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Proposta de Sequência Didática

para Estudo de Erros de Medida

Charles Turuda
Introdução

Introduzir o conceito de erros de medida em turmas de oitavas séries pode ser um desafio,
pois deve-se levar em consideração a maturidade dos estudantes. Alguns desses estudantes
acreditam que Física é da área de “exatas” porque fornece resultados corretos e perfeitos. Os
erros de medida podem entrar em conflito com essa crença.

1 Objetivos

‒ Compreender que toda medida envolve um erro.


‒ Perceber que um instrumento só pode medir coisas maiores do que sua menor unidade
de medida.
‒ Identificar numa dada medida os algarismos corretos, o primeiro algarismo duvidoso e
os algarismos significativos.
‒ Indicar em uma lista de medidas qual é a mais precisa.

2 Material

Serão utilizadas quatro réguas impressas em uma folha de papel A5 e um retângulo de papel
colorido. O comprimento e a largura do retângulo colorido são menores do que a menor
unidade de medida da primeira régua e maiores do que as das réguas dois a quatro.

Figura 2 - Retângulo de
papel colorido.

Figura 1 – Réguas
(Impressas em folha A5).

3 Procedimento

O material deve ser entregue a cada aluno, individualmente ou em duplas. Pede-se, em


seguida, que os alunos meçam o comprimento ou a largura do retângulo e que escrevam o
resultado de suas medições no caderno.

Pede-se para que alguns alunos deem seus resultados. Registram-se esses resultados no
quadro para que todos possam vê-los.

Levantam-se os seguintes questionamentos:

‒ Qual a dificuldade para se medir com a primeira régua? Por quê?


‒ Alguém saberia citar outra situação em que uma régua não é adequada para
determinada medição?
‒ Uma régua milimetrada poderia ser usada para medir o diâmetro de uma ameba ou de
um átomo?

Charles Turuda
O objetivo das perguntas é encaminhar o estudante a perceber que a menor unidade de medida
do instrumento não pode ser maior do que o que se deseja medir. A conclusão deve ser que a
primeira régua é inadequada para medir o retângulo.

Olhando para as medidas feitas por outras réguas, deve-ser questionar resultados como 3,28
na segunda régua, por exemplo. Esses questionamentos são do seguinte tipo, para a segunda
régua:

‒ A gente tem certeza do algarismo 3 (Algarismo correto). Mas tem dúvida nos
algarismos 2 e 8. Se não tenho certeza de ser vinte… (3,20), como posso saber se é
3,26 ou 3,27 ou 3,28? Apresenta-se a noção de algarismos corretos, primeiro
algarismo duvidoso e algarismos significativos: o 3 é correto (tenho certeza), o 2 é o
primeiro duvidoso, o 3 e o 2 são significativos porque a gente dá importância
(significado) para eles. As medidas aceitáveis/razoáveis para o comprimento do
retângulo do exemplo, usando a segunda régua, são 3,1; 3,2; 3,3 e 3,4.

A dúvida no segundo algarismo duvidoso é muito maior do que no primeiro algarismo


duvidoso. Se algum aluno questionar o critério de parar no primeiro algarismo duvidoso,
perguntar: “qual seria então o critério?”. Sugerir a medida 3,284756384759 para a segunda
régua e mostrar que isso não faz sentido (não tem significado). A sequência …84756384759 é
inteiramente especulação, pois o algarismo 2 após a vírgula já é um “chute”.

Repete-se a discussão para a medida da quarta régua. Deve ficar a ideia de que uma medida
do tipo 16,3333… não é possível.

Fala-se, então, sobre o erro do instrumento e dão-se vários outros exemplos. O erro do
instrumento é igual à menor unidade de medida para instrumentos digitais e igual à metade da
unidade de medida para instrumentos analógicos (com traços, como as réguas).

Mostra-se como se deve expressar uma medida M ± ΔM e qual o significado disso. Se, por
exemplo, na segunda régua, o erro da medida é 0,5 e a medida 2,8; então a medida deve ser
escrita “2,8 ± 0,5” significando que o valor correto está entre 2,3 e 3,3, ou seja, (2,8 - 0,5) e
(2,8 + 0,5).

4 Avaliação

Fazer um tipo de mini-teste no final da aula, oral ou escrito, pedindo aos estudantes que
identifiquem os erros de medida de instrumentos; que identifiquem algarismos corretos,
duvidosos e significativos; que ordenem medidas em ordem crescente de precisão etc.

Charles Turuda

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