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O QUE INTERESSA SABER SOBRE OS

REGULADORES DE TENSÃO MONOFÁSICOS


COM 32 DEGRAUS

 NORMAS DE REFERÊNCIA

 NBR 11809/1992: REGULADORES DE TENSÃO


 ANSI C.57.15/1999 – TERMINOLOGY, AND TEST CODE FOR STEP –
VOLTAGE AND INDUCTION – VOLTAGE REGULATORS
 FICHA TÉCNICA:

Elaboração técnica e concepção : Reginaldo Lana Pimentel

Digitalização : Patrícia Barcelos e Lourdes França

Desenhos : Alexsandro Vítor e Euler Murilo de Andrade

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 NBR 11809/1992: REGULADORES DE TENSÃO


 ANSI C.57.15/1999 – TERMINOLOGY, AND TEST CODE FOR STEP-VOLTAGE
REGULATORS
 ABC DOS REGULADORES DE TENSÃO – CESP
 ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO ED-1.2 DEZ/1978 (CORREÇÃO DE NÍVEIS DE
TENSÃO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREAS DA CEMIG)
 ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO ED-1.9 (PLANEJAMENTO DE ALIMENTADORES DA
CEMIG)
 ÍNDICE
1. Intr odução ............................................................................... 5

2. Esquema básico da transmissão e distr i bui ção da ener gi a


el étr ica .................................................................................... 6

3. Pr incí pi o de funci onamento ..................................................... 7


3.1. Funcionamento como elevador ..................................................... 7
3.2. Funcionamento como abaixador ................................................... 8

4. For ma construtor a do r egul ador ............................................... 8


4.1. Funções do reator ......................................................................... 9
4.1.1. Divisor de tensão ................................................................. 9
4.1.2. Não permitir a interrupção do circuito na comutação .......... 10
4.1.3. Limitar corrente circulante ................................................... 10
4.2. Bobina de equalização................................................................... 13

5. Ti pos de regulador .................................................................... 20


5.1. Tipo A ............................................................................................ 20
5.2. Tipo B ............................................................................................ 20
5.3. Cálculo de correntes....................................................................... 21
5.3.1. Regulador tipo A .................................................................. 21
5.3.2. Regulador tipo B .................................................................. 22
5.3.3. Análise comparativa entre regulador tipo A x Tipo B .......... 24

6. Ti pos de conexões em banco de regul adores ............................ 26


6.1. Conexão em estrela ....................................................................... 26
6.2. Conexão em delta fechado ............................................................ 28
6.3. Conexão em delta aberto .............................................................. 30

7. Regulador es padronizados pela Nor ma NBR 11809/1992 ........ 33

8. Di mensi onamento de regul ador ............................................... 34

9. Local ização de bancos de r egulador es ..................................... 35

10. Funci onamento do regulador ................................................. 35


11. Ajuste do sistema de contr ole (Rel é Regulador ) ...................... 36
11.1. Introdução ................................................................................... 37
11.2. Ajustes ........................................................................................ 37
11.2.1. Tensão de Referência – Vref..................................................... 37
11.2.2. Insensibilidade - Ins................................................................. 38
11.2.3. Temporização – T ..................................................................... 38
11.2.4. Compensador de Queda na Linha – Ur e Ux ........................... 39
11.2.5. Limitador de Tensão – Vmáx e Vmín ....................................... 41
11.2.6. Bloqueio de Tap – Bloqmáx e Bloqmín ..................................... 42
11.3. Funcionamento ........................................................................... 42
11.3.1. Fluxo Normal ............................................................................ 42
11.3.2. Fluxo Inverso ............................................................................ 44
11.4. Operações de Manobra do Regulador ......................................... 46

12. Ajuste do compensador de queda na l inha ............................. 47


12.1. Ajuste da compensação de queda na linha para os tipos de 48
ligações dos reguladores ...........................................................
12.2. Exemplos de cálculo ................................................................... 60

13. Implementação de regulador es no pl anejamento de al i menta- 64


dor es de distr i buição .............................................................
13.1. Recomendações ........................................................................ 64
13.2. Software utilizado ..................................................................... 65
REGULADOR DE TENSÃO MONOFÁSICO COM 32 DEGRAUS

1. INTRODUÇÃO

A aplicação de reguladores de tensão nos sistemas de distribuição de energia elétrica


teve início na década de 40, nos países desenvolvidos. Principalmente no EUA, em
função de sua grande extensão territorial, onde os centros de consumo estão
espalhados por vastas áreas, distantes dos pontos de geração, e, aliado a isso, o
aparecimento de grande quantidade de novos aparelhos eletroeletrônicos, sensíveis a
oscilações de tensão, fez aumentarem as reclamações dos consumidores, que
passaram a exigir boa qualidade na distribuição de energia elétrica. Por conta disso,
hoje se encontram instalados em vários pontos daquele país dezenas de milhares de
reguladores, fornecendo aos pontos de consumo uma regulação de tensão adequada
e conferindo qualidade ao fornecimento de energia. Isso traz pelo menos três
conseqüências benéficas:

 Satisfação do consumidor;
 Redução das perdas na distribuição;
 Aumento do faturamento das concessionárias de energia elétrica.

O Brasil apresenta certa similaridade com os EUA, no que se refere ao espaço


territorial, o que viabiliza a utilização dos reguladores de tensão. Estes têm grande
aceitação por parte das concessionárias, por razões econômicas, de simplicidade e
versatilidade. Além disso, hoje há reguladores de tensão totalmente fabricados no
Brasil, o que elimina os problemas de obtenção de peças de reposição verificados até
1986, quando tais equipamentos eram total ou parcialmente (comutador de
derivações em carga) importados dos EUA.

1
2. ESQUEMA BÁSICO DA TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA
ELÉTRICA

Regulador Transforma-
Linha de transmissão Tensão dor de
Monofásico Poste
Até 36kV
Até 242kV

Gerador

Residência
Fonte Transformador Transformador
Geradora Elevador Abaixador

FIGURA 1

3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O princípio de funcionamento é similar a de um auto-transformador, ou seja, existe,


além do acoplamento magnético entre o primário e o secundário, um acoplamento
elétrico, conforme figura abaixo:

FIGURA 2

Existem duas formas de executarmos a ligação elétrica entre o primário e o


secundário, tornando o auto-transformador elevador ou abaixador:

2
3.1. Funcionamento como elevador

FIGURA 3

3.2. Funcionamento como abaixador

FIGURA 4
É a polaridade das bobinas que determina a ligação elétrica para auto-transformador
funcionar como abaixador e elevador.
Portanto, vamos adicionar uma chave inversora de polaridade no circuito, para
possibilitar que o auto-transformador funcione como elevador e abaixador:

FIGURA 5

3
4. FORMA CONSTRUTIVA DO REGULADOR

Adicionando tap’s a bobina “C”, passamos a ter degraus de tensão.

FIGURA 6

Logo se a carga estiver ligada no tap 1, e se precisarmos alterar sua ligação para o
tap 2 teremos de interromper o circuito, ou seja, desligar o regulador.
Para que isso não aconteça, a solução é adicionar um reator ao circuito, porque
enquanto uma das extremidades (pernas) do reator viaja para o tap 2, a alimentação
da carga se faz através da outra extremidade do reator.

FIGURA 7
4.1. Funções do reator

Vamos considerar para melhor detalhamento do circuito do reator, um pedaço da


bobina “C”.

4
4.1.1. Divisor de tensão

Considerando o reator na posição 0 (neutra):

FIGURA 8

Vamos agora para:

FIGURA 9

A tensão aplicada aos terminais do reator é Vd, mas a tensão na carga aumentará ou
Vd
diminuirá na proporção de , devido ao center tap, o que explica o reator ser um
2
divisor de tensão.

5
4.1.2. Não permitir a interrupção do circuito na comutação

Analisando o circuito anterior, quando “B” sair do tap 0, e estiver viajando para o tap
1, a energização do circuito se faz através de “A”, conforme já explicado
anteriormente.

4.1.3. Limitar corrente circulante

FIGURA 10

Ao ser aplicada a tensão Vd sobre os terminais do reator, circula uma corrente


circulante, IC, esta corrente deve ser limitada para que não ocorra o desgaste
excessivo dos contatos do comutador e a vida útil dos mesmos seja preservada.
A determinação do limite da corrente circulante no reator parte do princípio da
extinção de arco em um circuito conforme abaixo:

FIGURA 11

6
Levantamos as seguintes equações:

VR = 2Vb – Vd
1
IR = I L − IC
2

A partir deste ponto, desenvolveu-se estas equações e conclui-se que o reator deve
ser projetado para:

I C = 50% I L

A tolerância para o ensaio de corrente circulante é de ± 20%.


O núcleo do reator possui de 1 a 2 Gap’s que são dimensionados para que a corrente
circulante se estabeleça dentro dos parâmetros anteriores.
Estes Gap’s são preenchidos com fenolite ou premix. Contudo, ao longo da vida útil
do regulador, o gap pode aumentar ou diminuir devido à vibrações e/ou temperatura
e a calibração da corrente não corresponder aos parâmetros anteriores:

Segue um exemplo de recalibração do reator:


Regulador:
HCMR – 60Hz – 138kVA (1380 KVA) – 13800V ± 10% (32 degraus) – 100A.

Projeto ⇒ IC = 0,5 x 100 = 50A ± 20%


Campo ⇒ Supondo: IC = 70 A
Medindo o Gap = 2 x 10,5 = 21mm

 Para recalibrar se faz a proporção direta:

7
70 A - 21mm
50 A - X
X = 15mm ⇒ 2 x 7,5mm

O reator apresenta a característica de possibilitar a circulação da corrente de carga,


IL, livre por ele, não constituindo impedância para esta corrente. Isto acontece por
causa do center tap, que promove a circulação da metade de IL por um lado do reator
(A) e a outra metade de IL por outro lado do reator (B), conforme se segue:
FIGURA 12

φL
De acordo com a figura anterior, temos que os fluxos magnéticos, , criados pela
2
IL
corrente, , se anulam, o que em um circuito indutivo significa que a
2

tensão induzida na bobina do reator devido a circulação da corrente de carga é zero



⇒ Vinduzida = N =0
dt

4.2. Bobina de equalização

Analisando os circuitos abaixo:

8
Circuito A: Como não existe tensão aplicada sobre o reator ⇒ IC = 0.

FIGURA 13

Circuito B: Como existe tensão aplicada sobre o reator ⇒ IC ≠ 0.

FIGURA 14

A alternância da corrente circulante de zero (circuito A) para o valor 50% IL (circuito


B) durante as comutações do regulador, causaria um elevado desgaste dos contatos
di
do comutador devido ao L , ou seja, a taxa de variação de corrente de zero para
dt
50% seria elevada, o que causaria o aumento da tensão de arco e consequentemente
da potência de arco.

9
Para resolver este problema e manter a corrente circulante no reator constante em
50% IL independentemente da posição do comutador, adiciona-se a bobina de
equalização ao circuito do reator conforme se segue:

FIGURA 15

A bobina de equalização localiza-se na parte ativa do transformador principal do


regulador. O que possibilita que esta bobina seja um elemento ativo, ou seja, uma
fonte de tensão, no circuito do reator, quando o mesmo estiver na condição do
circuito “A”. Sendo assim, analisando o circuito a seguir, percebe-se que a corrente
circulante nesta condição muda de sentido, mas se mantém em módulo.

FIGURA 16

10
FOTO 1 – PARTE ATIVA DO REGULADOR

FOTO 2 – TRANSFORMADOR DE CORRENTE DO REGULADOR

11
FOTO 3 – COMUTADOR SOB CARGA DO REGULADOR

FOTO 4 – BOBINA PRINCIPAL DO REGULADOR

12
FOTO 5 – REATOR DO REGULADOR

5. TIPOS DE REGULADOR

Os tipos de regulador por degraus conforme NBR 11809 – Item 3.10, são:

5.1. Tipo A

É chamado de regulador com excitação variável, uma vez que a bobina de excitação,
Volt
B, sente qualquer variação de tensão da fonte. Logo, o deste regulador é
Espira
variável.

13
FIGURA 17
5.2. Tipo B

É chamado de regulador de excitação constante, uma vez que a bobina de excitação,


Volt
B, se localiza no lado de carga, não sentindo variações de tensão. Logo o
Espira
deste regulador é constante.

FIGURA 18

5.3. Cálculo de correntes

Vamos utilizar como referência para este cálculo o regulador 13800V ± 10% - 100A.

5.3.1. Regulador Tipo A

14
5.3.1.1. Elevador (R16)

FIGURA 19
VB I C
= , onde:
VC I B

VB, IB, VC, IC: Tensão e corrente nas bobinas B e C, respectivamente.

Logo:
13800 I C
= ⇒ IC = 10 IB
1380 IB
Ainda: I F = I B + I L e I C = I L

I L 100
Então: 1) I L = 10 I B ⇒ I B = = = 10 A
10 10

2) IF = IB + 100 = 10 + 100 = 110A

15
5.3.1.2. Abaixador (L16)

FIGURA 20

Logo: IC = 10IB
IF = - IB + IL

Então: IB = 10A
IF = 90A
5.3.2. Regulador Tipo B
5.3.2.1. Elevador (R16)

FIGURA 21

Logo:
13800 I C
= ⇒ IC = 10 IB
1380 IB

16
Ainda: I F = I B + I L e I F = I C
IC
IB =
Então: 1) 10

IC – 0,1 IC = 100
0,91C = 100
100
IC = = 111,1A
0,9

2) IB = 11,1A

5.3.2.2. Abaixador (L16)

FIGURA 22

Logo: 1) IC = 10 IB

2) IF = - IB + IL

IC
Então: 1) I C = − + 100
10
1,1 IC = 100
I C = 90,9A

17
5.3.3. Análise comparativa entre regulador tipo A x tipo B
5.3.3.1. A regulação do tipo A é de + 9,1% até – 11% e a do tipo B é de ± 10%.
5.3.3.1.1. A regulação do tipo A é obtida a seguir:

TENSÃO NA FONTE (V) TENSÃO NA CARGA (V)


13800 13800
(- 10%) = 12420 (12420 + 1242) = 13662 A conclusão é que
este regulador não
(+ 10%) = 15180 (15180 – 1518) = 13662 consegue regular ±
10%.
12544 13800
15332 13800
TABELA 1
Concluindo:
12544
x100% = 90,0% ⇒ Re gula + 9,1%
13800

15332
x100% = 111,1% ⇒ Re gula − 11,1%
13800

5.3.3.1.2. A regulação do tipo B é obtida a seguir:

TENSÃO NA FONTE (V) TENSÃO NA CARGA (V)


13800 13800
(- 10%) = 12420 (12420 + 1380) = 13800
(+10%) = 15180 (15180 – 1380) = 13800
TABELA 2

Concluindo:
12420
x100% = 90,0% ⇒ Re gula + 10%
13800

15180
x100% = 110% ⇒ Re gula − 10%
13800

5.3.3.2. O tipo B apresenta maiores perdas.

18
Analisando a tabela abaixo:

TIPO A TIPO B
IF (A) 110 111,1
R16 IC (A) 100 111,1
IB (A) 10 11,1
IF (A) 90 90,9
L16 IC (A) 100 90,9
IB (A) 10 9,09
TABELA 3

Conclui-se que, como a IC é 11,1% maior no regulador tipo B se comparada ao tipo A,


as perdas no enrolamento “C” são 23% maiores que no tipo ª Logo o tipo B tende a
ser um regulador maior porque demanda mais radiador para sua refrigeração.

5.3.3.3. O tipo “B” possui apenas um TP para alimentar o Relé e o motor do


comutador. O tipo “A” possui 2 TP’s, um para o Relé e outro para o motor.

FIGURA 23 – TIPO “ A”

19
FIGURA 24 – TIPO “ B”

6. TIPOS DE CONEXÕES EM BANCO DE REGULADORES

6.1. Conexão em Estrela

FIGURA 25

20
FIGURA 26

Supondo os reguladores elevando em +10%.


O diagrama fasorial fica:

FIGURA 27

A recomendação é que se o banco de reguladores for ligado em estrela,


necessariamente a fonte seja também em estrela, para que a corrente de neutro
devido à possíveis desequilíbrios de carga do banco tenha caminho fechado para a
terra e portanto para a fonte.

21
FIGURA 28

Atenção: Recomenda-se que a resistência de aterramento deve ser menor que 20


ohms.
Caso a fonte seja em triângulo, e o banco de reguladores em estrela, o neutro virtual
da ligação estrela se deslocará caso a carga seja desequilibrada, e o banco de
reguladores entrará numa avalanche de comutações. Geralmente no banco, alguns
reguladores vão para a posição máximo elevar e outro(s) para o máximo abaixar.

6.2. Conexão em Delta Fechado

FIGURA 29

22
FIGURA 30

Supondo reguladores de 13800V, elevando em +10%.

→ = 13800 x 0,1 = 1380


→ = 13800V

FIGURA 31
Logo:
C'
Sen 60º = ⇒ C ' = 1195
1380

B'
Cos 60º = ⇒ B' = 690
1380

FIGURA 32

23
Então:

(15870) + (1195)
2 2
A=

A = 15915V
15915
Regulação (%) = = 115%
13800

FIGURA 33

A REGULAÇÃO DO BANCO LIGADO EM DELTA


FECHADO É DE ± 15%

6.3. Conexão em delta aberto

FIGURA 34

24
FIGURA 35
Supondo reguladores de 138kVA – 13800V elevando em +10%.

→ = 13800V
→ = 1380V

FIGURA 36

25
Logo:
X'
Cos 60º = ⇒ X ' = 690
1380

A = 13800 + 2X = 15180
15180
Regulação (%) = = 110%
13800
FIGURA 37

A REGULAÇÃO DO BANCO LIGADO EM DELTA


ABERTO É DE ± 10%

Esta ligação é vantajosa quando se tratar de ligação em cascata, com isso coloca-se 2
reguladores em cada ponto da cascata, economizando 1 regulador. Recomenda-se
utilizar de 3 e no máximo 4 bancos de reguladores em cascata, devido à problemas
de possíveis sobretensões no sistema quando do fechamento de religadores.

26
7. REGULADORES PADRONIZADOS PELA NORMA NBR 11809/1992

Potência
Tensão Tensão Ligação do
Nível básico nominal do Corrente de
nominal do nominal do banco de
de impulso regulador linha (A)
sistema (V) regulador (V) reguladores
(kVA)
50 200
75 300
Estrela com
100 400
4160 2400 neutro 60
125 500
aterrado
167 668
250 1000
50 100
75 150
Estrela com 100 200
8320 4800 neutro 75 125 250
aterrado 167 334
250 500
333 668
38,1 50
57,2 75
76,2 100
Estrela com 114,3 150
13200 7620 neutro 95 167 219
aterrado 250 328
333 438
416 546
509 668
69 50
138 100
207 150
13800 13800 Triângulo 95
276 200
414 300
552 400
72 50
144 100
216 150
150
Estrela com 288 200
(tensão
24940 14400 neutro 333 231
aplicada
aterrado 432 300
= 50kV)
576 400
667 463
833 578
100 50
150 200 100
Estrela com
(tensão 333 167
34500 19920 neutro
aplicada 400 201
aterrado
= 50kV) 667 334
833 418
TABELA 4

27
8. DIMENSIONAMENTO DE REGULADOR

Utilizando a tabela anterior vamos exemplificar como dimensionar um regulador:

 Carga de 10MVA;
 Tensão da regulação: 13800V;
 Fonte em estrela com resistência de aterramento menor que 20 Ohms;
 Ligação do banco em estrela.

Para isso, a corrente é:

10000kVA
I= = 418 A
3 x13,8kV

A tensão nominal do regulador deve ser:

13800
VN = = 7967V
3
Analisando a tabela anterior, escolhemos o regulador de 333kVA – 7620V – 438A, e
com tensão adicional 7967V.

9. LOCALIZAÇÃO DE BANCOS DE REGULADORES

Transmissão Subestação Distribuição


Tensão percentual com carregamento máximo

Ponto de Instalação do
Banco de Reguladores

Transformador Regulador

Perfil da tensão
após a instalação
de Banco de
Reguladores

Perfil da tensão
antes da instala-
ção de Banco de
Reguladores

FIGURA 38

28
A faixa admitida pela portaria da ANEEL é que a tensão esteja entre –7,5% a + 5%.

10. FUNCIONAMENTO DO REGULADOR

FIGURA 39

O enrolamento 1, chamado de enrolamento de excitação (enrolamento B), induz uma


tensão no enrolamento 2 (enrolamento C), também conhecido por enrolamento de
tapes ou regulação. Na figura 39, o TP4 (transformador de potencial) instalado do
lado da carga envia um sinal para o Relé regulador de tensão que posiciona os
terminais A e B do reator 3 na posição adequada para manter a tensão na carga
constante. A chave inversora de polaridade mostrada em 6 determinará se o
regulador elevará ou diminuirá a tensão, sendo que seu controle é feito pelo Relé
regulador. O TC5 (transformador de corrente) instalado do lado da carga enviará ao
Relé regulador um sinal de carregamento da linha, possibilitando a compensação de
quedas de tensão que ocorram no sistema.

29
11. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO CONTROLE ELETRÕNICO
TB-R800

TB-R800

11.1. Introdução.
O controle para regulador de tensão monofásico tem por objetivo manter a
tensão no consumidor dentro dos parâmetros selecionados, através do
monitoramento da linha, e do acionamento do “COMUTADOR DE POSIÇÕES SOB
CARGA”.
Consequentemente, traz os seguintes benefícios:

30
 Tensão estável no consumidor;
 Corrente de carga dentro dos valores esperados.

11.2. Ajustes
Um controle para regulador de tensão deve possuir os seguintes parâmetros de
ajustes, afim de ter um desempenho satisfatório:
11.2.1. Tensão de Referência - Vref
Seleciona a tensão na linha do consumidor.
Conforme já descrito no item 10, existe nos reguladores por degraus um TP instalado
no lado da carga que fornece uma amostra da tensão da carga. Normalmente o valor
da tensão do secundário deste TP é 120V e quando o regulador está com tensão
nominal aplicada no primário do TP, o sensor de tensão do Relé regulador tem a
finalidade de comparar a tensão fornecida pelo TP com a tensão de referência
ajustada. Logo, supondo-se que esta seja de 120V, se houver uma alteração, para
mais ou para menos, da tensão fornecida pelo TP, o Relé regulador comandará o
comutador de forma a ajustar do lado da carga até que se tenha 120V no secundário
do TP e, consequentemente, tensão nominal no lado da carga.

Caso haja necessidade de operação em sistemas com tensão nominal diferente da do


regulador, pode-se atuar neste controle para adequar o funcionamento. Supondo que
possuíssemos um banco de reguladores cuja tensão nominal fosse 7620V e
precisássemos ligá-lo em sistema estrela aterrada com tensão entre fases de 13800V.

Logo, a tensão entre fase-terra seria 13800/ 3 =7967V. A relação do TP será


7620V/120V = 63,5.

31
Dessa forma, para que o regulador passe a funcionar com uma tensão de 7967V,
deve-se modificar o valor da tensão de referência para 125V (7967/63,5=125,4).
Deve-se observar que alguns fabricantes fornecem o regulador com possibilidade de
funcionamento em tensões diferentes da nominal, bastando para isso modificar
ligações no controle ou atuar em chaves, entre outros.

11.2.2 Insensibilidade - Ins


Este ajuste determina a faixa de precisão, a partir da Tensão de Referência, dentro
da qual o regulador considera que não há necessidade de comutação, estabelecendo
assim a variação máxima percentual da tensão na carga.

Exemplo:
 Vref = 120V
 Ins = 2,5%
Faixa = 120 ± 2,5%
Banda máxima = 123V
Banda mínima = 117V

11.2.3. Temporização - T
A finalidade da temporização é evitar comutações desnecessárias em função de
variações rápidas de tensão. Sem ela ocorreria um número excessivo de comutações,
provocando desgaste mecânico acelerado do comutador. Dessa forma, a correção de
tensão se dá somente para variações de tensão cujas intensidades estejam fora dos
valores ajustados pela Tensão de Referência e largura de faixa, e por período maior
que o determinado na temporização.

Outra finalidade também importante, é a coordenação entre dois ou mais


reguladores de tensão ligados em cascata; o mais próximo à fonte deverá responder
em menor tempo às variações de tensão para evitar um número de operações
excessivas dos demais reguladores.

32
O tempo ajustado pode ser “LINEAR” ou “INVERSO”.
 “LINEAR” -> O tempo para atuação (tat) é igual ao tempo ajustado (T).
 “INVERSO” -> O tempo para atuação (tat) é inversamente proporcional à
variação da tensão de entrada do controle (Vc).
Este tempo pode ser calculado pela seguinte fórmula:
tat = (Ins/∆V) x T onde: tat -> tempo para atuação (seg)
Ins -> Insensibilidade ajustada (%)
T -> Temporização ajustada (seg)
∆V = |Vc – Vref| / Vref x 100

Exemplo:
 Vref = 120V
 Ins = 2,5%
 Temporização = 30 seg
Supomos que Vc = 115V
∆V = |115 – 120|/120 x 100 = 4%
Tat = 2,5 / 4 x 30 = 18 segundos

Obs.: Para o uso do modo de temporização INVERSO, deverá ser levado em conta:
 O modo de temporização “INVERSO” provoca aumento no número de comutações
por diminuir muito o tempo para atuação, reduzindo assim a vida do comutador.

11.2.4. Compensador de Queda de Tensão na Linha - Ur e Ux


Este é um componente que simula a impedância da linha desde o banco de
reguladores até o ponto onde se deseja que a tensão seja constante. O circuito básico
do compensador simula as quedas de tensão existentes na linha, fazendo com que o
regulador as compense.

O secundário do TP, que fornece a amostra da tensão do lado de carga, é colocado


em série com um circuito cujas resistência e indutância são imagens da resistência e
indutância da linha. Quando o regulador é submetido à carga, circula no TC uma

33
corrente proporcional ao carregamento e, consequentemente, aparece uma queda de
tensão em RC e XC proporcional à queda de tensão da linha.
Quando o regulador é submetido à carga, circula no TC uma corrente proporcional
ao carregamento. O controle separa a componente resistiva e a reativa desta corrente
e calcula a queda de tensão resistiva na linha “Vr”, conforme o ajuste em “Ur”, e a
queda de tensão reativa na linha “Vx”, conforme o ajuste em “Ux”.
Neste caso, a tensão “vista” pelo controle é a tensão do secundário do TP mais ou
menos (conforme a polaridade ajustada em “Ur” e “Ux”) a queda provocada pelo
compensador “Vr” e “Vx”. Logo o controle posicionará o regulador de maneira a
restabelecer o equilíbrio entre a tensão que ele “vê” e a tensão de saída do regulador.
Assim, esta tensão de saída poderá ser maior ou menor que aquela considerada para
o sistema, porém, devido à queda de tensão na linha, a tensão na carga ficará
constante.

FIGURA 41

11.2.5 Limitador de Tensão – Vmax e Vmin


Os reguladores de tensão são geralmente instalados em circuitos com cargas
distribuídas ao longo da linha. No caso de uso do Compensador de Queda de Tensão
na Linha, as cargas imediatamente após o regulador de tensão (consumidor 1) ficam
submetidas a tensões inadequadas.

34
Para proteger estas cargas é recomendável o uso do limitador de tensão. Este limitará
a tensão na saída do regulador dentro de um valor preestabelecido, de forma a não
prejudicar os consumidores próximos.
 Vmax: Quando houver um ajuste positivo em “Ur” e/ou “Ux”, o controle irá elevar
a tensão de saída do regulador proporcionalmente à corrente de carga para
compensar uma queda de tensão na linha. Quando esta tensão se igualar ao valor
ajustado em “Vmax”, o controle bloqueia o acionamento automático para
“ELEVAR TENSÃO”, impedindo assim que esta ultrapasse o valor máximo
permitido para os consumidores mais próximos (consumidor 1). Neste caso, a
tensão nos consumidores mais afastados (consumidor 2) será menor que a
desejada.
 Vmin: Quando a tensão de saída do regulador for menor ou igual ao valor
ajustado em “Vmin”, o controle bloqueia o acionamento automático para
“ABAIXAR TENSÃO”

Quando usado o compensador de queda na linha, as cargas próximas


ao regulador podem ficar sujeitas a tensões inadequadas.

11.2.6. Bloqueio de Tap – BLQmax e BLQmin (Load Bonus)


O regulador de tensão permite o aumento da corrente passante (aumento de carga)
com a redução da faixa de regulação. A faixa de regulação máxima normalizada é de
± 10%, porém existem no regulador ajustes capazes de limitar esta faixa nos
seguintes pontos: ± 10%, ± 8,75%, ±7,5%, ± 6,25% e ± 5,0%. A atuação deste controle
faz com que o comutador de derivações em carga seja bloqueado automaticamente ao
atingir o tap correspondente à faixa de regulação ajustada.
35
 BLQmin: Bloqueia os Taps negativos correspondentes as faixas:
 -16 -> ±10%
 -14 -> ±8,75%
 -12 -> ±7,5%
 -10 -> ±6,25%
 -8 -> ±5,0%
 BLQmax: Bloqueia os Taps positivos correspondentes as faixas:
 +16 -> ±10%
 +14 -> ±8,75%
 +12 -> ±7,5%
 +10 -> ±6,25%
 +8 -> ±5,0%

11.3. Funcionamento
11.3.1. Fluxo Normal
Um TP e um TC instalados no lado “CARGA” do regulador, fornece, respectivamente,
ao controle uma amostra da tensão de carga “Vc”, e corrente “Ic” que é utilizada para
cálculo da compensação de queda na linha “Vr” e “Vx”, através dos ajustes “Ur” e
“Ux”. O controle compensa então esta tensão “Vc” com “Vr” e “Vx”, e compara com os
seguintes parâmetros de ajuste:
 Tensão de referência – “Vref” (V)
 Insensibilidade – “Ins” (%)
 Temporização – “T” (seg)
Caso esta tensão esteja acima ou abaixo de “Vref”, além da faixa ajustada em “Ins”, o
controle inicia uma contagem de tempo. Caso a tensão permaneça fora da faixa além
do tempo ajustado “T”, o controle aciona o comutador de posições no sentido
“ELEVAR TENSÃO” ou “ABAIXAR TENSÃO”, até que esta fique dentro dos
parâmetros ajustados.
Exemplo:
Supondo-se que tenha um regulador de tensão nominal 7620V e corrente de 200 A.
Que possua um TP com relação de 63.5 e um TC com relação de 1000. Este regulador
será instalado em uma linha cuja tensão nominal seja de 7620V – fase/terra. A
variação máxima da tensão permitida na carga seja de ±2,5% e, devido as cargas
temporárias, necessitamos de corrigir apenas as variações de tensões que

36
permaneçam além de 30 segundos. Supomos uma linha ideal a qual não possua
impedância.

Será feito os seguintes ajustes no controle:


Tensão nominal no secundário do TP:
“Vs” = 7620/63.5 = 120V
Logo:
 Tensão de referência – “Vref”: 120V
 Insensibilidade – “Ins”: 2,5%
 Temporização – “T”: 30 segundos linear
 “Ur” e “Ux”: 0V.
Supondo uma variação da tensão na carga conforme a figura abaixo temos:

Quando a tensão de carga “Vc” fica abaixo de “Vref” – “Ins”, ou seja:


“Vc” < 120 – (120 x 2,5/100) -> “Vc” < 117,0V
O led de indicação de “ELEVAR TENSÃO” acende e o controle inicia a contagem de
tempo. Passado 30 segundos, o controle inicia o acionamento do “Comutador Sob
Carga” no sentido “ELEVAR TENSÃO”, até que “Vc” fique maior ou igual a 117,0V.
Caso a tensão “Vc” fique maior que Vref+Ins (123,0V), o led de indicação de “ABAIXAR
TENSÃO” acende e passado um tempo maior que T, o controle irá acionar o
“Comutador Sob Carga” no sentido “ABAIXAR TENSÃO” até que “Vc” fique menor ou
igual a 123,0V.
Supondo que o ajuste de temporização fosse 30 seg. INVERSO:

37
∆V= (120 – 114)/120 x 100 = 5%
Tat = 2,5/5 x 30 = 15 segundos
Com isto, o tempo para atuação do comutador reduzirá de 30 segundos para 15
segundos.

11.3.2. Fluxo Inverso


Os reguladores de tensão são geralmente instalados em circuitos com fluxo de
potência unidirecional (fonte-carga). Como, entretanto, alguns circuitos são do tipo
“anel”, pode ocorrer a inversão do fluxo de carga, isto é, o regulador recebe a tensão
no lado “CARGA”.

38
Quando da ocorrência deste fenômeno, o regulador terá um comportamento
inadequado, podendo causar sobretensões ou subtensões no circuito ligado ao
terminal fonte do regulador.
Para propiciar uma operação adequada e segura nestas condições o controle possui
um “Detector de Fluxo Inverso de Potência”. Este é capaz de detectar
automaticamente a inversão do fluxo através da corrente “Ic” e fazer as seguintes
alterações no funcionamento do regulador, de modo a adequar sua operação:

 Inversão no sentido de rotação do motor do comutador sob carga;


 Inversão da polaridade do compensador de queda na linha.
 O controle passa a regular da seguinte forma:
através da tensão “Vc” e corrente “Ic” medida no lado “CARGA”, e da posição em
que o comutador sob carga se encontra, o controle calcula a tensão “Vf” e a
corrente “If” no lado “FONTE”. O controle então opera da mesma forma descrita
para fluxo normal (item 2.2.1) porém utilizando “Vf” e “If”, e os parâmetros de
ajustes “Vref”, “Ins”, “T”, “Ur” e “Ux” específicos para fluxo inverso.

Se o fluxo se inverter novamente para o sentido normal, o controle automaticamente


faz as alterações necessárias ao circuito, a fim de adequá-lo ao seu funcionamento
normal. Deve-se contudo, atentar para não aplicar este acessório quando exista
possibilidade de funcionamento de fontes em paralelo, como mostrado. Neste caso
não é recomendável a utilização do regulador de tensão como acessório interligador
dos sistemas, uma vez que quando o fluxo de potência for indefinido poderá ocorrer
instabilidade no sistema de controle do regulador.

39
FIGURA 43 – Regulador aplicado a sistema com fontes em paralelo.
11.4. OPERAÇÕES DE MANOBRA
Para colocar ou retirar de serviço os reguladores de tensão, deverá ser executado os
passos descrito abaixo. Se por algum motivo não consiga colocar o regulador na
posição zero ou certificar-se que o mesmo se encontre nesta posição, deverá ser
desenergizada a linha para a retirada do regulador de serviço.

PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE MANOBRA


COLOCAÇÃO DO REGULADOR RETIRADA DO REGULADOR DE
EM SERVIÇO E ABERTURA SERVIÇO E FECHAMENTO DA
DA CHAVE BY-PASS CHAVE BY-PASS
3 3

1 2 1 2
RT RT
FONTE CARGA FONTE CARGA

4 4
CHAVE "4" SOMENTE NA CHAVE "4" SOMENTE NA
CONEXÃO DELTA ABERTO CONEXÃO DELTA ABERTO

UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

VERIFIQUE SE AS PARTES METÁLICAS


ESTÃO RIGIDAMENTE ATERRADAS
VERIFIQUE SE AS PARTES METÁLICAS
ESTÃO RIGIDAMENTE ATERRADAS
CERTIFIQUE-SE, NO PAINEL DE CONTROLE,
QUE A CHAVE "NORMAL/DESLIGA/EXTERNO"
ESTÁ NA POSIÇÃO "DESLIGA" EM TODOS OS COLOQUE O REGULADOR NA POSIÇÃO "ZERO"
REGULADORES DO BANCO
ATRAVÉS DA CHAVE DE OPERAÇÃO
(ELEVAR/ABAIXAR) NO PAINEL DE CONTROLE
FECHE A CHAVE "4"
APENAS PARA O BANCO EM DELTA ABERTO
CERTIFIQUE-SE DA POSIÇÃO "ZERO"
FECHE A CHAVE "1" LADO DA FONTE ATRAVÉS DO INDICADOR DE POSIÇÃO
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO E DO INDICADOR DE POSIÇÃO NEUTRA

COLOQUE A CHAVE "NORMAL/DESLIGA/EXTERNO" COLOQUE A CHAVE DE OPERAÇÃO NA POSIÇÃO


NA POSIÇÃO "NORMAL" E COLOQUE "MANUAL" E A CHAVE "NORMAL/DESLIGA/EXTERNO"
O REGULADOR NA POSIÇÃO "ZERO" ATRAVÉS NA POSIÇÃO "DESLIGA"
DA CHAVE DE OPERAÇÃO (ELEVAR/ABAIXAR)
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO

CERTIFIQUE-SE DA POSIÇÃO "ZERO" ATRAVÉS REPITA TODOS ESTES PASSOS PARA OS


DO INDICADOR DE POSIÇÕES OUTROS REGULADORES DO BANCO
E DO INDICADOR DE POSIÇÃO NEUTRA
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO

FECHE A CHAVE "3" CHAVE BY-PASS


COLOQUE A CHAVE DE OPERAÇÃO NA
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO
POSIÇÃO "MANUAL" E A CHAVE
"NORMAL/DESLIGA/EXTERNO"
NA POSIÇÃO "DESLIGA" EM TODOS OS
REGULADORES DO BANCO
ABRA A CHAVE "2" LADO DA CARGA
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO
FECHE A CHAVE "2" - LADO DA CARGA
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO

ABRA A CHAVE "3" - CHAVE BY-PASS ABRA A CHAVE "1" LADO DA FONTE
EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO EM TODOS OS REGULADORES DO BANCO

COLOQUE A CHAVE "NORMAL/DESLIGA/EXTERNO"


NA POSIÇÃO "NORMAL" E A CHAVE DE OPERAÇÃO
NA POSIÇÃO AUTOMÁTICO EM TODOS OS ABRA A CHAVE "4" APENAS PARA O BANCO
REGULADORES DO BANCO EM DELTA ABERTO

40
12. AJUSTE DO COMPENSADOR DE QUEDA NA LINHA

FIGURA 44

Utilizando equações fundamentais de tensão, concluímos facilmente que a queda de


tensão na linha referida ao circuito de controle é dada por:

I C RL
1) RC =
RTP

IC X L
2) X C =
RTP

Onde:

RL : Resistência da linha em ohms, conforme tabela 7.


XL : Reatância da linha em ohms, conforme tabela 7.
RC : Resistência do compensador em volts.
XC : Reatância do compensador em volts
IC : Corrente nominal primária do TC (A)

41
OBS.: Para reguladores Toshiba, a corrente primária do TC é idêntica à corrente
nominal do regulador

A relação do TP é dada por:

Tensão nominal do regulador


RTP =
120

Observando as equações (1) e (2) anteriormente, temos em comum o fator


IC
, o qual definiremos como:
Relação do TP

FC: Fator compensador de queda na linha

Nota: Este fator depende apenas dos dados de placa do regulador.

12.1. Ajuste da compensação de queda na linha para os tipos de ligações dos


reguladores

12.1.1. Ligação monofásica

FIGURA 45

IC
FC = x 2 ou 1,67
RTP

42
Nota: O ajuste de FC nesta ligação depende do aterramento. O fator deve ser de:

⇒ 2,0: para sistema isolado da terra;


⇒ 1,67: para sistema com neutro ligado à terra.

12.1.2. Ligação em estrela

FIGURA 46

Com a tensão do TP e da carga estão da fase para a terra:

IC
FC = x1
RTP

43
12.1.3. Ligação em triângulo

FIGURA 47

Como a tensão do TP é entre fases, e da carga é da fase para a terra:

IC
FC = x1,73
RTP

Considerando o fator de potência igual a 1,0, podemos afirmar:

1) A tensão de fase de um sistema monofásico e a corrente de carga estão em fase;


2) As tensões de fase para neutro em um sistema de ligação estrela multi-aterrada
estão em fase com as correntes de carga correspondentes.
3) As tensões de fase para neutro em um sistema de ligação triângulo estão
defasadas de 30º em relação as correntes de carga correspondentes.
Devido ao defasamento entre tensão e corrente na ligação em triângulo, é necessário
corrigir os valores obtidos para o compensador de queda na linha conforme itens
12.1.3.1 e 12.1.3.2 a seguir:

12.1.3.1. Ligação triângulo fechado, considerando:


44
VA, VB, VC : Tensão entre fases

VAN, VBN, VCN : Tensão de fase para a terra equivalente

IC : Corrente de carga

RL : Resistência da linha (ohms)

XL : Reatância da linha (ohms)

FP : Fator de potência = 1,0

45
12.1.3.1.1. Regulador Atrasado

Temos:

FIGURA 48

FIGURA 49

46
Analisando as figuras anteriores, podemos concluir que:
1) a tensão entre fases está adiantada de 30° em relação à tensão fase-neutro
da fase correspondente.
2) Como o regulador é monofásico, ou seja, a tensão fase-neutro é a sua
referência, podemos falar que o regulador está atrasado.
Refletindo para o circuito do compensador de queda na linha, podemos afirmar:

RL I C X I
= RC ; L C = X C
RTP RTP

E sabendo que é facilmente demonstrável que para determinarmos a parcela de


incremento no compensador basta multiplicarmos o módulo vetor pelo unitário com
a sua defasagem, temos:

(RC + jXC) x 1 + 30º


(RC + jXC) x (+ 0,866 + j0,5)
0,866RC + j 0,5RC + j 0,866XC - 0,5XC

Logo:
R ' C : 0,866 RC − 0,5 X C

X ' C : 0,866 X C + 0,5 RC

Sendo:

R’C: correção de RC
X’C: correção de XC
Após o cálculo de R’c e X’c, os valores positivos devem ser ajustados na chave de
polaridade do controle com polaridade positiva e os valores negativos devem ser
ajustados na chave de polaridade do controle com polaridade negativa.

12.1.3.1.2. Regulador Adiantado


47
FIGURA 48
Temos que:

WS
VC

A)
A SE
XL

(F
IC N
VA
IC

12

IC
30º
30º

L
R
VA
VB

FIGURA 49

48
Analisando as figuras anteriores, podemos concluir que:
3) a tensão entre fases está atrasada de 30° em relação à tensão fase-neutro
da fase correspondente.
4) Como o regulador é monofásico, ou seja, a tensão fase-neutro é a sua
referência, podemos falar que o regulador está adiantado.
Refletindo para o circuito do compensador de queda na linha, podemos afirmar:

RL I C X I
= RC ; L C = X C
RTP RTP

E sabendo que é facilmente demonstrável que para determinarmos a parcela de


incremento no compensador basta multiplicarmos o módulo vetor pelo unitário com
a sua defasagem, temos:

(RC + jXC) x 1 - 30º


(RC + jXC) x (+ 0,866 - j0,5)
0,866RC - j 0,5RC + j 0,866XC + 0,5XC
Logo:
R ' C : 0,866 RC + 0,5 X C

X ' C : 0,866 X C − 0,5 RC

Sendo:
R’C: correção de RC
X’C: correção de XC
Após o cálculo de R’c e X’c, os valores positivos devem ser ajustados na chave de
polaridade do controle com polaridade positiva e os valores negativos devem ser
ajustados na chave de polaridade do controle com polaridade negativa.

12.1.3.2. Ligação triângulo aberto


49
12.1.3.2.1. Ligação com Fase “B” sem regulador

FIGURA 50

Conclui-se que o regulador da fase “C” é o atrasado e o da fase “A” é o adiantado. Os


valores de R’c e X’c são os mesmos demostrados anteriormente para o regulador
atrasado e adiantado.

12.1.3.2.2. Ligação com Fase “C” sem regulador

50
FIGURA 51

Conclui-se que o regulador da fase “A” é o atrasado e o da fase “B” é o adiantado. Os


valores de R’c e X’c são os mesmos demostrados anteriormente para o regulador
atrasado e adiantado.

Concluímos que nas ligações em triângulo aberto, um regulador está atrasado e


outro adiantado. Contudo, no campo, às vezes, é difícil determinar qual regulador
está atrasado e qual está adiantado, para ajustar os valores de R e X do
compensador de queda na linha. Segue um teste prático para se determinar a
questão.

12.1.3.3. Teste para determinar se o regulador é retardado ou adiantado (ligação


triângulo aberto).

Para determinar a relação das fases num sistema trifásico o seguinte método pode
ser usado. Este método é aplicável somente com dois reguladores ligados em delta
aberto em sistema trifásico. Deverá existir uma carga suficiente na linha enquanto o
teste estiver sendo feito para ativar suficientemente o compensador de queda de
linha para se obter resultados positivos.
1. Ajuste o controle de nível de tensão em ambos os painéis no mesmo valor, ou seja
120 volts.
2. Coloque a compensação de resistência (R) no zero em ambos os reguladores.
3. Coloque a compensação de reatância (X) em ambos os painéis em valores iguais e
maior que 15V.
4. Ajuste a chave de transferência na posição Auto.

51
Depois que os reguladores pararem, o regulador com a maior tensão de saída (mais
próximo do Tap máximo), é o regulador em retardo e o outro regulador será o
adiantado.

52
TABELA 6
RESISTÊNCIA E REATÂNCIA DE LINHA DE TRANSMISSÃO

Dados do Regulador
Conexão do Circuito
Ver placa de identificação
Tensão de operação do Corrente nominal Triângulo Estrela
Monofásico
regulador (kV) do regulador
50 .60 .52 .30
19,9 100 1.20 1.04 .60
(166/1) 167 2.02 1.75 1.01
200 2.40 2.08 1.20
50 .83 .72 .42
100 1.67 1.44 .83
14,4
200 3.34 2.88 1.67
(120/1)
300 5.00 4.33 2.50
400 6.66 5.76 3.33
50 .86 0.74 0.43
100 1.74 1.5 .87
13.8 150 2.61 2.25 1.30
(115/1) 200 3.48 3.00 1.74
300 5.22 4.52 2.61
400 6.96 6.03 3.48
50 1.57 1.36 .79
75 2.36 2.04 1.18
100 3.15 2.72 1.57
7,62 150 4.72 4.08 2.36
(63,5/1) 219 6.90 5.97 3.45
328 10.33 8.94 5.17
438 13.80 11.94 6.90
548 17.26 14.93 8.63

TABELA 7 – TABELA MULTIPLICADORA DO COMPENSADOR

53
12.2. Exemplos de cálculo

Os exemplos que seguem demonstram o cálculo das ajustagens R e X para aplicações


diferentes.

12.2.1. Carga concentrada

FIGURA 51
Dados fornecidos:

Sistema : 7620/13200 – volt Y – aterrado


Reguladores : 3, monofásico, 219 ampères
Condutor : 1/0 cobre (0 mcm)
Espaçamento equivalente do condutor: 40 polegadas.

Portanto:

RL: 0.555 ohms (da tabela 7)


XL: 0.698 ohms (da tabela 7)
IC: 219 ampères
7620
Relação do TP: = 63,5
120

Para manter 120 volts nominal na carga concentrada, os calculados RS e XS,


empregando as fórmulas simplificadas seriam:

219(.555)
RC : = 1,91volts
63,5

54
219(.698)
XC : = 2,41volts
63,5

Normalmente, as regulagens são feitas em valores unitários, desta forma neste


exemplo provavelmente seria determinado em 2 volts para R e 2 volts para X.

12.2.2. Carga distribuída

FIGURA 52
Dados fornecidos:

Sistema : 13800 – volt – delta


Reguladores : 3, monofásico, 100 ampères
Condutor : 1/0 cobre (0 mcm)
Comprimento do condutor: 5 milhas
Espaçamento equivalente do condutor: 40 polegadas.
Corrente de linha (IL) : 90 ampères
Fator de potência : 80
Máxima voltagem permissível no primário do primeiro transformador = 122 volts

Em virtude da carga distribuída a carga total pode ser considerada como


concentrada 2.5 milhas dos reguladores.

Portanto:

RC: (2.5) (.555) ohms (da tabela 7)


XC: (2.5) (.698) ohms (da tabela 7)
IC: 100 ampères

55
13800
Relação do TP: = 115
120

Para manter 120 volts nominal no último transformador da carga distribuída, os RC e


XC calculados, empregando as fórmulas simplificadas seriam:

100(2.5)(.555)
RC : = 2,091volts
115
3

100(2.5)(.698)
XC : = 2,63volts
115
3

Desde que estes reguladores estão ligados em delta, fechado, a relação do TP, das
fórmulas acima, foi transformada na base de fase para fase. Além do mais, as
regulagens calculadas do compensador devem ser modificadas para corrigir o atraso
da corrente. As regulagens modificadas, empregando as fórmulas anteriormente
demonstradas, seriam:

RC’= .866 (2,09) + 0,5 (2,63) = 3,12


XC’= .866 (2,63) + 0,5 (2,09) = 1,23

As regulagens de 3,0 para R e 1,0 para X seriam normalmente efetuadas.


Determinado os valores de R e X do compensador de queda de linha a tensão
nominal será mantida no primário do último transformador. Todavia, a
superexcitação do primeiro transformador poderá causar uma preocupação.
Uma forma simples para se determinar a tensão no primeiro transformador é o
emprego das seguintes fórmulas.
O primeiro transformador localizado no terminal de saída do regulador.

I L ( RC ) cos eno I L ( X C )seno


V0 = V L + +
IC IC

56
O primeiro transformador localizado um pouco distante dos terminais de saída do
regulador:

I L Re cos eno 0 + I L X e seno 0


V I = V0 +
Relação do TP

Onde:
V0: Tensão de saída do regulador em volts
(Valor equivalente baseado na relação do TP)
VL: Tensão que deverá ser mantida no ponto de regulação em volts
(Valor equivalente baseado na relação do TP)
VI: Tensão no primário do primeiro transformador em volts
(Valor equivalente baseado na relação do TP)
IL: Corrente de linha em ampères
IC: Corrente primária nominal do TC em ampères
RC’: Regulagem de resistência do compensador em volts (calculada pela fórmula
simplificada).
RC: Resistência total de uma fase entre o regulador e o primeiro transformador, em
ohms.
XC’: Regulagem da reatância do compensador em volts (calculada pela fórmula
simplificada)
Xe: Reatância total de uma fase entre o regulador e o primeiro transformador em
ohms.

Exemplo de cálculo:

Considerar as mesmas condições demonstradas no item 12.2.2 e regulagens do


compensador conforme calculadas, RC’ = 3 e XC’ = 1,0. O primeiro transformador está
localizado nos terminais de saída do regulador, portanto:

(90)(3)(0,8) (90)(1)(0,6)
V0 = 120 + = = 120 + 2,2 + 0,54 = 122,7volts
100 100

57
Visto que a máxima tensão admissível no primeiro transformador é 122 volts (numa
base de 120 volts), as regulagens calculadas do compensador de 3 volts para R e 1
volts para X não são satisfatórias.
A correção pode ser realizada multiplicando-se as regulagens pela proporção:

V0 (admissível ) − VL
V0 (atual ) − VL

Para este exemplo, a proporção é:

122 − 120 2
=
122,7 − 120 2,7

As regulagens corrigidas do compensador serão:

 2 
X = 1,23   = 0,91 ou 1
 2,7 

 2 
R = 3,12   = 2,31 ou 2
 2,7 

13. IMPLEMENTAÇÃO DE REGULADORES NO PLANEJAMENTO DE


ALIMENTADORES DE DISTRIBUIÇÃO

13.1. Recomendações

Com base em experiências das concessionárias que utilizam reguladores de tensão


monofásicos na rede de distribuição, levantamos algumas recomendações:

1) A tensão em cada seção do alimentador deve se situar entre 93,5 e 105% da


tensão nominal do sistema.
2) A largura de faixa ajustada no Relé regulador de tensão deve ser de ± 1 volt.

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3) O retardo de tempo para regulador instalado na saída do alimentador da
subestação deve ser de 30 segundos e para os instalados no sistema de
distribuição em série com aquele deve ser de uma diferença mínima de 15
segundos entre eles. Com isso, os reguladores instalados mais distantes da
subestação possuem um tempo de retardo maior que os mais próximos da
mesma.

13.2. Software utilizado

As concessionárias de energia utilizam para o planejamento de alimentadores um


programa desenvolvido no sistema computacional Planel. Deve-se fazer o estudo para
as situações de demandas máxima e mínimas para que não ocorram problemas de
sobretensões e subtensões no sistema.

13.2.1. Aplicação

Este software se aplica à sistema de alimentadores aéreos radiais com trechos


monofásicos e/ou trifásicos situados em áreas urbanas e rurais. A última revisão
considerável deste software foi em março de 1994 e o mesmo sofreu em 1998
algumas melhorias, mas não alterando os resultados básicos da versão 1994. A
versão de 1994 pode ser utilizada sem prejuízo de resultados.

13.2.2. Funções

Suas funções são:

1) Cálculo de curto-circuito trifásico e fase-terra em alimentadores;


2) Cálculo de perfis de carga e tensão em alimentadores;
3) Simulação de capacitores e reguladores de tensão.

13.2.3. Princípio Básico

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O alimentador é dividido em seções.

Nota: A definição de seção é de um segmento do alimentador cujos extremos são


pontos caracterizados por:

- derivação de ramal específico;


- derivação de ramal com carga e/ou extensão considerável;
- instalação de banco de reguladores de tensão;
- instalação de capacitores;
- equipamento de manobra e/ou proteção;
- interligação com outro alimentador;
- carga concentrada.

13.2.4. Dados de Entrada para o Software

São dois os tipos de dados de entrada:

13.2.4.1. Dados Gerais do Alimentador

- tensão na subestação (V);


- demanda (kVA);
- fator de potência;
- número de ramais (máximo = 20) e demanda kVA de cada um;
- número de seções do alimentador (máximo = 400);
- tensão nominal (V);
- corrente de curto-circuito trifásica da subestação (A);
- corrente de curto-circuito monofásica para a terra da subestação (A);
- fluxo de potência trifásico de curto-circuito;
- fluxo de potência monofásico de curto-circuito;
- resistência de falta de seqüência zero (ohms).

13.2.4.2. Dados Gerais das Seções do Alimentador

- número de seções;

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- fases;
- código do cabo;
- comprimento da seção (km);
- capacidade instalada (kVA);
- demanda concentrada (kVA);
- capacitor simulado (kVAR);
- fator de potência da seção;
- regulador simulado; sim ou não;
- regulador existente; sim ou não;
- corrente primária do TC do regulador;
- ajuste RC (V);
- ajuste XC (V);
- nível tensão do regulador (V);
- relação do TP regulador (V);
- faixa de regulação máxima (%);
- ponto de regulação.

Seguem em anexo resultados deste software de algumas situações arbitrárias em um


alimentador qualquer.

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REV. D – MAIO/2002

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