentação;
● μ - Viscosidade do meio dispersor (adota-se a da água), em gf.s / cm2;
● a’ , t - Respectivamente altura de queda de sólidos (partículas) e tempo na sedimentação,
respectivamente em cm e segundo;
● Qg , QF - Porcentagens obtidas respectivamente no peneiramento grosso e fino.
Com as massas M1, M2 e M3, de três ensaios, foi calculada a umidade média da amostra
de solo, conforme mostra na tabela 1:
UEM/DEC
Lab. Mec Solos
NBR - 7181 / 84
QUANT.
DISCRIMINAÇÃO SÍMBOLO
(g)
MASSA TOTAL DA AMOSTRA SECA AO AR, PREPARADA
CONFORME NBR-6457 / 86 PASSADA NA # 76 Mt 1000,00
mm.
MASSA DA AMOSTRA RETIDA NA # 2,0 mm
(N°10),
Mg 12,70
LAVADA E SECA EM ESTUFA A 105 -
110°c
MASSA TOTAL DA AMOSTRA SECA, PASSADA NA #
76mm
Ms = [ ( Mt - Mg ) / ( 1 + W ) ] + Mg Ms 952.99
OBS.: A ANÁLISE GRANULOMÉTRICA SE BASEIA NESTA
MASSA Ms.
MASSA DA AMOSTRA SECA QUE PASSA NA # 2,0 mm
M<2,0mm 940,29
( Ms - Mg ) = ( Mt - Mg ) / ( 1 + W )
PORCENTAGEM DA MASSA DA AMOSTRA SECA QUE
PASSA
Nf 98,67
NA # 2,0 mm N = 100 . M< 2,0 mm / Ms
(%)
MASSA DA AMOSTRA SECA AO AR, SEPARADA
Mh 70,00
PROVENIENTE DO MATERIAL QUE PASSA NA # 2,0 mm
MASSA DA AMOSTRA SECA, SEPARADA PARA
PENEIRAMENTO OU
SEDIMENTAÇÃO M3 66,67
M3 = Mh /(1 +W)
Com os dados obtidos no peneiramento fino e grosso, foi preenchida a tabela 3:
Tabela 3: Dados dos peneiramentos fino e grosso
REFERÊNCIAS