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Internacional Privado
barbarastefanyy.jusbrasil.com.br/artigos/335778380/conflitos-de-leis-no-espaco-e-a-norma-de-direito-internacional-
privado
RESUMO
Este artigo tem como finalidade abordar os conflitos de lei no espaço e como estes
conflitos são solucionados pelas normas de Direito Internacional Privado. Demonstraremos
ao longo desse texto que o Direito Internacional Privado cuida de traçar soluções para os
mais diversos conflitos de leis espaciais que possam existir. De fato o ordenamento
jurídico nacional funda-se sob a égide da soberania e da territorialidade, contudo em que
pese este dois princípios, em determinados casos concretos pode-se falar da aplicação de
duas ou mais legislações nacionais diferentes. Por isso a necessidade haverem normas
internacionais que cuidem em solucionar este conflito espacial de normas. O Direito
Internacional Privado possui estas aludidas normas e assim nesse trabalho cuidaremos de
abordá-las.
1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como finalidade abordar os conflitos de leis no espaço e como estes
conflitos são dirimidos pelas regras do Direito Internacional Privado.
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Em princípio, um Estado poderia aplicar seu ordenamento jurídico a qualquer fato social que
estivesse ao alcance de seu poder soberano. Entretanto, é possível que mais de uma ordem
jurídica nacional aparentemente incida, ou pretenda incidir, sobre relações privadas que
tenham alguma conexão com mais de um ente estatal. É também possível que ocorram
situações em que um ato, fato ou relação jurídica, embora tenha lugar dentro de um Estado,
possua maior vínculo com outro. Em casos como esses, pode haver dúvida acerca da norma
nacional aplicável, configurando o chamado “conflitos de leis o espaço” e o aparecimento da
possibilidade de recorrer ao Direito de um ente estatal para regular uma relação que tem lugar
em outro Estado.
Assim nesse sentido cuidou Portela (2001) em definir o que seriam conflitos de leis, se não
vejamos:
Em suma há conflitos de leis toda vez que mais de um ordenamento possa incidir sobre as
relações privadas e que exceda as fronteiras do Estado.
Cabe destacar que de forma acertada Dolinger (2013, p. 16) ao tratar do tema destacou a
seguinte problemática “os conflitos de leis que versa o Direito Internacional Privado
abrange todas as categorias de leis, tanto de direito privado quanto de direito público?”. A
este questionamento na sequência o mesmo doutrinador responde: “exclui do Direito
Internacional Privado o direito penal internacional e os outros campos do direito integrados
no Direito Público” (DOLINGER, 2013, p. 18).
Contudo a esta regra existem exceções, uma vez que, em muitos casos concretos as
configurações dos casos concretos poderão levar a aplicação normas estrangeiras,
normas estas de outros ordenamentos jurídicos, contudo existem regras de aplicação
destas normas, uma vez que esta dita norma não possa vir ofender a ordem pública.
A definição das normas a serem aplicadas a determinados casos concretos depende dos
chamados “elementos de conexão”, critérios esses que apontarei os preceitos que deverão
incidir em cada caso concreto. Estes ditos elementos de conexão estão contidos nas
normas de Direito Internacional Privado.
A lex fori é um dos mais comuns elementos de conexão, aplicado-se nos casos em que há
conflitos espacial de normas a norma do lugar do foro, ou seja, onde se desenvolveu a
relação jurídica.
A lex rei sitae, é critério de aplicação da norma do lugar aonde encontra-se se situação a
coisa objeto da lide. Este elemento tem por objeto, especificamente, o regime de bens, e,
portanto, o parâmetro aplicável nestas situações é o lugar da situação dos bens.
A lex loci delicti comissi define que seja aplicável a norma do lugar aonde o ilícito foi
cometido sendo muitas vezes aplicáveis a questões não contratuais, que envolvam a título
de exemplo questões relativas a poluição ambiental.
Lex loci executionis ou lex loci solutionis é o elemento de conexão que determina a
aplicação da norma do local de execução de um contrato ou de uma obrigação. Esta regra
no âmbito do direito interno encontra-se disposta na Súmula 207 do TST, sendo na
maioria das vezes aplicável aos contratos de trabalho.
3 CONCLUSÃO
A partir deste estudo podemos concluir que o Direito Internacional Privado cuida de
solucionar conflitos de leis no espaço. Estes conflitos surgem toda vez que nos casos
concretos há a possibilidade de aplicação de mais de uma lei nacional ao mesmo caso.
Mesmo que pelo princípio da soberania e da territorialidade as normas que devessem ser
aplicadas fossem as normas existente em cada Estado, há situações concretos que pelas
qualidades pessoais ou em razão do negócio firmado, mais de um Estado poderá ter sua
lei aplicada.
O Direito Internacional Privado por sua vez tem regras, chamadas pela doutrina por
elementos de conexão, que cuidam de definir quais regras devem ser aplicadas em cada
caso concreto.
São elementos que buscarão definir quais regras devam ser aplicar em cada situação
específica.
Em que pese este ramo do direito possuir soluções para o conflito espacial de leis, estas
ditas soluções se dão nos casos concretos não sendo uma solução engessada para todas
as situações.
REFERÊNCIAS
DOLINGER, Jacob. Direito Internacional Privado. 5. Ed. Rio de Janeiro: Editora
Atualizada, 2013. 479 p.
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