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Nº 32
Mai/Jun 2010
ISNN 0100-1485
ENTREVISTA
Sérgio Machado,
presidente da
TRANSPETRO
6
Artigo Técnico
Entrevista
O ressurgimento da indústria naval 22
8 Causa da ocorrência de pites em
cupons de aço carbono
Evento INTERCORR Por Lorena Cristina de Oliveira
Compartilhando avanços tecnológicos e co-autores
14
Matéria de Capa
Ações para proteção contra corrosão
20
Indústria Naval
Atlântico Sul lança seu primeiro navio
29
Cursos e Eventos
Calendário 2010 – 2º Semestre
30
Notícias do Mercado
32
Treinamento & Desenvolvimento
Orgasmo e estupro intelectual
34 Errata:
Na página 22 da edição nº 31, Soluções com
Opinião
a nanotecnologia, na verdade, o depoimento
Novos paradigmas da Geração Y foi dado por Cláudia Bártoli Belizaro,
Marcelo Mariaca pesquisadora da empresa Nanox.
Redação e Publicidade
Eng. Rosileia Mantovani – Akzo Aporte Editorial Ltda.
Dra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ Rua Emboaçava, 93
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A revista Corrosão & Proteção é uma publi- Conselho Editorial Fone/Fax: (11) 2028-0900
cação oficial da ABRACO – Associação Brasileira Eng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRO aporte.editorial@uol.com.br
de Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968. Dra. Denise Souza de Freitas – INT
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M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT de 2010.
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Dra. Olga Baptista Ferraz – INT da editora responsável.
INTERCORR – Outra matéria desta edição aborda o maior evento do setor realizado no Brasil, o
INTERCORR. Essa foi a maior e mais concorrida edição do evento, por qualquer parâmetro que se ava-
lie. Foram 788 profissionais participantes e a qualidade e a abrangência dos trabalhos apresentados sur-
preenderam até os mais renomados especialistas presentes. O sucesso do evento também pode ser parcial-
mente creditado a esse momento ímpar da história das indústrias do petróleo e gás e naval.
E a ABRACO se sente particularmente empolgada em ser um dos pilares do desenvolvimento técnico
do setor da corrosão, um dos itens mais importantes para o bom desempenho desses setores da economia.
Boa leitura!
Os editores
Sérgio Machado
frente da TRANSPETRO timativa é a de que esta econo- ciclo de decadência que se seguira
desde 2003, o fortalezense mia chegue anualmente a US$ ao apogeu dos anos 70. Partimos
Sérgio Machado foi eleito, 500 milhões em remessas ao ex- de uma necessidade, que era a
em junho, por uma publicação terior. Ao fim das duas primei- construção de navios para um
especializada norueguesa, uma ras fases do programa, a expec- país de 7,5 mil km de litoral e 42
das 100 pessoas mais influentes tativa é de que 100% das neces- mil km de rios navegáveis com
do mundo no setor de transpor- sidades de cabotagem (navega- 95% de seu comércio exterior por
te marítimo. Formado em Admi- ção costeira) e 50% dos trajetos via marítima, para a criação de
nistração Pública pela Fundação de longo curso da PETRO- uma oportunidade, que foi a
Getulio Vargas do Rio de Janei- BRAS sejam atendidas pela fro- retomada da indústria naval.
ro, o ex-senador ocupa a 65ª po- ta da TRANSPETRO. Com isso, estamos contribuindo
sição neste ranking, apontado co- Por navegarem em água sal- para a criação de 40 mil empre-
mo um executivo visionário e co- gada e transportarem cargas al- gos diretos e 160 mil empregos
rajoso. Trata-se de um reconheci- tamente corrosivas, a proteção indiretos.
mento pelo trabalho desenvolvi- contra a corrosão destes navios
do com a criação, em 2004, do é item importante neste contex- A TRANSPETRO lançou, em
Programa de Modernização e to. A Revista Corrosão & Pro- 24 de junho, o segundo navio
Expansão da Frota (PROMEF), teção pediu ao presidente da do PROMEF. Que balanço o
que, ao prever a construção no TRANSPETRO, Sérgio Ma- senhor faz, neste momento, do
Brasil de 49 navios, com conteú- chado, que fizesse uma avalia- Programa em termos do alcan-
do mínimo nacional (65% na ção do momento da indústria ce de suas metas objetivas e da
primeira fase e 70% na segunda naval, confira: consequência inerente, que é
fase) e preço internacionalmente a de propiciar o renascimento
competitivo ao final da curva de O senhor foi listado pelo jor- da indústria naval brasileira?
aprendizado, foi responsável pelo nal norueguês Trade Winds, a Machado – O programa é um
renascimento da indústria naval maior publicação especializada sucesso, tanto pelo cumprimento
nacional. Com os contratos de em transporte marítimo do estrito do cronograma de lança-
construção assinados para 46 mundo, entre as 100 pessoas mentos quanto pelo estímulo à
navios, o montante de investi- mundialmente mais influentes retomada de encomendas por
mentos já soma US$ 4,7 bilhões. no setor marítimo. O que este outras empresas. Especialistas
As entregas começaram este ano, reconhecimento representa? independentes e dirigentes sindi-
com o primeiro deles lançado ao Machado – Tomo este reconheci- cais, tanto de empregados como
mar em maio e o segundo em mento como um prêmio a um de patrões, têm ressaltado a
junho, e vão até 2013. trabalho coletivo, que teve o apo- importância do PROMEF como
O programa é visto como io decidido do Governo Federal e deflagrador de um processo mais
um passo importante para a o engajamento de dirigentes e amplo, de recuperação da auto-
economia de divisas, hoje en- funcionários da TRANSPETRO. estima de um segmento vital pa-
viadas ao exterior para paga- Recolocamos o Brasil no mapa da ra nossa indústria, como a cons-
mento de serviços de frete. A es- construção naval, dando fim ao trução naval.
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O que a expansão da indústria
naval brasileira representa em
termos de desenvolvimento pa-
ra o País? Qual a importância
do fortalecimento deste setor
para a Economia em geral?
Machado – A locomotiva da eco-
nomia mundial, no momento,
são os países emergentes. A logís-
tica é fundamental para o Brasil
beneficiar-se plenamente desse
processo, levando os alimentos e
matérias-primas que produz pa-
ra países que são grandes deman-
dantes, como China e Índia. Não
há como pensar em alavancar as
1º Lugar: Fernando Marchiori / 2º Lugar: Carlos Alberto Picone / 3º Lugar: Carlos Alexandre Mar-
Renner Herrmann UNESP tins da Silva / TRANSPETRO
Placa de rua em Caiobá, PR Corrosão em água do mar no aço Corrosão em zona de variação de
AISI H13 nitretado por plasma maré
melhoria contínua do evento. os dias, o que valorizou sobremaneira todo o evento”, comenta
“Avançamos quanto ao conteúdo Zehbour Panossian.
apresentado, como o ensino da
corrosão. Os próprios autores- Panorama
professores nos deram um retor- Para os profissionais que não puderam participar do INTER-
no positivo e solicitaram que CORR, a Revista Corrosão & Proteção traz um breve panorama das
fosse mantido esse tema nos pró- atividades desenvolvidas durante o maior evento da corrosão organi-
ximos congressos. Outro ponto zado no Brasil. Além da conferência de abertura, foram realizadas sete
alto foi a qualidade dos trabalhos conferências / palestras conduzidas por profissionais renomados inter-
apresentados e os pôsteres. Os nacionalmente: Hermano Cezar Jambo (Brasil – PETROBRAS),
palestrantes internacionais fica- Pedro Altoé (Brasil – PETROBRAS), John Kelly (Estados Unidos –
ram impressionados com o nível International Paint), Zehbour Panossian (Brasil – IPT), Bijan
de organização e de presença de Kermani (Reino Unido – Universidade de Manchester), Ricardo
público. Cada vez mais estamos Nogueira (França – INP-Lepmi) e João Carlos Salvador Fernandes
valorizando as plenárias, pois a (Portugal – IST).
grande maioria dos eventos tem Neusvaldo Lira de Almeida, pesquisador do IPT – Instituto de
uma ou duas plenárias no come- Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, diretor da ABRACO e membro
ço e no fim e nós fizemos todos do Comitê Executivo do INTERCORR, destacou ainda as três mesas-
O balcão de inscrições com sofisticado software de Em clima de festa, o coquetel de abertura foi um dos
atendimento pontos altos do evento
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O melhor trabalho pôster do evento ficou com As salas estiveram sempre lotadas de profissionais
Raphael Gomes de Paula (PUC-MG) muito interessados nos temas discutidos
redondas que propiciaram ao público conhecer, debater e trocar expe- contra corrosão (instrutora Zeh-
riências em profundidade com especialistas. Os temas foram: “Cor- bour Panossian), Ensaios para
rosão por corrente alternada e interferência por descarga atmosférica”, avaliação de processos corrosivos
coordenada por Jorge Fernando Coelho (PETROBRAS), “Meta- – aplicações e normas (Denise
lização – aplicação offshore e onshore”, coordenada por Antonio Bravo Freitas – INT), Inspeção de sis-
Júnior (Durotec) e “Revestimentos orgânicos & pré-sal – novos desa- tema de proteção catódica e
fios”, com Joaquim Pereira Quintela (PETROBRAS/CENPES). revestimento – como selecionar
Com carga horária de seis horas, os tradicionais minicursos foram a técnica mais adequada (João
bastante concorridos. No total, 105 profissionais participaram dos Hipólito de Lima Oliver –
cinco temas desenvolvidos: Revestimentos metálicos para proteção TRANSPETRO), Técnicas de
NOVO SISTEMA
DE MICROSCOPIA 3D
LEICA DCM 3D
• Técnica de confocal com interferometria, pela primeira
vez no mundo
• Ideal para inspeções rápidas de qualidade que exigem
grande precisão nos resultados obtidos
• Avaliações em tempo super-rápido. Em apenas 10 segundos,
o sistema é capaz de capturar, avaliar e enviar o relatório
completo de medições
• Dispensa contato com o material que está sendo observado,
atua somente através de projeção ótica
• O universo da nanotecnologia em medição: velocidade
e resolução de até 0,1 nanômetro
avaliação de revestimentos orgâ- dores, revestimentos orgânicos e metálicos, além de uma sessão dedi-
nicos (Celso Gnecco – Sherwin cada ao ensino da corrosão. “Pretendemos que essa sessão esteja pre-
Willians) e Uso de inibidores de sente nos próximos eventos, onde os pesquisadores das mais diversas
corrosão: aplicação, avaliação de linhas de atuação poderão trazer suas experiências teóricas e práticas,
eficiência e mecanismo (Isabel reforçando ainda mais os conceitos relativos aos processos corrosivos,
Guedes – USP). suas técnicas de controle e formas de avaliação”, comenta.
Tivemos mais de 200 traba- Finalmente, Neusvaldo e Simone Brasil destacam o reconheci-
lhos apresentados, sendo 170 na mento da comunidade técnica aos melhores trabalhos apresentados.
forma oral, em cinco sessões si- O Prêmio Professor Vicente Gentil, concedido ao melhor trabalho
multâneas. “Esse aumento é um apresentado na forma oral no CONBRASCORR, foi conquistado
claro indicador de que o tema por Lorena Cristina de Oliveira Tiroel (TRANSPETRO) com o tema
corrosão vem ganhando cada vez “Causas da Ocorrência de pites em cupons de aço-carbono” (veja arti-
mais destaque entre os pesquisa- go na íntegra nesta edição na página 22). Em segundo e terceiro lugar,
dores. Os trabalhos abordaram ficaram respectivamente os trabalhos “Estudo eletroquímico do efeito
praticamente todos os temas so- da concentração de íons de Ce (IV) na formação de um filme prote-
bre corrosão e proteção, com tor à base de polissilano sobre aço carbono”, de Idalina V. Aoki (Escola
destaque para os assuntos volta- Politécnica da Universidade de São Paulo – USP) e “Investigação de
dos ao petróleo, gás, energia e oxidação seletiva em aço dual phase”, de Vanessa C. F. Lins
nanotecnologia aplicada à corro- (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG). Na sessão pôster,
são”, observa Neusvaldo. Simone Brasil ressalta uma inovação: além do horário disponibilizado
Simone Brasil, do Departa- para a apresentação, os pôsteres tiveram um espaço próprio e puderam
mento de Processos Inorgânicos, ficar expostos durante todo o evento. “Com isso, um número maior
da Escola de Química da Uni- de participantes tiveram acesso aos trabalhos”, avalia Simone Brasil.
versidade Federal do Rio de Ja- O melhor pôster foi “The effect of zinc addition in stress corrosion
neiro (UFRJ) e diretora da cracking initiation in nickel alloy 600 in simulated PWR primary
ABRACO, ressalta que os traba- water”, de Raphael Gomes de Paula (PUC-MG). “Vale ressaltar que
lhos técnicos apresentaram te- os três melhores trabalhos orais e o ganhador do melhor pôster con-
mas tradicionalmente presentes, quistam seu ‘passaporte’ para a 11ª COTEQ – Conferência sobre
como proteção catódica, inibi- Tecnologia de Equipamentos, evento que é realizado em parceria com
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Simone Brasil (à dir.) entrega o prêmio Professor As visitas aos estandes da exposição revelaram o
Vicente Gentil a Lorena Cristina de Oliveira Tiroel interesse de um público altamente qualificado
a ABENDI e com o IBP, entre os dias 10 e 13 de Maio de 2011, no pertise em temas específicos. Fo-
Recife”, explica Neusvaldo. ram quatro palestras nesse forma-
to: Revestimento para minerado-
Inovações também na organização ras estendidos a outros mercados,
Simone Maciel, coordenadora de Comunicação e Eventos da A- ministrado por Eric Ugarte –
BRACO, conta algumas inovações apresentadas, sempre com o obje- Sherwin Williams/Chile; Produ-
tivo de tornar mais dinâmico os processos. “A modernização no rece- tos ecologicamente corretos para
bimento dos resumos e trabalhos, por exemplo, tornou o contato mais a indústria naval – Rosiléia Man-
rápido e direto”, comenta. tovani – International Paint; Re-
Para tanto, a ABRACO investiu na implementação de um sistema dução de riscos associados com
online que permitia o envio dos resumos e trabalhos técnicos para revestimentos anticorrosivos de
todos os membros do Comitê Científico. O envio de fotos para par- alta tecnologia – Antonino Di
ticipação no tradicional concurso de fotografias foi feito dessa forma. Marco – International Paint; Gal-
“A votação para a escolha da melhor foto também por meio eletrôni- vanização: economia e durabili-
co”, explica Simone Maciel. dade na proteção contra a corro-
são – casos de sucesso – Flávio
Palestras técnico-comerciais Penha Júnior – Instituto de Me-
Foi criado ainda um espaço especial para a indústria expor sua ex- tais Não-Ferrosos.
arantir que existam ex- áreas correlacionadas, a Revista Corrosão & Proteção convidou
celentes condições téc- profissionais especializados para apresentar sua visão da realidade
nicas estruturais por atual e tendências.
cerca de 25 anos é um dos mai-
ores desafios quando se aborda Revestimentos contra corrosão
a questão da proteção contra a “A corrosão é uma atividade extremamente dinâmica, ou seja,
corrosão na indústria naval. O cada vez que se consegue definir um processo e estabelecer uma téc-
foco do problema está na supe- nica de proteção, surge outro problema de características e condi-
rexposição a fatores que ampli- ções de contornos diferentes. A cada dia surge um novo desafio que
am a ação corrosiva, tais como será vencido com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras ou
a água marinha. Não é à toa aperfeiçoamento das já disponíveis. Desta forma, o profissional que
que há uma busca constante deixar de se atualizar ficará obsoleto em pouco tempo.
por soluções (produtos e pro- Com relação às tecnologias disponíveis, temos várias opções
cessos) que minimizem o im- para a proteção contra a corrosão, dependendo do tipo, forma e
pacto. principalmente do meio ou ambiente corrosivo base do processo. A
Por outro lado, a exploração seleção de uma tecnologia para proteção contra a corrosão sempre
do petróleo na camada do pré- deve levar em consideração aspectos de ordem técnica e econômi-
sal deve impor novos desafios ca. Para uma seleção adequada da tecnologia de proteção é funda-
ao processo de extração. Espe- mental que se conheça em profundidade todo o processo corrosivo.
cialistas indicam que a presença Essa avaliação deve ser feita por profissionais da área de corrosão,
de gás sulfídrico e CO2, presen- que devem estar envolvidos em todas as etapas dos projetos (elabo-
tes em poços muito profundos ração, construção, montagem, operação e inspeção). No caso das
e com alto potencial corrosivo, questões relativas à indústria naval, as soluções devem levar em consi-
faz da escolha adequada de ma- deração as características das embarcações, os ambientes agressivos, os
teriais algo vital não só para a tempos de docagem e as exigências das sociedades classificadoras.
segurança, mas também para Há, também, a preocupação com os aspectos ambientais. Os
tornar a extração economica- profissionais da área de corrosão estão atentos a isto e vêm inserin-
mente viável. do conceitos de preservação de meio ambiente e da saúde dos tra-
Em ambos os casos, a atua- balhadores nas tecnologias de proteção. No caso de revestimentos
lização dos profissionais que se orgânicos, podemos citar como exemplos as novas técnicas de pre-
dedicam a essa tarefa é um pro- paração de superfície ecologicamente corretas, como hidrojatea-
cesso contínuo, dinâmico e de- mento com e sem abrasivos e jateamento com abrasivos envolvidos
safiador. E não se trata apenas em esponjas (Sponge Jet) e tintas sem solventes, de base aquosa e
das soluções relacionadas dire- outras com baixos teores de voláteis orgânicos. Embora o Brasil seja
tamente a minimizar os impac- um país carente em legislação específica para a área de revestimen-
tos da corrosão. Sempre será tos orgânicos (tintas), por iniciativa da PETROBRAS, o país já
necessário avaliar as questões emprega estas tecnologias há mais de 15 anos, mesmo na ausência de
ambientais de forma a garantir leis que obriguem a utilização de técnicas menos agressivas ao meio
a preservação do ambiente ma- ambiente e à saúde dos trabalhadores envolvidos na atividade.
rinho e todo seu ecossistema, A indústria naval tem um fator específico que são as tintas anti-in-
além das condições de seguran- crustantes e a preservação do ambiente marinho. De uma forma geral,
ça para os trabalhadores e para o mundo moderno se preocupa com estes fatores e adota medidas
a operação como um todo, pro- para controlar as substâncias usadas nestas tintas. Pesquisa e desenvol-
porcionando, assim, resultados vimento de novas tecnologias são fatores constantes nesta área.
mais eficientes. Já os desafios do pré-sal são um bom exemplo para o que mencio-
Para traçar um panorama nei sobre a permanente atualização. Embora tenhamos um bom
das questões da proteção contra conhecimento a respeito das tecnologias a serem aplicadas, teremos de
a corrosão que envolvem essas investir muito em pesquisa para vencer os desafios que já são conhe-
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cidos e os outros, que com certe- este propósito. Em peças cuja dimensão e peso permitem que as mes-
za, surgirão a curto e médio pra- mas sejam colocadas dentro de um banho, o processo de imersão a
zos, à medida que avance a ex- quente é bem apropriado. Para peças de maior porte e que já estejam
ploração da área”. soldadas, os revestimentos por aspersão térmica se tornam os mais
indicados, pois o processo pode ser aplicado no local onde se encon-
Joaquim Pereira Quintela tra a estrutura de interesse, por exemplo, vasos de pressão, guindastes,
Consultor Técnico queimadores etc.
PETROBRAS/CENPES/PDP/TMEC Normalmente, ambos os processos citados possuem custo mais
elevado que o dos sistemas tradicionais de pintura. Uma das vanta-
Revestimentos metálicos gens dos revestimentos metálicos mencionados é o fato de os mes-
no combate à corrosão mos resistirem relativamente bem ao dano mecânico por impacto,
"No ambiente atmosférico quando comparados aos sistemas tradicionais de pintura. Já os reves-
marinho, o desempenho dos re- timentos aplicados por aspersão térmica possuem também a vanta-
vestimentos metálicos depen- gem de terem cura imediata, o que possibilita agilidade no transpor-
dem de um correto tratamento te ou na movimentação. São tratamentos de superfície utilizados
de superfície, da técnica de apli- quando se tem como objetivo uma redução significativa dos serviços
cação, da espessura aplicada e da de manutenção offshore.
capacidade do revestimento Falando de tendências, os revestimentos por aspersão térmica,
atuar como um processo de usando zinco ou suas ligas como camada base, seguido da aplicação
sacrifício local, na ocasião de se adicional de uma película de pintura, de forma a se ter um efeito mais
ter pequenos danos do revesti- pronunciado e efetivo da função anodo local (camada metálica de
mento que irão expor o substra- zinco) + barreira (camada de pintura) deverão ser usados de forma sig-
to ao meio corrosivo. Os proces- nificativa no futuro, no que se refere à proteção contra a corrosão
sos de zinco e alumínio e suas atmosférica marinha de estruturas de aço, seja em navios/plataformas
ligas são os mais utilizados para de produção de petróleo, seja em meio aquoso em tanques de lastro
Evento ABRACO
Objetivo:
• Reunir especialistas envolvidos nas técnicas de prevenção e controle da corrosão externa de dutos
e equipamento, com apresentação das tendências atuais do mercado e as novas tecnologias
de produtos e de aplicação.
Público Alvo:
• Empresas ligadas às atividades de prevenção da corrosão externa em equipamentos e estruturas.
• Centros e Institutos de Pesquisa.
• Gerentes, supervisores, engenheiros, técnicos e inspetores da área de projetos, operação,
inspeção e manutenção.
• Empresas ligadas à fabricação, aplicação, pesquisa e desenvolvimento do segmento.
Mais informações:
(21) 2516-1962
eventos@abraco.org.br
de petroleiros. Esse maior investimento deverá ser adotado ainda na que se obtenha uma maior auto-
etapa de fabricação, objetivando uma redução considerável do serviço mação na aplicação e inspeção
de manutenção em ambiente offshore, o qual pode atingir cifras extre- desses revestimentos, principal-
mamente elevadas quando comparado ao custo de aplicação em can- mente em superfícies não tubula-
teiro de obra. Os revestimentos de alumínio aplicados por aspersão res, de forma a tornar tais proces-
térmica devem continuar sendo muito usados para proteção contra a sos mais competitivos no que diz
corrosão atmosférica marinha, tanto em superfícies com temperatura respeito a seu custo de aplicação”.
elevada (acima de 120 ºC), como no caso de queimadores e tubos
exaustores, e também na superfície externa de risers de perfuração e Marcelo Piza
completação e lanças de guindastes. Engenheiro de Inspeção de Equipamentos
Por último, no que tange à aplicação de revestimentos por aspersão Coord. do Grupo de Integridade Estrutural
térmica, torna-se necessário um maior investimento em tecnologia para PETROBRAS/CENPES/ PDP/TMEC
Jateamento
Químico
LL – BE10
Produto líquido para
fosqueamento de alumínio
LL – B (Beauty) E (Etching) 10
Processo longa-vida, cinco vezes mais rápido
do que o tratamento alcalino tradicional.
Otimiza a logística com a eliminação da
operação de jateamento com micro-esferas,
além de garantir outros benefícios, tais como:
• Elimina 95% dos defeitos de extrusão do
alumínio: faixas, estrias e linhas de solda
• Permite que a dissolução do alumínio seja
M E
Ç A N
60 vezes menor do que no processo
N tradicional com soda cáustica
LL AA
TT
tratamento de efluentes
• Reconstitui o acabamento da superfície
EE
OO
de perfis rejeitados
V
XX
C
L U S I • Possui vasta aplicação no setor moveleiro e
decorativo
Estaleiro Atlântico Sul tante peculiar, já que o estaleiro estava sendo construído paralelamen-
(EAS) lançou o seu pri- te à embarcação. À medida que as instalações ficavam prontas, o
meiro navio e que é tam- petroleiro avançava na linha de produção”, ressalta o presidente do
bém o primeiro dos 22 petrolei- EAS, Angelo Bellelis.
ros encomendados ao Estaleiro Estiveram presentes na cerimônia, entre outras autoridades, os
pela TRANSPETRO, no âmbi- Presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da PETROBRAS,
to do Programa de Moderniza- Sergio Gabrielli, e da TRANSPETRO, Sergio Machado, além do go-
ção e Expansão da Frota (PRO- vernador de Pernambuco, Eduardo Campos, ministros de Estado,
A embarcação MEF). A embarcação, do tipo parlamentares, prefeitos e secretários. Também participaram do even-
tem 274 Suezmax, tem 274 metros de to os 3,7 mil funcionários do EAS e 2,5 mil convidados.
metros de comprimento e capacidade para “Outro destaque é que a maioria da mão-de-obra empregada na
comprimento transportar um milhão de barris construção do navio foi formada em Pernambuco, no Centro de
e capacidade de petróleo. A cerimônia aconte- Treinamento Engenheiro Francisco C. E. Vasconcelos, e não tinha
para ceu em 7 de maio e marcou a experiência prévia na construção naval. Em muitos casos, foram donas
transportar retomada da indústria naval bra- de casa, trabalhadores rurais, comerciantes, pescadores e jovens em
um milhão de sileira, que há 14 anos não cons- nível de primeiro emprego e que hoje trabalham como soldadores,
barris de truía embarcações desse porte. montadores, encanadores, eletricistas e caldeireiros, entre outras fun-
petróleo “A construção do navio foi bas- ções da nossa operação”, comemora o executivo, acrescentando que o
Batismo
O lançamento é o ritual mais
importante da construção de um
navio. Para fazer a embarcação
flutuar, o dique do EAS, até
então seco, é inundado com 24
horas de antecedência. Na ceri-
mônia, a madrinha – que foi a
esmerilhadora Mônica Roberta
de França – quebrou uma garra-
fa de champanhe no costado, fez
um discurso desejando boa sorte
à embarcação e procedeu ao ba-
tismo. Esse primeiro petroleiro
do EAS recebeu o nome de João
Cândido, escolhido pelo Presi-
dente Lula em homenagem ao
marinheiro negro que liderou
um motim contra os castigos fí-
sicos na Marinha do Brasil. A
Revolta da Chibata, que aconte-
ceu em 1910 no Rio de Janeiro, max e o casco da plataforma P-55, da PETROBRAS – soma US$ 3,5 Além de
fez com que João Cândido se bilhões. O EAS tem o objetivo de ser a maior, mais moderna e mais autoridades,
tornasse conhecido como o “Al- eficiente planta naval do Hemisfério Sul. Com equipamentos simila- participaram
mirante Negro”. O marinheiro res aos existentes nos mais avançados estaleiros do mundo, o EAS inte- do evento
morreu pobre e esquecido em gra o seleto time da quarta geração da indústria naval. Já foram cons- os 3,7 mil
1969. Quem recebeu as home- truídas 98% das instalações do estaleiro e sua conclusão está prevista funcionários
nagens no lançamento do navio para o final deste semestre. A previsão é de que o número de fun- do EAS
foi seu filho, Adalberto Cândi- cionários alcance quatro mil até o final de 2010. e 2,5 mil
do, o Candinho. convidados
Rebocado do dique seco, o PERFIL DO JOÃO CÂNDIDO
petroleiro João Cândido foi para Tipo de navio: Suezmax (tem as maiores dimensões
o cais de acabamento, onde a- para passar no Canal de Suez, que liga
conteceu a finalização da monta- o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo);
gem, a conclusão das áreas inter- Comprimento total: 274,2 metros;
nas, a instalação de móveis nas Comprimento entre perpendiculares: 264 metros;
acomodações, os testes de cais e Boca moldada: 48 metros;
as provas de mar. O lançamento Pontal moldado: 23,2 metros;
ao mar da embarcação deve a- Calado de escantilhão: 17 metros;
contecer em agosto. Demanda de aço: 24,5 mil toneladas
Capacidade: 1 milhão de barris;
Estaleiro Porte bruto : 157,7 mil toneladas (peso da embarcação
O Estaleiro Atlântico Sul, mais a carga máxima);
instalado em um terreno de 160 Velocidade de serviço: 14,80 nós;
hectares com capacidade de pro- Consumo de tinta na construção: 300 mil litros;
cessamento de 160 mil toneladas Motor principal: Doosan 6S70ME-C7 – MCR 22.920BHP
de aço por ano, envolve investi- x 91 RPM;
mentos de R$ 1,8 bilhão. Sua Hélice: Tipo passo fixo;
carteira de encomendas – com Número de segregações: 3
22 petroleiros Suezmax e Afra-
C & P • Maio/Junho • 2010 21
Artigos Técnicos
za-amarelado e as de sulfeto de
manganês são cinza-azulado
(wranglén, 1969). Dependen-
do do tipo de aço, estas inclu-
sões podem causar danos im-
portantes aos materiais especi-
Figura 13 – Espectro de energia e análise semiquantitativa do Cupom B almente nos aços de alta resis-
obtido com o microscópio eletrônico de varredura tência, uma vez que tais inclu-
sões são frágeis.
transversal, foi observada so- algumas inclusões na superfície, Do ponto de vista de corro-
mente uma inclusão alongada e porém não eram de formato são, tanto as inclusões de sulfe-
de menor dimensão (ver a figu- alongado que pudessem nuclear to de ferro quanto as de sulfeto
ra 12). pites. de manganês são catódicas em
O cupom de aço API 5L, Inclusões metálicas estão relação à matriz de aço-carbo-
preparado exclusivamente para presentes com relativa frequên- no. De acordo com Wranglén
este estudo, foi analisado tam- cia em ligas metálicas. No caso (1969) as inclusões de sulfeto
bém por dispersão de energia do aço carbono, as mais co- de ferro são mais catódicas do
com um microscópio eletrôni- muns são inclusões de sulfeto que as de sulfeto de manganês e
co de varredura, na superfície de ferro e de sulfeto de manga- podem ser mais prejudiciais ao
de topo e na seção transversal. nês. As inclusões de sulfeto de aço-carbono que as de sulfeto
As figuras 14 e 15 mostram ferro apresentam coloração cin- de manganês.
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TABELA 4 – RUGOSIDADE DOS CUPONS
Conclusões
Os resultados obtidos neste
estudo indicaram que a ocor-
rência de pites nos cupons está
relacionada com a existência de
inclusões alongadas de MnS.
Quando os cupons são instala-
dos nos dutos, estas inclusões
ficam perpendiculares à direção
Figura 16 – Espectro de energia e análise semiquantitativa do cupom de do fluxo. Em contato com o lí-
aço API 5 L obtido com o microscópio eletrônico de varredura quido, o entorno dessas inclu-
sões sofrem dissolução eletro-
Considerando o potencial anódica, é determinante para o química, resultando no arran-
de eletrodo padrão do Fe2+/Fe = desenvolvimento do processo camento destas inclusões com
– 0,44V e a entalpia livre de corrosivo. Quando o par ma- consequente geração de pites ou
formação do FeS para a condi- triz-inclusão entra em contato pequenas frestas. Os ensaios de
ção de equilíbrio, encontra-se com o meio corrosivo, ocorre imersão e ensaios eletroquími-
para a reação: uma dissolução preferencial do cos reforçaram esta hipótese e
aço-carbono da matriz, no en- de certa forma justificaram por-
FeS → Fe2+ + S + 2e-, E0 = torno da inclusão, resultando que há uma grande concentra-
+ 0,26V no arrancamento desta. Este ção de pites no Cupom A e ape-
processo gera pites ou pequenas nas alguns no Cupom B. Como
Similarmente, frestas que podem concentrar o mostrado nas figuras 9 e 12, o
eletrólito e acelerar ainda mais Cupom A possui muito mais in-
MnS → Mn2+ + S + 2e-, E0 = o processo de corrosão agora clusões alongadas e de dimen-
+ 0,11V agravado pela existência simul- sões maiores do que o Cupom
tânea de par galvânico, frestas e B. No caso do cupom de aço
Como as inclusões estão ele- pites. Cabe salientar que, uma API 5L, não houve formação
tricamente conectadas à matriz, vez formado o pite, o processo de pites e isto era esperado, uma
forma-se um par galvânico que de corrosão não será interrom- vez que não havia inclusões
embora seja de curto alcance, pido, mesmo que não haja mais alongadas no material.
dado que a área catódica é mui- inclusão naquela região. Isto Cabe ressaltar que este fenô-
to pequena relativamente à área porque, no interior da cavida- meno deve ser cuidadosamente
C & P • Maio/Junho • 2010 27
Cursos e Eventos
Pintura Industrial
Inspetor de Pintura Industrial
88 19 a 30 9 a 20 18 a 29 22/11 a 3/12
Nivel I / RJ
Inspetor de Pintura Industrial
88 6 a 17
Nivel I / BA
Inspetor de Pintura Industrial
88 23/8 a 3/9
Nivel I / SP
Inspetor de Pintura Industrial 13 a 6a
88
Nivel I / Diversos 24 (PE) 17 (ES)
Inspetor de Pintura Industrial
40 8 a 12
Nivel II
Pintor e Encarregado
40 12 a 16 30/8 a 3/9 (BA) 22 a 26
de Pintura Industrial
Inspetor de Pintura –
40 19 a 23
Módulo de Documentação
Básico de Pintura Industrial (BA) 16 15 a 16
Corrosão
Corrosão e Inibidores (RJ) 1 24 2a4
Corrosão: Fundamentos,
24 29/11 a 1/12
Monitoração e Controle (BA)
Proteção Catódica
Insp. e Manut. de Sistemas de Proteção
32 5a8
Catódica em Dutos Terrestres (RJ) 1
Revestimento Anticorrosivo
Fundamentos de Resistência à Corrosão 16 14 a 15
Básico de Revestimentos Anticorrosivos
24 24 a 26
Orgânicos de Dutos Terrestres
Eventos
Seminário de Corrosão
8 28/10 6
na Construção Civil (RJ) 3
Seminário de Corrosão
8 25/11 5
na Construção Naval (RJ) 3
Seminário de Corrosão Externa de Dutos 8 28/9 4
e Equipamentos
1 Parceria com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) 4 IPT Mais informações:
2 Parceria com a Associação Brasileira de Ensaios não 5 INT cursos@abraco.org.br
Destrutivos e inspeção (ABENDI) 6 FIRJAN eventos@abraco.org.br
3 A confirmar
Marcelo Mariaca
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