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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

AULA 01 - 28 DE MARÇO DE 2014

PROCESSO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA

Aqui há uma obrigação de pagar, decorrente de um título executivo extrajudicial. O


que se propõe aqui é que ele seja obrigado a pagar, já que o devedor não pagou por livre e
espontânea vontade. A maneira que ele fará o pagamento será a subrrogação, ou seja, o
Estado vai se subrrogar nos direitos do credor, e vai ingressar no patrimônio do devedor, para
tirar dele os bens, vendê-los e transformar isso em dinheiro.

É o tipo de execução que ocorre em maior número, 90% dos processos que tramitam
no fórum, é por título extrajudicial.

Esse processo porde ser dividido didaticamente em quatro fases:

a) fase de proposição: momento que vai desde a apresentação da


petição inicial pelo credor, até a citação do devedor (quando se forma a trangulação da relação
jurídica processual).

b) fase de apreensão de bens: é o núcleo e a razão de existir do


processo de execução, pois se não existir bens penhoráveis, não haverá execução. Toda a
penhora é que vai dar o suporte para a validade do processo de execução. Como este
processo se baseia na subrrogação do Juíz no direito do credor, e o seu ingresso no patrimônio
do devedor, caso o devedor não tenha bens, não há procesos de execução.

c) fase de expropriação de bens: fase em que se vende os bens


apreendidos para que seja convertido em dinheiro. Essa venda deverá obedecer uma série de
procedimentos, que devem ser feitos de acordo como manda a lei, caso contrário os atos
serão considerados nulos, e então o credor terá de repetir os atos de expropriação para que
possam seguir de acordo com o procedimento.

d) fase de pagamento: depois e expropriar e transformar os bens em


dinheiro, resta entregar a quatia ao credor.

1. Fase de proposição

O credor de posse de um título extrajudicial, não pago, ingressa com a petição inicial,
que deverá atender aos arts. 282 e 283 do CPC, que são os critérios genéricos de toda e
qualquer petição e o art. 614, que é o específico para o processo de execução:

Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a


citação do devedor e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo extrajudicial;
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da
propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia
certa;
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o
termo (art. 572).

Há também critérios facultativos da petição inicial nos arts. 652, §2º e 615-A:

art. 652. [...]


§ 2o O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a
serem penhorados (art. 655).
[...]

O Juíz ao analisar a petição inicial, deverá verificar se estão presentes os pressupostos


processuais e as condições da ação:

a) Pressupostos processuais: pedido, causa de pedir e as partes (sujeitos da


relação).
b) Condições da Ação (LIP): Legitimidade, Interesse e possibilidade jurídica
do pedido.

Se não estiverem presentes os pressupostos ou as condições da ação, ele indeferirá a


inicial. O Juíz profere um despacho negativo, onde determina ao credor emende a inicial (por
exemplo, caso o juíz verifique que o devedor que é indicado na inicial não é o devedor que
consta no título, mandará emendar). Se a inicial não for emendada no prazo determinado pelo
Juíz, a petição será indeferida. Da decisão que indefere a inicial, caberá o recurso de apelação,
visto que tal decisão põe fim ao processo, sendo portanto uma sentença.

Caso o Juíz verifique que está tudo em ordem, dará um despacho positivo, e mandará
citar o devedor, nos termos do art. 652 do CPC. A citação no processo de execução é feita
determinando o pagamento do crédito, diferentemente do processo de conhecimento,
onde a citação é feita para que o réu apresente defesa:

Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três)


dias, efetuar o pagamento da dívida.
[...]

Além disso, ao despachar a inicial, o Juíz fixa os honorários do advogado a


serem pagos pelo executado (art. 652-A), e caso o devedor pague dentro do prazo de
3 dias, pagará somente a metade da verba de honorários sucumbenciais (funciona
como uma motivação para o devedor cumprir a obrigação de pagar):

Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano,


os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art.
20, § 4o).
Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 3
(três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.

Existem três tipos do honorários:

a) honorários convencionais ou contratuais: determinado pelo acordo feito entre o advogado e o cliente por
meio de um contrato escrito;

b) honorários sucumbenciais: é parte do ônus imposto ao vencido para o pagamento pela derrota em juízo.

c) honorários extrajudiciais: aqueles devidos por serviços realizados por via extrajudicial.

A citação, quando válida, produzirá os mesmos efeitos da citação no processo


de conhecimento, previstos no art. 219
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada
por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e
interrompe a prescrição.

São efeitos da citação válida:


a) a prevenção do Juíz;
b) litispendência;
c) coisa litigiosa;
d) constitui em mora o devedor; e
e) interrompe a prescrição.

O art. 618 do CPC traz as hipóteses em que o processo de execução será nulo,
e dentre eles, a citação que não tenha sido feita devidamente (art. 618, II do CPC):

Art. 618. É nula a execução:


I - se o título executivo extrajudicial não corresponder a
obrigação certa, líquida e exigível (art. 586);
II - se o devedor não for regularmente citado;
III - se instaurada antes de se verificar a condição ou de
ocorrido o termo, nos casos do art. 572.

1.1. Citação no processo de execução


Há vários tipos de citação (correios; por oficial de justiça; e por edital), mas no
processo de execução, a regra é que seja por oficial de justiça. A citação pelos
correios não é válida, nos termos do art. 222, d do CPC:

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer


comarca do País, exceto:
[...]
d) nos processos de execução;
Quando o devedor estiver em local incerto ou não sabido (INS) não há
problema que a citação seja feita por edital, desde que já tenha havido tentativa de
citação por oficial de justiça e o devedor não tenha sido encontrado (art. 654 do CPC).

O mandado de citação sairá em duas vias. A primeira é utilizada para fazer a


citação, intimando o devedor a pagar no prazo de 3 dias (art. 652, CPC). Caso o
devedor não pague dentro do prazo determinado, o oficial volta com a segunda via
para realizar a penhora (art. 652, §1º do CPC). Então, o oficial de justiça terá de
cumprir duas diligências, uma para fazer a citação, e outra para fazer a penhora (caso
verifique na secretaria da Vara que não foi realizado o pagamento). O credor pode
indicar na inicial bens a penhora (art. 652, §2º do CPC).

Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3


(três) dias, efetuar o pagamento da dívida.
§ 1o Não efetuado o pagamento, munido da segunda
via do mandado, o oficial de justiça procederá de
imediato à penhora de bens e a sua avaliação,
lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando,
na mesma oportunidade, o executado.
§ 2o O credor poderá, na inicial da execução, indicar
bens a serem penhorados (art. 655).

Caso o oficial de justiça, de posse do mandado de citação, não encontre o


devedor, e entenda que ele está se escondendo, poderá arrestar seus bens (arrestar:
é a apreensão de bens. É um tipo de penhora, mas que não tem as qualidades que a
penhora tem, pois a penhora precisa de vários atos que o oficial não poderá praticar
pelo fato de o devedor não estar ali presente).

Após efetivar o arresto, o oficial de justiça, nos 10 dias seguintes, procurará o


devedor três vezes em dias distintos para informar do arresto, caso o devedor seja encontrado
o arresto é convertido em penhora e o devedor se dá por intimado. Caso ele não encontre o
devedor, certificará o ocorrido.

Na hipótese de o devedor não ser encontrado, o credor, dentro de 10 (dez) dias,


contados da data em que foi intimado do arresto, deve requerer a citação por edital do devedor.
Findo o prazo do edital (entre 30 a 60 dias), terá o devedor o prazo de três dias para pagar,
caso contrário, o arresto se converte em penhora (art. 654, CPC).

Trabalho para a próxima aula:

Um bem inalienável é impenhorável?

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