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23091

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA DE LEGUMINOSAS NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS


FUNCIONAIS DESTINADOS AO SETOR DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA

Wagna P. C. Santos1*, Núbia M Ribeiro2, Evelyn Seilhe Gerreiro3, Rita M W Nano4, Clicia M J
Benevides5, Mariangela V Lopes6, Kátia E S Miranda7
1, 2, 3, 4, 7
Instituto Federal da Bahia, BA, Brasil
5, 6
Universidade do Estado da Bahia, BA, Brasil
Rec.: 15/07/2017. Ace.:18/10/2017

RESUMO
As leguminosas são alimentos importantes para assegurar a segurança alimentar da dieta. A Bahia ocupa
a quarta posição entre os principais Estados produtores de feijão no Brasil. Com respeito à produção de
leguminosas, o Estado da Bahia encontra-se em segundo lugar em área plantada. A pesquisa foi
realizada mediante o levantamento de fontes bibliográficas e de informações tecnológicas acessíveis em
bases de dados, tendo uma abordagem quantitativa e exploratória. Foram definidas as estratégias de
busca utilizando palavras-chave e códigos internacionais pertinentes ao tema delimitado. As buscas de
documentos foram realizadas em junho de 2017 nas bases/software do INPI, ESPACENET e ORBIT ®.
Os resultados quanto ao número de processos variaram consideravelmente quando comparados os
resultados obtidos das três bases de dados/software. Os códigos de classificação internacional de maior
relevância foram A23L-007/10 e A23L-19/00. A China destaca-se como país com domínio da
tecnologia, seguida pela Coréia, Japão e Estados Unidos. O domínio tecnológico de maior relevância
para os documentos recuperados nesta pesquisa é o "Química de Alimentos". O desenvolvimento de
produtos alimentícios à base de leguminosas pode apresentar-se como uma alternativa inovadora ao
atendimento às tendências do mercado de alimentos para os próximos anos.
Palavras-chave: Leguminosas. Alimentos funcionais. Panificação e confeitaria.

TECHNOLOGICAL PROSPECTION OF LEGUMES IN THE PRODUCTION OF


FUNCTIONAL FOODS INTENDED FOR THE BAKERY AND CONFECTIONERY SECTOR

ABSTRACT
Legumes are important foods to ensure food safety in the diet. Bahia occupies the fourth position among
the main bean producing states in Brazil. Related to the production of legumes, the State of Bahia is in
second place in planted area. The research was carried out by means of the survey of bibliographic
sources and sources of technological information accessible in databases, having a quantitative and
exploratory approach. We defined the search strategies with the definition using keywords and
international codes pertinent to this topic. The document searches were carried out in June 2017 at the
INPI, ESPACENET and ORBIT® databases / software. The results regarding the number of processes
varied considerably when compared to the results obtained from the three software databases. The most
relevant international classification codes were A23L-007/10 and A23L-19/00. China stands out as a
country with technology dominance, followed by Korea, Japan and the United States. The most relevant
technological domain for the documents recovered in this research is "Food Chemistry". The
development of legume-based food products can present itself as an innovative alternative to meeting
food market trends for the coming years.
Keywords: Legumes. Functional food. Bakery and confectionery.

Área tecnológica: Ciência e Tecnologia de Alimentos, Alimentos dietéticos e funcionais


* Autor para correspondência: wagna.ifba@gmail.com
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INTRODUÇÃO
As leguminosas (p. ex. ervilha, lentilha, feijões etc.) são alimentos importantes para assegurar a
segurança alimentar da dieta, e devem estar presentes na alimentação diária (BRASIL, 2002; 2014),
pois são consideradas fontes importantes de nutrientes.
Os representantes das leguminosas mais consumidas em todo o mundo são os feijões, os quais
apresentam nutrientes de excelência para a dieta, como proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e
sais minerais, tornando este alimento como indispensável na dieta diária (MONTOYA et al., 2010).
Embora façam parte do hábito alimentar de todos os países há milhares de anos, apenas
recentemente seu uso e sua importância nutricional e funcional foram valorizados e intensamente
investigados (RIZZELLO et al., 2014; CODA et al., 2015).
A Bahia ocupa a quarta posição entre os principais Estados produtores de feijão no Brasil. Com
respeito à produção de leguminosas, o Estado da Bahia encontra-se em segundo lugar em área
plantada (CONAB, 2015). A Região Nordeste destaca-se como a maior consumidora, considerando
todas as espécies de leguminosas cultivadas, com destaque para o feijão comum (Phaseolus
vulgaris), considerada cultura de escala. As espécies Vigna unguiculata (caupi), Lablab purpureus
(mangalô) e Cajanus cajan (gandu) são consideradas pequenas culturas e estão no rol de alimentos
da agricultura familiar (BAHIA, 2014).
O feijão guandu (Cajanus cajan (L.) é conhecido popularmente como andu ou ervilha de pombo
(ANDRADE et al., 2017). Tem origem indiana e tem na África seu segundo maior centro de
produção. A espécie apresenta-se em forma de arbusto com produção anual, cultivado
principalmente na região tropical e subtropical do planeta, típica de clima seco, de grãos bastante
nutritivos (SAXENA et al., 2010). Esta leguminosa apresenta na sua composição um elevado teor
protéico, semelhante a outras leguminosas. Apresenta também teores expressivos de cálcio, ferro,
magnésio e fósforo (AZEVEDO et al., 2007).
O feijão-caupi, feijão-de-corda ou feijão macassar (Vigna unguiculata (L.) Walp.) destaca-se por
sua importância socioeconômica para as famílias das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Constitui-
se um dos principais componentes da alimentação, nas zonas rural e urbana, gerando emprego e
renda para milhares de pessoas, necessitando, portanto, de uma maior atenção por parte das
pesquisas, visando utilizar, de forma efetiva, o germoplasma existente (FREIRE FILHO, 2011). É
uma cultura bastante versátil em termos de mercado, podendo ser comercializada na forma de grãos
secos, vagens e grãos imaturos ou frescos (feijão-verde). O feijão caupi é a principal matéria prima
utilizada no preparo do acarajé. Deste modo, hoje já existe a produção de farinhas de caupi em
grande escala, para atender a demanda do preparo de acarajé (ANDRADE et al., 2010). O feijão
Lablab purpureus é conhecido por diversos nomes em diferentes partes do mundo, como lab-lab
bean (Austrália) e frijol jacinto (Colômbia). No Brasil, a leguminosa recebe diversas denominações,
como mangalô, feijão jacinto, orelha-de-padre, e feijão-de-pedra (YOKOYAMA, 2000). Estudos
genéticos apontam evidências de que a domesticação que permitiu o cultivo deste feijão ocorreu na
Etiópia (MAASS, B.L., ROBOTHAM, O.; CHAPMAN, 2017). A leguminosa do gênero Lablab já
está bem estabelecido como cultura de forrageira destinada à recuperação do solo e vem sendo
estudada como alimento humano. Os aspectos farmacológicos e a importância medicinal da planta
têm sido objeto de estudo, inclusive relativos à anemia falciforme (AL-SNAFI, 2017). As
leguminosas podem compor alimentos funcionais. Os alimentos funcionais prometem benefícios
acima e além do valor nutricional básico. O termo "alimentos funcionais" pode ser entendido de
maneira ampla, e é usado para descrever qualquer substância consumida como alimento para
auxiliar a prevenção de doenças ou melhorar a saúde. Tais substâncias têm um efeito definido no
bem-estar físico, mental ou psicológico da pessoa. Dentre os principais benefícios gerados por esse
tipo de produto, destacam-se: reforço dos mecanismos de defesa imunológicos, prevenção ou
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tratamento de alguma doença ou disfunção, melhoria das condições físicas e mentais, do estado
geral de saúde e retardamento do processo de envelhecimento orgânico (IKEDA, 2010).
Por outro lado, a legislação brasileira define alimento funcional:
O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de
saúde pode, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de
nutriente, produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou benéficos
à saúde devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica
(BRASIL, 1999).
Bem como define as "diretrizes a serem adotadas para a avaliação de segurança, registro e comercialização
de Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com alegação de propriedades funcional e ou de saúde"
(BRASIL, 2002).
Uma possível forma de apresentação de alimentos funcionais é como produtos de panificação, e os
produtos de panificação estão presentes na dieta de 98% dos brasileiros, sendo que a principal
refeição da manhã representa 76% deste consumo. Tais produtos referem-se ao grupo de alimentos
preparados com cereais, sendo os pães e biscoitos os principais produtos deste setor. Pães são
produtos obtidos da farinha de trigo e ou outras farinhas, adicionados de líquido, resultantes do
processo de fermentação, ou não, e cocção, podendo conter outros ingredientes, desde que não
descaracterizem os produtos (podem apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos). Os
biscoitos são os produtos obtidos pela mistura de farinha (s), amido (s) e ou fécula (s) com outros
ingredientes, submetidos a processos de amassamento e cocção, fermentados ou não (podem
apresentar cobertura, recheio, formato e textura diversos) (BRASIL, 2005).
O objetivo deste artigo é apresentar um estudo de prospecção tecnológica de caráter exploratório,
principalmente com base em artigos e, principalmente, em documentos de patente, sobre o potencial
das leguminosas Vigna unguiculata (caupi, branco), Lablab purpureus (mangalô) e Cajanus cajan
(gandu) tradicionalmente consumidas no Estado da Bahia e cultivadas no âmbito da agricultura
familiar na elaboração de produtos de panificação e confeitaria, no contexto do projeto Rede
Científica e Tecnológica para Estudos sobre Biodisponibilidade em Alimentos (Rebial).

METODOLOGIA
A pesquisa foi elaborada mediante o levantamento de fontes bibliográficas e fontes de informações
tecnológicas acessíveis em bases de dados, tendo uma abordagem quantitativa e exploratória (GIL,
2010). Os ativos de propriedade intelectual das leguminosas na produção de alimentos funcionais
destinados ao setor de panificação e confeitaria foram o foco da pesquisa nas bases de dados de
informações tecnológicas.
Inicialmente foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases científicas Science Direct, Web of
Science, Scopus, Scielo e Google Acadêmico abrangendo o período de 2005 a 2015 para avaliar as
tendências das pesquisas no mundo na área de tecnologia de alimentos que envolvam vegetais.
Foram empregadas as palavras-chave em inglês food nutrition, vegetables, processing, technology,
os nomes científicos das três espécies de leguminosas e sinonímias correspondentes em inglês (p.
ex., cowpea, pigeon pea), usando combinações desses termos. Adicionalmente, foi realizada
pesquisa bibliográfica, no período de 2006 a 2016, focada em um tipo produto do grupo de
alimentos de panificação e confeitaria usando as palavras-chave em português (biscoito e/ou
leguminosa) e inglês (legum, biscuit, cookie). Estas buscas, além de fornecer informações acerca do
estado da arte no tema, permitiram identificar palavras-chave para compor as estratégias de busca.
O passo inicial para a realização das buscas em base de patentes foi a definição de estratégia de
busca, que foi baseada em palavras-chave e também em códigos internacionais pertinentes ao tema
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delimitado. As buscas de documentos foram realizadas em junho de 2017 nas bases/software do


INPI, ESPACENET e ORBIT®. As estratégias definidas para a pesquisa nas bases estão
apresentadas no Quadro 1.

Quadro 1 – Estratégias da busca tecnológica usando a consulta nas bases de dados do INPI, ESPACENET e
ORBIT®.
ESTRATÉGIA DE BUSCAS BASES
Estratégia 1. Palavras-chave em português e combinações dessas palavras-chave (feijão, caupi,
alimento, funcional e arroz)
Estratégia 2. Termos científicos usados também como palavras-chave (Lablab purpureus,
Dolichos benghalensis, Dolichos purpureus, Cajanus Cajan, Lablab niger Medikus,
Lablab vulgaris e Vigna aristata Piper)
Estratégia 3. Código Internacional e combinações (A23G3 - Doces e confeitos)
Estratégia 4. Código Internacional e combinações (A21D13 - Panificação)
Estratégia 5. Palavras-chave em inglês e combinações dessas palavras-chave (bean, food, cowpea,
pigeon pea, pulse, legum, rice e functional)
Fonte: Autores (2017).

No Quadro 2 estão apresentadas as estratégias de busca usadas para a prospecção de documentos


empregando o software ORBIT®. Justifica-se a apresentação detalhada das estratégias usadas nesta
busca dada a amplitude e precisão das informações obtidas por meio deste software em comparação
às buscas nas demais bases pesquisadas.

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Quadro 2 – Detalhamento de estratégias da busca tecnológica empregando o software ORBIT®.


Doces;
ESTRATÉGIAS DE BUSCA NO ORBIT Panificação
"pigeo* pea*" Confeitos

niger Medikus

aristata Piper
benghalensis
Funcional

purpureus

purpureus
cowpea*

Dolichos

Dolichos
Legum*

A21d13
vulgaris
Lablab

Lablab

Lablab
Pulse*

A23g3
Bean*

Food*

Rice*

Vigna
X X
X X X
X
X X X
X X
X X X
X X
X X X
X X X
X X
X X
X X X
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X X
X X
X X
X X
X X X
X X
X X X
X X X
X X
X X
X X
X X
X X X

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A produção de feijão apresenta grande impacto na agricultura familiar. De acordo com Saraiva et al.
(2013), cerca de 70% do total de feijão produzido no Brasil são produzidos pela agricultura
familiar. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2015), a produção
brasileira de feijão na safra 2013/2014 foi de 3,4 milhões de toneladas, ficando o Brasil como 3º
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maior produtor mundial respondendo por 12% da produção, atrás de Myanmar com 16,4% e da
Índia com 15,7%. Seu consumo diário varia entre 50 a 100 g por dia/pessoa, contribuindo com 28%
de proteínas e 12% de calorias ingeridas (MESQUITA et al., 2007). Neste cenário, a produção,
comercialização e consumo de feijões verdes têm sido pouco explorado, talvez pelo apelo regional
que apresentam ou por falta de dados sobre esses indicadores.
A Figura 1 mostra os resultados da pesquisa nas bases científicas, revelando a tendência de interesse
de estudos no período de 2005 a 2015. A distribuição mostrada revela uma tendência de
crescimento nos anos mais recentes por produtos à base de leguminosas. Dentre as três espécies de
leguminosas que são foco desta pesquisa, a mais utilizada é o caupi (Vigna unguiculata).

Figura 1 - Número de artigos científicos por ano pesquisados no período de 2005 a 2015.

Neste contexto, há interesse na elaboração de produtos de panificação, como pães e bolos e massas
em geral, tais como diversas variedades de macarrão, tortilhas, snack, rocamboles etc. São
promissores os resultados obtidos por pesquisadores da área no desenvolvimento de produtos de
panificação e confeitaria empregando farinha de caupi em substituição à farinha de trigo (FROTA et
al., 2010).
De um modo geral, os artigos com foco em produtos de panificação e confeitaria relatam, após as
devidas análises, um aumento protéico e nutritivo nos produtos finais contendo leguminosas na
composição (ANTON et al., 2008; ANTON et al., 2009). As fontes de proteína de origem vegetal
têm sido amplamente utilizadas para a alimentação humana devido ao seu valor nutritivo e baixo
custo, quando comparados aos alimentos de origem animal (CRAIG; MANGELS, 2010). A
proteína faseolina apresenta a maioria dos aminoácidos essenciais exceto a metionina que se
encontra em baixas concentrações (MONTOYA et al., 2010). Além disso, fornecem
oligossacarídeos e compostos fenólicos, os quais conferem ao feijão propriedades antioxidantes
(CAMPOS-VEGA et al., 2010; ROY et al., 2010). O consumo frequente de feijões pela população é
considerado uma alternativa eficaz para diminuir o risco de várias doenças crônico degenerativas
como a diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, sobrepeso e obesidade (JENKINS et al., 2012;
MOLLARD et al., 2012). As leguminosas ofertam diversos minerais para a dieta, notadamente o
ferro, zinco, cálcio, fósforo e magnésio.
Segundo Ikeda et al. (2010), o mercado de alimentos nos próximos anos será influenciado pelas
principais tendências que nortearão o mercado: conveniência, saudabilidade e indulgência. Outras
tendências citadas são derivações específicas. O documento base "Brasil Food Trends 2020"
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também conhecido pela sigla BFT 2020, destaca cinco grupos de tendências para o mercado de
alimentos, levando em consideração fatores de demanda, como crescimento e envelhecimento da
população no Brasil e no mundo, o aumento do poder de compra, a redução do número de filhos por
família, a participação das mulheres no mercado de trabalho e maior acesso à informação. Os
grupos definidos são: Sensorialidade e Prazer; Saudabilidade e Bem-estar; Conveniência e
Praticidade; Confiabilidade e Qualidade; Sustentabilidade e Ética (FIESP; ITAL, 2010).
São categorizados cinco segmentos de mercado onde se pode encontrar alimentos funcionais:
bebidas, produtos lácteos, produtos de confeitaria, produtos de panificação e cereais matinais. São
exemplos atuais de alimentos funcionais e suas atuações: i. Margarinas e leites que diminuem o
colesterol e protegem contra problemas cardíacos; ii. Iogurtes e bebidas que auxiliam o
funcionamento do intestino; iii. Produtos a base de soja que ajudam a prevenir osteoporose; iv. Pães
que reduzem triglicérides e combatem a osteoporose.
A panificação está entre os maiores segmentos industriais do País. O índice de crescimento das
empresas de Panificação e Confeitaria em 2014 foi de 8,02% com o faturamento atingindo R$ 82,5
bilhões. No mesmo ano, o número de empresas que compõem o setor se manteve estável e continua
sendo 63,2 mil. Elas receberam cerca de 41,5 milhões de clientes diários no último ano. Nestas
empresas, as vendas de produção própria representam 55% do volume de faturamento, ou R$ 45,37
bilhões (ABIP, 2015).
Do ponto de vista de desenvolvimento de novos produtos, há espaço para combinar pelo menos
duas das grandes tendências num só produto, ou seja, combinar saudabilidade com conveniência
e/ou saudabilidade com indulgência. Os alimentos funcionais representam uma forte tendência,
sendo que até agora a subcategoria de funcionais para melhoria do funcionamento intestinal foi a
mais explorada. A subcategoria de “produtos para beleza” é relativamente pouco explorada em
alimentos funcionais e se apresenta como uma das maiores oportunidades em termos de inovação
em alimentos para o futuro. O crescimento e o desenvolvimento do mercado de alimentos
funcionais apresentam algumas características particulares, tais como a imagem de segurança e alta
qualidade dos produtos e a necessidade de apoio científico, que prove os benefícios alegados,
justificando a valoração destes produtos (IKEDA et al., 2010).
Dentre os artigos encontrados na busca bibliográfica, percebeu-se que grande parte destes propunha
a substituição parcial ou total da farinha de trigo ou milho por farinhas de outros cereais (p. ex.,
arroz, aveia etc.) e outros vegetais tais como gergelim, considerada uma semente oleaginosa. Esta
substituição ocorre em diversas porcentagens, podendo encontrar-se numa faixa usual de 10 a 50%.
Artigos recentes estudaram as propriedades físico-químicas de produtos extrusados elaborados com
farinhas de feijão comum (Phaseolus vulgaris L). Os autores observaram melhoria das propriedades
nutricionais nos produtos desenvolvidos (ANTON et al. 2008; ANTON et al. 2009; OLIVEIRA et
al., 2017). Oliveira et al. (2017) combinaram as farinhas de arroz e feijão comum e também
observaram impacto positivo sobre a qualidade tecnológica, nutricional e funcional dos extrusados.
Na pesquisa bibliográfica focada no produto biscoito à base de leguminosa (e correlatos) foram
encontrados 10 (dez) artigos. Observou-se um crescente número de trabalhos desenvolvidos com a
finalidade de substituir a farinha de trigo por outras matérias-primas na produção de biscoitos tipo
cookies. Zucco et al. (2011) estudaram a influência da reposição total ou parcial da farinha de trigo
por farinha de leguminosa nas características de qualidade dos cookies. Foram preparadas misturas
contendo diferentes espécies de leguminosas (feijão, lentilha etc.). Os cookies cozidos com farinha
de leguminosas apresentaram maiores níveis de proteína e mostraram aumento da atividade
antioxidante em comparação com o controle. A análise global indicou que os cookies com
características físicas aceitáveis e perfil nutricional melhorado podem ser produzidos com a
substituição parcial ou completa da farinha de trigo.
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Frota e colaboradores (2010) avaliaram a qualidade de biscoitos e rocamboles contendo farinhas de


feijão-caupi, considerando-os satisfatórios, quando comparados às formulações padrão contendo
apenas farinha de trigo e/ou arroz. O emprego da FFC em diferentes proporções contribuiu para
elevar a qualidade nutricional, principalmente quanto ao teor de proteínas, dos minerais ferro, zinco,
magnésio, potássio e da vitamina piridoxina” (FROTA et al., 2010, p. 49).

A partir do escopo definido para a pesquisa tecnológica nas bases de dados do INPI, ESPACENET
e ORBIT, foram obtidos os resultados quantitativos apresentados na Tabela 1. O número de
documentos recuperados variou consideravelmente com a estratégia adotada e as bases consultadas
(Tabela 2). Na estratégia 1, as palavras-chave usadas em português, resultou em resultados apenas
na base da INPI, visto que esta é a única na qual a publicação do documento ocorre na língua
portuguesa.

Tabela 1 – Resultados das estratégias da busca tecnológica usando a consulta nas bases de dados do INPI,
ESPACENET e ORBIT®.
Estratégias de Busca INPI ESPACENET ORBIT
Estratégia 1. 417 - -
Estratégia 2. 122 39 40
Estratégia 3. 8 1.686 678
Estratégia 4. 16 1.112 154
Estratégia 5. 0 2.040 2.261
TOTAL 563 4.877 3.133

Os resultados também estão apresentados em número de documentos recuperados e em número de


documentos recuperados após a remoção daqueles em duplicidade (famílias de patentes), conforme
Figura 2a. Observa-se que o número de documentos difere entre as bases de dados consultadas,
sendo o maior número de documentos sem duplicidade obtidos na base do ESPACENET,
3676(PESD). O número de documentos sem duplicidade recuperados na base de dados do INPI
representa 11,8% dos documentos encontrados na base ESPACENET.
Considerando que o software ORBIT® permite a busca no texto completo do documento, tem
abrangência equivalente à do ESPACENET, oferece recursos mais elucidativos para análise de
dados, optou-se por aprofundar esta pesquisa exploratória usando os dados obtidos no ORBIT®.
Assim, na Figura 2b é apresentada a distribuição de códigos da Classificação Internacional (CIP)
dos resultados da pesquisa fornecidos pelo ORBIT®, utilizando uma estratégia de busca que
combina palavras-chave das 1, 2, e 5 com os códigos de classificação internacional das estratégias 3
e 4 mostradas no Quadro 1.

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Figura 2 – Comparação dos resultados obtidos na pesquisa tecnológica e códigos da Classificação


Internacional (CIP).
(a) (b)

Fonte: Os autores (2017).

Os cinco códigos da Classificação Internacional de patentes mais referenciados nos documentos


recuperados nesta busca são: A23G-003/48 (10,23%), que trata de “Doces; Confeitos; Marzipan;
Produtos revestidos ou recheados contendo plantas ou partes desta, p. ex. frutos, sementes,
extratos”; A23G-003/00 (10,05%); que trata de “Doces; Confeitos; Marzipan; Produtos revestidos
ou recheados”; A23G-003/34 (8,50%); que trata de “Doces; Confeitos; Marzipan; Produtos
revestidos ou recheados e Processos para sua preparação”; A23L-007/10 (6,23%) que trata de
“Produtos derivados de cereais”; A23L-011/00 (5,77%) que trata de “Grãos de leguminosas", i.e.
dos frutos de plantas leguminosas, para produção de forragem ou alimentos; Produtos à base de
legumes; Seu preparo ou tratamento, p. ex. tratamento com fosfatos”. Nota-se que, dentre estes
cinco códigos mais citados da CIP, alguns não têm aderência direta ao objeto de estudo, por
exemplo, o código A23L-007/10 (6,23%) que trata de “Produtos derivados de cereais”. Enquanto
um código de grande interesse, o código A23L 19/00, que trata de “Produtos à base de frutas ou
legumes; Seu preparo ou tratamento (de leguminosas; doces em pasta; geleias; gelatinas ou
similares; beneficiamento de frutas ou legumes colhidos a granel)”, aparece com percentual de
apenas 3,01%.
A fim de verificar a tendência das tecnologias relacionadas ao escopo da pesquisa ao longo do
tempo, foi utilizada a janela temporal 1980 a junho de 2017. Observa-se um incremento crescente
de número de documentos de patentes no final da primeira década dos anos 2000 (Figura 3a).
Quanto ao status legal, dos documentos recuperados nesta pesquisa: 20,39% são patentes
concedidas e vigentes; 26,98% são documentos de patentes em avaliação; 29,81% são patentes
inativas por caducidade; 11,85% são patentes inativas por ter expirado prazo de vigência; 10,96%
são patentes revogadas. O grande número de patentes inativas por caducidade indica que quase um
terço das tecnologias para as quais foi solicitada proteção não foram implementadas, e assim
caducaram. É possível verificar que vários deles estão inativos por ter finalizada a vigência da carta-
patente, que é de 20 anos para patente de invenção, e de 15 anos, para patente de modelo de
utilidade. O perfil do gráfico apresentado na Figura 3a indica que o campo tecnológico está em
crescimento, e não se configura como um campo tecnológico maduro, estabilizado.

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Figura 3 – Distribuição dos resultados de publicação e país por família de patentes, no período de 1980 a
2017.

(a)

(b)

Fonte: Os autores (2017).

Na Figura 3b observa-se a relevância da China como país com domínio da tecnologia, seguida pela
Coréia, Japão e Estados Unidos. A China é grande produtor de vagens de feijão. Embora este
vegetal também seja de fácil cultivo em regiões tropicais, esse potencial de produção não se reflete
em um diferencial em termos de depósitos de patentes. Ainda com base na Figura 3, é possível
verificar o grande número de documentos inativos. A distribuição dos resultados da pesquisa por
inventores é apresentada na Figura 4. Observa-se que 11 inventores participam de 10 ou mais
famílias de patentes. Destaca-se o inventor Son Young Suk, que participa de mais de 90 famílias de
patentes, sendo assim o indivíduo com maior domínio neste campo tecnológico. Também na Figura
4 estão relacionados os domínios tecnológicos. O domínio tecnológico de maior relevância para os
documentos recuperados nesta pesquisa é o "Química de Alimentos", que engloba tanto
documentos com foco estrito de química de alimentos como os que têm enfoque em tecnologia de
alimentos.

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setor de panificação e confeitaria.
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Figura 4 – Distribuição dos resultados da pesquisa por inventores e por domínio da tecnologia.

Fonte: Os autores (2017).

Por outro lado, a distribuição dos resultados da pesquisa por conceitos, i.e. nuvem de palavras que
reúne os principais conceitos encontrados nos documentos recuperados nesta busca de patentes, tem
como conceito principal “matéria-prima” (409 citações), seguido por feijão (262 citações); milho
(246 citações); arroz (239 citações); paladar (210 citações); vegetal (201 citações); açúcar (192
citações); nutriente (186 citações), feijão mungo (184 citações); soja (181 citações); trigo (164
citações). Vale destacar que os conceitos-chave para esta pesquisa são encontrados na núvem de
palavras, mas não dentre os mais relevantes: pigeon pea (86 citações); cowpea (111 citações);
pigeon (99 citações), e não são encontradas citações para o feijão mangalô (Lablab purpureus L.
Sweet). Estes resultados, podem sugerir que o desenvolvimento de novos produtos alimentícios à
base dessa leguminosa podem constituir um campo de possibilidades com potencial a ser explorado.
A patente intitulada “Método de produção de produtos confeccionados com farinhas com propósito
dietético”, tem número de publicação RU2600600 e data de prioridade 26 de agosto de 2015, foi
depositada na Rússia, e apresenta um método para a produção de biscoitos à base de farinha com
finalidade dietética. A mistura de farinhas inclui farinha de trigo e farelo de trigo, em proporção (52
a 58%), e farinha de feijão preto (4 a 6%). As inventoras destacam o caráter dietético do produto
(BYKOVA; TARASENKO, 2015).
Outra patente que envolve biscoitos utilizando farinha de feijão intitula-se “Biscoito capaz de
revitalizar sangue, nutrir e tonificar o ‘Qi’ e método de preparação do biscoito”. A patente tem
número de publicação CN103583650 e data de prioridade 17 de outubro de 2013, foi depositada na
China, e apresenta um produto, o biscoito, e método para sua produção. Os biscoitos são preparados
à base de farinha de trigo e farinha de feijão vermelho, além de outros ingredientes. Os inventores
destacam o potencial nutricional do biscoito e seu quantitativo de fibras e de proteínas alimentares
(CHEN, 2013).
Ainda, como patente em vigência, o documento sob número de publicação CN106212614 e
prioridade 31 de agosto de 2016, propõe um biscoito como alimento funcional e o método de
preparação do mesmo. De título "Biscoito para prevenção e controle de diabéticos tipo 2 e seu
método de preparação", descreve na formulação do biscoito vários ingredientes naturais. O caupi
(30-50 g) e o feijão preto (15-20 g) constituem o grupo das leguminosas que integram esses
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ingredientes. O inventor e depositante da patente trata-se de um inventor independente, e destaca o


potencial hipoglicemiante do biscoito (SHI HUAMIN, 2016).. O invento, como os exemplos
anteriores, indica uma tendência tecnológica.

CONCLUSÃO
Os resultados da pesquisa bibliográfica dão indícios de que o desenvolvimento de novos produtos
alimentícios relacionados à tendência alimentos funcionais aliado à tendência de sustentabilidade é
uma área de grande potencial inovador no campo da produção de alimentos. A análise de patentes
aponta a China com o país detentor do maior número de tecnologias envolvendo leguminosas, e o
campo científico de “Química de Alimentos” é aquele no qual se enquadram a grande parte dessas
tecnologias. Ademais, os dados revelam que a maior parte dos documentos de patente recuperados
já expiraram sua vigência, e portanto tratam-se de tecnologias de domínio público, o que pode ser
uma oportunidade para os empreendedores interessados em produtos contendo leguminosas.
As leguminosas apresentam-se como uma alternativa inovadora no desenvolvimento de produtos
que visam atender às tendências do mercado de alimentos para os próximos anos. O que pode estar
relacionado à demanda por alimentos mais saudáveis e que tragam algum benefício nutricional ao
consumidor. A diversidade das leguminosas e seu valor nutricional são fatores que podem
contribuir para o crescimento do uso desses alimentos na elaboração ou fabricação de novos
produtos, especialmente do grupo de panificação e confeitaria.

AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à valiosa contribuição de Evelyn Seilhe, mestranda do Profnit® e servidora
do Departamento de Inovação Tecnológica do Instituto Federal da Bahia, na realização da pesquisa
tecnológica. Também agradecem à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB)
e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio
financeiro.

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