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Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde Ano letivo 2017/2018

N.º Projeto: POCH-01-5571-FSE-001235 N.º Curso: 21 Ano: 11º Turma: F


Disciplina: Biologia Módulo A6 – Sistema neuro-hormonal

 Sistema Neuro hormonal 

Objetivos:
Reconhecer o papel dos sistemas nervoso e hormonal na coordenação do
organismo;
Compreender, de modo geral, o funcionamento do sistema neuro-hormonal;
Conhecer a constituição do sistema nervoso;
Distinguir sistema nervoso central de sistema nervoso periférico;
Conhecer a constituição do encéfalo;
Compreender a importância do encéfalo;
Compreender a morfologia da medula espinal e a sua importância;
Identificar as estruturas principais de um neurónio;
Compreender como se processa o impulso/ influxo nervoso;
Estabelecer diferenças entre atos voluntários e atos reflexos/ involuntários;
Reconhecer a importância do sistema nervoso autónomo;
Conhecer as principais glândulas endócrinas e algumas das suas funções;
Reconhecer o papel do sistema neuro-hormonal na coordenação do
organismo.

O que é o sistema neuro-hormonal?


Perante uma situação de perigo, o corpo reage sempre de forma a
proteger a tua integridade física. Por exemplo, quando se esta a andar de
bicicleta e se é surpreendido por um obstáculo, trava-se rapidamente
para evitar a queda. Também numa situação de proximidade excessiva com
uma chama, existe uma reação repentina de afastamento dessa fonte de
calor, sem necessidade de pensar.
Estas reações fazem parte da resposta do organismo a um estímulo
— qualquer alteração no exterior ou no interior do corpo capaz de
provocar uma resposta do organismo — e são coordenadas pelo sistema
neuro-hormonal.

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Os órgãos envolvidos na captação dos estímulos, na sua transmissão e na
elaboração de uma resposta são:
• Receptores, órgãos ou células especializadas que captam os estímulos do
exterior ou do interior
do organismo e informam
o centro nervoso:
— Os órgãos dos
sentidos recebem os
estímulos do exterior.
— Outros órgãos como a
boca, o estômago, os
pulmões, etc., produzem
estímulos que nos
informam de que temos
sede, fome, falta de ar,
etc.

• Nervos sensitivos, que


detectam os estímulos e
transmitem o impulso ao
centro nervoso.

• Centro nervoso
(espinal medula ou encéfalo), que recebe a informação dos receptores,
analisa-a e processa uma resposta adequada.

• Nervos motores, que transmitem a informação proveniente do centro


nervoso ao órgão efetor ou células efetoras.
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• Efetores, órgãos ou células que dão a resposta ao estimulo.

A resposta motora consiste, geralmente, num movimento activado pelo


sistema nervoso.
A resposta hormonal ou secretora consiste na secreção de uma hormona,
por uma glândula, que vai actuar sobre os órgãos que produzem
efectivamente uma resposta.

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SISTEMA NERVOSO CENTRAL - Constituído por:

► ENCÉFALO (protegido pela caixa craniana e meninges) e


MEDULA ESPINAL (protegida pelas vértebras e meninges)

► ENCÉFALO
 A sua atividade comporta: pensamento, memória, raciocínio e vida ativa
 Formado por 3 órgãos:
Cérebro – coordena e regula o funcionamento dos diferentes órgãos

do nosso corpo e intervém nas emoções e no pensamento consciente.

Cerebelo – relacionado com o equilíbrio do corpo e a coordenação

dos seus movimentos.

Bolbo raquidiano (ou tronco cerebral) – é a zona do encéfalo ligada

à espinal-medula e controla funções vitais, como respiração, o ritmo

dos batimentos cardíacos e a tensão arterial reflexos da tosse, do

soluçar, engolir…

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Hipotálamo (ou diencéfalo) – contém, por exemplo, os centros da

fome, sede e do sono. Está ligado à hipófise fazendo a ligação entre

o sistema nervoso e o sistema hormonal.

ENCÉFALO. Coordena toda a informação, processa as respostas e controla


todos os movimentos voluntários e involuntários.

No que se refere às actividades motoras, o


hemisfério direito controla o lado esquerdo do
corpo, enquanto o hemisfério esquerdo
controla o lado direito.

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► ESPINAL MEDULA

A espinal medula apresenta-se


como um cordão
esbranquiçado com cerca de
50cm de comprimento e 1cm
de diâmetro. Alojada no canal
raquidiano e está em
comunicação com os
diferentes órgãos do tronco e
dos membros por meio de 31
pares de nervos raquidianos
que dela partem.

FUNÇÃO: fornecer ao encéfalo informações e receber deste respostas


que envia aos órgãos que vão executar as ações correspondentes.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO – Constituído por:



 Nervos
 Gânglios Nervosos

Funções:
Recebe informações captadas pelos recetores sensoriais;
 Conduz estas informações aos centros nervosos;
 Conduz informações dos centros nervosos aos órgãos efectores;

Tipos de nervos, quanto à função que desempenham:

Nervos Sensitivos ou aferentes;

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 Nervos de associação;
 Nervos motores ou eferentes.

Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC


são os nervos sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são
formados por prolongamentos de neurónios sensoriais. Aqueles que
transmitem impulsos do SNC para os músculos ou glândulas são nervos
motores ou eferentes, feixe de axónios de neurónios motores.
Existem ainda os nervos mistos, formados por axónios de neurónios
sensoriais e por neurónios motores

Tipos de nervos, quanto à região em que se originam:

 Nervos Cranianos- originados no encéfalo, saem do crânio e inervam


diferentes regiões da cabeça (órgãos dos sentidos, músculos da face, da
boca e da faringe)
 Nervos Raquidianos - originados na medula espinal. Na pele existe
numerosas ramificações de nervos raquidianos.

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As fibras nervosas fazem parte do sistema nervoso autónomo e do
sistema nervoso somático.

• Sistema nervoso somático – inclui nervos do sistema muscular, do


esquelético e dos órgãos dos sentidos, que recebem os estímulos do
exterior.

• Sistema nervoso autónomo – constituído por neurónios motores que


controlam os órgãos internos de modo automático e inconsciente. Inclui o
sistema nervoso simpático e parassimpático, com actividades opostas.
Sistema simpático — está ativo apenas
Sistema parassimpático — controla em alturas de stress de modo a preparar
o organismo para o excesso de actividade.
e mantém as funções vitais de modo
a conservar energia.

MOVIMENTOS REFLEXOS E MOVIMENTOS


VOLUNTÁRIOS
Porque retiramos a mão quando nos queimamos?

Quando se toca em algo muito quente ou pontiagudo, essa parte do


corpo afasta-se sem que seja
necessário decidir faze-lo: essa
reacção constitui um acto
reflexo. Os actos involuntários
ou reflexos não dependem da
vontade, sendo o centro de
resposta a espinal medula. Este
tipo de reacção é um processo
muito veloz, porque os impulsos
nervosos deslocam-se até atingir
a zona da espinal medula mais
próxima. Por serem tão rápidos e

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não necessitarem da intervenção do cérebro, os actos reflexos evitam a
existência de acidentes de maior gravidade.

Muitos dos nossos actos reflexos nasceram connosco: são reflexos inatos
e não resultam de nenhuma aprendizagem. São exemplo destes reflexos a
deglutição, a sucção, etc.
Outros resultam de uma aprendizagem e variam de pessoa para pessoa
consoante as suas experiências de vida — são os reflexos condicionados.
Os reflexos condicionados resultam de uma aprendizagem baseada em
rotinas como, por exemplo, quando se trava a bicicleta perante um
obstáculo ou quando se foge perante um animal feroz.

COMO SE TRANSMITEM OS IMPULSOS NERVOSOS?


A transmissão das informações no sistema nervoso acontece, muito
rapidamente, sob a forma de impulsos nervosos, que se propagam no
corpo através dos neurónios.

Os neurónios são formados por:


• corpo celular — parte da célula onde se encontra o núcleo e a maioria
dos organitos celulares;
• dendrites — prolongamentos
ramificados do corpo celular;
• axónio — estrutura muito
longa que pode ser ramificada
na extremidade e ao longo da
qual se propaga o impulso nervoso.

O impulso nervoso é uma corrente eléctrica que se propaga apenas num


sentido.

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Todas as células, e de forma particular os neurónios, apresentam
diferenças de concentração de iões entre a face interna e a face externa
da sua membrana citoplasmática.
Como o citoplasma dos neurónios contém, proporcionalmente, menor
quantidade de iões positivos do que o fluido intersticial, a superfície
interna da membrana apresenta carga elétrica negativa, enquanto que a
face externa apresenta carga elétrica positiva. Desta forma, gera-se uma
diferença de potencial elétrico entre as duas faces da membrana –
potencial de membrana – que, quando o neurónio não está a transmitir
impulsos, é da ordem dos -70 mV (milivolts) – potencial de repouso. O
sinal negativo indica que o interior da célula tem carga global negativa,
relativamente ao exterior.

Quando um neurónio é atingido por um determinado estímulo, os canais


de Na+ existentes na membrana abrem-se, conduzindo a uma rápida
entrada de iões positivos (Na+) para a célula. Esta brusca entrada de iões
positivos faz com que o potencial de membrana passe de -70mV para
+35mV. Esta alteração da diferença de potencial designa-se
despolarização.

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Esta rápida alteração do potencial elétrico, que ocorre durante a
despolarização, designa-se potencial de ação e é da ordem dos 105 mV.
A despolarização de um determinado ponto ocorre durante 1,5
milésimos de segundo, sensivelmente, pois quando o potencial de ação
atinge o seu pico, segue-se uma queda do potencial da membrana, até se
atingir o seu valor de repouso – repolarização.
O potencial de ação, que se gera na área da membrana estimulada,
propaga-se à área vizinha, conduzindo à sua despolarização. Verifica-se,
então, uma sucessão de despolarização e repolarização ao longo da
membrana do neurónio. Esta onda de despolarização/ repolarização
constitui o impulso nervoso.

A velocidade de propagação do impulso nervoso varia de neurónio para


neurónio e de animal para animal.
A rápida propagação do impulso nervoso, nos neurónios dos
vertebrados, é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre
os axónios.
Esta bainha é formada por camadas concêntricas de membranas das
células de Schwann.
O isolamento dos axónios pela bainha de mielina apresenta
interrupções, designadas nódulos de Ranvier, nos quais a superfície do
axónio fica exposta.

Entre os axónios de um neurónio e as dendrites de outro, existem


zonas de separação denominadas fendas sinápticas, através das quais se
transmite o impulso nervoso.
Ao processo de transmissão do impulso nervoso de um neurónio para outro
dá-se o nome de sinapse. As sinapses podem ser eléctricas ou químicas.
Nas sinapses químicas, após a chegada do impulso nervoso à
terminação do axónio, existe a libertação de uma substância química — o
neurotransmissor. Este irá ligar-se às dendrites do neurónio seguinte,
provocando neste segundo neurónio a propagação de novo impulso nervoso
ao longo do seu axónio.

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De acordo com a função que desempenham e com a direcção de
propagação do impulso nervoso, os neurónios podem ser classificados em:

• neurónios sensitivos — recebem o estímulo e transmitem os impulsos


nervosos do órgão receptor ao
centro nervoso (encéfalo ou
espinal medula);

• neurónios conectores —
localizados na espinal medula e
no encéfalo, ligam os neurónios
sensitivos aos neurónios
motores;

• neurónios motores —
transmitem os impulsos
nervosos do centro nervoso ao
órgão efetor (músculo ou glândula), originando a resposta ao estímulo.

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