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Conflitos de Leis no Espaço e a Norma de Direito

Internacional Privado
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privado

RESUMO

Este artigo tem como finalidade abordar os conflitos de lei no espaço e como estes
conflitos são solucionados pelas normas de Direito Internacional Privado. Demonstraremos
ao longo desse texto que o Direito Internacional Privado cuida de traçar soluções para os
mais diversos conflitos de leis espaciais que possam existir. De fato o ordenamento
jurídico nacional funda-se sob a égide da soberania e da territorialidade, contudo em que
pese este dois princípios, em determinados casos concretos pode-se falar da aplicação de
duas ou mais legislações nacionais diferentes. Por isso a necessidade haverem normas
internacionais que cuidem em solucionar este conflito espacial de normas. O Direito
Internacional Privado possui estas aludidas normas e assim nesse trabalho cuidaremos de
abordá-las.

Palavras-chave: Conflitos de leis. Direito Internacional Privado. Elementos de conexão.

1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como finalidade abordar os conflitos de leis no espaço e como estes
conflitos são dirimidos pelas regras do Direito Internacional Privado.

Trataremos, primeiramente, sobre a problemática conflitual de leis no espaço, que consiste


na possibilidade de aplicação de leis de dois ou mais Estado a um determinado caso
concreto, que mesmo que haja de fato princípio pautado na territorialidade e na soberania,
ainda sim podemos destacar a possibilidade de aplicação de mais de uma lei nacional a
este dito caso.

Abordaremos, ainda, os elementos de conexões, que são regras do Direito Internacional


Privado que tem o condão de solucionar os conflitos de leis no espaço.

2 A PROBLEMÁTICA DOS CONFLITOS DE LEIS NO ESPAÇO


Em regra o Direito incide sobre pessoas, bens, atos, fatos e relações de poder soberano
em determinado escritório.

Contudo em determinadas situações não se pode claramente definir, em um primeiro


momento, qual Direito nacional que solucionará determinadas situações, haja vista poder,
nas situações dos casos concretos, existir, dadas as circunstâncias, a possibilidade de
aplicação de mais de uma norma jurídica que pertencentes a Estados diversos.

Nesse diapasão destacamos uma passagem do doutrinador Portla (2011, p. 561):

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Em princípio, um Estado poderia aplicar seu ordenamento jurídico a qualquer fato social que
estivesse ao alcance de seu poder soberano. Entretanto, é possível que mais de uma ordem
jurídica nacional aparentemente incida, ou pretenda incidir, sobre relações privadas que
tenham alguma conexão com mais de um ente estatal. É também possível que ocorram
situações em que um ato, fato ou relação jurídica, embora tenha lugar dentro de um Estado,
possua maior vínculo com outro. Em casos como esses, pode haver dúvida acerca da norma
nacional aplicável, configurando o chamado “conflitos de leis o espaço” e o aparecimento da
possibilidade de recorrer ao Direito de um ente estatal para regular uma relação que tem lugar
em outro Estado.

Em suma há situações em que surge a possibilidade de aplicação de mais de um


ordenamento jurídico, de diferentes Estados, e que por algum motivo podem ser levados a
serem aplicados nestas determinadas situações.

Assim nesse sentido cuidou Portela (2001) em definir o que seriam conflitos de leis, se não
vejamos:

Os conflitos de leis no espaço são, portanto, as situações em que mais de um ordenamento


nacional possa incidir sobre uma relação privada que transcende as fronteiras de um ente
estatal, ou seja, que tenha conexão internacional. A resolução desses conflitos é um dos
objetos do Direito Internacional Privado.

Em suma há conflitos de leis toda vez que mais de um ordenamento possa incidir sobre as
relações privadas e que exceda as fronteiras do Estado.

Cabe destacar que de forma acertada Dolinger (2013, p. 16) ao tratar do tema destacou a
seguinte problemática “os conflitos de leis que versa o Direito Internacional Privado
abrange todas as categorias de leis, tanto de direito privado quanto de direito público?”. A
este questionamento na sequência o mesmo doutrinador responde: “exclui do Direito
Internacional Privado o direito penal internacional e os outros campos do direito integrados
no Direito Público” (DOLINGER, 2013, p. 18).

Em decorrência do princípio de territorialidade, em regra, o Estado pode aplicar suas


normas a todas as relações que venham a se desenvolver em seu território, ainda que
passíveis de conflitos de leis no espaço.

Contudo a esta regra existem exceções, uma vez que, em muitos casos concretos as
configurações dos casos concretos poderão levar a aplicação normas estrangeiras,
normas estas de outros ordenamentos jurídicos, contudo existem regras de aplicação
destas normas, uma vez que esta dita norma não possa vir ofender a ordem pública.

A definição das normas a serem aplicadas a determinados casos concretos depende dos
chamados “elementos de conexão”, critérios esses que apontarei os preceitos que deverão
incidir em cada caso concreto. Estes ditos elementos de conexão estão contidos nas
normas de Direito Internacional Privado.

2.1 Os elementos de conexão

O primeiro elemento de conexão apontado pela doutrina é o domicílio, sendo definido


como principal elemento de conexão sob o ponto de vista o direito brasileiro, também
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conhecido como lex domicili, determina que aplicar-se-á a lei do domicílio de uma das
partes envolvidas neste conflito de normas.

Um segundo elemento de conexão é a nacionalidade, também conhecida como lex patriae,


esta norma soluciona o conflito existente entre as normas dizendo que aplica-se aos
conflitos de leis a norma do Estado em que a pessoa é nacional.

Caber destacar que, conforme passagem do doutrinador Portela (2011), no passado a


regra da nacionalidade era tida como a mais importante na solução dos conflitos, não
sendo hoje mais a principal, entretanto ainda persistem regras determinantes de ordem
jurídica pátria em alguns casos concretos.

A lex fori é um dos mais comuns elementos de conexão, aplicado-se nos casos em que há
conflitos espacial de normas a norma do lugar do foro, ou seja, onde se desenvolveu a
relação jurídica.

A lex rei sitae, é critério de aplicação da norma do lugar aonde encontra-se se situação a
coisa objeto da lide. Este elemento tem por objeto, especificamente, o regime de bens, e,
portanto, o parâmetro aplicável nestas situações é o lugar da situação dos bens.

A lex loci delicti comissi define que seja aplicável a norma do lugar aonde o ilícito foi
cometido sendo muitas vezes aplicáveis a questões não contratuais, que envolvam a título
de exemplo questões relativas a poluição ambiental.

Lex loci executionis ou lex loci solutionis é o elemento de conexão que determina a
aplicação da norma do local de execução de um contrato ou de uma obrigação. Esta regra
no âmbito do direito interno encontra-se disposta na Súmula 207 do TST, sendo na
maioria das vezes aplicável aos contratos de trabalho.

O elemento locus regit actum é o elemento de conexão como o “lugar de constituição da


obrigação”, devendo ser aplicado a lei do lugar em que a obrigação foi contraída.

3 CONCLUSÃO
A partir deste estudo podemos concluir que o Direito Internacional Privado cuida de
solucionar conflitos de leis no espaço. Estes conflitos surgem toda vez que nos casos
concretos há a possibilidade de aplicação de mais de uma lei nacional ao mesmo caso.

Mesmo que pelo princípio da soberania e da territorialidade as normas que devessem ser
aplicadas fossem as normas existente em cada Estado, há situações concretos que pelas
qualidades pessoais ou em razão do negócio firmado, mais de um Estado poderá ter sua
lei aplicada.

O Direito Internacional Privado por sua vez tem regras, chamadas pela doutrina por
elementos de conexão, que cuidam de definir quais regras devem ser aplicadas em cada
caso concreto.

São elementos que buscarão definir quais regras devam ser aplicar em cada situação
específica.

O Direito Internacional Privado, portanto, quando surgir um conflito de normas, em


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determinadas situações concretas definirá qual lei deverá ser aplicada a cada caso.

Em que pese este ramo do direito possuir soluções para o conflito espacial de leis, estas
ditas soluções se dão nos casos concretos não sendo uma solução engessada para todas
as situações.

Em outras palavras, os elementos de conexão cuidam de solucionar os casos concretos,


determinando quais leis deverão ser aplicadas a cada situação, destacando-se as
peculiaridades de cada caso.

REFERÊNCIAS
DOLINGER, Jacob. Direito Internacional Privado. 5. Ed. Rio de Janeiro: Editora
Atualizada, 2013. 479 p.

PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 3. Ed.


Salvador: Editora JusPodivm, 2011. 919

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