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de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying
tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma
denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação,
humilhação e maltrato.
o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias,
vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido
inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e gestor também não
são considerados bullying. Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares (colegas
de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma agressão, mas nem toda a agressão é
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Querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do
bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar
sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se
satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela
vítima.
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Sim. É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito: o autor e o alvo. Mas os especialistas alertam para
esse terceiro personagem responsável pela continuidade do conflito.
O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Quando
recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou
por falta de iniciativa para tomar partido.
Também são considerados espectadores os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a
agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão
acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar. ''O espectador se fecha aos
relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro.
Se for pela internet, por exemplo, ele ‘apenas’ repassa a informação. Mas isso o torna um coautor'', explica a
pesquisadora Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e
Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868).
Caso real
"Eu tinha um aluno que liderava os casos de bullying naquela turma e, com a ajuda de alguns colegas, agredia,
xingava e batia nos mais fracos. "Em um dos casos, ele chegou a ferir um colega até sangrar", relembra.
Abjan decidiu, então, iniciar ações de combate à violência com a sala. De início, por meio do diálogo, convidou os
alunos a refletirem sobre suas próprias ações, com base no tema "aquilo que não quero para mim, não posso ofertar
aos outros". "Meu objetivo era fazer os alunos se colocarem no lugar dos colegas". Além do debate, a turma também
participou de encenações teatrais e produziu cartazes com mensagens que pediam mais respeito para melhorar a
convivência na escola.
Mas, na visão da professora, ainda era preciso incluir a família nesse processo. "Muitas vezes, os pais incentivam os
filhos a serem violentos, a agredir quando são agredidos". Ela passou, então, a organizar reuniões quinzenais com os
familiares. "Se você não trouxer a família, você não consegue atingir o aluno", conclui.
Nas primeiras atividades com a turma, o aluno que ameaçava os colegas quase não participou. "Um dia, ele me
procurou para dizer sobre as coisas que não gostava. Ouvi e dei importância a ele. Depois disso, ele começou a
participar mais, com uma atitude melhor e o comportamento do grupo como um todo melhorou muito", avalia.
Palavra de especialista
Está claro e é uníssono entre os pesquisadores da área que atos de bullying podem ter causas relacionadas a
ambientes familiares agressivos. Justamente por isso, gestores e professores precisam construir na escola um
ambiente sócio-moral baseado no respeito e em um relacionamento sadio. "É necessário que a escola pare de culpar
as famílias por todos os problemas que enfrenta e busque uma revisão interna sobre a organização do ambiente
escolar", alerta Adriana Ramos, pedagoga e doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
A própria inclusão das famílias pode ser uma estratégia de combate ao bullying, mas não a única. Toda a escola -
incluindo gestores, coordenadores, professores, funcionários, alunos e pais - precisa participar ativamente de
processos de manutenção das relações interpessoais na escola. "Um aluno que não tem uma família considerada
estruturada ou pais ausentes é justamente aquele que mais precisa de uma escola justa e respeitosa para seu
desenvolvimento", alerta Ramos.
Para a especialista, punir não é o melhor caminho para resolver problemas de bullying entre alunos. E foi exatamente
esta a postura da professora Abjan Gomes. "Ela soube se sensibilizar em relação ao agressor, um personagem muitas
vezes negligenciado e até tratado como culpado. A professora não julgou o aluno, mas procurou incentivá-lo a
reconhecer seus próprios sentimentos", analisa Adriana.
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Entre os tantos desafios já existentes na rotina escolar, está posto mais um. O bullying escolar - termo sem tradução
exata para o português - tem sido cada vez mais reportado. É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica,
ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. "Ninguém sabe como agir",
sentencia a promotora Soraya Escorel, que compõe a comissão organizadora do I Seminário Paraibano sobre Bullying
Escolar, que reuniu educadores, profissionais da Justiça e representantes de governos nos dias 28 e 29 de março, em
João Pessoa, na Paraíba. "As escolas geralmente se omitem. Os pais não sabem lidar corretamente. As vítimas e as
testemunhas se calam. O grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma cultura de paz e respeito
às diferenças individuais", complementa.
A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos
que lidam com Educação. Para Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de Minas Gerais, a imprensa também ajudou a
dar visibilidade à importância de se combater o bullying e, por consequência, a criminalidade. "Não se tratam aqui de
pequenas brincadeiras próprias da infância, mas de casos de violência, em muitos casos de forma velada. Essas
agressões morais ou até físicas podem causar danos psicológicos para a criança e o adolescente facilitando
posteriormente a entrada dos mesmos no mundo do crime", avalia o especialista no assunto. Ele concorda que o
bullying estimula a delinquência e induz a outras formas de violência explícita.
Seminário - Organizado pela Promotoria de Justiça da Infância e da Adolescência da Paraíba, em parceria com os
governos municipal e estadual e apoio do Colégio Motiva, o evento teve como objetivo, além de debater o assunto,
orientar profissionais da Educação e do Judiciário sobre como lidar com esse problema. A Promotoria de Justiça
elaborou um requerimento para acrescentar os casos de bullying ao Disque 100, número nacional criado para
denunciar crimes contra a criança e o adolescente. O documento será enviado para o Ministério da Justiça e à
Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Durante o encontro também foi lançada uma publicação a ser distribuída para as escolas paraibanas, com o objetivo de
evidenciar a importância de um trabalho educativo em todos os cenários em que o bullying possa estar presente - na
escola, no ambiente de trabalho ou mesmo entre vizinhos. Nesse manual, são apresentados os sintomas mais comuns
de vítima desse tipo de agressão, algumas pistas de como identificar os agressores, conselhos para pais e professores
sobre como prevenir esse tipo de situação e mostram-se, ainda, quais as consequências para os envolvidos.
Em parceria com a Universidade Maurício de Nassau, a organização do evento registrou as palestras e as discussões -
o material se transformará num vídeo-documentário educativo que será exibido nas escolas da Paraíba, da Bahia e de
Pernambuco.
Depressão, baixo auto-estima, ansiedade, abandono dos estudos - essas são algumas das características mais usuais
das vítimas. De certa forma, o bullying é uma prática de exclusão social cujos principais alvos costumam ser pessoas
mais retraídas, inseguras. Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se
sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação. "São presas fáceis, submissas e vulneráveis aos
valentões da escola", explica Cleo Fante, especialista no assunto.
Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades, como problemas com
obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos.
"Também pode acontecer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas",
exemplifica Guilherme Schelb.
Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares - aqueles que gostam de colocar apelidos nos
mais frágeis. Assim como a vítima, ele também precisa de ajuda psicológica. "No futuro, este adulto pode ter um
comportamento de assediador moral no trabalho e, pior, utilizar da violência e adotar atitudes delinqüentes ou
criminosas", detalha Lélio Calhau.
Como prevenir o problema na escola
- Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e
perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.
- Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de
conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.
- Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação
entre alunos.
- Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, procure imediatamente a direção
da escola.
- Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A
responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos
alunos envolvidos.
Os pais devem estar alertas para o problema - seja o filho vítima ou agressor pois ambos precisam de ajuda e apoio
psicológico. Veja as dicas dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar
(Artmed).
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Ambas as agressões são graves e causam danos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e
facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.
''A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também vê uma blusa rasgada ou um material
furtado como algo concreto. Não percebe que uma exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais'', explica
Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
Os jovens também podem repetir esse mesmo raciocínio e a escola deve permanecer alerta aos
Infantil. É possível?
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Sim, se houver a intenção de ferir ou humilhar o colega repetidas vezes. Entre as crianças menores, é comum que
as brigas estejam relacionadas às disputas de território, de posse ou de atenção - o que não caracteriza o bullying. No
entanto, por exemplo, se uma criança apresentar alguma particularidade, como não conseguir segurar o xixi, e os
colegas a segregarem por isso ou darem apelidos para ofendê-la constantemente, trata-se de um caso de bullying.
"Estudos na Psicologia afirmam que, por volta dos dois anos de idade, há uma primeira tomada de consciência de
'quem eu sou', separada de outros objetos, como a mãe.
E perto dos três anos, as crianças começam a se identificar como um indivíduo diferente do outro, sendo possível que
uma criança seja alvo ou vítima de bullying. Essa conduta, porém, será mais frequentes num momento em que houver
uma maior relação entre pares, mais cotidiana'', explica Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação As relações interpessoais na escola e a construção
da autonomia moral", da Universidade de Franca (Unifran).