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Disciplina: Processo Penal

Professor: Paulo Henrique Fuller


Aula: 04| Data: 06/02/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

AÇÃO PENAL
1. Aspectos iniciais
2. Ação Penal Pública
3. Ação Penal Privada
4. Observação Geral

AÇÃO PENAL

1. Aspectos iniciais

A classificação mais comum das ações penais se faz com base na titularidade do seu exercício, pois dessa forma que
o Código Penal cuida do assunto. No art. 100, do Código Penal, é estabelecida a regra (a ação penal é pública), bem
como a exceção (a ação penal é privada, ou seja, do ofendido, quando a lei expressamente indicar).
No § 1º do mesmo artigo, é fixada a subdivisão das ações públicas, indicando a regra (a ação será promovida pelo
Ministério Público independentemente de qualquer autorização da parte ofendida ou de outro órgão estatal), bem
como a exceção (a ação será promovida pelo Ministério Público caso haja autorização do ofendido ou do Ministro
da Justiça).

Sendo assim, não se encontrando nenhuma referência à necessidade de representação ou requisição, bem como à
possibilidade de oferecimento de queixa, trata-se de ação penal pública incondicionada. Por outro lado, deparando-
se com os destaques “somente se procede mediante representação” (ex.: art. 153, §1º do CP) ou “procede-se
mediante requisição do Ministro da Justiça (ex.: art. 145, parágrafo único do CP), está-se diante de ação penal
pública condicionada. E caso se encontre a especial referência “somente se procede mediante queixa” (ex.: art.
145, caput do CP), evidencia-se a ação penal privada.

2. Ação Penal Pública

Ação Penal Pública é aquela em que o Ministério Público é o titular da ação penal, em outras palavras ele é o autor.
Existem dois tipos, quais sejam:
a) Incondicionada - é aquela em que o Ministério Público pode agir sem necessidade de representação
ou requisição;

Observação:
1) O prazo para o oferecimento da denúncia é de 05 (cinco) dias para investigados presos e de 15 dias para
investigados soltos (artigo 46 do Código de Processo Penal);
2) Caso o Ministério Público não ofereça a denúncia no prazo legal, ou seja, fique inerte, o ofendido poderá
promove-la. É a chamada ação privada subsidiaria da pública. O ofendido tornara-se legitimo para oferecer
queixa, a qual deverá ser oferecida no prazo de 6 (seis) meses, a partir do prazo do Ministério Público;
3) Cabe ação penal subsidiaria em caso de arquivamento do inquérito? O STF entende que não cabe ação
penal subsidiaria em caso de arquivamento do inquérito policial, pois, neste caso, o Ministério Público

Analista do TJ
CARREIRAS JURÍDICAS
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requereu o arquivamento e, portanto, ele agiu, não se podendo cogitar de inercia (que é o pressuposto da
ação penal subsidiaria).

b) Condicionada – quando propostas sem necessidade de representação (pedido) do ofendido ou de


requisição (obrigação) do Ministro da Justiça (art. 24 do Código de Processo Penal).

Observação:

1) No caso de ação pública condicionada à representação do ofendido, está terá o prazo de 6 (seis) meses
para exercita-la, contando este prazo a partir do conhecimento da autoria. Esgotado este prazo, sem que
o ofendido se manifeste, ocorrerá decadência e com ela a extinção da punibilidade do estado (art. 38 do
Código de Processo Penal). Com isto, o Ministério Público perderá a legitimidade ativa para exercitar a
denúncia, e se insistir em exercita-la e o juiz receber a denúncia, estará gerando processo absolutamente
nulo por falta de condição da ação.
2) Representações:
2.1 Ofendido menor de 18 anos – o direito passa a ser dos representantes legais;
2.2 Ofendido menor de 18 anos sem representante legal ou existe conflito de interesse entre
representante e ofendido – o juiz nomeara o curador especial (defensoria pública);
2.3 Ofendido morto ou declarado ausente judicialmente – os direitos passam ao CADI – Cônjuge,
ascendentes, descendente, irmão (artigo 24, §1, Código de Processo Penal).

3. Ação Penal Privada

Ação Penal Privada é aquela em que o ofendido ou seu representante legal é o autor.

4. Observação Geral

Denúncia é a petição inicial, contendo a acusação formulada pelo Ministério Público, contra o agente do fato
criminoso, nas ações penais públicas. Queixa é a petição inicial, contendo a acusação formulada pela vítima, através
de seu advogado, contra o agente do fato delituoso, nas ações penais privadas.

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