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UnB 2008/1 – 2º dia

CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA

O ser humano está acostumado a observar o que o cerca a partir


das informações obtidas pelos seus órgãos sensoriais. Quando se
deseja estudar objetos ou fenômenos cuja ordem de grandeza os
sentidos não conseguem captar, é necessário utilizar ferramentas
que permitam analisá-los.
É possível, com o uso de equipamentos, observar fenômenos
cuja ordem de grandeza varia de 1021 metros até 10–13 metros, con-
forme exemplificam as figuras ao lado.

Considerando o texto acima e as figuras apresentadas, julgue os


itens seguintes.
1 Parte da biosfera e parte dos biomas terrestres encontram-se
na região da Terra mostrada na figura III.
2 Parte da região ilustrada na figura IV corresponde ao talassociclo.
3 As figuras VI, VII, IX e X, em conjunto, apresentam uma cadeia
alimentar. Nessas figuras se observam, respectivamente, pro-
dutor, consumidor primário, consumidor secundário e consumi-
dor terciário da referida cadeia.
4 As monocotiledôneas, vegetais predominantes na figura VI, são
angiospermas com raiz fasciculada.
5 Na vegetação existente na região ilustrada na figura V, predo-
minam plantas avasculares, que são características do bioma
cerrado.
6 As figuras VII e VIII ilustram situações relacionadas à poliniza-
ção indireta por entomofilia.
7 Na estrutura do DNA mostrada na figura XI, podem ser distin-
guidas as estruturas de histonas e nucleossomos.
8 O tamanho das mitocôndrias está compreendido entre as ordens
de grandeza mencionadas nas legendas das figuras VIII e X.
9 O organismo humano, em fase embrionária de mórula, possui
cavidade interna cujo diâmetro tem ordem de grandeza que se
aproxima mais do valor mencionado na legenda da figura XI que
daquele mencionado na legenda da figura VIII.
10 Considere que o átomo representado na figura XII seja do hi-
drogênio, que a freqüência da radiação — v — emitida na tran-
sição de um elétron entre uma órbita mais externa, de número
quântico principal next, e uma outra mais interna, de número
quântico principal nint, seja dada pela equação

 1 1 
v = R 2 − 2 ,
n
 int next 

em que R = 3,29 × 1015 Hz. Nessa situação, a transição de um


elétron da órbita mais interna desse átomo para a órbita ime-
diatamente seguinte resultaria na emissão de radiação em fre-
qüência superior a 2,00 × 1015 Hz.

SOLUÇÃO
Itens Certos: (01), (04), (06), (08) e (10)

Itens Errados: (02), (03), (05), (07) e (09)

Justificativas:

(02) Talassociclo corresponde ao biociclo marinho.

(03) VI corresponde ao produtor, VII corresponde ao consumidor


primário, IX corresponde a um decompositor e X correspon-
de a um parasita intracelular.

(05) Plantas características do cerrado são vasculares.

(07) Nucleossomo corresponde a um grupo de histonas envoltas


por uma parte de uma molécula de DNA que não é obser-
vado na figura.

(09) A mórula é formada por um conjunto de células e não possui


cavidade interna.


1º vestibular/2008

No final do século XIX e início do século XX, foram propostos di-


versos modelos para o átomo, entre eles, os modelos de Thomson e h
(15) De λ n = e nλ n = 2πrn
de Rutherford. Posteriormente, o modelo de Rutherford foi aperfeiço- mvn
ado por Niels Bohr, o qual assumiu que os elétrons se comportavam,
em seu movimento ao redor do núcleo, como ondas com compri- h 2πrn h
Temos = , ou vn = n ⋅ , assim, quanto maior rn,
h mvn n 2πmrn
mento de onda λ n = , em que m e vn são, respectivamente, a
mvn menor vn
massa e a velocidade do elétron que se encontra na órbita indicada
pelo número natural n, e h é uma constante física. Essas ondas, no (16) A energia cinética vale:
modelo de Bohr, obedecem à relação nλn = 2πrn, em que rn é o raio da
órbita de índice n. mvn2 ke 2 ke 2
Ec = = rn 2 =
A partir das informações apresentadas no texto, julgue os itens a se- 2 2rn 2rn
1
guir, sabendo que a constante elétrica K = , em que g0 é a cons-
πε 0 (17) A energia total é soma de cinética com potencial:
tante dielétrica do vácuo, e representando por e a carga do próton. vn2 ke 2 ke 2
11 No modelo de Thomson, as partículas de carga negativa ficavam Em = Ec + E p = − =− =
2 rn 2rn
misturadas às partículas de carga positiva, formando uma mas-
sa compacta. e2  πme 2  me 4
=− 2  2 
=− 2 2 2
12 No modelo de Rutherford, a maior parte da massa do átomo se ( 0)
4 πε ⋅ 2 ⋅ n ε h
 0  8 n ε0 ⋅ h
concentrava na eletrosfera, onde os elétrons giravam em órbi-
tas ao redor do núcleo, em um modelo similar ao planetário.
(18) A freqüência de luz absorvida pela a planta corresponde à
13 No modelo de Bohr, a relação nλn = 2πrn, referida no texto, está de cor vermelha de azul.
associada ao fato de que os nós e os ventres de uma onda es-
tacionária não mudam de posição ao longo do tempo.
14 Sabendo-se que no átomo de hidrogênio no modelo de Bohr Durante muito tempo pensou-se em Marte como um provável
a força elétrica entre núcleo e elétron é centrípeta, é correto lugar para abrigar vida. A descoberta de metano em sua atmosfera
2
ε0 h tornou-se a primeira evidência de que isso seria possível. Essa des-
afirmar que, nesse modelo, rn = n2r1, em que r1 = . coberta sugere que, nesse planeta, esteja ocorrendo uma intensa
2πme 2
atividade subterrânea biológica ou geoquímica. Sem essas ativida-
15 No modelo de Bohr para determinado átomo, quanto maior for des, o nível de metano em Marte, provavelmente, seria zero, uma
o raio da órbita de índice n, menor será a velocidade do elétron vez que esse gás é rapidamente eliminado, por exemplo, pelas rea-
que se encontra nessa órbita. ções apresentadas a seguir.
16 No átomo de hidrogênio no modelo de Bohr, a energia cinética
do elétron é dada por I 2CH4 → C2H6 + H2
17 A energia total do elétron no átomo de hidrogênio no modelo de II H2O + CH4 → H2CO + 2H2
−me 4
Bohr é dada por . III H2O2 + 2CH4 → 2H2CO + 3H2
4n 2 ε02 h 2
18 A freqüência da luz capaz de promover a fotofosforilação acíclica Os processos astronômicos e geológicos conhecidos, como as poeiras
corresponde à da cor verde. de meteoritos e os impactos de cometas e vulcões, que são fontes
convencionais de metano, não conseguiriam repor o gás consumido
pelas reações apresentadas. Uma fonte possível desse gás é a hidro-
SOLUÇÃO geoquímica, como as emanações hidrotérmicas. Nas condições que
determinam essas emanações, os silicatos ultramáficos (rochas ricas
Itens Certos: (11), (13), (15) em ferro e magnésio) podem reagir para produzir hidrogênio, em
Itens Errados: (12), (14), (16), (17) e (18) um processo conhecido como serpentinização, cujas reações são as
apresentadas em IV, V e VI, sendo que a reação VI se processa com
o consumo de produtos gerados em IV e V.

IV 6Fe2SiO4 + 7H2O → H2(aq) + 3Fe3Si2O5(OH)4 + Fe3O4


Justificativas:
V 2Mg2SiO4 + 3H2O → Mg3Si2O5(OH)4 + Mg(OH)2
(12) A massa se concentra no núcleo, em sua maioria.
VI 2Fe3Si2O5(OH)4 + 6Mg(OH)2 → 2H2(aq) + 2Mg3Si2O5(OH)4 + 2Fe3O4 + 4H2O
(14) Sendo a força elétrica a componente centrípeta temos: As reações do hidrogênio produzido na reação VI com grãos de car-
FE = Fc p bono, dióxido de carbono ou minerais carbonatados produzem meta-
no, de acordo com as seguintes reações.
c2 mv 2
= n ∴ 1
4πε0 vn  m
VII CO2(aq) +  2 +  H2(aq) →   CnHm + 2H2O
2  2n  n
e2 m  h  VIII CO2(aq) + 4H2(aq) → CH4 + 2H2O
= ⋅  ∴
4 ⋅ πε0 ⋅ rn2 rn  m λ n 
IX C + 2H2(aq) → CH4
Essas reações, quando realizadas em laboratório, à pressão de
e2 n2 ⋅ h2 400 Pa, temperatura de 390 ºC e com óxidos de cromo e ferro como
= ∴
4πε0 ⋅ rn m ⋅ 4π2 rn2 catalisadores, produzem grande quantidade de metano.

Uma outra fonte de metano a ser considerada é a microbiana. Na


n 2 ⋅ ε0 h 2
rn = , Terra, microrganismos conhecidos como metanógenos produzem
πme 2 metano em reações que envolvem o consumo de hidrogênio, dióxido
de carbono ou monóxido de carbono. As reações a seguir ilustram
rn = n 2 ⋅ r2
esse processo.

X 4CO + 2H2O → CH4 + 3CO2


XI 4H2 + CO2 → CH4 + 2H2O


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O metano produzido pode ser liberado para a atmosfera, talvez


por perda gradual do gás através de rachaduras e fissuras ou por
SOLUÇÃO
emissões esporádicas de vulcões.
Scientific American Brasil, n.o 6, jun./2007 (com adaptações). Itens Certos: (20), (21), (23), (24), (26) e (29)

Itens Errados: (19), (22), (25), (27) e (28), (30), (31) e (32)
Com base nas informações do texto, julgue os itens de 19 a 33.
19 O composto H2CO produzido na reação II tem grupo funcional
ácido que, em meio aquoso, diminui o pH da água e produz o
íon HCO–. Justificativas:
20 A geometria da molécula H2CO é trigonal plana. (19) Trata-se de um aldeído.
21 O H2O2 é classificado como um peróxido, pois o módulo do nú-
(22) A origem microbiana do metano não comprovaria a teoria
mero de oxidação do oxigênio nesse composto é maior que 2.
da abiogênese que diz que o ser vivo surge da matéria bruta
22 A comprovação da existência de fonte microbiana de metano
em Marte seria suficiente para provar os princípios da teoria da ou inanimada.
abiogênese.
(25) Quimiossíntese é um processo autotrófico para a produção
23 Na reação II, observa-se variação do número oxidação de ele- de glicose e não metano.
mentos quando são comparados os reagentes e os produtos.
24 O metano produzido na Terra contribui para o efeito estufa na (27) Óxidos são compostos binários em que o oxigênio é o mais
atmosfera terrestre. eletronegativo.
25 Na Terra, a produção de metano por microrganismos ocorre
predominantemente pelo processo da quimiossíntese. (28) Observe que o número de átomos de silicio não está devi-
damente balanceado.
26 Uma das reações mencionadas no texto é fotoquímica. Em diver-
sos vegetais, ocorrem reações fotoquímicas, que se processam (30) As entalpias dependem das condições em que o experi-
nos tilacóides e têm como conseqüência a formação de ATP.
mento é realizado.
27 Infere-se das informações do texto que os compostos Fe2SiO4 e
Mg2SiO4 são óxidos básicos. (31) A molécula de CO2 tem momento dipolar igual a zero.
28 A seguinte equação química representa corretamente a reação (32) Como o DH é negativo (DH = – 1286 kg · mol–1).
global do processo de serpentinização mencionado no texto:
A representação gráfica é:
6Fe2SiO4 + 12Mg2SiO4 + 21H2O →
3H2(aq) + 3Fe3Si2O5(OH)4 + Fe3O4 + 8Mg3Si2O5(OH)4

29 Considere que a reação VII se processe totalmente em fase Considerando essas informações, conclui-se que o DH da reação de
gasosa em vez de em fase aquosa, seguindo a mesma este- número X apresentada no texto, a 25 ºC e 1 atm, pode ser correta-
quiometria da equação apresentada, e que as substâncias que mente representado pelo gráfico abaixo.
participam dessa reação se comportem segundo a lei dos gases
ideais. Considere, ainda, que essa reação ocorra em um reci- H (kJ  mol)

{
piente rígido e fechado, à temperatura constante e com quanti-
dades estequiométricas dos reagentes no interior do recipiente,
produto
sob uma pressão total igual a p1. Nesse caso, é correto afirmar
que, após o consumo total dos reagentes na reação, a pressão
 4n + 2  H = 1.286 kJ  mol
total final no interior do recipiente será igual a   p1.
 6n + m  reagentes
30 As taxas de desenvolvimento das reações representadas pelas
equações VII, VIII e IX aumentam com a temperatura, mas
as entalpias dessas reações em diferentes temperaturas, como,
por exemplo, a 25 ºC e a 390 ºC, são idênticas, porque as ental- 33 Segundo a reação química indicada por XI no texto, microrga-
pias das substâncias independem da temperatura. nismos metanógenos produzem 1 g de metano consumindo 4 g
de hidrogênio.
31 A diferença de eletronegatividade entre o oxigênio e o carbono
faz a molécula de dióxido de carbono apresentar um momento
de dipolo maior que o da molécula de hidrogênio, o que torna o SOLUÇÃO
dióxido de carbono mais solúvel em água que o hidrogênio.
Item Errado: (33)
32 A tabela a seguir apresenta as entalpias de ligações que podem
ser formadas entre átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio.

entalpia de ligação
ligações
(kJ · mol–1 a 25 ºC e 1 atm)
Justificativas:
C–C 347
(33) 8 g H2 _______________ 16 g CH4
H–H 436
1 g H2 _______________ x ∴ x = 2 g CH4
C–H 414
O–H 464
Alguns filósofos gregos, como Anaximandro de Mileto e Empé-
O=O 496
docles, preocuparam-se com problemas que hoje são objeto de es-
C=O 743 tudo da evolução. Anaximandro acreditava que, da água e da terra
aquecidas, surgiram peixes ou seres muito semelhantes a eles; nes-
tes, formou-se o homem, sob a forma de embrião que ficava retido
dentro desses seres até a puberdade; quando, por fim, esses seres
se romperam, deles saíram homens e mulheres, com tal nível de
desenvolvimento que eram capazes de se alimentar.


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Empédocles acreditava que havia na Terra órgãos, como braços 42 A fabricação do triptofano depende de energia fornecida pelas
e pernas, que erravam pela superfície e que, às vezes, se combina- mitocôndrias, que estão presentes no citoplasma das bactérias
vam aleatoriamente para formar organismos bem adaptados, que da linhagem selvagem.
sobreviviam e davam origem ao que chamamos hoje de espécie. Em
outras ocasiões, essas combinações formavam organismos incom-
pletos e(ou) inadaptados, que eram incapazes de sobreviver. SOLUÇÃO

Acerca desse tema, julgue os itens a seguir. Itens Certos: (38)

34 A idéia de que novas espécies podem surgir em curto período Itens Errados: (37), (39). (40), (41) e (42)
de tempo, a partir de grandes modificações em organismos que
já existem, sem a influência de fatores ambientais, aproxima
as idéias defendidas por filósofos gregos como Anaximandro e
Empédocles do conceito moderno de especiação.
Justificativas:
35 Tanto a moderna teoria da evolução quanto Empédocles reco-
nhecem que fenômenos aleatórios provocam modificações nos (37) O triptofano é um aminoácido importante para a formação
seres vivos e que os resultados dessas modificações podem tor- das proteínas.
nar os seres vivos bem adaptados ou inviáveis.
36 Embora com uma visão muito mais elaborada a respeito da evo- (39) A competição é negativa para a linhagem selvagem e posi-
lução dos vertebrados, a moderna teoria da evolução, assim tiva para a linhagem mutante.
como Anaximandro, admite que o homem tenha se originado a
partir de seres semelhantes a peixes. (40) O fato de produzir de triptofano não permite a caracteriza-
ção como autótrofa. Bactérias autótrofas fazem fotossíntese
ou quimiossíntese.
SOLUÇÃO
Itens Certos: (35) e (36) (41) O comportamento citado não tem nenhuma relação com
segregação de alelos.
Itens Errados: (34)
(42) Bactérias são procariontes e não possuem mitocôndrias.

Justificativas:
Texto para os itens de 43 a 52
(34) O processo de especiação geralmente ocorre em longos A figura a seguir ilustra a estrutura molecular do triptofano.
períodos de tempo e com a influência de fatores ambientais.
H2N

Texto para os itens de 37 a 57 HOOC


É sempre vantajoso para os seres vivos produzirem os compostos
vitais dos quais necessitam? Uma série de experimentos demonstrou N
que não, se esses compostos puderem ser facilmente obtidos no H
ambiente. estrutura do triptofano
Nesses experimentos, foram comparadas duas linhagens da bac-
téria Bacillus subtillis, que diferiam quanto à capacidade de fabricar A tabela seguinte apresenta a composição e as características de
o aminoácido triptofano. A linhagem selvagem era capaz de fazê-lo, uma solução aquosa de triptofano utilizada para a cultura de bacté-
e a linhagem mutante, não. Se populações das duas linhagens, com rias no experimento descrito do texto anterior.
o mesmo número inicial de indivíduos, fossem colocadas em meio de
cultura que não contivesse triptofano, apenas a linhagem selvagem
composição para 100,0 mL de solução
sobreviveria.
triptofano 0,5 g
Entretanto, se fossem colocadas em meio rico em triptofano, a
população da linhagem mutante sobreviveria enquanto a população NaCR 0,5 g
da linhagem selvagem diminuiria. Esses resultados levaram os pes-
quisadores a concluir que a capacidade de sintetizar triptofano se KH2PO4 0,25 g
tornara desvantajosa na competição entre as duas linhagens, quan- pH = 7,4 a 25 ºC
do o meio era rico em triptofano.
Linus Pauling. Como viver mais e melhor. São Paulo: Best Seller, 1988 (com
Com base nessas informações, julgue os itens de 43 a 51.
adaptações).
43 O triptofano é classificado como ácido carboxílico, uma vez que sua
Acerca dos temas tratados no texto, julgue os itens que se seguem. molécula contém grupos funcionais que liberam íons H+ em água.
37 O triptofano é uma das bases nitrogenadas presentes no mate- 44 A cadeia carbônica do triptofano é classificada como mista, he-
rial genético de microrganismos. terogênea, insaturada e aromática.
38 Os experimentos descritos no texto demonstram como funciona 45 A reação do hidróxido de sódio com o triptofano forma água e o
o mecanismo evolutivo da seleção natural: a freqüência de ca- duplo sal cuja estrutura molecular está representada a seguir.
racterísticas que não têm valor adaptativo, como a capacidade H
de sintetizar triptofano em meio no qual esse aminoácido está
disponível, tende a diminuir ao longo das gerações.
Na+N–
39 A competição descrita no texto é do tipo interespecífica e repre-
senta interação negativa para as duas linhagens envolvidas, a
+ –
selvagem e a mutante, no ambiente rico em triptofano. Na O
40 As bactérias selvagens mencionadas no texto são classificadas O
como autótrofos, por serem capazes de sintetizar o triptofano.
N
41 As informações apresentadas no texto são suficientes para se H
concluir que o comportamento observado nas populações de
bactérias selvagens e mutantes é conseqüência da segregação
de alelos.


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46 Se forem consideradas apenas as interações do tipo dipolodi-


polo, é correto afirmar que o triptofano é solúvel em água e
também em tetracloreto de carbono.
Se pH – 7,4 → [H+] = 10–7,4. Logo [OH–] = 10–6,6
47 O triptofano é isômero de posição da molécula representada
pela estrutura a seguir. [ H + ] 10−7 ,4 [H + ]
Assim = ⇒ = 10−0,8
H2N OH [OH - ] 10−6,6 [OH - ]
Utilizando esse dado a 60ºC

O H + 
Kw =  H +  ⋅ OH −  → 10−13 =  H +   −0,8 →  H +  = 10−13,8
2

10
N
H  H +  = 10−13,8

48 A ligação covalente que une duas moléculas de triptofano, indi-


cada pela seta na figura a seguir, é uma ligação peptídica. Calculando o pH
1
pH = − log  H +  → pH = − log 10−13,8 → pH = − log (10−13,8 ) 2

HN 1 1
H2N pH = − log 10−13,8 → pH = − ⋅ ( −13, 8 ) log 10
2 2
pH = 6, 9
HOOC N
H O
N Multiplicando por 100, temos 690.
H

49 A presença de NaCR na solução aquosa de triptofano descrita na Nos experimentos descritos anteriormente, considere que os nú-
tabela aumenta a condutividade elétrica dessa solução. meros de indivíduos nas populações das bactérias selvagens e mu-
50 A concentração do KH2PO4 na solução aquosa de triptofano des- tantes, em milhares, sejam, em função do tempo t ≥ 0, em horas,
crita na tabela é maior que 0,02 mol · L–1. dados por P1(t) e P2(t), respectivamente, em que t = 0 representa o
início dos experimentos. As expressões a seguir são válidas para o
51 A temperatura de ebulição da solução aquosa de triptofano des-
experimento em meio que não contém triptofano.
crita na tabela é maior que a da água.
52 Considerando os dados da tabela abaixo, calcule o pH da solu- k
P1 ( t ) = , para t ≥ 0.
ção de triptofano a 60 ºC que mantém a mesma razão entre a 1 + ( 39 − 1) × 3− t
concentração de H+ e a concentração OH– encontrada na solução
aquosa preparada a 25 ºC, em pH = 7,4, apresentada no texto.
 5tt−−28
P2 (t ) = 3 , para 0 ≤ t < 2,
Multiplique o valor encontrado por 100 e desconsidere, para a
 0 , para t ≥ 2.
marcação na folha de respostas, a parte fracionária do resultado
final obtido, após efetuar todos os cálculos solicitados.
Quando o experimento é realizado em meio rico em triptofano,
são válidas as seguintes expressões, para t ≥ 0.
temperatura (ºC) Kw
25 1×10–14 P1 (t ) = 3( 4−t ) , para t ≥ 0,
60 1×10–13 k
P2 (t ) = , para t ≥ 0.
1 + (39 − 1) × 3−2t

SOLUÇÃO Com base nessas informações e sabendo que, nas expressões


apresentadas, k é uma constante real a ser determinada, julgue os
Itens Certos: (44), (46), (48), (49) e (51)
itens subseqüentes
Itens Errados: (43), (45), (47), (50) e (52)
k
53 Em meio que não contém triptofano, P1 ( 0 ) = .
1 + 39
54 Como as populações de bactérias selvagens e mutantes têm o
Justificativas:
mesmo número de indivíduos em t = 0, independentemente do
(43) Trata-se de um aminoácido. experimento, é correto concluir que k = 38.
55 É de 1 hora o tempo necessário para que a população P2(t), em
(45) O sal formado não é duplo, pois o NaOH só reage com o
meio que não contém triptofano, chegue a 27 mil indivíduos.
ácido carboxílico.
56 Para t > 0, a população P2(t), em meio rico em triptofano, é
(47) São isômeos de função sempre menor que a população P1(t), em meio sem triptofano.

(50) Correto, pois há soluto não-volátil dissolvido. Logo há efeito 57 Tomando-se 0,625 como valor aproximado para log 32 , e su-
pondo-se que, em meio rico em triptofano, a população de
ebulioscópico.
bactérias selvagens no instante t = t 0 é igual a 6 mil indiví-
(52) pH = 6,9, quando multiplicado por 100 = 690 duos, então t0 = 2,375 horas.

Resolução

1º Cálculo da razão H+ e OH– a 25ºC e em pH = 7,4


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objeto raio luminoso


SOLUÇÃO
Itens Certos:

Itens Errados:

córnea
Justificativas:
célula da
retínula
k cone
(53) P 1 ( 0 ) =
1 + ( 39 − 1) ⋅ 30 cristalino

k imagem
P 1 (0) =
1 + 39 − 1
rabdoma
k
P 1 (0) = fibra do
39
5⋅0−8 nervo óptico
P2 ( 0 ) = 3 0− 2
(54)
P2 ( 0 ) = 34 As figuras acima representam parte do sistema de lentes do olho
de um inseto, com seus componentes biológicos, sendo a retínula
k
Como P ⋅ ( 0 ) = , temos: o elemento receptor de luz, cujo centro é ocupado por um cilindro
39 translúcido, chamado rabdoma. Ao redor do rabdoma estão localiza-
k das células fotorreceptoras. Sabe-se que os raios de curvatura das
= 34 ⇒ k = 313 lentes dos olhos dos insetos são fixos. Portanto, esses animais não
39 têm a capacidade de variar a distância focal do olho por meio da
variação da curvatura de suas lentes, uma propriedade conhecida
(55) P 2 ( t ) = 27 como poder de acomodação, presente no olho humano.
5t −8
Considerando essas informações, julgue os itens seguintes.
3 t −2 = 27
58 Sabendo-se que a entrada do rabdoma — local onde o rabdoma
5t −8
3 se liga ao cone cristalino — se posiciona no foco do sistema de
3 =3t −2
lentes do olho do inseto, é correto inferir que os insetos não en-
5t − 8 xergam com a mesma nitidez objetos posicionados a diferentes
=3 distâncias de seus olhos.
t−2
5t − 8 = 3t − 6 59 Sabendo-se que o poder de convergência de uma lente é definido
como o inverso da distância focal; que, se a distância focal é me-
2t = 2 dida em metros, o poder de convergência é medido em dioptrias
t = 1 hora (di); e que, em humanos, a distância entre o cristalino e a retina
é igual à distância entre o cristalino e a imagem, é correto afir-
k
(56) População P2 ( t ) = em meio rico em triptofano. mar que, para o olho humano, se a distância cristalino-retina for
1 + ( 39 − 1) ⋅ 3−2t igual a 2 cm, o seu poder de convergência será igual a 50 di.

População P1 ( t ) =
k em meio sem triptofano. 60 Considere que os raios luminosos que chegam ao rabdoma so-
1 + ( 39 − 1) ⋅ 3− t fram reflexões internas totais nas suas paredes, até chegarem
à fibra do nervo óptico, como ilustrado na figura. Nesse caso,
3 –2 < 3 –1 para que essas reflexões totais ocorram, a região que envolve o
rabdoma deve possuir índice de refração menor que o índice de
3 –2t < 3 –t refração do próprio rabdoma.
(39 – 1) ⋅ 3–2t < (39 – 1) ⋅ 3–t 61 Diferentemente dos mamíferos, que percebem a luz por meio de
olhos simples, os insetos o fazem por meio de olhos compostos.
1+ (39 – 1) ⋅ 3–2t < 1 + (39 – 1) ⋅ 3–t
62 O uso de lente convergente permite que a miopia no olho huma-
1 1 no seja corrigida.
>
1 + ( 3 + 1) 3−2t 1 + ( 39 − 1) ⋅ 3− t
9

k k SOLUÇÃO
>
1 + ( 39 − 1) ⋅ 3−2t 1 + ( 39 − 1) ⋅ 3− t Itens Certos: (58), (59), (60)

P 2 (t ) > P 1 (t ) Itens Errados: (61), (62)

(57) P 1 ( t ) = 3
( 4 −t )

P 1 (t ) = 6
Justificativas:
3( 4−t ) = 6
(61) Os olhos dos mamíferos não são simples.
log 3 3( 4−t ) = log 3 6
(62) E a miopia é corrigida com lente divergente;
4 − t = log 3 3 ⋅ 2
4 − t = log 3 3 + log 3 2
4 − t = 1 + 0 , 625 Grande parte do conhecimento acerca da evolução humana está
embasado em achados paleontológicos, sobretudo de esqueletos ou
−t = −4 + 1, 625 de parte deles. Os ossos do esqueleto humano são formados funda-
−t = −2 ,375 mentalmente por fosfato de cálcio Ca3(PO4)2. Por sua vez, o esmalte
t = 2 ,375 horas dos dentes é formado por outro sólido, a hidroxiapatita Ca5(PO4)3OH.
O pH da boca influencia o seguinte equilíbrio, que favorece os rea-
gentes em detrimento dos produtos.

Ca5(PO4)3OH(s) + H3O+(aq)  5Ca2+(aq) + 3PO43-(aq) + 2H2O(l)


UnB 2008/1 – 2º dia

Entretanto, em algumas ocasiões outras partes do corpo podem Texto para os itens de 70 a 79
ser preservadas. Exemplo disso é o Homem do Gelo, também deno-
t
minado Ötzi, ilustrado na figura abaixo, o único do período neolítico H. sapiens primitivo
encontrado na Europa. A impressionante preservação do corpo teria
4,0
1.150 cm
3

sido resultado de uma tempestade de neve que recobriu completa- 3,5


mente o corpo e o protegeu, seguida de rápido congelamento-resse-

tempo (milhões de anos)


camento. O corpo só foi exposto após um período excepcionalmente 3,0 H. sapiens atual
quente na região, mas a essa altura, o corpo já se encontrava na- A. boisei H. habilis
turalmente mumificado. Alguns sinais de decomposição que o corpo 2,5 500 cm
3
600 cm3 1.350 cm3
apresenta ocorreram antes da mumificação. H. erectus
2,0 900 cm
3

1,5
A. africanus
1,0 415 cm3
0,5 Australopithecus afarensis
385 cm
3
0
5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 p
porcentagem de energia gasta pelo cérebro em
relação à que é gasta pelo organismo em repouso

O cérebro humano ficou maior ao longo do tempo e passou a


exigir cada vez mais energia. A figura acima apresenta, para um
período de 4 milhões de anos de evolução dos hominídeos até o
surgimento do Homo sapiens atual, a relação entre o tempo t, em
milhões de anos, e a porcentagem p de energia gasta pelos cérebros
mostrados em relação à energia gasta pelos respectivos organismos
Considerando essas informações, julgue os itens seguintes. em repouso. A figura mostra, ainda, a evolução do volume V dos
63 A resistência dos ossos do corpo humano e o fato de eles serem cérebros, em cm3, nesse período.
sólidos nas condições ambientes são próprios de compostos for- Com base nessas informações, julgue os itens subseqüentes.
mados pelo tipo de ligação química existente entre o fosfato e o
cálcio. 70 O crânio humano é uma estrutura formada a partir da mesoderme.
64 A estabilidade do ânion fosfato, presente na reação mencionada 71 Em relação aos seus organismos em repouso, a porcentagem
no texto, é justificada pela teoria do octeto. de energia gasta pelo cérebro do A. boisei era superior à do A.
africanus.
65 Quando a reação da hidroxiapatita descrita no texto está em
equilíbrio, a velocidade da reação direta e a da reação inversa 72 A mediana da seqüência numérica crescente formada pelos volu-
são iguais. mes dos cérebros apresentados na figura é superior a 560 cm3.
66 É correto inferir, a partir das informações do texto, que o pH da 73 A média da seqüência numérica crescente formada pelos volu-
boca é levemente alcalino. mes dos cérebros apresentados na figura é inferior a 710 cm3.
67 A constante de equilíbrio da reação apresentada no texto é 74 Um volume de água igual ao volume do cérebro do Homo sapiens
atual é insuficiente para encher um tubo na forma de um cilindro
5 3
Ca 2 +   PO43−  [ H 2O ]
2
circular reto de raio da base igual a 10 cm e altura igual a 5 cm.
Kc =  . 75 Em um sistema de coordenadas cartesianas tOV, em que t é
Ca5 ( PO4 )3 OH   H 3O + 
o tempo — em milhões de anos — e V é o volume do cérebro
— em cm3 —, considere a reta que passa pelo ponto de coorde-
68 A baixa temperatura da região onde foi encontrado o corpo do nadas (0,5, 385), correspondente ao Australopithecus afarensis,
Homem do Gelo deve ter contribuído para a sua conservação, e (1,5, 415), correspondente ao A. africanus. Se o volume do
pelo fato de que essa condição reduz a energia cinética das crânio humano tivesse aumentado de acordo com essa reta, en-
moléculas e dos íons e, conseqüentemente, diminui o valor das tão o volume do crânio do H. sapiens atual deveria ser superior
constantes de velocidade das reações de degradação.
a 1.350 cm3.
69 A chuva ácida pode contribuir para a degradação de achados
arqueológicos, uma vez que é nociva ao esmalte dos dentes 76 Em termos da porcentagem p, o volume V dos cérebros apre-
humanos. sentados define uma função crescente V(p).

SOLUÇÃO
SOLUÇÃO
Itens Certos: (70), (72) e (74)
Itens Certos: (63). (65), (66), (68) e (69)
Itens Errados: (71), (73), (75) e (76)
Itens Errados: (64) e (67)

Justificativas:
Justificativas: (71) Graficamente vemos que a porcentagem de energia gasta
(64) O texto diz que o fosfato é bastante estável quando na for- pelo cérebro do A. boisei é menor que a do A. africanus.
ma de fosfato de cálcio. Logo trata-se de uma estabilidade (72) Organizando os dados em ordem crescente temos: 385,
de corrente da sua baixa solubilidade (sal insolúvel). 415, 500, 600, 900, 1150, 1350, oque nos dá uma mediana
igual a 600.
5 3
Ca 2+  ⋅  PO43− 
(67) O Kc é: Kc =
 H 3O + 


1º vestibular/2008

Texto para os itens de 80 a 96


(73) Me =
385 + 415 + 500 + 600 + 900 + 1150 + 1350
7
cistole diástole
Me = 757 ,14 I II III IVV VI VII
PA
(74) V = π ⋅ 102 ⋅ 5
pressão
V = 500π cm3 (mm Hg) PVE
PAE
V ≅ 1570 cm3
Logo o volume do cérebro do homo sapiens atual é inferior ao
volume cilindrico.
VE 120 VFDVE
vnl 80
(75) y = mx + n (ml)
40 VFSVE
0 ,5m + n = 385
 ECG
1,5m + n = 415 S4 S1 S2 S3
sons
m = 30
n = 370 tempo (s)
y = 30 ⋅ x + 370 Legenda
PAE = pressão no átrio esquerdo
y = 30 ⋅ 4 + 370
PVE = pressão no ventrículo esquerdo
y = 120 + 370 PA = pressão na aorta ascendente
VE = ventrículo esquerdo
y = 490 VFDVE = volume ao final da diástole no ventrículo esquerdo
VFSVE = volume ao final da sístole no ventrículo esquerdo
(76) Não é crescente, pois sendo P1 a porcentagem do A. afri- ECG = eletrocardiograma
canus e P2 a porcentagem do A.boisei, temos P2 < P1 e V(P2)
> V(P1).
Na figura acima são apresentadas algumas características perti-
nentes ao coração humano, que bombeia o sangue que flui nas veias
Considere a função V = f(t) = at2 + bt + c, em que a, b e c são cons-
e nas artérias do corpo. Veias e artérias têm dimensões diversas, e
tantes reais, t é o tempo — em milhões de anos — e V é o volume do apresentam, em geral, diâmetro maior próximo ao coração e muito
crânio — em cm3. Suponha que, no sistema de coordenadas carte- menor nos capilares. Considerando que o sangue seja um fluido in-
sianas tOV, o gráfico de f(t) contenha os pontos da forma (t, V) cor- compressível de densidade D constante, dado em kg · m–3, e que as
respondentes ao H. erectus, ao H. sapiens primitivo e ao H. sapiens veias e as artérias sejam perfeitamente cilíndricas, pode-se aplicar a
atual, de acordo com os dados da figura do texto. Com base nessas expressão para o teorema de Bernoulli apresentada a seguir, para se
informações, julgue os itens seguintes. estudar o fluxo sanguíneo.
77 Os coeficientes da função f(t) podem ser obtidos como solução
do seguinte sistema linear: v12 v2
ρ + ρgh1 + P1 = ρ 2 + ρgh2 + P2
78 O coeficiente a da função f(t) é igual a –100.
2 2
79 Se a evolução do volume do crânio humano seguisse a tendência Nessa equação, g é a aceleração da gravidade, e, para i = 1 e 2, vi, hi
estabelecida pela função f(t), então, daqui a 1 milhão de anos, ou e Pi são a velocidade, a altura com relação ao solo e a pressão, res-
seja, para t = 5, esse volume seria superior a 1.550 cm3. pectivamente, no ponto Qi do fluxo sanguíneo. Considerando essas
informações, julgue os próximos itens.
SOLUÇÃO 80 Devido à conservação de massa, a velocidade com que o sangue
passa por uma artéria ou veia aumenta à medida que o raio
Itens Certos: dessa artéria ou veia diminui. A velocidade do sangue também
Itens Errados: pode ser alterada na presença de estímulos químicos, como
acontece com as arteríolas da pele expostas à adrenalina.
81 Em qualquer ponto Qi ao longo do fluxo sanguíneo, a razão en-
Justificativas: tre a energia cinética e o volume de sangue é dada por
ρv12 .
(77) As coordenadas reltivas a H. erectus, H. sapiens primitivo e 2
82 O teorema de Bernoulli decorre diretamente da conservação de
H. sapiens atual são, respectivamente, (3.0;900), (3,5; 1150)
quantidade de movimento para fluidos.
e (4,0; 1350), o que nos dá as equações:
83 Se a velocidade do sangue for a mesma tanto na cabeça quanto
9a + 3b + c = 900 nos pés, então, de acordo com o teorema de Bernoulli, para
 uma pessoa em pé, a pressão nas veias da cabeça é maior que
12 , 25a + 3,5b + c = 1150
16a + 4b + c = 1350 aquela registrada nos pés.

84 Assumindo-se que h1 = h2 e que v1A1 = v2A2, em que A1 e A2 são
 9 3 1   a   900  as áreas circulares das seções perpendiculares dos cilindros que
12 , 25 3,5 representam as artérias ou veias e v1 e v2 são as velocidades
 1  b  = 1150 
nos pontos Q1 e Q2 em que A1 e A2 são calculadas, o teorema de
 16 4 1   c  1350  Bernoulli implica que

(78) Resolvendo o sistema, temos a = –100, b = 1150 e c = –1650. ρv12  A12 


P1 − P2 =  − 1
(79) V = –100 t2 + 1150 t – 1650 2  A22 
V = –100 ⋅ 52 + 1150 ⋅ 5 – 1650 85 Sabendo-se que, no processo de arteriosclerose, uma artéria
V = –2500 + 5750 – 1650 é estreitada internamente, então a pressão interna (de dentro
para fora) no ponto de estreitamento diminui, o que pode con-
V = 1600 tribuir para fazer a artéria se fechar ainda mais.


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86 Infere-se das informações apresentadas que, no processo evolu- tempo, em segundos, utilizado na obtenção do ECG. Com base nes-
tivo em que o homem adquiriu uma posição mais ereta, deve ter se modelo, julgue os itens a seguir.
ocorrido aumento da capacidade de bombeamento do coração.
93 Nesse modelo, o tempo t satisfaz à condição 0,2 ≤ t ≤ 0,4.
87 No período demarcado pela faixa vertical indicada por II na fi-
gura, as diferenças de pressão permitem deduzir que, nesse 94 Durante a sístole, a PVE dessa pessoa é superior a 20 mmHg.
período, todas as válvulas do coração humano estão abertas e 95 Durante a sístole, a PVE máxima dessa pessoa é igual a
as suas quatro câmaras se comunicam. 121 mmHg.
88 A figura apresentada mostra que, após o estímulo elétrico de 96 Se 3,8 e 8,2 são as raízes de P(T) e o polinômio R(T) é o resto
maior amplitude registrado pelo ECG, ocorre aumento da pres- da divisão de um polinômio Q(T) por P(T), sendo Q(3,8) = 29 e
são ventricular.
Q(8, 2) = 51, então R(0) < 8.
89 A variação de volume observada entre VFDVE e VFSVE é causada
pela expansão dos pulmões durante o movimento de expiração.
90 Considerando que pelo coração passam correntes elétricas, SOLUÇÃO
como indicado pelo registro do ECG apresentado, então, caso Itens Certos:
um pulso elétrico de duração 0,02 s provoque no coração uma Itens Errados:
corrente elétrica contínua de 1 mA, conclui-se que a energia
total dissipada pelo coração, nesse intervalo de tempo, é igual
a 10–4 J, modelando-se o coração por uma resistência ôhmica de
valor igual a 2 Ω.
Justificativas:
91 A circulação linfática em vertebrados é independente da sanguí-
nea, de modo que linfa e sangue não entram em contato.
(93) 4 ≤ 20 t ≤ 8
92 No caso de peixes, o sangue recém-oxigenado nos capilares
branquiais comunica-se diretamente com o sangue arterial, que 0,2 ≤ t ≤ 0,4
é distribuído aos tecidos sem etapa de bombeamento interme-
diária, diferentemente do que ocorre no coração humano. (94) P(4) = –25 ⋅ 42 + 300 ⋅ 4 – 779

P(4) = –400 + 1200 – 779


SOLUÇÃO
P(4) = 21
Itens Certos: (86), (92), (81), (84), (85)
P(8) = –25 ⋅ 82 + 300 ⋅ 8 – 779
Itens Errados: (91), (82), (83), (90)
P(8) = –1600 + 2400 – 779
P(8) = 21
Justificativas: y

(91) A circulação linfática não é independente da sangüínea e a


21
linfa mistura-se com o sangue.

(81) A arazão entre a energia cinética e o volume é dada por:


4 8 x
2
mv i
Ec m v 2 ρv 2 ∆
r= = 2 = ⋅ i = i (95) P máx =−
v n v 2 2 4a
− ( 3002 − 4 ( −25 ) ⋅ ( −779 ) )
P =
4 ( −25 )
máx
(82) O teorema de Bernoulli decorre da conservação de energia
mecânica, devido à ação exclusiva de forças conectivas;
− ( 90000 − 77900 )
P máx =
(83) No caso exposto temos: ( −100 )
v02 vp 2 12100
ρ + ρghc + Pc = ρ + ρghp + Pp P máx = = 121
2 2 100

E Como vc = cp; resulta: (96) Q(T) = P(T) ⋅ f(T) + R(T), onde f(T) é o quociente da divisão
ρghc + Pc = ρghp + Pc e R(T) = mT + n, onde m, n ∈ .
E sendo, hc > hp, concluímos que Pc< Pp Q(3,8) = P(3,8) ⋅ f(3,8) + R(3,8) ⇒ 29 = R(3,8) ⇒ 3,8 m + n = 29
(84) Sendo h1 = h2, pelo teorema de Bernoulli obtemos: Q(8,2) = P(8,2) ⋅ f(8,2) + R(8,2) ⇒ 51 = R(8,2) ⇒ 8,2 m + n = 51
v2 v2 8,5m + n = 51
ρ 1 + P1 = ρ 1 + P2 ,
2 2 ∴ ⇒ 4 , 4m = 22 ⇒ m = 5 e n =10
3,8m + n = 23
ρ A
P1 − P2 = ( v22 − v12 ) , v2 = v1 ⋅ 1 .
2
onde,
A2 R (T ) = 5 ⋅ T + 10 e R ( 0 ) = 10

(90) A energia dissipada pode ser calculada de forma:


Texto para os itens de 97 a 99
E = P ⋅ ∆t = R ⋅ i −2 ⋅ ∆t = ( 2 s ) ⋅ (10−1 A ) ⋅ ( 2 ⋅ 10−2 s ) = 4 ⋅ 10−8 J
2

Considere uma bateria de chumbo com ddp de 12 V. As duas semi-


reações não-balanceadas dessa bateria são apresentadas a seguir.

I Pb(s) + SO42–(aq)  PbSO4(s) + e–


Suponha que a pressão no ventrículo esquerdo (PVE) de uma pessoa
durante um período em que ocorre a sístole seja dada, em mmHg, II PbO2(s) + H+(aq) + SO42–(aq) + e–  PbSO4(s) + H2O(l)
por P(T) = –25 T2 + 300 T – 779, para 4 ≤ T ≤ 8, sendo T = 20 t e t, o
Com relação a essas reações, julgue os próximos itens.


1º vestibular/2008

97 A reação I ocorre no ânodo da bateria.


98 Na bateria referida, para cada mol de Pb(s) consumido, 2 mols de
elétrons são transferidos do pólo negativo para o pólo positivo.
99 Considere que a bateria referida no texto seja composta por
{ vértebras
lombares

coluna vertebral
uma associação em série de seis pilhas, em que a reação de
cada uma delas é dada pela expressão

Pb(s) + SO24– (aq) + PbO2(s) + 4H+(aq) + SO24–(aq) 


2PbSO4(s) + 2H2O(l)
sacro
{ 1 L
3
2 L
Sabendo que o potencial de redução da reação I, quando balancea- 3 Fm W2
da, é –0,35 V, calcule, em volts, o potencial de redução da reação II R γ barra
rígida
balanceada. Multiplique o valor obtido por 100, e desconsidere, para
a marcação na folha de respostas, a parte fracionária do resultado sacro θ
final obtido, após realizar todos os cálculos solicitados. φ W1 eixo
horizontal
L
2
SOLUÇÃO
Itens Certos: (97), (98) O volume cerebral dos humanos aumentou em torno de 300%
Itens Errados: (99)
em relação ao de seus antepassados pré-históricos e sua coluna
vertebral adaptou-se a essa modificação. A coluna vertebral do ser
humano típico, ilustrada acima, pode ser modelada por uma barra
rígida de comprimento L conforme mostrado. Nesse modelo, W1 é o
peso do tronco, W2 corresponde à soma dos pesos dos braços e da
Justificativas: cabeça, Fm é a força exercida pelos músculos eretores da espinha,
(99) O texto diz que o ddp da bateria é de 12V. Como são seis
R é a reação do sacro sobre a espinha e 2 é o ângulo entre a barra
rígida (coluna vertebral) e o eixo horizontal mostrado. Nessa figura,
pilhas em série, temos que cada uma delas gera uma volta-
também são indicados os ângulos n — entre a direção do vetor R e o
gem de 2V.
eixo horizontal — e γ — entre a direção do vetor Fm e a barra rígida.
o
* Como a reação I é de oxidação, temos: Eoxiol = +0, 35V Considerando essas informações, julgue os itens subseqüentes.
* A ddp de uma pilha pode ser calculada por: ∆E = E o o
+E . 103 Para que a coluna vertebral mantenha um ângulo q com a hori-
Oxi red
zontal, como referido, os músculos eretores devem realizar uma
o
∆E = Eoxid 0
+ Ered força cujo módulo |Fm| é dado pela expressão a seguir:
( II )

0 0 

2 = +0, 35V + Ered → Ered = +1, 65V
( II ) ( II )  3  W 1   
 + W 2 cos θ cos sec γ.
Fm = ×
2  2 
Multiplicando por 100, temos 165  

104 O módulo da força de reação do sacro sobre a espinha pode ser


B E corretamente expresso por
 
20 cm  ( )
R =  F m senγ + W 1 + ( W 2 ) cos θ cos sec ( ϕ − θ )  .

105 Considerando o modelo da figura, conclui-se que um aumento
percentual de p% no peso do cérebro humano, devido ao au-
D mento de seu volume, implica aumento da força dos músculos
A C
eretores das costas também em p%, se forem mantidos inalte-
rados os ângulos e os outros pesos mostrados na figura.
Na figura acima, os triângulos ABC e ABD são retângulos em
106 Considerando o modelo da figura, conclui-se que para se manter
A, AB mede 20 cm, o segmento BE é paralelo ao segmento AD e os o módulo de constante à medida que o peso do cérebro huma-
 e DBE
ângulos C BE  são iguais a π e π , respectivamente. Com no aumenta, devido ao aumento de seu volume, é suficiente
6 12 aumentar adequadamente o ângulo 2, se forem mantidas fixas
base nessas informações e com o auxílio da tabela de valores das todas as outras variáveis físicas e biológicas.
funções seno e cosseno apresentada ao final do caderno de prova,
julgue os itens que se seguem. Ainda considerando o texto anterior, jugue os próximos itens.
107 Na contração dos músculos eretores da espinha, o sarcômero
7π π π 7π π π
100 A partir das relações e − = e = + , conclui-se tornase mais curto devido ao encurtamento das miofibrilas, que
12 2 12 12 3 4 se encontram em seu interior.
π
que cos   < 0, 92. 108 Sabendo-se que, durante a evolução, os seres humanos passa-
 12 
ram a se sustentar na posição ereta e que os músculos eretores
101 Se a é o comprimento do segmento BD e b é o comprimento do da espinha realizam força menor para manter o corpo ereto que
π para mantê-lo curvado, é correto inferir que o menor gasto de
segmento BC, então b = 2a sen  . energia pode ter contribuído para a boa adaptação dos indivídu-
 12  os eretos ao ambiente, que foram favoravelmente selecionados
102 A área do triângulo BCD, em cm2, é igual a em relação a hominídeos que se mantinham em posição mais
curvada.
  5π   π  109 O ser humano, cuja coluna vertebral está ilustrada na figura, pos-
200 × tg   − tg    .
  12   3  sui sistema nervoso dorsal, que é característico dos cordados.
110 Suponha que o eixo horizontal, indicado no modelo da figura,
permaneça fixo e que o ponto A, também indicado na figura,
se movimente devido à rotação da barra em torno do ponto de
contato com o sacro, de tal modo que 2 varie no intervalo

10
UnB 2008/1 – 2º dia

 π π
 − , . 

 W 1 
 2 2  2  
F m ⋅ L ⋅ senγ =  + W 2  ⋅ L ⋅ cos θ ∴
y 3  2 
 
L 
 

  W 1    
cos θ  W 1   
Fm =  + W2 ⋅  = + W 2  ⋅ cos θ ⋅ cos sec γ
L  2  senγ  2 
2    

(104) Para o cálculo de |R| façamos que

∑F y =0 (forças verticais):

 0  θ
 |R| ⋅ sen ρ – |W1| – |W2| – |F| ⋅ sen (θ – γ) = 0
2 2
|R| = [ |F| ⋅ sen (θ – γ) + (|W1| + |W2|)] ⋅ cossec ρ.
Nessa situação, o gráfico da função y(q), que mede a distância do
ponto A ao eixo horizontal, no sistema cartesiano qOy, tem o aspecto (106) Na equação encontrada acima,
mostrado na figura ao lado. 

  W 1 
  cos θ
Fm =  + W2 ⋅
 2  senγ
SOLUÇÃO  
Itens Certos: (103), (106), (108), (109) Notamos que para|Fn| constante, à medida que |W1| aumenta, cos θ
deve diminuir, ou seja, o ângulo θ deve aumentar.
Itens Errados: (104), (107), (110)

(110) A distância do ponto A ao eixo horizontal vale y(θ) = L – sen θ,


assim, o gráfico é de uma função senoidal:

Justificativas:
(107) O sarcômero sofre um encurtamento devido ao desliza-
π π π mento das proteínas das miofibrilas.
(100) cos   = cos  − 
 12  4 6
π π π π π
cos   = cos ⋅ cos + sen ⋅ sen Texto para os itens de 111 a 114
 12  4 6 4 6
Considere que determinado trecho sinuoso de uma avenida possa
π 2 3 2 1
cos = ⋅ + ⋅ ser descrito pela região compreendida entre os gráficos das funções
12 2 2 2 2 1
π 6+ 2 f(x) = cos kx e g(x) = 5 + cos kx, em que k = rad · m–1 e 0 ≤ x ≤ 16,
cos = 2
12 4 no sistema de coordenadas cartesianas xOy, que tem o metro como
π 6+ 2 unidade de medida nos eixos Ox e Oy.
cos =
12 4 Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.
π 111 O menor valor de g(x) ocorre quando x = 2p.
cos ≈ 0 ,94
12 112 A função f(x) é decrescente no intervalo 0 ≤ x ≤ 2p.
π 20 113 A figura a seguir pode representar corretamente o gráfico, no
(101) sen =
12 a sistema cartesiano xOy, da função p(x) = –2 × [f(x) – 1] × [g(x)
π 20 b –4], para 0 ≤ x ≤ 2p.
sen = ⇒ 20 = y
6 b 2
π b π 2
∴ sen = ⇒ b = 2a ⋅ sen
12 2a 12
1,5
π AC π 1
(102) tg = ⇒ AC = 20 ⋅ tg
3 20 3
5π AD 5π 0,5
tg = ⇒ AD = 20 ⋅ tg
12 20 12
0   3 2 x
2 2
AD ⋅ 20 AC ⋅ 20
Área = −
2 2
114 Suponha que o trecho da avenida referido no texto deva ser
5π π revestido com uma camada uniforme de asfalto de 10 cm de es-
Área = 20 ⋅ tg ⋅ 10 − 20 ⋅ tg ⋅ 10
12 3 pessura. Nessas condições, calcule, em m³, o volume de asfalto
a ser empregado nesse revestimento. Multiplique o valor obtido
 5π π por 100 e desconsidere, para a marcação na folha de respostas,
Área = 200 ⋅  tg − tg 
 12 3 a parte fracionária do resultado final obtido, após realizar todos
os cálculos solicitados.

(103) Fazendo a soma dos movimentos (torques) das forças em


relação ao ponto de contato entre sacro e espinha (Pólo),
temos:

11
1º vestibular/2008

N(t) = N0e–λt, em que N0 é o número de átomos instáveis inicialmente


presentes, no instante t = 0, N(t) é o número de átomos instáveis
SOLUÇÃO que ainda não se desintegraram até o instante t, medido em anos, e
Itens Certos: λ é uma constante, que depende do material.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
Itens Errados:
115 Se, para t = 20 anos, N1 é o número de átomos instáveis do
material referido acima que ainda não se desintegraram, então,
ln 2 N
Justificativas: em t = + 20, restarão 1 átomos instáveis desse material
λ 2
Para julgar os próximos itens devemos analizar os gráficos que ainda não se desintegraram.
t
abaixo. N0 −
y 116 Se T é o instante em que N (T ) = , , então N (t ) = N 0 3 T .
g(x) 3
N0
117 Considere-se que N (Tm ) = , , em que Tm é denominado meia-
2
vida do material. Se t0 é tal que t0 = 10Tm, então, no instante t0,
mais de 99% do material já terá se desintegrado.

SOLUÇÃO
f (x) Itens Certos: (115), (116), (117)

Itens Errados:
2 4 5 6 x
Justificativas:

(115) Para t=20 temos:

N1 = N 0 ⋅ e −207
(111) Graficamente
ln2 teremos:
(112) Graficamente
∈ para t = + 20
λ
(113) P(x) = –2 ⋅ [f(x) – 1] ⋅ [g(x) – 4]
 ln 2 
N 2 = N 0 ⋅ e−λ  + 20 
 x   x   λ 
P ( x ) = −2 cos   − 1 ⋅ cos   + 1
 2   2  = N 0 ⋅ e( − ln 2−20 λ )
 x  N 2 = N 0 ⋅ ( e − ln 2 ) e −20 λ
P ( x ) = −2 ⋅ cos 2   − 1
 2 
1
cos x + 1 = N 0 ⋅ ⋅ e −20 λ ∴
P ( x ) = −2 ⋅ +2 2
2
1 N
P ( x ) = − cos x − 1 + 2 N2 = ⋅ N 0 ⋅ e −20 λ = 1
2 2
P ( x ) = 1 − cos x
(116)
x 2 N0
cos x = 2 cos   − 1 Se N (T ) = = N 0 ⋅ e − λT ∴
2 3
2 x cos x + 1 3−1 = e − λT ∴
cos   =
2 2 e − ln 3 = e − λT
y ln3
2 λ=
T
Por fim:
t
 ln 3 
− 
1 N ( T ) = N 0 ⋅ e λT = N 0 ⋅ e  T 

t

N (t ) = N0 ⋅ 3 T

  3 2 x
2 2 N0 1
(117) N (Tm ) = N 0 ⋅ e − λTm = = N0 ⋅
2 2
10
1 N
(114) V = 16 ⋅ 5 ⋅ 0,1 N ( t0 ) = N 0 ⋅ e −λ10Tm = N 0 ⋅   = 0 = 0, 00097
2 1024
V = 8m3
800
(0,097% resta desintegrar)

Há, na natureza, certos materiais que apresentam desintegração No início do século XX, um estudo envolvendo duas variedades
radioativa. Por meio desse processo de transição, os núcleos dos de trigo contribuiu para a compreensão da herança quantitativa.
átomos instáveis emitem, espontaneamente, determinada partícula Nesse estudo, plantas puras que produziam sementes vermelhas fo-
para adquirir uma configuração mais estável. Uma maneira de re- ram cruzadas com plantas puras que produziam sementes brancas,
presentar matematicamente o processo de decaimento dos núcleos e todas as plantas da geração F1 produziam sementes que possuiam
dos átomos de um material radioativo é por meio da expressão coloração intermediária entre os tipos parentais.

12
UnB 2008/1 – 2º dia

Depois do autocruzamento dos indivíduos dessa geração, verifi- 4 1


cou-se, entre as sementes produzidas pela geração F2, uma grada- AaBb = = = 25%
ção contínua de cores do vermelho ao branco, sendo que cerca de 16 4
1/16 das sementes eram vermelhas e 1/16 eram brancas como os
tipos parentais, e aproximadamente 14/16 tinham cores intermedi- Nos dois cruzamentos a probabilidade de um descendente
árias que poderiam ser classificadas em três categorias: rosa-claro, AaBb é 25%.
rosa-médio e rosa-escuro.
(120) Cruzamento: AABB x Aab
Esses resultados sugeriram que a cor das sementes nessas varie-
dades de trigo era determinada por dois pares de alelos, localizados Gametas: AB Ab
em dois loci diferentes mas agindo sobre a mesma característica, e
produzindo efeitos cumulativos. ab
E. J. Gardner e D. P. Snustad. Genética. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986, p.
390 (com adaptações).
Descendentes: AABb 50% rosa escuro

Considere que o genótipo dos tipos parentais mencionados no texto AaBb 50% rosa médio
sejam AABB e aabb, respectivamente para as plantas que produziam
sementes vermelhas e brancas, e julgue os itens a seguir.
Texto para os itens de 121 a 128
118 Do cruzamento entre indivíduos AaBb da geração F1, espera-se
1/16 de descendentes que produzem sementes brancas, 4/16 de Considere um conjunto de pontos em um sistema de coordena-
descendentes que produzem sementes da categoria rosa-cla- das cartesianas xOy, identificado com o plano complexo, sendo cada
ro, 6/16 de descendentes que produzem sementes da categoria ponto P(x, y) correspondente ao número complexo z = x + iy, em que
rosa-médio, 4/16 de descendentes que produzem sementes da i= −1. Considere ainda que esses pontos estejam distribuídos nos
categoria rosa-escuro e 1/16 de descendentes que produzem dois subconjuntos descritos a seguir.
sementes vermelhas.
Subconjunto I: Quarenta pontos, vinte dos quais encontramse so-
119 A probabilidade de surgir um descendente com o genótipo AaBb
bre uma mesma reta e os demais em um semicírculo, como mostra a
do cruzamento entre uma planta que produz sementes verme-
figura abaixo. Dessa forma, quaisquer três pontos que se encontram
lhas (AABB) com uma planta que produz sementes da categoria no semicírculo nunca estão em linha reta.
rosamédio (AaBb) é maior que a probabilidade de surgir um des-
cendente com o mesmo genótipo AaBb do cruzamento entre duas
plantas que produzem sementes da categoria rosa-médio (AaBb).
120 Considere-se que, tendo sido exposta à radiação, uma plan-
ta com genótipo Aabb tenha se tornado Aab-. Se essa planta
for cruzada com plantas que produzem sementes vermelhas
(AABB), todas as descendentes produzirão sementes da cate-
goria rosa-escuro.
Subconjunto II: N pontos, cada um deles representando um dos
vértices de um polígono regular, cuja soma dos ângulos internos é
SOLUÇÃO igual a q. Esse polígono encontra-se inscrito na circunferência de
centro na origem e raio 1.
Itens Certos: (118)

Itens Errados: (119) Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.
121 Escolhendo-se ao acaso três pontos do subconjunto I, a proba-
bilidade de ser possível formar um triângulo tendo esses três
pontos como vértices é inferior a 0,75.
Justificativas:
122 Se os pontos P, Q, R, S e T do subconjunto I, como ilustra a
(119) 1º Cruzamento : AABB × AaBb figura a seguir, são tais que, no triângulo PRQ, o comprimento
 AB do lado PR é igual ao comprimento do lado RQ e o segmento RT
 Ab é paralelo ao lado PQ, então a reta que contém o segmento RT

Gametas  AB  .
é a bissetriz do ângulo QRS
 aB
 ab Q

 AABB − 25% T
 AABb − 25%

Descendentes 
 AaBB − 25%
 AaBb − 25%
S S P

2º Cruzamento : AaBb × AaBb
 AB AB 123 Se q = 1.080º, então N = 6.
 Ab Ab
 124 Se o polígono que origina o subconjunto II tiver 10 lados e se
Gametas 
 aB aB um dos vértices desse polígono estiver sobre o eixo Ox positivo,
 ab ab 7π 7π
então z = cos + isen também será um dos vértices desse
5 5
polígono.
AB Ab aB ab
125 Se z1 = 3 – 4i e z2 = 2 + 3i são pontos do plano complexo, então
AB AaBb z = z1z2 encontra-se no primeiro quadrante desse plano.
Ab AaBb 126 Se é o número complexo conjugado de z, então as únicas solu-
aB AaBb ções da equação são z = 0 e z = 1.

ab AaBb Ainda com base nas informações do texto, faça o que se pede nos
dois itens a seguir, que são do tipo B.

13
1º vestibular/2008

127 Calcule o número de retas distintas que podem ser formadas pas-
(125) z = 18 + i
sando por pelo menos dois pontos quaisquer do subconjunto I.
128 Considere que o polígono que origina o subconjunto II tenha (126) z = x + yi
25 lados e que seja construído um prisma regular tendo esse
z2 = (x2 – y2) + 2xyi
polígono como base. Nessa situação, calcule o número de dia-
gonais desse prisma. x 2 − y 2 = x  x − x − y = 0 
2 2

⇒ 
2 xy = − y  ( 2 x + 1) ⋅ y = 0 

SOLUÇÃO
Itens Certos: (122), (124), (125)  1
Itens Errados: (121), (123) e (126)
x = − 2

Como ( 2 x + 1) ⋅ y = 0 ⇒  ou
 y=0

Justificativas: 

3
C40 3
− C20 1 1 3
(121) P = Se: x = − z=− + i
3
C40 2 2 2
1 1 ou
+ − y2 = 0
40! 20! 4 2
− 1 3
P= 3! ⋅ 37! 3! ⋅ 17! 2 3 z=− − i
40! y = 4 2 2
37!⋅ 3!
3
20 13 10 6 y=±
2
Se: y = 0:
20 13
x 2 − x = 0
z=0
x=0
ou
9880 − 1140 ou
P= z =1
9880 x =1
8740 (127)
P= C402 − C202 + 1
9880
40 ! 20 !
P ≈ 0 ,8846 − +1
2 !⋅ 38 ! 2 !18 !
20 10

(122) Como o triângulo PQR é isósceles, temos RPQ = PQR .


Como PQ // RT , temos que RPQ = SRT (Ângulos corre- 780 – 190 + 1
spondentes) e PQR = QRT (Ângulos alternos internos).
591
diagonais das faces laterais
diagonais
da s bases

 2 ⋅ ( 25 − 3) ⋅ 25 
arestas
(123) Si = (n – 2) ⋅ 180º 2
(128) C50 − 25 ⋅ 2 − − 75
2
(n – 2) ⋅ 180º = 1080º
(n – 2) = 6 50 ! − 50 − 22 ⋅ 25 − 75
2 !⋅ 48 !
n=8 25


(124)
1225 – 600 – 75
625 – 75
550

Nos dois temas a seguir, que são do tipo B, faça o que se pede,
desconsiderando, para as marcações na folha de respostas, a parte
fracionária do resultado final obtido, após realizar todos os cálculos
solicitados.
129 Considere a figura abaixo, na qual dois objetos de massas
m = 10 kg estão presos a fios de comprimento L = 1 m. Conside-
re ainda que esses objetos possuem cargas Q 1 = 0,6 µ C e Q2
Como trata-se de um poligono regular a diferença entre os argu- = 2,0 µC e estão em um local em que a intensidade da acelera-
2π π ção da gravidade é igual a 10 m/s2 e a constante eletrostática do
mentos de dois pontos consecutivos será igual a = .
10 5 meio é igual a 9 × 109 N · m2 · C–2. Com base nessas informações,
Como argumento de um deles é o os dos outros serão calcule o o ângulo q, representado na figura, para a situação
π 2π 3π 4π 6π 7 π 8π 9π de equilíbrio, sabendo que q , nessa situação, é muito me-
, , , , π, , , , e todos tem módulos 1.
5 5 5 5 5 5 5 5 nor que 1 radiano e, por isso, assumindo que, senq = 2 e
7π 7π cosq = 1. Multiplique o valor obtido por 10.000.
Portanto z = cos + i ⋅ sen sera um destes pontos.
5 5

14
UnB 2008/1 – 2º dia

tentes. Por isso, os átomos que apresentam massa atômica múltipla


de 4 são os mais abundantes no cosmos, como mostrado no gráfico
abaixo.
L   L
abundância cósmica dos elementos
12
1x10

abundância (por 106 átomos de Si)


11
1x10
10
H
m m 1x10
He
1x109
1x108 CO
1x10
7
Ne
130 Considere que um corpo em oscilação livre com período T1 es- 6 Mg Si S Fe
teja preso a um teto por um fio submetido a uma temperatura 1x10 N Ar Ca
de 0 ºC. Considere ainda que, quando submetido a uma tem- 1x10
5
Ni
1x104 Na Al Ti
peratura e 1.000 ºC, esse corpo, preso ao teto pelo mesmo fio,
oscila livremente com período T2. Nessa situação, sabendo que 1x103 K
2
o coeficiente de dilatação linear do fio é igual a 2,1 × 10–4 ºC–1,
1x10
1x101
T2
calcule 10 × .
0
1x10
T1 1x10
–1

–2
1x10
0 5 10 15 20 25 30 35
SOLUÇÃO número atômico
(129) 300
Considerando as informações apresentadas, julgue os itens seguintes.
(130) 11
131 O fato de as reações I e II apresentadas ocorrerem no inte-
rior das estrelas, como referido no texto, é compatível com a
constatação de que é necessária muita energia para superar a
Justificativas: repulsão elétrica existente entre átomos reagentes.
132 A reação I corresponde a decaimento radioativo com emissão
(129) Da figura obtemos:
de partícula alfa.
F
tg θ = e ≅ senθ ≅ θ ( θ pequeno) 133 O elemento químico 2D1, indicado na reação I, é normalmente
P
denominado deutério, hidrogênio de massa atômica igual a 2.
kQ1 ⋅ Q2
134 A configuração eletrônica do átomo formado na reação II é 1s2 2s2
Assim: θ = d 2 , e ainda
mg
2
p4. O elemento químico associado a esse átomo é comum nas
d
macromoléculas que formam polímeros em seres vivos.
senθ = 2
∴ d = 2 Lsenθ = 2hθ 135 Considerando-se o gráfico apresentado, é correto afirmar que
L quanto maior a abundância cósmica de um elemento químico,
KQ ⋅ Q2 KQ ⋅ Q maior a sua primeira energia de ionização.
Por fim: θ= = 2 2 2 , Joseph Silk. In: O big bang, a origem do universo. Brasília: UnB, 1998 (com
d 2 mg 4h θ mg
adaptações).

KQ1Q2 ( 9 ⋅ 10 ) ( 0, 6 ⋅10 ) ( 2, 0 ⋅10 )


9 −6 −6

θ3 = =
4 L2 mg 4 ⋅ (1) ⋅ 10 ⋅ 10
θ3 = 27 ⋅ 10−6 ∴ SOLUÇÃO
−2
θ = 3 ⋅ 10 = 0, 03 , 10000 θ = 300 Itens Certos: (131) e (133)

Itens Errados: (132), (134) e (135)


(130) Lembrando que o período do pêndulo simples deve ser
calculado de forma

l Justificativas:
T = 2π , temos:
g
(132) É uma fusão nuclear sem emissão de partículas.
l 0 (1 + α∆θ )
T 1 = 2π
g

l0
g
⋅ ( 1 + α∆θ ) (134) A configuração eletrônica é: 1s2 2s2. E o elemento é o berílio
que não ocorre nas macromoléculas de polímeros.
ou:
T 2 = T 1⋅ 1, 21 ∴ (135) As maiores energias de ionização estão presentes nos

gases nobres. No gráfico o elemento de maior abundância
T2 T2
= 1,1 e: 10 ⋅ = 11 cósmica é o hidrogênio que não é um gás nobre.
T1 T1

No interior das estrelas, por causa das altas temperaturas, são A observação de estrelas e planetas é realizada desde a Antigui-
formados naturalmente elementos químicos. As reações a seguir, em dade, período em que os gregos formularam teorias sobre a organi-
que 2D1 representa um elemento químico com seu número atômico zação e o funcionamento do universo. Para a correta observação, é
e sua massa atômica, ilustram processos de formação de átomos no fundamental saber se o referencial no qual se encontra o observador
interior das estrelas. é ou não acelerado, pois vários fenômenos podem decorrer do fato
de o observador se encontrar em um referencial acelerado.
I 2
D1 + 2D1 → 4He2 + energia
Nesse contexto, considere o lançamento de um projétil obliqua-
II 4He2 + 4He2 → 8Be4 + energia mente em relação à superfície da Terra, considerada plana, visto de
De fato, o processo mais comum de formação de átomos é o que dois referenciais distintos: um referencial S0, definido pelo sistema
incorpora um átomo de hélio, além de elementos previamente exis- de coordenadas xOy, em que o eixo Oy é perpendicular à superfície

15
1º vestibular/2008

da Terra e o eixo Ox encontra-se no plano que define a superfície r2 > r1 e com a extremidade direita desse semicírculo coincidindo
da Terra; e um referencial S1 definido pelo sistema de coordenadas com a do semicírculo D1 (figura III). A construção da seqüência
x’Oy’, obtido pela rotação de S0 de um ângulo q, no sentido anti-ho- D3, ..., Dn de semicírculos prossegue dessa forma. Duas maneiras
rário, como mostra a figura abaixo. distintas de serem escolhidos os raios dos semi-círculos D1, D2, ...,
x’ Dn são definidas pelas condições a seguir.
y’ y
trajetória do Condição I: o raio de cada semicírculo é igual ao raio do semicírculo
� lançamento anterior acrescido de 1 m;
do corpo
� Condição II: o raio de cada semicírculo é igual ao dobro do raio do
0 superfície da Terra x semicírculo anterior.

Com base nessas informações, e considerando que a unidade de me-


A partir dessas informações, julgue os itens a seguir. dida dos eixos cartesianos é o metro, julgue os itens que se seguem.
136 Sabendo-se que ao realizarem observações do movimento dos 142 A equação da reta que passa pelos pontos de interseção do
planetas os gregos da Antiguidade estavam em um referencial semicírculo D0 com a parte positiva do eixo Ox e com a parte
acelerado, é correto inferir que, nessas observações, era possí- negativa do eixo Oy é x + y =1.
vel que, em determinados momentos, alguns dos planetas re-
143 O ponto (7, 0) pertence à espiral construída de acordo com a
trocedessem, em vez de se moverem sempre em um mesmo
condição I.
sentido.
137 O heliocentrismo, que teve Galileu como um de seus defensores, 144 Se D0, D1, D2, ..., Dn forem os semicírculos construídos segundo
começou a prosperar, como teoria da organização dos corpos a condição I, então a distância dos centros desses semicírculos
celestes, a partir dos trabalhos de Nicolau Copérnico, no início com relação à origem do sistema xOy será uma função cres-
da Revolução Industrial. cente de n.
π 145 Se os semicírculos forem construídos de acordo com a condição
138 Para 0 < θ < e desprezando-se a resistência do ar, o lança- I, então o comprimento da espiral, do ponto inicial de D0 até o
2
mento citado no texto apresenta, segundo o referencial S0, um ponto final do semicírculo D10, será igual a 66p m.
movimento na direção Oy com aceleração constante e não-nula 146 Se uma partícula percorrer a trajetória da espiral construída
e um movimento uniforme na direção Ox. No referencial S1, o segundo a condição I, no sentido horário, com velocidade linear
movimento apresenta aceleração constante e diferente de zero constante, então, na passagem do primeiro semicírculo para o
tanto na direção Ox’ como na direção Oy’. segundo, a intensidade da aceleração radial da partícula dimi-
nuirá pela metade.
139 Na situação acima, o referencial S0 é inercial, enquanto o refe- 147 Os pontos (4, 0), (6, 0), (8, 0) e (10, 0) não pertencem à espiral
rencial S1 é acelerado. construída de acordo com a condição II.
140 Considere-se que, no lançamento descrito, o projétil seja lança- 148 Se os semicírculos forem construídos a partir da condição II, en-
π tão o comprimento da espiral, do ponto inicial de D0 até o ponto
do com velocidade v0 e ângulo , em relação ao eixo Ox. Nessa
2 final do semicírculo D9, será igual a 1.022 p m.
situação, no referencial S0, o projétil se moverá sempre no sen- 149 Considere que uma partícula percorra a trajetória da espiral
tido positivo do eixo Ox; no entanto, no referencial S1, é possível construída a partir da condição II, no sentido horário, e que a
que o observador veja o projétil movendo-se no sentido contrá- intensidade da força centrífuga que atua sobre ela se mantenha
rio ao sentido positivo do eixo Ox’, em determinado intervalo de constante em toda a trajetória. Nessa situação, a velocidade
tempo, mesmo desprezando-se a resistência do ar. angular wn da partícula varia segundo a expressão wn = 2nk, em
141 Devido às descobertas de Copérnico, a visão atual da física com que k é uma constante e n ≥ 0 é um número inteiro que indica o
relação ao universo é heliocêntrica. semicírculo Dn no qual a partícula se encontra.
150 Uma partícula que se move com velocidade angular constante w
sobre a espiral construída segundo a condição II terá, em cada
SOLUÇÃO
instante t, a posição de sua projeção sobre o eixo Ox descrita
Itens Certos: (136), (138) pela expressão x(t) = rncos(wt – p), em que t é o tempo transcor-
Itens Errados: (137), (139), (140) e (141) rido desde o instante em que a partícula se encontrava no ponto
inicial de D0 e rn é o raio do semicírculo Dn no qual a partícula se
encontra no instante t.

Justificativas:

(137) Os trabalhos de Copérnico são anteriores à revolução in-


dustrial;

(139) Ambos são inerciais;

(140) Nessa situação temos um lançamento vertical, ou seja, o


projétil não se move em Ox.

(141) A visão atual não coloca o sol no centro do universo (he-


liocentrismo);

A forma geométrica de algumas galáxias, como, por exemplo, a


da Via Láctea, pode ser modelada, em escala, pela seguinte constru-
ção: no sistema de coordenadas cartesianas xOy, a espiral é formada
por semicírculos cujos centros estão no eixo Ox. O primeiro semicír-
culo, D0, construído no semiplano y ≤ 0, tem o centro na origem e
raio r0 = 1 m, como ilustra a figura I acima. O segundo semicírculo,
D1, construído no semiplano y ≥ 0, com raio r1 > r0, é tal que as ex-
tremidades esquerdas dos semicírculos D0 e D1 coincidem (figura II).
O semicírculo D 2 é construído no semiplano y ≥ 0 , com raio

16
UnB 2008/1 – 2º dia

SOLUÇÃO
Itens Certos: (146) e (147)

Itens Errados: (148), (149) e (150)

Justificativas:

(142) A equação da reta que passa pelos pontos (0, –1) e (1, 0)
éx–y=1

(143) C0 (0, 0) e r0 = 1

C1 (1, 0) e r1 = 2
C2 (0, 0) e r2 = 3
C3 (1, 0) e r3 = 4
C4 (0, 0) e r4 = 5
C5 (1, 0) e r5 = 6
Nesse caso os pontos (–5, 0) e (7, 0) pertencem à circunferência.

(144) De acordo com o que observamos no item anterior que tal


distância se alterna entre 0 e 1.

(145) π + 2π + 3π + ... + 10π + 11π =


( π + 11π ) = 66π
2

(146) A aceleração radiais são:

v2 v2 v2
a1 = e a2 = =
r1 r2 2r2
a
∴ a2 = 1
2

(147) C0 (0, 0) e r0 = 1

C1 (1, 0) e r1 = 2
C2 (–1, 0) e r2 = 4
C3 (3, 0) e r3 = 8
C4 (–5, 0) e r4 = 16
C5 (11, 0) e r5 = 32
Com isto os pontos:

(–1, 0), (1, 0), (3, 0), (–5, 0), (11, 0) (–21, 0), (43, 0), ...
π  210 − 1
(148) π + 2π + 4π + 8π + ... + 512π = =
2 −1
= π [1024 − 1] = 1023π
(149) A força centrífuga sentida pela partícula vale:
Fcf = mwn2 ⋅ rn ∴
Fcf = mwn2 (1 ⋅ 2n−1 ) ∴

Fef
ω2n = , , ou
m ⋅ 2n−1
Fcf k k
ω2n = 2 = ⇒ ωn =
m ⋅ 2n 2n 2n

(150) A partir de D1 o centro da curva não é mais a origem e sim


Xn, assim, deveríamos ter:
x(t ) = xn + rn ⋅ cos ( ωt − nt )

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