Vous êtes sur la page 1sur 111

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

$1É/,6( '( 5,6&2 1$ 0$187(1d®2 '( 5('(6


&203$&7$6 (1(5*,=$'$6 3523267$ 3$5$

0(,26 '( &21752/(


-26e 52*e5,2 $/9(6
Universidade de Pernambuco

Escola Politécnica

Programa de Pós-Graduação em Engenharia

ANÁLISE DE RISCO NA MANUTENÇÃO DE REDES


COMPACTAS ENERGIZADAS: PROPOSTA PARA MEIOS DE
CONTROLE

Monografia

José Rogério Alves

Recife - Pernambuco
2004
ANÁLISE DE RISCO NA MANUTENÇÃO DE REDES
COMPACTAS ENERGIZADAS: PROPOSTA PARA MEIOS DE
CONTROLE
Universidade de Pernambuco

Escola Politécnica

Programa de Pós-Graduação em Engenharia

ANÁLISE DE RISCO NA MANUTENÇÃO DE REDES


COMPACTAS ENERGIZADAS: PROPOSTA PARA MEIOS DE
CONTROLE

José Rogério Alves

Orientador: Prof. Dr.Béda Barkokébas Júnior

Monografia apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Engenharia da Universidade de
Pernambuco, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do Título de Especialista
em Segurança do Trabalho.

Recife - Pernambuco
2004
José Rogério Alves
ANÁLISE DE RISCO NA MANUTENÇÃO DE REDES
COMPACTAS ENERGIZADAS: PROPOSTA PARA MEIOS DE
CONTROLE

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do Título de Especialista


em Engenharia de Segurança do Trabalho, no Programa de Pós-Graduação em
Engenharia da Universidade de Pernambuco.

Recife, 22 de Setembro de 2004

Prof. Béda Barkokébas Júnior, D.Sc.


Coordenador do Curso

Banca Examinadora

____________________________________
Prof. Béda Barkokébas Júnior, Ph.D.
Orientador

____________________________________
Sérgio Silva Braga Souza, Especialista

____________________________________
Juliana Claudino Veras, Mestranda
À minha esposa por todo empenho em ajudar a
cumprir minhas obrigações.
AGRADECIMENTOS

Ao Professor Sérgio Braga pela orientação e principalmente por sua amizade.

Ao Dr. Eduardo Sivini pelo apoio técnico.

À Escola Politécnica de Pernambuco por tornar possível a realização do curso.


“Todas as coisas, portanto, que quereis que os
homens vos façam, vós também tendes de fazer do
mesmo modo a eles.”
Regra de Ouro
SUMÁRIO

Pág.

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... x

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................ .xi

RESUMO ................................................................................................................................ xii

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................1
1.1. OBJETIVOS ..................................................................................................................3
2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ....................................................................................4
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................7
3.1. GERAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................7
3.2. CAMINHOS DA ENERGIA ELÉTRICA ......................................................................7
3.3. CIRCUITO ELÉTRICO .................................................................................................9
3.4. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................................9
3.5. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE AT (ALTA TENSÃO) CONVENCIONAIS............ 10
3.6. REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE BT (BAIXA TENSÃO) CONVENCIONAIS. .........10
3.7. GRANDEZAS ELÉTRICAS........................................................................................10
3.7.1. DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO(D.D.P.).......................................10
3.7.2. CORRENTE ELÉTRICA (A) ...........................................................................10
3.7.3. RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R) .......................................................................11
3.8. MANUTENÇÃO .........................................................................................................11
3.8.1. MANUTENÇÃO ELÉTRICA ..........................................................................11
3.8.2. MANUTENÇÃO CORRETIVA .......................................................................11
3.8.3. MANUTENÇÃO PREVENTIVA.....................................................................11
3.9. RISCOS ELÉTRICOS..................................................................................................12
3.9.1. CHOQUE ELÉTRICO E OS EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NOS
SERES VIVOS...........................................................................................................12
3.9.2. CURTO-CIRCUITO.........................................................................................16
3.10. ATERRAMENTO ELÉTRICO ..................................................................................16
3.10.1. ATERRAMENTO TEMPORÁRIO ................................................................16
3.10.2. ATERRAMENTO DE SERVIÇO................................................................... 16
3.10.3. ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO...............................................................17
3.11. CAMINHÃO EQUIPADO COM SKY.......................................................................17
3.12. DISTRIBUIDORAS................................................................................................... 17
3.13. REDE DE DISTRIBUIÇÃO COMPACTA – RDC..................................................... 17
3.13.1. CABO ALUMÍNIO COBERTO “SPACER” ..................................................18
3.13.2. ESPAÇADOR LOSANGULAR .....................................................................18
3.13.3. BRAÇO TIPO L .............................................................................................19
3.13.4. BRAÇO TIPO C .............................................................................................19
3.13.5. CABO MENSAGEIRO ..................................................................................20
3.13.6. BRAÇO ANTI- BALANÇO ...........................................................................20
3.13.7. ESTRIBO PARA BRAÇO TIPO L .................................................................21
3.13.8. ANEL DE AMARRAÇÃO .............................................................................21
3.13.9. CAPA PROTETORA ..................................................................................... 22
3.13.10. ESTRUTURAS.............................................................................................22
3.14. ACESSÓRIOS, EPI(S) E EPC(S) PARA LINHA VIVA ............................................ 25
4. METODOLOGIA ......................................................................................................28
4.1. ÁREA DE ABRANGÊNCIA .......................................................................................28
4.2. MÉTODO DE PESQUISA ...........................................................................................28
4.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS ......................................................................................28
4.4. DADOS ESTATÍSCOS SOBRE ACIDENTES NA MANUTENÇÃO DE REDE
ENERGIZADA...................................................................................................................30
5. RESULTADOS ..........................................................................................................32
5.1. PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA A EXECUÇÃO DA TAREFA ........................32
5.2. TAREFAS COM REDE COMPACTA ENERGIZADA ...............................................37
5.2.1. TAREFA BÁSICA 1: PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE ...........................39
5.2.2. TAREFA BÁSICA 2: INSTALAÇÃO E RETIRADA DA SINALIZAÇÃO E
ISOLAMENTO DA ÁREA........................................................................................41
5.2.3. TAREFA BÁSICA 3: POSICIONAMENTO PARA O TRABALHO ...............42
5.2.4. TAREFA BÁSICA 4: INSTALAR/RETIRAR COBERTURAS DE
ISOLAMENTO DA BT .............................................................................................43
5.2.5. RETENSIONAMENTO DO CABO MENSAGEIRO .......................................44
5.2.6. SUBSTITUIÇÃO DE ESPAÇADOR LOSANGULAR.....................................47
5.2.7. SUBSTITUIÇÃO DE ISOLADOR DE PINO...................................................50
5.2.8. SUBSTITUIÇÃO DE ISOLADOR DE ANCORAGEM E/OU GRAMPO DE
ANCORAGEM ..........................................................................................................53
5.2.9. SUBSTITUIÇÃO DE POSTE COM ESTRUTURA CE 1-A (MESMO
LOCAL)..................................................................................................................... 56
5.2.10. SUBSTITUIÇÃO DE POSTE COM ESTRUTURA CE1-CE3 .......................61
5.2.11. PODAS DE GALHOS DE ARVORES INTERFERINDO COM A RDC........69
5.2.12. CONEXÃO “JAMPE”....................................................................................72
5.2.13. MANUTENÇÃO EM CRUZAMENTO AÉREO............................................ 75
5.2.14. SUBSTITUIÇÃO DE TRANSFORMADOR CONVENCIONAL...................77
5.2.15. MUDANÇA DE ESTRUTURA COM BRAÇO “L” PARA ESTRUTURA
COM BRAÇO "C” .....................................................................................................81
5.2.16. SUBSTITUIÇÃO/MANUTENÇÃO DE CHAVE FACA................................85
5.2.17. SUBSTITUIÇÃO DE PÁRA-RAIOS .............................................................90
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................................................93
7. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES.......................................................................94
7.1. MANEIRAS DE REDUÇÃO DE ACIDENTES...........................................................94
7.2. ÁREAS DE MELHORIAS DA REDE ELÉTRICA DE DISTRIBUIÇÃO ...................95
8. CONCLUSÕES..........................................................................................................96
9. REFERÊNCIAS .........................................................................................................97
LISTA DE FIGURAS

Pág.

Figura 3.1 – Proteção para pessoas......................................................................................... 14


Figura 3.2 – Caminho da corrente nos braços......................................................................... 14
Figura 3.3 – Caminho da corrente no corpo............................................................................ 15
Figura 3.4 – Caminho da corrente nas pernas..........................................................................15
Figura 3.5 – Cabo de alumínio protegido.................................................................................18
Figura 3.6 – Espaçador losangular...........................................................................................18
Figura 3.7 – Braço tipo L.........................................................................................................19
Figura 3.8 – Braço tipo C.........................................................................................................19
Figura 3.9 – Cabo mensageiro..................................................................................................20
Figura 3.10 – Braço antibalanço................................................................................................20
Figura 3.11 - Estribo para braço tipo L.....................................................................................21
Figura 3.12 - Anel de amarração..............................................................................................21
Figura 3.13 – Capa protetora....................................................................................................22
Figura 3.14 – Estrutura tipo CE1A..........................................................................................22
Figura 3.15 – Estrutura tipo CE3 ............................................................................................23
Figura 3.16 - Estrutura tipo CETR..........................................................................................23
Figura 3.17 – Estrutura tipo CE3 - CS....................................................................................24
Figura 3.18 – Estrutura tipo CE1 – CE3S A...........................................................................24
Figura 3.19 – Cobertura protetora para carcaça de chave faca............................................... 25
Figura 3.20 – Cobertura protetora para chave faca..................................................................25
Figura 3.21 – Cobertura protetora para condutor de RDC.......................................................25
Figura 3.22 – Cobertura protetora para espaçador losangular de RDC.................................... 26
Figura 3.23 – Cobertura protetora para isolador de Pino......................................................... 26
Figura 3.24 – Cobertura protetora para suporte horizontal de RDC........................................26
Figura 3.25 –Coberturas protetoras Circulares de 150 mm de Diâmetro................................27
Figura 3.26 – Coberturas protetoras para postes até 300 mm de Diâmetro.............................27
Figura 4.1 – Acidentados Empreiteira Linha Viva: Tipo Acidente..........................................31
Figura 4.1 – Acidentados Empreiteira Linha Viva: Evolução Histórica...................................31
LISTA DE TABELAS

Pág.

Tabela 5.1: Tabela de verificação anterior - rede energizada................................................... 33

Tabela 5.2: Tabela de verificação posterior - rede energizada................................................. 35


RESUMO

Este trabalho visa apresentar as formas de se executar a manutenção da rede compacta


energizada cobrindo todos os aspectos de segurança previstos na NR 10.
Foi feito um levantamento das práticas desenvolvidas no setor no tocante a
manutenção da rede compacta energizada e, com base nestes dados, uma análise dos ricos e
controle dos riscos em cada passo, permitindo-se estabelecer procedimentos de segurança para
a manutenção da rede compacta energizada conforme consta na NR 10. Será demonstrado
também que, para o trabalho com a rede compacta energizada, se exige o mesmo grau de
segurança para os trabalhos desenvolvidos com a rede convencional energizada.
Portanto, tendo os procedimentos sido estabelecidos, será feita uma abordagem
sistemática dos meios de redução de acidentes, algumas colocações com relação a EPI(S) e
EPC(S) usados nas tarefas e a possibilidade deste trabalho ser aplicado em futuras reciclagens
para os eletricistas que trabalham na linha energizada.
1

1. INTRODUÇÃO

Segundo a CELPE (2002) a rede de distribuição compacta é uma nova modalidade


de rede aérea, composta basicamente de três condutores protegidos por material polimérico
e fixado ao longo da rede nos vértices de um espaçador losangular, em leitos apropriados,
sendo o conjunto sustentado por uma cordoalha de fio de aço (mensageiro), devidamente
tracionado e sustentado em suporte específico no poste.

Ela foi criada com o propósito de superar as limitações técnicas da rede nua ou
convencional, e conseqüentemente desfrutar mais eficientemente o condutor. Para isso
foram desenvolvidos materiais termofixos, como o polietileno reticulado (XLPE), que é o
material de que se compõe a proteção do cabo. Materiais termofixos são obtidos por um
processo químico de reticulação de suas moléculas, mediante a utilização de agentes que
promovem ligações Carbono-Carbono entre moléculas adjacentes, que impedem o
deslocamento intermolecular característico dos termoplásticos. Como conseqüência, a
classe térmica destes materiais é aumentada para 90°C em regime contínuo, além do
desempenho totalmente diferenciado em temperaturas mais elevadas, possíveis de ocorrer
em serviço (sobrecargas e curto-circuito).

Assim, levando em consideração esta nova tecnologia que está sendo implantada no
mercado, este estudo tem por finalidade demonstrar as formas de se trabalhar em serviços
de manutenção em redes de distribuição compactas energizadas, cobrindo todos os aspectos
de segurança previstos na NR-10 – Instalações e Serviços em Eletricidade, aprovada pela
Portaria n.º 3214/78 do MTE, visando garantir a integridade dos envolvidos com o trabalho
de manutenção e melhoramento da rede, o que irá implicar também na segurança de
terceiros.

Serão apresentadas as principais atividades, seus respectivos equipamentos de


proteção e, sobre estas, será abordada a melhor forma de como realizar manutenção e a
configuração mais eficiente no tocante à segurança do eletricista, chamando atenção
especial aos riscos e controle dos ricos envolvidos na tarefa, e para a necessidade de uma
2

pessoa responsável pelo serviço que fará valer os procedimentos de segurança integrados
com a manutenção.

Isto se torna importante pelo fato das Redes de Distribuição Compactas estarem
caminhando para se tornarem as mais utilizadas pelas concessionárias. Como por exemplo,
na área de concessão da CELPE, cerca de 3% da rede de distribuição é compacta, tendo
uma previsão de, em cerca de 10 anos, atingir mais da metade da rede de distribuição
pernambucana.

Apesar dos custos de implantação e aquisição serem bem maiores comparados com
a Rede de Distribuição Convencional, a Rede de Distribuição Compacta, a longo prazo,
gera uma economia considerável no tocante a manutenção. Pelo fato do cabo de
distribuição ser totalmente coberto por material composto de XLPE, ele se torna protegido,
ou seja, não acarreta danos ou desligamento do circuito de distribuição para eventuais
toques. Dentre estes podemos citar toques de galhos de árvores ou de qualquer outro objeto
estranho à rede. Entretanto, vale a pena salientar que o cabo coberto com XLPE é protegido
para eventuais toques e não é totalmente isolado.

Desta forma, existirão ocasiões em que a manutenção terá de ser feita em


conseqüência do desgaste natural da rede ou qualquer sinistro que porventura venha a
acontecer.

Assim sendo, levando em consideração a filosofia da Rede Compacta, que é


fornecer energia de maneira contínua, torna-se necessária a manutenção com a rede
energizada na maioria dos casos de falhas, salvo ocasiões em que o circuito vai ao chão,
sendo, portanto, necessário o desligamento do sistema para não causar acidentes a terceiros.

Desta forma, a inclusão de passos de segurança aparecendo em forma de


identificação e controle dos riscos, se torna importante não só para garantir a integridade
física dos trabalhadores, mas também para cumprir com os requisitos estabelecidos na NR
10. Segundo o item 10.2.1 da referida NR, em todas as intervenções em instalações
3

elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros
riscos adicionais, mediante técnicas de analise de risco, de forma a garantir a segurança e
saúde no trabalho. Fica sendo, portanto, imprescindível, a identificação e controle dos
riscos envolvidos em cada passo da manutenção com a rede energizada.

Conforme consta no item 10.8.8.1 da NR 10, para aqueles que trabalham em redes
de distribuição deverá haver um treinamento bienal no intuito de proporcionar ao
trabalhador novos conhecimentos e corrigir algumas falhas que porventura venham a
aparecer ao longo dos anos de experiência. Desta forma, este trabalho poderá ser utilizado
para que se possa repassar para o eletricista esta nova tecnologia de trabalho, com a rede
compacta energizada, que servirá também como uma reciclagem bienal.

1.1.OBJETIVOS

Diante dos argumentos citados na introdução, destacam-se os seguintes objetivos:

•Elaboração de procedimentos de segurança integrados com a manutenção da rede


compacta energizada, minimizando os riscos de contato.

•Análise de procedimentos inadequados dos eletricistas de redes energizadas das


concessionárias de energia elétrica com base na análise de risco;

•Melhorar os procedimentos visando uma maior mobilidade e segurança do


eletricista de rede compacta energizada;

•Mostrar a importância da padronização dos serviços de manutenção de redes


compactas energizadas.
4

2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Segundo a Iberdrola Emprendimentos do Brasil (2004), constatou-se, com base na


análise econômica da implantação e manutenção da rede de distribuição compacta, que sua
implementação se viabiliza a longo prazo.

As redes compactas se justificam plenamente apesar dos custos iniciais mais elevados
(em torno de 83,53% superior a rede convencional), porém, quando comparada à redução
no custo de manutenção, temos, para áreas densamente arborizadas, uma relação
beneficio/custo de 358%; para áreas arborizadas uma relação beneficio/custo de 129%; para
áreas pouco arborizadas a relação beneficio/custo chega a 14,5%.

Face as novas exigências dos órgãos reguladores quanto à qualidade da energia


fornecida aos consumidores, as novas exigências do mercado consumidor, dos freqüentes
reclamos da sociedade quanto à preservação do meio ambiente, as redes aéreas protegidas
se apresentam como uma boa alternativa para solução destas exigências, aliando-se ao fato
de proporcionar uma maior rentabilidade em longo prazo e apresentar vários benefícios,
como:

• Minimização das manutenções, principalmente da necessidade das podas de


árvores;

• Melhoria da segurança do sistema para os eletricistas e terceiros;

• Nos casos de impossibilidade de poda de árvores de maneira efetiva, a rede


compacta protegida proporciona uma redução drástica na taxa de falhas da rede,
com conseqüente redução dos índices de qualidade do sistema;

• Melhoria da imagem das distribuidoras, refletindo no relacionamento com os órgãos


de proteção ambiental, e com os clientes de uma maneira em geral.
5

Entretanto, como justificar o fato do trabalho de manutenção da rede compacta ser


preferencialmente executado em linha energizada? Segundo Cadick et al., (1994) os
trabalhos de manutenção com a rede elétrica de distribuição devem ser feitos com a rede
devidamente desenergizada, aterrada, sinalizada e liberada para o serviço, salvo os casos
em que a desernegização resultará num problema maior como, por exemplo, o
desligamento de hospitais, aeroportos, indústrias ou qualquer outra entidade que não possa
interromper seu trabalho por falta de energia.

Desta forma, levando-se em consideração que a Rede de Distribuição Compacta fora


projetada para fornecer energia com o mínimo de interrupções e pelo fato de sua
manutenção ser simples, opta-se por se fazer a manutenção com a rede energizada.

Entretanto, devem ser tomadas providências para que este trabalho não exponha o
trabalhador a sofrer algum acidente de trabalho. Assim sendo, a NR 10 assegura alguns
cuidados a serem tomados em trabalhos com a rede energizada.

O item 10.1.2 da NR 10 assegura a aplicação desta norma no trabalho de rede


energizada compacta. Segundo o referido item, esta norma se aplica a todas as fases de
distribuição e consumo, incluindo as etapas de construção, montagem, manutenção das
instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se
as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

Segundo consta na introdução, o item 10.2.1 mostra que em todas as intervenções em


instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e
de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a
segurança e saúde no trabalho. Em seguida, o item 10.2.2 assegura que as medidas de
controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da
preservação da saúde, segurança e do meio ambiente do trabalho.
6

Portanto, torna-se essencial a integração dos riscos e controles dos riscos no processo de
manutenção da rede compacta energizada, ou seja, a integração dos passos de segurança na
manutenção, minimizando-se, portanto, os riscos de acidentes.
7

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1.GERAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA

Segundo a CELPE (1976), a energia elétrica pode ser gerada pela reação química entre
dois metais diferentes, imersos num líquido condutor, produzindo uma diferença de
potencial ou tensão elétrica (pilha e acumulador); por indução, fazendo com que um campo
magnético possa variar dentro de uma espira, quer seja por movimento mecânico ou
variação magnética do campo, gerando uma diferença de potencial entre os terminais da
espira (máquinas elétricas); por aquecimento (pirômetro), pela luz (células fotoelétricas),
por atrito (eletricidade estática) e por cristais piezelétricos como o quartzo, que desenvolve
cargas elétricas quando ficam sob ação de solicitações mecânicas.

A matriz energética de um país é quem determina a base de sua eletrificação. No caso


específico do Brasil, o principal recurso energético ainda é o recurso hídrico. Nas centrais
hidroelétricas, a energia primária (potencial hidráulico) é transformada em energia elétrica,
através de geradores de corrente contínua, denominados de alternadores. A energia elétrica
é gerada em tensões da ordem de 10 a 20 kV, conforme sejam as características de projeto
da usina geradora.

3.2.CAMINHOS DA ENERGIA ELÉTRICA

Considerando que as usinas hidrelétricas normalmente são construídas a consideráveis


distâncias dos centros urbanos, o transporte da energia até estes centros, nos níveis de
tensão elétrica da geração, ou seja, na faixa de 14 kV, é consideravelmente antieconômico,
uma vez que excessivas perdas iriam ocorrer na forma de quedas de tensão e calor nos
condutores das redes elétricas, em função das elevadas correntes associadas ao processo de
geração para estes níveis de tensão. Além do mais, os custos de construção das redes para o
transporte de tais correntes seriam exorbitantes e tecnicamente impraticáveis com a
tecnologia ora existente.
8

O transporte da energia nos níveis de tensão de geração só é interessante para centros


urbanos bastante próximos das centrais elétricas. Para aqueles mais distantes, da ordem de
centenas de quilômetros, é necessário que o transporte seja realizado em tensões mais
elevadas, isto é, tensões da ordem de 200 a 1000 kV. Isto se deve ao fato de que quando
temos uma fonte de potência constante, no caso os turbo-geradores do complexo Paulo
Afonso, a tensão e a corrente são inversamente proporcionais. Ou seja, quando se aumenta
um diminui o outro. Desta forma, são padronizados os seguintes níveis de tensão para
dimensionar a corrente a níveis suportáveis para as linhas de transmissão e distribuição:

• 230 e 500 kV, transporte de energia em tensões de transmissão;


• 69 e 138 kV, transporte de energia em tensões de sub-transmissão;
• 220/380 V e 13,8 kV, transporte de energia em tensões de distribuição.

Por outro lado, a fabricação de geradores capazes de produzir energia em tensões mais
elevadas do que as comumente utilizadas, é difícil e inconveniente; conseqüentemente, a
solução empregada para o transporte de energia em tensões elevadas é a utilização das
subestações, as quais serão aqui classificadas em quatro categorias, a fim de facilitar a
compreensão do leitor:

• Subestações Elevadoras – são aquelas que ligam os geradores das centrais elétricas
as linhas elétricas responsáveis pelo transporte da energia aos centros urbanos e
industriais, através de transformadores elevadores de tensão instalados nas mesmas.
Sua função é elevar a tensão produzida pelos geradores a valores convenientes ao
transporte da energia elétrica, empregando para tal os transformadores elevadores
de tensão.
• Subestações Transformadoras Regionais – são aquelas construídas nos arredores das
grandes cidades, ou no território de grandes empresas, e que ligam as linhas
elétricas de transmissão às de sub-transmissão, através de transformadores redutores
de tensão. Sua função é reduzir a tensão elétrica nas proximidades das grandes
cidades, uma vez que seu valor é extremamente elevado para o propósito de
abastecimento de energia elétrica aos consumidores.
9

• Subestações Transformadoras de Distribuição – são aquelas construídas nas grandes


cidades, ou no território de grandes empresas, e que ligam as linhas elétricas de sub-
transmissão às redes elétricas de distribuição, através de transformadores redutores
de tensão. Sua função é reduzir a tensão elétrica nas cidades a valores convenientes
ao propósito de abastecimento de energia elétrica aos consumidores. Nestas
subestações, a tensão elétrica de entrada situa-se na faixa de 30 a 140 kV, enquanto
que a de saída normalmente é 13,8 kV.
• Subestações Transformadoras de Consumo - são aquelas encontradas nas
proximidades dos consumidores e que ligam as redes elétricas de distribuição em
alta tensão às redes elétricas de distribuição em baixa tensão. Sua função é reduzir a
tensão elétrica nas proximidades dos consumidores a valores convenientes ao
consumo da energia elétrica.

3.3.CIRCUITO ELÉTRICO

Segundo a CELPE (1976), um circuito elétrico é o conjunto formado por: um


gerador, condutores, consumidores, chaves e dispositivos de proteção.

Para que o circuito tenha um bom rendimento é necessário utilizar um bom


condutor. Para isso, o material utilizado na fabricação do condutor deve oferecer uma
pequena resistência à passagem da corrente elétrica e para que ele seja seguro é
necessário que o circuito tenha um bom isolamento, ou seja, ofereça uma elevada
resistência à fuga de corrente elétrica.

3.4.SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

De acordo com CELPE (1998), são os conjuntos de postes, equipamentos e


condutores que as concessionárias de energia utilizam para a distribuição de energia
elétrica até seus consumidores.
10

3.5.REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE AT (ALTA TENSÃO) CONVENCIONAIS

Segundo CELPE (1998), é a parte do sistema de distribuição que transporta a


energia elétrica até os transformadores das ruas, conhecidos como transformadores de
distribuição, que servem para transformar a tensão primária em secundária
(13,8KV/380V). Esse transporte é feito através de cabos nus de alumínio ou cobre.

3.6.REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE BT (BAIXA TENSÃO) CONVENCIONAIS.

Segundo CELPE (1998), é a parte do sistema de distribuição que é alimentado pelo


sistema secundário dos transformadores de distribuição em tensões de 380 e 220 V. Em
sua maioria, compostas por cinco condutores nus, não isolados, onde um deles é o
neutro aterrado, um é o piloto da iluminação e os outros três as fases A, B e C.

3.7.GRANDEZAS ELÉTRICAS

Segundo CELPE (1976), três grandezas são importantes para que se possa ter uma boa
compreensão de como funciona o sistema elétrico de potência. São elas:

3.7.1.DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO(D.D.P.)

É a diferença de concentração de elétrons entre dois pontos. Sua unidade utilizada é


o Volt e um Volt é a tensão necessária para que circule um Ampère de corrente por um
resistor de um Ohm.

A NBR-5410 da ABNT, estabelece qualquer tensão menor que 1000V como baixa
tensão (BT), e acima desta é alta tensão (AT).

3.7.2.CORRENTE ELÉTRICA (A)

É o deslocamento ordenado de elétrons por um circuito e sua unidade é o Ampère. E


um ampère corresponde a 6,25 x 1018 elétrons passando por uma seção do condutor por
segundo.
11

3.7.3.RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R)

É a força de resistência oferecida pelo condutor à passagem da corrente elétrica e


sua unidade é o Ohm ( Ω ).

3.8.MANUTENÇÃO

Segundo CELPE (2002), podemos dividir a manutenção em 3 categorias.

3.8.1.MANUTENÇÃO ELÉTRICA

São serviços de reparos em circuitos elétricos e seus componentes visando preservar


suas condições normais de desempenho, ou seja, é toda atividade que se realiza através de
processos diretos ou indiretos nos equipamentos, obras ou instalações, com finalidade de
assegurar que as redes mantenham sua segurança e eficiência para as funções que foram
fabricadas ou construídas, levando em consideração as condições operativas e financeiras.

3.8.2.MANUTENÇÃO CORRETIVA

É todo serviço com finalidade de consertar as causas e ou defeitos não programados


que acarretam na indisponibilidade do sistema, na maioria das vezes feita em caráter de
emergência visando restabelecer o sistema.

3.8.3.MANUTENÇÃO PREVENTIVA

É todo serviço programado de controle e conservação do sistema, evitando


desligamentos indesejáveis e mantendo a qualidade do sistema.
12

3.9.RISCOS ELÉTRICOS

Segundo Souza (2000), entendem-se por riscos elétricos todos os fenômenos advindos
da eletricidade que podem causar danos reversíveis ou irreversíveis ao ser humano. Dentre
outros, podemos citar o choque elétrico, que é o grande responsável pela maioria dos
acidentes elétricos.

3.9.1.CHOQUE ELÉTRICO E OS EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NOS


SERES VIVOS.

Nas atividades em que a eletricidade é envolvida, o risco decorre da incapacidade


dos nossos sentidos de perceberem qualquer manifestação do fenômeno até o momento do
contato ou da aproximação crítica. É quando ocorrem os acidentes e, dentre eles, podemos
citar o choque elétrico.

O choque elétrico é a perturbação que se manifesta no organismo humano ou animal


quando submetido à passagem da corrente elétrica, provocando perturbações nervosas,
queimaduras, perdas de membros e a morte.

O efeito da corrente elétrica pode ser uma sensação desagradável ou uma sensação
dolorosa. Várias coisas podem influenciar na gravidade do choque elétrico. São elas:

• Intensidade da corrente;
• Tempo de duração;
• Percurso pelo corpo;
• Área de contato;
• Pressão de contato;
• Frequência da corrente;
• Tensão elétrica;
• Espraiamento pelo corpo;
• Condições da pele;
13

• Constituição física;
• Estado de saúde.
A corrente elétrica pode provocar lesões no organismo humano de diversas maneiras:

• seu efeito pode provocar a inibição do sistema nervoso central ou alterações do ritmo
cardíaco, podendo atordoar a vítima por algum tempo, produzir perda reversível da
consciência, ou mesmo causar a morte, através da fibrilação ventricular ou apnéia
(parada respiratória quando o fenômeno da inibição atinge a região bulbar, isto é, entre
o cérebro e medula espinhal);
• o calor pode provocar queimaduras de vários graus com probabilidade de coagular os
tecidos com conseqüente necrose. A corrente elétrica através de arco pode incendiar as
roupas do indivíduo, bem como chamuscar ou metalizar a pele;
• os efeitos térmicos e eletrolíticos da corrente podem provocar alterações na composição
química do sangue, e sua passagem através da musculatura do corpo pode causar
contrações capazes de provocar fraturas ósseas;
• perda súbita da visão, sendo necessárias muitas horas para recuperação;
• a corrente elétrica ao se difundir através do organismo humano, o faz do ponto de
entrada para o ponto de saída, normalmente pés e mãos. Estes dois pontos podem
apresentar queimaduras localizadas porque a resistência elétrica oferecida pela pele
converte energia elétrica em calor;
• o interior do corpo humano possui baixa resistência, tornando-se portanto um excelente
condutor. Por outro lado, a pele possui uma resistência bem mais elevada à passagem da
corrente. Uma pele seca, endurecida e calosa possui uma resistência de milhares de
ohms, ao passo que, fina e umedecida pela transpiração, sua resistência cai
sensivelmente para valores compreendidos entre 1.000 e 2.000 Ohms. Podemos notar
que a transpiração reduz de forma acentuada a resistência da pele, tanto pelo seu
umedecimento quanto pela criação de uma via adicional de condução da corrente para o
interior do organismo, através das glândulas sudoríparas;
• o percurso da corrente elétrica na maioria dos choques acidentais vai de mão para mão,
mão para pé ou de pé para pé. Porém, dentre os efeitos da corrente elétrica, o mais
perigoso é sua capacidade de originar a fibrilação ventricular.
14

Figura 3.1 – Proteção para pessoas


Fonte: Estudo científico IEC 479 “Report” apud Schneider Eletric (1999).

• Zona 1 - nenhuma reação


• Zona 2 - nenhum efeito patofisiológico perigoso
• Zona 3 - contrações musculares, dificuldades respiratórias e perturbações cardíacas
reversíveis
• Zona 4 - parada respiratória e fibrilação ventricular

Apresentaremos a seguir alguns exemplos típicos de posições de contato e os trajetos mais


prováveis da corrente elétrica para cada caso:
ƒ Nesta posição de contato, a corrente entra por uma das mãos, percorre o tórax atingindo
a região dos centros nervosos que controlam a respiração, os músculos do tórax e o
coração e sai pela outra mão. Este é um percurso perigoso.

FIGURA 3.2 – Percurso da corrente pelos braços


Fonte: Souza, 2000

• Neste exemplo, o contato se dá através dos pés sobre a terra e por uma das mãos com
um condutor no qual existe uma diferença de potencial em relação a terra.
15

FIGURA 3.3 – Percurso da corrente pelo corpo


Fonte: Souza, 2000

• Este é um caso em que o trajeto da corrente se dá de pé a pé, através das pernas,


coxas e abdômen. Para esta condição os efeitos da corrente são diferentes dos
anteriores, uma vez que o coração e centros nervosos não são atingidos, mas, é
também um percurso perigoso.

FIGURA 3.4 – Percurso da corrente pelas pernas


Fonte: Souza, 2000
16

3.9.2.CURTO-CIRCUITO

Um curto-circuito acontece quando temos um caminho praticamente sem resistência


sendo percorrido por uma corrente de alta magnitude. Poderá incorrer em incêndios,
devido a alta temperatura gerada pela passagem da energia elétrica e danos fisiológicos
como queimaduras do 1°, 2° e 3° graus.

3.10.ATERRAMENTO ELÉTRICO

Segundo PROCOBRE [2003], é a união de todas as partes metálicas (que não fazem
parte do circuito de corrente das instalações que devem estar energizadas) com a terra,
evitando que um defeito de isolação desenvolva uma tensão de contato elevada nas partes
que têm capacidade condutora. Esta medida preventiva é originada por meio de um curto-
circuitamento da tensão de contato, efetuando uma ligação condutora de baixo valor
resistivo entre as partes metálicas e a terra.

Segundo as leis das resistências ligadas em paralelo, uma resistência elevada do corpo
faz circular uma corrente pequena e, em pequenas resistências, como no aterramento, uma
corrente acidental elevada circulará, que desligará a proteção. Portanto, para a eficiência de
um aterramento, é decisivo um baixo valor de resistência.

3.10.1.ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

É aquela atividade destinada à proteção do pessoal quando da intervenção em redes


elétricas, entendendo-se como intervenção os serviços de ampliação, reforma, construção e
manutenção. Sua função é escoar para a terra as correntes a ele impostas por energização
acidental do circuito elétrico sob intervenção, garantindo assim a proteção do pessoal.

3.10.2.ATERRAMENTO DE SERVIÇO

É aquele que faz parte integrante dos circuitos elétricos, tais como:
17

• aterramento do condutor neutro das redes de distribuição;


• aterramento do ponto neutro dos transformadores trifásicos ligados em estrela;
• aterramento que opera como retorno em alguns circuitos elétricos.

3.10.3.ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO

É aquele que, em caso de energização acidental dos seus componentes, evita danos ao
homem, como por exemplo: o aterramento das carcaças das máquinas e equipamentos, o
aterramento dos cubículos de medição secundário dos transformadores para instrumentos e
dos medidores de energia elétrica, o aterramento temporário das instalações elétricas para
serviços de manutenção e construção, o aterramento das partes metálicas não energizadas
das instalações elétricas, e o aterramento de partes metálicas passíveis de sofrerem
energização, como caminhão equipado com SKY onde o eletricista estará posicionado para
o serviço.

3.11.CAMINHÃO EQUIPADO COM SKY

Segundo RITZ DO BRASIL (2001), refere-se ao caminhão equipado com uma caçamba
isolada (380V, 69kV) das partes condutoras do caminhão onde o eletricista se posiciona
para o trabalho de manutenção.

3.12.DISTRIBUIDORAS

Segundo CELPE (1998) é a denominação dada às empresas concessionárias dos


serviços de distribuição de energia elétrica.

3.13.REDE DE DISTRIBUIÇÃO COMPACTA – RDC

Segundo CELPE (2002) é a modalidade de rede aérea composta basicamente de três


condutores protegidos por material polimérico (XLPE), fixados ao longo da rede nos
vértices de um espaçador losangular em leitos apropriados, sendo o conjunto sustentado por
18

uma cordoalha de fio de aço (mensageiro), devidamente tracionado e sustentado em suporte


específico no poste.

3.13.1.CABO ALUMÍNIO COBERTO “SPACER”

É a denominação adotada para identificar o condutor de alumínio, coberto com


composto polietileno termo fixo (XLPE), que, porém, não tem características de cabo
isolado, ou seja, não apresenta confinamento do campo elétrico no dielétrico da isolação.

Figura 3.5 – Cabo de alumínio protegido


Fonte: Elaborada pelo autor

3.13.2.ESPAÇADOR LOSANGULAR

É o acessório de material polimérico, de formato losangular, suportado pelo cabo


mensageiro, cuja função é de sustentar e separar os cabos cobertos da rede de distribuição
compacta ao longo do vão, mantendo o isolamento elétrico da rede.

Figura 3.6 – Espaçador losangular


Fonte: Elaborada pelo autor
19

3.13.3.BRAÇO TIPO L

É a ferragem em formato “L”, que é presa ao poste, com a função de sustentação do


cabo mensageiro da rede compacta, em condições de tangência ou com ângulo de deflexão.
Figura 3.7 – Braço tipo L
Fonte: Elaborada pelo autor

3.13.4.BRAÇO TIPO C

Ferragem, em formato “C”, presa ao poste, com a finalidade de sustentação das


fases em condições de ângulo e final de linha, derivações e conexão de equipamentos à
rede.
Figura 3.8 – Braço tipo C
Fonte: Elaborada pelo autor
20

3.13.5.CABO MENSAGEIRO

Cabo utilizado para sustentação dos espaçadores e separadores, e para proteção


elétrica e mecânica na rede compacta.

Figura 3.9 – Cabo nensageiro


Fonte: Elaborada pelo autor

3.13.6.BRAÇO ANTI- BALANÇO

Acessório de material polimérico cuja função é a redução da vibração mecânica das


redes compactas.

Figura 3.10 – Braço antibalanço


Fonte: Elaborada pelo autor
21

3.13.7.ESTRIBO PARA BRAÇO TIPO L

Ferragem complementar ao braço tipo “L”, cuja função é a sustentação de espaçador


junto ao braço.
Figura 3.11 – Estribo para braço tipo L
Fonte: Elaborada pelo autor

3.13.8.ANEL DE AMARRAÇÃO

Anel de material elastomérico, com a função de fixação dos cabos cobertos e do


mensageiro ao espaçador e/ou isolador polimérico da rede compacta.
Figura 3.12 – Anel de amarração
Fonte: Elaborada pelo autor
22

3.13.9.CAPA PROTETORA

Acessório de material polimérico, instalado sobre as conexões dos cabos cobertos,


cuja função é manter o isolamento elétrico da rede e evitar umidade no interior da isolação
do cabo.
Figura 3.13 – Capa protetora
Fonte: Elaborada pelo autor

3.13.10.ESTRUTURAS

Conjunto de peças de concreto armado, metal e polimérico que se destinam a fixar e


sustentar os condutores de uma rede aérea de distribuição.

As estruturas padronizadas para utilização na rede primária aérea de distribuição em cabos


cobertos de alumínio, estão relacionadas a seguir:

Figura 3.14 - CE1-A Utilizada em tangente e para instalação de braço anti-balanço.


Fonte: Elaborada pelo autor
23

Figura 3.15 - CE3 Utilizada em fim de rede.


Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 3.16 - CE-TR Utilizada para instalação de transformador trifásico


Fonte: Elaborada pelo autor
24

Figura 3.17 - CE3-CS Utilizada em chave seccionadora tripolar a seco


Fonte: Elaborada pelo autor

Figura 3.18 - CE1-CE3C-A Utilizada em derivação do lado oposto a rede, em tangência,


com chave fusível
Fonte: Elaborada pelo autor
25

3.14.ACESSÓRIOS, EPI(S) E EPC(S) PARA LINHA VIVA

De acordo com RITZ DO BRASIL (1998), a norma regulamentadora NR 10,


específica, para instalações e serviços em eletricidade, as condições mínimas exigidas para
garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas. Desta forma,
descreveremos a seguir alguns equipamentos utilizados na manutenção das redes de
distribuição compactas, que irão auxiliar na proteção dos empregados envolvidos.

Figura 3.19- Cobertura protetora para carcaça de chave faca


Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01

Figura 3.20 Cobertura protetora para chave faca


Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01

Figura 3.21 Cobertura protetora para condutor de rede de distribuição compacta


Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01
26

Figura 3.22– Cobertura protetora para espaçador losangular de rede de distribuição


compacta
Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01

Figura 3.23– Cobertura protetora para isolador de pino


Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01

Figura 3.24– Cobertura protetora para suporte horizontal de rede de distribuição compacta
Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01
27

Figura 3.25–Coberturas Protetoras Circulares de 150 mm de Diâmetro


Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01

Figura 3.26– Coberturas Protetoras para postes até 300 mm de Diâmetro


Fonte: ferramentas para linha viva, Ritz do Brasil s.a., ref: flv-057p-01
28

4. METODOLOGIA

4.1.ÁREA DE ABRANGÊNCIA

O presente trabalho contempla atividades de manutenção em Redes de Distribuição


Aéreas Compactas Protegidas - Classe 15kV, trifásicas, energizadas em todas as regionais
da CELPE, a saber: Petrolina, Serra Talhada, Garanhuns, Caruaru, Carpina, Cabo e Região
Metropolitana.

4.2.MÉTODO DE PESQUISA

Foi feito um levantamento das práticas do setor quanto aos procedimentos de


manutenção em rede compacta energizada, no intuito de integrar, utilizando a análise de
riscos, todos os fatores envolvidos na segurança para que se tenha um procedimento único
abordando tanto a manutenção como o controle dos riscos elétricos.

Utilizaram-se também os dados resultantes do questionário sobre a utilização de rede


compacta, realizado pelo Comitê de distribuição – CODI/ELETROBRAS (1996), o qual
representa o estágio atual dos procedimentos de operação e manutenção naquelas
concessionárias que já possuem esse padrão construtivo.

4.3.CONSIDERAÇÕES GERAIS

O condutor coberto (XLPE) da rede compacta é considerado como protegido para efeito
de eventual toque de galhos de árvore, e deve ser considerado como nu para efeito de toque
de eletricista, quando da execução de manutenção em rede energizada. O trabalho em rede
compacta energizada fundamenta - se na utilização do método a contato com cesta aérea,
tendo como premissa básica que, ao se trabalhar com um condutor, os demais condutores
ou partes afetadas devem estar perfeitamente protegidos através de coberturas apropriadas
para o nível de tensão da rede.
29

É recomendável o acompanhamento do responsável das turmas de manutenção em rede


energizada, no local de trabalho, naquelas atividades que são executadas pela primeira vez,
ou até que a mesma esteja apta a executá-la sem supervisão.

O desenvolvimento do trabalho contempla a utilização de estribo com grampo de linha


viva, para conexão do jumper de ligação da rede compacta à bucha do transformador.

Não estão contempladas soluções para abertura/fechamento da corrente de


magnetização do transformador autoprotegido, quando houver, bem como a manutenção
em horários com umidade excessiva (mais de 90%) e outras situações impeditivas para o
trabalho com rede energizada ao contato.

Para as atividades de poda de árvores em redes protegidas, as seguintes recomendações


básicas devem ser obedecidas:

• Galhos sobre a rede protegida devem ser podados por equipes de rede energizada;
• O raio de poda, em volta da rede compacta, deve ser de no mínimo 0,50m;

Galhos laterais, próximos a rede compacta, podem ser podados por eletricistas
apoiados em escadas manuais/veicular, etc., através de bastão podador isolado.

A manutenção de um túnel, ao redor da rede protegida, deve ter uma periodicidade


que atenda a condição de não se ter galhos em contato permanente com a rede compacta.

A periodicidade para execução das podas deve ser estabelecida pela área
responsável, em função do grau de crescimento dos galhos que são variáveis, decorrentes
do clima de cada região e do tipo de árvores.

As equipes que fazem manutenção em rede compacta são as mesmas das redes
convencionais equipadas de ferramentas adicionais, tais como:
30

• Descascador de cabo;
• Grampo de ancoragem polimérico;
• Cobertura para espaçador losangular;
• Cobertura para isolador de pino polimérico;
• Cobertura para cabo coberto;
• Cobertura para suporte horizontal;
• Cobertura para suporte C;
• Cobertura circular 100 x 300 mm;
• Cobertura circular 100 x 600 mm;
• Cobertura circular 100 x 900 mm;
• Lençol para isolador polimérico com 1 entalhe, classe 2, com velcro;
• Lençol para espaçador losangular com 1 entalhe, classe 2, com velcro;
• Lençol para jumper, classe 2, com velcro.

4.4.DADOS ESTATÍSCOS SOBRE ACIDENTES NA MANUTENÇÃO DE REDE


ENERGIZADA

Por se tratar de uma tecnologia nova, o mercado não possui dados estatísticos de
acidentes na manutenção da Rede Compacta energizada.

Entretanto, o trabalho com a linha viva convencional energizada tem sido utilizado em
grande escala há muito tempo, não só aqui no Brasil, mas em diversos outros países. Desta
forma, por se requerer o mesmo cuidado que se deveria ter com a rede convencional, as
estatísticas mostram a necessidade de se ter procedimentos pré estabelecidos para evitar o
acidente. Seguem gráficos retirados de dados de acidentes da CELPE.
31

Figura 4.1 – Acidentados empreiteiras linha viva: tipo de acidente


Fonte: Coordenação de segurança do trabalho, CELPE, 2004

ACIDENTADOS EMPREITEIRAS LINHA VIVA


TIPO DE ACIDENTE
LEVE
GRAVE
FATAL
12

10 8

2 2 2
4 2
1 1
0 0 0
2 0
0
0
2001 2002 2003 2004

Figura 4.2 – Acidentados empreiteiras linha viva evolução histórica


Fonte: Coordenação de segurança do trabalho, CELPE, 2004

ACIDENTADOS EMPREITEIRAS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA

ACIDENTADOS

LINHA VIVA

58
53
42
60
32
40
11
4 2 2
20

0
2001 2002 2003 2004
32

5. RESULTADOS

5.1.PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA A EXECUÇÃO DA TAREFA

De acordo com ELETROBRAS (1996), neste item são apresentados, em duas tabelas,
os procedimentos básicos para preparação e finalização das tarefas de manutenção em
Redes de Distribuição Aéreas Compactas Protegidas Energizadas-Classe 15kV, uma no
início de cada atividade e a outra no final. Respectivamente, são elas:
33

TABELA 5.1
TABELA DE VERIFICAÇÃO ANTERIOR - REDE ENERGIZADA
Item S N OBS.
Identificar o circuito alimentador;
Endereço e/ou número da estrutura do local de trabalho;
Tipo da(s) estrutura(s);
Existência de esforços mecânicos na estrutura que recomendem ações
preventivas;
Condições de acesso do veículo e da cesta aérea;
Avaliar intensidade de tráfego de veículos e pedestres no local;
Viabilidade de execução com rede energizada;
Necessidade de podas preliminares para viabilizar acesso da cesta aérea, para a
realização da tarefa;
Analisar, planejar os serviços, definir o trabalho de cada componente da
equipe, observando as condições de risco;
Avaliar necessidades de equipamentos, ferramentas ou veículo adicional para
a perfeita condução do serviço;
Inspecionar a estrutura de trabalho, estruturas e vãos adjacentes antes do início
da tarefa;
Efetuar a limpeza da lança isolada e caçambas;
34

TABELA DE VERIFICAÇÃO ANTERIOR - REDE ENERGIZADA


Todos os componentes da equipe estão em condições psicológicas e físicas
adequadas;
Solicitar/comunicar ao COD o bloqueio do religamento automático do
religador a montante;
Posicionar veículo e baixar as sapatas de forma a garantir a estabilidade;
Aterrar o hidro-elevador;
Selecionar os equipamentos, ferramentas e materiais necessários para a
realização da tarefa e depositá-los sobre a lona limpa e seca.
35

TABELA 5.2
TABELA DE VERIFICAÇÃO POSTERIOR - REDE ENERGIZADA
Item S N OBS.
O serviço previsto foi realizado a contento;

Comunicar/liberar ao COD o religamento automático do religador a montante;

Desfazer o aterramento do hidro-elevador;


Recolher e acondicionar os equipamentos, ferramentas e materiais salvados em locais
apropriados no veículo;
Fazer análise crítica final sobre a execução da tarefa;
Fazer análise crítica, se o posicionamento para trabalho do veículo/cesta aérea contribuiu
favoravelmente;
Fazer análise crítica, se a sinalização para isolamento da área foi adequada.
37

Estando a tabela 5.1 preenchida e com as respostas respondidas positivamente, deverá


ser iniciada a tarefa e após a conclusão do serviço ela prosseguirá, com a verificação da
tabela 5.2.

5.2.TAREFAS COM REDE COMPACTA ENERGIZADA

Tendo em vista que toda a intervenção de manutenção na RDC deve ser feita
prioritariamente sem a interrupção do serviço de distribuição de energia elétrica, são
apresentadas a seguir 17 (dezessete) tarefas de manutenção de linha viva nas RDC, sendo
quatro delas básicas, ou seja, estarão presentes em qualquer das atividades mais complexas.
São elas:

• Planejamento da atividade (tarefa básica 1);


• Instalação e retirada da sinalização e isolamento da área (tarefa básica 2);
• Posicionamento para o trabalho (tarefa básica 3);
• Instalar/retirar coberturas de isolamento da BT (tarefa básica 4);
• Retensionamento do cabo mensageiro;
• Substituição de espaçador losangular;
• Substituição de isolador de pino;
• Substituição de isolador e/ou grampo de ancoragem;
• Substituição de poste com estrutura CE 1-A (mesmo local);
• Substituição de poste com estrutura CE1-CE3;
• Podas de galhos de árvores;
• Conexão (jampe);
• Manutenção em cruzamento aéreo;
• Substituição de transformador convencional;
• Mudança de estrutura com braço “L” para estrutura com braço "C";
• Substituição/Manutenção de chave faca;
• Substituição de pára-raios.
Estas tarefas deverão ser realizadas seguindo rigorosamente os passos pré-estabelecidos
neste trabalho, no intuito de se minimizar os riscos envolvidos.
38

Segundo ELETROBRÁS (1996), foi feito um levantamento no setor elétrico no tocante


ao passo a passo da manutenção das redes compactas energizadas. Desta forma, com base
neste levantamento, serão expostos os riscos e a análise dos riscos de cada uma das tarefas
mencionadas na página anterior.
39

5.2.1.TAREFA BÁSICA 1: PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE

Esta tarefa deverá estar presente em qualquer atividade que se vai realizar.

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


1 DESENVOLVIMENTO
1.1 Programar previamente o serviço. Falha na execução da Determinar o tipo do serviço.
tarefa Verificar a necessidade de
visita prévia para o local do
serviço.
Determinar a equipe
necessária.
1.2 Verificar e conferir materiais e equipamentos Falha nos equipamentos Inspecionar minuciosamente
cada material e equipamento
usado no trabalho aplicando
os testes de acordo com cada
material.
1.3 Avaliar trajeto até o local de trabalho Colisão, atropelamento. Aplicar as regras de direção
defensiva e inspecionar
freios, óleo, pneus e
combustível do veículo.
40

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


1.4 Preencher tabela de procedimentos anteriores no Falha na execução da A tabela deverá estar
local (tabela 5.1) tarefa. totalmente respondida
positivamente. Caso
contrário, não executar o
serviço.
1.5 Realizar a tarefa programada.
1.6 Preencher tabela de procedimentos posteriores Falha na execução da A tabela deverá estar
no local (tabela 5.2) tarefa. totalmente respondida
positivamente. Caso
contrário, poderia haver
acidentes para futuros
trabalhos.
41

5.2.2.TAREFA BÁSICA 2: INSTALAÇÃO E RETIRADA DA SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DA ÁREA

Esta tarefa deverá estar presente em qualquer atividade que se vai realizar.

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


1 DESENVOLVIMENTO
1.1 Sinalizar a faixa de desaceleração Colisão e Verificar o fluxo dos veículos e pedestres e
de veículos, instalando cones, atropelamento posicionar a viatura de modo a não obstruir a
mastros, bandeirolas e outros de pedestres. movimentação dos mesmos.
dispositivos sinalizadores. Andar em direção oposta ao fluxo de veículos.
Caso estacione em plano inclinado, usar cepos
para impedir movimentação da viatura após a
retirada da sapata.
1.2 Sinalizar e delimitar a área de Colisão e Manter acesos o farol e pisca alerta na
trabalho com cones, cordas, fitas atropelamento desaceleração e durante a instalação da
refletivas e placas indicativas. Caso de pedestres. sinalização.
necessário, solicitar apoio ao Caso se obstrua a passagem dos pedestres pela
serviço de trânsito. calçada, disponibilizar caminho alternativo,
isolado e seguro para a circulação.
42

5.2.3.TAREFA BÁSICA 3: POSICIONAMENTO PARA O TRABALHO

Esta tarefa deverá estar presente em qualquer atividade que se vai realizar.

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


1 DESENVOLVIMENTO
1.1 Ao utilizar cesta aérea, manobrar o veículo Colisão e atropelamento Obedecer às regras de trânsito.
de modo que a mesma tenha liberdade de de pedestres. Sinalizar e impedir a
movimento por todo o local de trabalho. aproximação de terceiros.
1.2 Verificar o funcionamento dos comandos Funcionamento Seguir as normas de
inferiores (elevação e rotação) da cesta incorreto da cesta aérea. funcionamento do equipamento
aérea. conforme seu manual técnico. A
cesta só deverá ser operada por
pessoa habilitada.
1.3 O eletricista deverá entrar na cesta e Queda do eletricista da Movimentar a cesta aérea
utilizar o comando superior para elevá-la cesta aérea e colisão devagar, sem movimentos
até estar na posição mais adequada para o com obstáculos no bruscos. Verificar a validade do
trabalho. caminho do teste de isolamento da lança.
posicionamento para o
trabalho. Descarga
elétrica pela lança.
43

5.2.4.TAREFA BÁSICA 4: INSTALAR/RETIRAR COBERTURAS DE ISOLAMENTO DA BT

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


OBS: As coberturas de BT deverão ser instaladas nos condutores de baixo para cima e retiradas em seqüência
inversa da instalação
1 DESENVOLVIMENTO
1.1 Cobrir os condutores secundários e Choque Utilizar todos os EPI(S) e EPC(S)
estais, utilizando coberturas elétrico. Falha necessários e verificar a integridade isolante
apropriadas. no isolamento de cada um mediante acompanhamento de
da cobertura. testes de isolamento, conforme consta no
manual do fabricante.
1.2 Se a tarefa a ser executada for na Choque Utilizar todos os EPI(S) e EPC(S)
estrutura, cobrir com lençol de elétrico. Falha necessários e verificar a integridade isolante
borracha com entalhe a amarração no isolamento de cada um mediante acompanhamento de
secundária. da cobertura. testes de isolamento conforme consta no
manual do fabricante.
44

5.2.5.RETENSIONAMENTO DO CABO MENSAGEIRO

PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3

Executar tarefa básica 4

CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO


Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
Não executar a tarefa com a rede energizada caso os condutores estejam enrolados um no outro

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Cobrir com coberturas apropriadas os
Posicionar-se fora da área de alívio de
condutores fases. Choque elétrico no contato
tensão mecânica do mensageiro.
1° - A fase B (inferior) com o cabo protegido e
1 Uso obrigatório de luvas
2° - A fase mais próxima do eletricista partes não isoladas. Rompimento
isolantes de AT e demais EPI(S) e
3° - O cabo mensageiro do cabo mensageiro.
EPC(S).
4° - A fase mais afastada do eletricista
45

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Uso obrigatório de
Choque elétrico no
luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e
contato com o cabo
EPC(S).
protegido e
Instalar no poste um estropo de Sinalizar adequadamente a área de
partes energizadas.
2 nylon/esticador/talha apropriado para trabalho. Certificar-se que o material está
Queda do conjunto
tracionar o cabo mensageiro. devidamente preso a corda na hora do
esticador/estropo
içamento.
em pedestres.
Posicionar-se em local fora da direção de
Rompimento do cabo mensageiro
alívio do cabo mensageiro.

Choque elétrico no
contato com o cabo Uso obrigatório de
Pré tensionar o cabo mensageiro e liberar a protegido e luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e
alça de encabeçamento, tensionar com a partes energizadas. EPC(S).
3
força padronizada(dinamômetro) e encabeçar Queda do conjunto Sinalizar adequadamente a área de
novamente. cabo mensageiro/condutores trabalho. Manter-se afastado da área de
em pedestres. Rompimento rompimento do cabo mensageiro.
do cabo mensageiro.
46

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Choque elétrico no
contato com o cabo Uso obrigatório de
protegido e luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e
partes não isoladas. Queda de EPC(S).
4 Retirar o estropo de nylon/esticador/talha
ferramental. Sinalizar adequadamente a área de
Queda do conjunto trabalho. Içar as ferramentas apenas no
esticador/estropo local protegido pela sinalização.
em pedestres.
Choque elétrico no contato Uso obrigatório de
Retirar coberturas isolantes utilizadas na
5 com o cabo protegido e luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e
seqüência inversa da instalação
partes energizadas. EPC(S)
Choque elétrico no contato Uso obrigatório de
Aprumar afastadores losangulares que saíram
6 com o cabo protegido e luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e
do prumo
partes energizadas. EPC(S)
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
47

5.2.6.SUBSTITUIÇÃO DE ESPAÇADOR LOSANGULAR

PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3
Executar tarefa básica 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
Não executar a tarefa com a rede energizada caso os condutores estejam enrolados um no outro

PASSO RISCO CONTROLE DO RISCO


DESCRIÇÃO
Cobrir com coberturas apropriadas os Choque elétrico Todo ferramental e materiais utilizados
condutores em ambos os lados do afastador no contato com deverão ser içados ou arriados através de
losangular e substituir: o cabo protegido e carretilha com corda.
1 1. A fase “B” (inferior) partes Trabalhar em um condutor de cada vez, estando os
2. A fase mais próxima do eletricista energizadas. outros condutores e o mensageiro totalmente
3. O cabo mensageiro Queda de material isolados. Uso obrigatório de
4. A fase mais afastada do eletricista em pedestres. luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e EPC(S)
48

PASSO RISCO CONTROLE DO RISCO


DESCRIÇÃO

Choque elétrico
Usar cobertura rígida circular (150x300mm) Uso obrigatório de luvas isolantes de AT e demais
no contato com
para promover a cobertura da junção das EPI(S) e EPC(S).
2 o cabo protegido e
coberturas dos condutores, junto com o Observar que as partes energizadas da RDC e partes
partes
espaçador losangular; aterradas estejam devidamente cobertas.
energizadas.

Afastar coberturas o suficiente para


desamarrar/liberar os condutores do
respectivo leito do espaçador, condutor por Choque elétrico
condutor restabelecendo a cobertura: no contato com
Uso obrigatório de
3 1. Do cabo mensageiro o cabo protegido e
luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e EPC(S)
2. Das fases partes
Observar a conveniência de primeiro retirar energizadas.
o espaçador danificado para depois instalar
o novo ou vice versa.
49

PASSO RISCO CONTROLE DO RISCO


DESCRIÇÃO
Afastar coberturas o suficiente para amarrar
Choque elétrico
os condutores no respectivo leito do
no contato com
espaçador, condutor por condutor, Uso obrigatório de
4 o cabo protegido e
restabelecendo a cobertura: luvas isolantes de AT e demais EPI(S) e EPC(S)
partes
1. No cabo mensageiro
energizadas.
2. Nas fases
Retirar as coberturas isolantes utilizadas na
Choque elétrico
seqüência inversa da instalação.
no contato com Uso obrigatório de
5 o cabo protegido e luvas isolantes
NOTA: Se o espaçador a substituir for o da
partes de AT e demais EPI(S) e EPC(S)
estrutura (CE1A), instalar coberturas
energizadas.
apropriadas no poste e no suporte “L”.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
50

5.2.7.SUBSTITUIÇÃO DE ISOLADOR DE PINO


PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1, 2, 3 e 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite

Não executar a tarefa se estiver chovendo

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Cobrir com coberturas apropriadas os


Providenciar para que todos os pontos aterrados
condutores fase e mensageiro em
(postes/cruzetas) da RD sejam cobertos. Em
ambos os lados dos isoladores,
isoladores suportando ângulos, se necessário, os
seguindo a seguinte ordem:
condutores deverão ser devidamente estaiados em
1. A fase “B” (inferior) Choque elétrico no
postes ou hidro-elevador através do bastão garra
1 2. A fase mais próxima do eletricista contato de partes
ou moitão com corda isolada.
3. O cabo mensageiro energizadas.
OBS: usar cobertura rígida circular (150 x
4. A fase mais afastada do eletricista
300mm) para promover a cobertura do isolador e
A cobertura a ser utilizada no condutor
da junção das coberturas de condutor nas fases e
a ser apoiado na estrutura deverá ser a
no mensageiro.
flexível.
51

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Choque elétrico no Uso de EPI(S) e EPC(S).


Cobrir cruzetas/postes com cobertura
2 contato de partes Verificar as condições físicas e isolantes das
circular rígida.
energizadas. coberturas.
Descobrir isolador a ser substituído, Choque elétrico no Uso de EPI(S) e EPC(S).
3 afastando as coberturas o suficiente contato de partes Verificar as condições físicas e isolantes das
para soltar a amarração do isolador. energizadas. coberturas.
Voltar a cobertura do condutor, Choque elétrico no Uso de EPI(S) e EPC(S).
4 apoiando-o sobre a estrutura e efetuar a contato de partes Verificar as condições físicas e isolantes das
substituição do isolador. energizadas. coberturas.
Puxar coberturas do condutor junto ao
isolador e colocar cobertura circular
rígida cobrindo o isolador e a junção Choque elétrico no Uso de EPI(S) e EPC(S).
5 das coberturas do condutor. contato de partes Verificar as condições físicas e isolantes das
OBS: Executar os mesmos passos energizadas. coberturas.
acima se for necessária a troca de mais
de um isolador.
Choque elétrico no Uso de EPI(S) e EPC(S).
Retirar coberturas isolantes utilizadas
6 contato de partes Verificar as condições físicas e isolantes das
na seqüência inversa de instalação.
energizadas. coberturas.
52

PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
53

5.2.8.SUBSTITUIÇÃO DE ISOLADOR DE ANCORAGEM E/OU GRAMPO DE ANCORAGEM

PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1, 2, 3 e 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO
Cobrir com coberturas apropriadas (rígidas
ou flexíveis) os condutores fase, o
mensageiro e os respectivos jampes,
seguindo a seguinte ordem: Providenciar que todos os pontos aterrados
1. A fase “B” (inferior) Choque elétrico (postes/cruzetas) da rede sejam cobertos. Em
2. A fase mais próxima do eletricista no contato com isoladores suportando ângulos, se necessário, os
1
3. O cabo mensageiro partes condutores deverão ser devidamente estaiados em
4. A fase mais afastada do eletricista energizadas. postes ou hidro-elevador através do bastão garra
ou moitão com corda isolada.
OBS: A seqüência de inserção das
coberturas altera-se em função do lado de
entrada da cesta aérea isolada.
54

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Queda de
2 Instalar estropo de nylon no poste/cruzeta Isolar área de trabalho
ferramentas
Afastar coberturas o suficiente para liberar o
Choque elétrico
isolador e grampo de ancoragem e instalar o Uso de EPI(S) e EPC(S).
no contato com
3 esticador apropriado (garra lisa ou outro Verificar as condições físicas e isolantes das
partes
grampo de ancoragem) no condutor e coberturas.
energizadas.
respectivo moitão.
Rompimento do
Tensionar o condutor e substituir o isolador Isolar área onde pode haver uma possível queda
4 cabo ou queda do
de ancoragem e/ou grampo; do circuito.
circuito.
Choque elétrico
no contato com
partes
Liberar a tração, verificar flecha, retirar energizadas.
moitão/esticador do cabo e estropo de nylon Queda de
5 Usar EPI(S) e EPC(S) e isolar área de trabalho.
e puxar coberturas restabelecendo condições ferramenta ou do
de isolamento. circuito.
55

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Choque elétrico
Proceder como passos acima caso retire no contato com
6 Usar EPI(S) e EPC(S) apropriados.
mais de um isolador ou grampo. partes
energizadas.
Choque elétrico
Retirar coberturas isolantes respeitando a no contato com
7 Usar EPI(S) e EPC(S) na retirada das coberturas.
ordem inversa da instalação partes
energizadas.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
56

5.2.9.SUBSTITUIÇÃO DE POSTE COM ESTRUTURA CE 1-A (MESMO LOCAL)


PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1, 2, 3 e 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Cobrir com coberturas apropriadas os


condutores fases e
mensageiro em ambos os lados do Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
espaçador losangular, seguindo a Choque elétrico Usar coberturas rígidas circulares 150
seguinte ordem: no contato com ou 300mm para promover a
1
1 - A fase B (inferior). partes não cobertura do isolador e da junção das coberturas das
2 - A fase mais próxima do eletricista isoladas. fases e mensageiros
3 - O mensageiro e suporte L
4 - A fase mais afastada do eletricista.
57

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Quebra ou falha
na operação do
guindauto. O operador do guindauto deverá ser credenciado para
Posicionar hidro-elevador e liberar
2 Choque elétrico realizar tal atividade. Usar EPI(S) e EPC(S) para a
braço antibalanço.
no contato com retirada do braço antibalanço.
partes não
isoladas.
Choque elétrico
Uso de EPI(S) e EPC(S).
Instalar estropo de nylon na no contato de
3 Verificar as condições físicas e isolantes das
extremidade da lança isolada. partes não
coberturas.
isoladas.
Choque elétrico
Uso de EPI(S) e EPC(S).
no contato de
4 Instalar moitão no estropo de nylon. Verificar as condições físicas e isolantes das
partes não
coberturas.
isoladas.

Rompimento do Posicionar-se em local fora do alcance do cabo


5 Engatar moitão no mensageiro
cabo mensageiro mensageiro no momento de seu rompimento.
58

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Rompimento do
Posicionar-se em local fora do alcance do cabo
cabo mensageiro
Liberar cabo mensageiro do prensa fio mensageiro no momento de seu rompimento.
6 ou queda do
do braço L Executar a tarefa com o corpo acima do circuito da rede
circuito. Choque
compacta. Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
elétrico.
Afastar a Rede de Distribuição Rompimento do
Posicionar-se em local fora do alcance do cabo
Compacta pelo moitão segurando ou cabo mensageiro
mensageiro no momento de seu rompimento.
7 tracionando o conjunto em função do ou queda do
Executar a tarefa com o corpo acima do circuito da rede
ângulo existente até altura mínima de circuito. Choque
compacta. Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
0,60 m do topo do poste. elétrico.

Liberar o poste das fixações Lembrar que estes dispositivos poderão estar
8 (iluminação pública, telefonia, TV a Choque elétrico. energizados, desta forma, usar os EPI(S) e EPC(S)
cabo e etc.) necessários para redes energizadas.
59

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Assegurar a firme aderência das coberturas no poste e
Substituir poste;
elevar o poste com cuidado evitando movimentos
Nota: Cobrir a parte superior dos
bruscos.
postes mais ou menos 3m observando
Queda do poste Durante a tarefa de retirada e instalação de poste, o
que a cobertura circular rígida
no chão e operador do Guindauto deverá estar sobre banqueta
9 ultrapasse o topo do poste em mais ou
desprendimento isolada e com todos os EPI(S) e EPC(S) necessários.
menos 30cm, tanto na retirada como na
das coberturas NOTA: O eletricista que estiver no solo direcionando a
instalação. Amarrar as coberturas para
base do poste no buraco deverá estar calçado com luvas
que não deslizem, utilizando pegadores
de algodão, isolante de AT e cobertura para evitar
isolados.
descargas elétricas através do poste.
Liberar o poste das fixações Lembrar que estes dispositivos poderão estar
10 (iluminação pública, telefonia, TV a Choque elétrico energizados; desta forma, usar os EPI(S) e EPC(S)
cabo e etc.) necessários para redes energizadas.
Retornar esforços da Rede de
Rompimento do
11 Distribuição Compacta ao poste Manter-se fora da linha de alívio do cabo mensageiro
cabo mensageiro
substituído

Baixar o conjunto Rede de Manter os pedestres afastados do local de serviço por


Queda do
12 Distribuição Compacta pelo moitão até meio da sinalização. Manter o corpo acima do circuito
circuito.
a altura adequada da rede compacta.
60

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Fixar cabo mensageiro no prensa fio Rompimento do
13 Manter-se fora da linha de trabalho do cabo mensageiro
do braço L cabo mensageiro
Soltar moitão do mensageiro.
Retirar moitão do estropo de nylon. Queda dos Manter os pedestres afastados do local de serviço por
14
Retirar estropo de nylon da equipamentos. meio da sinalização
extremidade da lança isolada.
Contato do hidro-
Não fazer movimentos bruscos com o hidro-elevador e
15 Liberar hidro-elevador elevador com a
fazer análise prévia da trajetória.
estrutura
Fixar braço antibalanço no afastador Estar equipado com luvas isolantes e demais EPI(S) e
16 Choque elétrico.
losangular EPC(S) necessários.
Retirar coberturas isolantes utilizadas Estar equipado com luvas isolantes e demais EPI(S) e
17 Choque elétrico
na seqüência inversa de instalação EPC(S) necessários.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
61

5.2.10.SUBSTITUIÇÃO DE POSTE COM ESTRUTURA CE1-CE3

PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3
Executar tarefa básica 4
Recomendações Iniciais
Estaiar provisoriamente o mensageiro em poste anterior do lado CE3 (encabeçamento) para aliviar tração do poste a ser substituído.
Na substituição de poste, preferencialmente, instalar o novo poste ao lado do poste existente. Se possível, programar desligamento
da derivação, lado CE3.

Não desconectar interligação dos mensageiros; se necessário usar jampe auxiliar.


Observar que a catenária formada ao soltar os cabos condutores não fique muito baixa (caso não seja feito o
encabeçamento provisório). Avaliar possibilidade de sustentação da RDC em pontos confiáveis através do moitão(edificações,
árvores e etc)

CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO


Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
62

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Liberar o poste das fixações Lembrar que estes dispositivos poderão estar
1 (iluminação pública, telefonia, TV a Choque elétrico energizados, desta forma, usar os EPI(S) e EPC(S)
cabo e etc.) necessários para redes energizadas.
Cobrir com coberturas apropriadas, os
condutores fases, mensageiro, Usar EPI(S) e EPC(S) necessários. Usar cobertura rígida
Choque elétrico
isoladores/cruzetas, jampes e poste do circular 150x300mm para promover a cobertura da
no contato com
2 conjunto CE3. Posteriormente, os junção junto ao espaçador losangular (inclusive),
partes não
condutores em ambos os lados do conjunto CE1 (passante), cobertura dos isoladores e
isoladas.
espaçador losangular, o mensageiro, conjunto CE3 (encabeçamento).
braço, poste do conjunto CE1.
Cobrir com coberturas o conjunto CE3,
seguindo a seguinte ordem:
1. A fase B(inferior)- isolador- jampe
Choque elétrico
2. A fase mais próxima do eletricista
no contato com Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
3 isolador jampe.
partes não
3. A fase mais afastada do eletricista-
isoladas.
isolador – jampe
4. O cabo mensageiro.
5. Cruzeta, mão francesa e poste.
63

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Cobrir com coberturas apropriadas o
conjunto CE1 (passante), seguindo a
seguinte ordem:
1. A fase B (inferior)- junção
Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
c/espaçador. Choque elétrico
2. A fase mais próxima do eletricista - no contato com
4 OBS: A retirada das coberturas pode ser realizada à
junção c/espaçador losangular. partes não
medida que se tornem desnecessárias ou ao final do
3. A fase mais afastada do eletricista isoladas.
trabalho.
junção com espaçador losangular
4. O cabo mensageiro.
5. Braço L, poste e perfil U, se existir.

Verificar a existência de espaçador Choque elétrico


losangular a mais ou menos 1m de no contato com
cada lado do poste da estrutura CE1. partes não
Com o auxílio de um moitão de nylon isoladas. Posicionar-se em local livre do caminho de alívio do
5
e estropo de nylon, transferir o Ruptura do cabo cabo mensageiro e acima da rede de distribuição.
encabeçamento do mensageiro do mensageiro.
poste, lado CE3, para o cabo Queda do
mensageiro do conjunto CE1. circuito.
64

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Soltar o encabeçamento da CE3,
seguindo a seguinte ordem:
1° - Cabo da fase mais próximo do
eletricista;
Rompimento do
2° - Cabo da fase do meio;
cabo
3° - Cabo da fase mais afastada do Manter-se fora da linha de alívio do cabo mensageiro e
mensageiro.
6 eletricista posicionar-se sempre numa altura maior que o circuito da
Queda do
Nota: Se necessário, fazer RDC.
circuito ou das
encabeçamento provisório dos
fases.
condutores no mensageiro CE1,
através de cordas isolantes.
Liberar esforços da RDC do poste a
substituir.

Contato do
Posicionar hidro-elevador logo acima hidro elevador A manobra do hidro elevador deverá ser feita por pessoa
7
da RDC. com a rede habilitada e sem movimentos bruscos.
energizada

Instalar estropo de nylon na Queda e/ou Os materiais deverão ser devidamente testados e
8
extremidade da lança isolada quebra material selecionados antes do trabalho.
65

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Queda e ou
O material deverá ser devidamente testado e selecionado
9 Instalar moitão no estropo de nylon. quebra de
antes do trabalho.
material
Queda e ou
Engatar moitão no mensageiro do O material deverá ser devidamente testado e selecionado
10 quebra de
conjunto CE1 (tangente). antes do trabalho.
material
Liberar cabo mensageiro do conjunto
Ruptura do cabo Posicionar-se em local livre do caminho de alívio do
11 CE 1 (tangente) do prensa fio do braço
mensageiro cabo mensageiro
L.
Afastar a RDC pelo moitão segurando
Apenas tracionar o conjunto da RDC quando houver
ou tracionando o conjunto em função Desprendimento
12 certeza de sua firme aderência ao conjunto tracionador.
do ângulo existente até a altura da RDC.
Manter local de queda da RDC livre.
mínima de 0.60 m do topo do poste.

O poste deverá ser substituído por equipe pesada só após


13 Substituir poste. Queda do poste. a liberação da equipe de linha viva com a rede totalmente
coberta.

Apenas tracionar o conjunto da RDC quando tiver a


Retornar esforços da RDC ao poste Desprendimento
14 certeza de sua firme aderência ao conjunto tracionador.
substituído. da RDC.
Manter local de queda da RDC livre.
66

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Queda e ou
Retirar o conjunto da RDC pelo O material deverá estar devidamente testado e
15 quebra de
moitão até altura adequada. selecionado antes do trabalho.
equipamento.
Fixar cabo mensageiro do conjunto
Ruptura do cabo Posicionar-se em local livre do caminho de alívio do
16 CE1 (tangente) ao prensa fio do braço
mensageiro. cabo mensageiro.
L
Queda e ou
O material deverá ser devidamente testado e selecionado
17 Soltar moitão do mensageiro quebra de
antes do trabalho
equipamento.
Queda e ou
O material deverá ser devidamente testado e selecionado
18 Soltar moitão do estropo de nylon quebra de
antes do trabalho
equipamento.
Queda e ou
Retirar estropo de nylon da estrutura O material deverá ser devidamente testado e selecionado
19 quebra de
da lança antes do trabalho
equipamento.

Contato do
hidro elevador A manobra do hidro elevador deverá ser feita por pessoa
20 Liberar hidro-elevador
com a rede habilitada e sem movimentos bruscos.
energizada
67

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Apenas tracionar o conjunto da RDC quando tiver a
Rompimento da
21 Retomar encabeçamento da CE1 certeza de sua firme aderência ao conjunto tracionador.
RDC.
Manter local de queda da RDC livre.
O eletricista deverá estar posicionado em local que
Tracionar e encabeçar o cabo da fase Rompimento da facilite o acesso ao encabeçamento da fase e fora do
22
mais afastada do eletricista. fase. alcance da linha de alívio da fase. O encarregado deverá
estar atento a isso.
O eletricista deverá estar posicionado em local que
Tracionar e encabeçar o cabo da fase Rompimento da facilite o acesso ao encabeçamento da fase e fora do
23
do meio. fase. alcance da linha de alívio da fase. O encarregado deverá
estar atento a isso.

O eletricista deverá estar posicionado em local que


Tracionar e encabeçar o cabo mais Rompimento da
24 facilite o acesso ao encabeçamento da fase e fora do
próximo do eletricista fase.
alcance da linha de alívio da fase. O encarregado deverá
estar atento a isso.
Com auxilio de um moitão e estropo
de nylon, transferir mensageiro CE3, Ruptura do cabo Posicionar-se em local livre do caminho de alívio do
25
encabeçado no mensageiro CE1, para mensageiro. cabo mensageiro.
o poste lado CE3.
68

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Choque elétrico Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
Retirar coberturas isolantes utilizadas no contato com NOTA: A retirada das coberturas pode ser realizada à
26
na seqüência inversa de instalação. partes não medida que se tornem desnecessárias ou ao final do
isoladas. trabalho.
Reinstalar as fixações no poste Os cabos que não fazem parte de rede de distribuição de
(iluminação pública, telefonia, TV a energia poderão estar energizados; por isso, deverá se
27 Choque elétrico
cabo e etc.) tomar o cuidado de usar luvas isolantes e demais EPI(S)
e EPC(S) necessários.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
69

5.2.11.PODAS DE GALHOS DE ARVORES INTERFERINDO COM A RDC

RECOMENDAÇÕES
O raio da poda em volta da rede compacta deverá ser, no mínimo, 0,50m
Galhos laterais próximos à rede protegida podem ser podados por eletricistas apoiados em escadas manuais/veicular, através de
bastão podador isolado.
Galhos sobre a rede protegida podem ser podados por equipes de redes energizadas.
A manutenção de um túnel ao redor da rede protegida deverá ter uma periodicidade que atenda a condição de não haver galhos em
contato permanente com a rede compacta protegida.
A periodicidade para a execução das podas deverá ser estabelecida pelo setor responsável, em função do grau de crescimento dos
galhos que é variável, decorrente do clima de cada região e do tipo de árvore.
As podas, quando realizadas por eletricistas apoiados em escadas manuais/veicular, utilizando ferramentas acopladas em bastão
universal (método à distância), deverão observar a distância mínima de segurança que, para 13,8 kV, é de 0,60m.
Ao subir ou descer degraus de escadas, fazê-lo com as mãos livres e segurando nas longarinas.
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3

Executar tarefa básica 4


70

CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO


Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO
Usar EPI(S) e EPC(S).
Cobrir os condutores da rede compacta
1 Choque elétrico. Obrigatório cobrir os pontos onde haja
protegida se necessário.
contato permanente de galhos com o cabo.

Utilizar bastão podador acoplado ao


bastão universal para realizar o corte
dos galhos mais finos e serra de poda
Choque elétrico, curto Os galhos que ofereçam risco de queda sobre
nos galhos mais grossos, obedecendo
2 circuito e quedas de galhos a rede, veículos ou pedestres, deverão ser
às técnicas de poda.
sobre pedestres e veículos. amarrados e conduzidos.
OBS: Não se utilizar ferramentas de
impacto para realização de podas. Ex:
facão, foice e etc

Segurar firmemente as ferramentas de podas,


Retirar coberturas de condutores da subir ou descê-las através de cordas
Queda de material sobre
3 rede compacta e da rede secundária, auxiliares. A área de trabalho deverá estar
trabalhadores e pedestres.
caso aplicados. devidamente sinalizada evitando a passagem
de terceiros.
71

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Recolher/acondicionar os galhos
podados em local que não interfira na
Atropelamento e/ou Manter área sinalizada nas proximidades onde
4 circulação de pedestres, nem na
colisão. caíram os galhos.
obstrução de entrada ou circulação de
veículos.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
72

5.2.12.CONEXÃO “JAMPE”
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Cobrir com coberturas apropriadas


(rígidas ou flexíveis) os condutores da Todo ferramental e materiais utilizados deverão ser
derivação e da rede tangente ao poste içados ou arriados através de carretilha com corda.
respectivamente, seguindo a seguinte Choque elétrico Trabalhar em um condutor de cada vez, deixando os
ordem: no contato de outros condutores e o mensageiro totalmente isolados.
1
1. A fase “B” (inferior) partes Uso obrigatório de luvas isolantes de AT e demais
2. A fase mais próxima do eletricista energizadas. EPI(S) e EPC(S)
3. O cabo mensageiro OBS: A seqüência de inserção das coberturas altera-se
4. A fase mais afastada do eletricista, em função do lado de entrada da cesta aérea isolada.
poste, ferragens e etc
73

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Fazer conexão do mensageiro (jampe Choque elétrico e Observar se a sobra de cabo para o jampe está
2
afixado na estrutura) curto circuito devidamente afixada no respectivo condutor fase.
Afastar coberturas o suficiente para Precaver-se da diferença de potencial DDP, quando da
Choque elétrico e
3 descascar e escovar o ponto de conexão entre cabo mensageiro, parte radial e sistema
curto circuito
conexão, fase por fase, lado tangente. interligado.
Afastar coberturas do condutor da
Corte nas mãos e
derivação, liberar o jampe, descascar e
4 queda de Usar descascador de cabo apropriado.
escovar a ponta do condutor (lado
equipamento
derivação).
Promover a efetiva conexão do jampe,
preferencialmente com conector tipo Rompimento do
5 Segurar firmemente o jampe na sua movimentação.
cunha e isolar a conexão com jampe.
cobertura específica.
Rompimento do
6 Idem para os demais jampes. Segurar firmemente o jampe na sua movimentação.
jampe.

Retirar as coberturas isolantes


7 utilizadas, na seqüência inversa da Choque elétrico Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
instalação.
74

PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 1
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
75

5.2.13.MANUTENÇÃO EM CRUZAMENTO AÉREO

RECOMENDAÇÕES
Observar a integridade da cobertura dos cabos XLPE nos pontos próximos ao cruzamento.
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3
Executar tarefa básica 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Cobrir com coberturas adequadas Choque elétrico


Cobrir criteriosamente os pontos de junção do
ambos os lados do condutor e em no contato com
1 cruzamento, jampes e conexões.
especial o ponto de cruzamento dos partes
Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
jampes e conexões. energizadas.
76

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Choque elétrico Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
Afastar coberturas das fases em
2 no contato com Se for o caso, mudar a posição da cesta aérea para
manutenção.
partes energizadas facilitar o acesso.
Fazer a manutenção necessária e
Choque elétrico e
3 recobrí-la novamente; só então, passar Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
curto circuito
para a outra fase.
Retirar coberturas isolantes utilizadas,
4 Choque elétrico Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
na seqüência inversa da instalação.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 1
77

5.2.14.SUBSTITUIÇÃO DE TRANSFORMADOR CONVENCIONAL

RECOMENDAÇÕES
Se utilizar GLV(Grampo de linha Viva) é obrigatória a sua cobertura
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1, 2, 3 e 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite

Não executar a tarefa se estiver chovendo

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Usar EPI(S) e EPC(S) necessários, verificar a


Para retirar o transformador: Arco elétrico,
existência de carga e, em caso positivo, verificar sua
1 Abrir as chaves fusíveis do queda da chave
amperagem no intuito de usar equipamento apropriado
transformador e tirar os cartuchos em pedestres.
para abertura em carga.

Testar a ausência de tensão no


2 secundário através do alicate Choque elétrico Usar vara de manobra devidamente testada.
voltamperímetro.
78

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Verificar a presença de geradores na área. Em caso


3 Curto-circuitar a rede secundária Curto circuito
positivo, solicite intervenção do centro de operações.
Desconectar os cabos do barramento
secundário nos terminais de BT do Curto circuito e
4 Estar equipado com luvas isolantes e de cobertura.
transformador e fixá-los nos choque elétrico.
respectivos condutores de BT
Cobrir com coberturas rígidas ou Choque elétrico
Cobrir as partes energizados com coberturas
5 flexíveis os condutores e o cabo em partes não
apropriadas sem deixar expostos lugares energizados.
mensageiro. isoladas
Cobrir ferragens, as chaves e poste Choque elétrico
Cobrir os condutores energizadas com coberturas
6 com lençóis, coberturas de chaves e em partes não
apropriadas sem deixar expostos pontos energizados
coberturas rígidas de poste. isoladas
Desconectar os jampes das buchas
Evitar o contato dos terminais por isolá-los um do outro
7 terminais de AT do transformador e Curto circuito
por meio de coberturas.
fixá-los no poste
A equipe de manutenção pesada deverá realizar o
Proceder à retirada do transformador Queda do serviço apenas depois da liberação da linha viva. O
8
do poste transformador transformador deverá ser descido com cuidado e
devagar.
79

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Para instalar o transformador:
Queda do Subir o transformador devagar e com cuidado para que
9 Proceder à fixação do transformador
transformador não toque na rede energizada.
no poste.

Liberar cabos, jampes, fixados no


Evitar o contato dos terminais por isolá-los um do outro
10 poste, e conectá-los nas buchas Curto circuito
por meio de coberturas.
terminais de AT do transformador.

Colocar os cartuchos, verificando seu


Choque elétrico e Este procedimento deverá ser realizado com vara de
11 encaixe na base da chave e energizar o
curto circuito manobra e com elo fusível apropriado.
transformador.
Conferir os níveis de tensão na saída
12 dos bornes de BT do transformador, Choque elétrico Estar equipado com EPI(S) e EPC(S) necessários.
através de alicate voltamperímetro.
Abrir as chaves fusíveis do Queda da chave Abrir a chave fusível com cuidado para que ela não se
13
transformador fusível desprenda da vara de manobra

Conectar os cabos do barramento


14 secundário nos bornes de BT do Choque elétrico Deverá ser feito com luvas de isolantes de BT
transformador
80

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Queda do
Retirar o aterramento da rede conjunto de Área de trabalho deverá estar devidamente isolada. Uso
15
secundária aterramento. de EPI(S) e EPC(S) necessários.
Choque elétrico.
Fechar as chaves fusíveis do Queda da chave
16 Realizar este procedimento com vara de manobra.
transformador fusível.
Retirar as coberturas na ordem inversa Estar devidamente equipado com os EPI(S) e EPC(S)
17 Choque elétrico
à colocação necessários.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 1
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
81

5.2.15.MUDANÇA DE ESTRUTURA COM BRAÇO “L” PARA ESTRUTURA COM BRAÇO "C”

PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1
Executar tarefa básica 2
Executar tarefa básica 3
Executar tarefa básica 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO

Cobrir as coberturas rígidas, os


condutores e mensageiro, seguindo a
seguinte ordem: Averiguar se o condutor não ficou com partes
Choque elétrico em
1 1. A fase B (inferior); energizadas expostas. Usar EPI(S) e EPC(S)
partes não isoladas
2. A fase mais próxima do eletricista; necessários.
3. O cabo mensageiro;
4. A fase mais afastada do eletricista
82

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Cobrir ferragens, os espaçadores e Choque elétrico em Averiguar se o condutor não ficou com partes
2
poste com lençóis e coberturas rígidas. partes não isoladas energizadas expostas.
Queda da sela ou
Instalar lateralmente no poste duas
mau Erguer a sela com a ajuda de baldes de içamento e
3 selas com extensor de aterramento e
posicionamento corda apropriados.
braçadeira para segurar as hastes.
dela.
Rompimento do
cabo mensageiro.
Fixar um bastão suporte de 64 mm nas O bastão deve ser fixado em posição que não dificulte
Mau
4 selas e prender sua garra no a instalação do braço C. Manter-se afastado da área
posicionamento do
mensageiro de alívio do cabo mensageiro.
bastão dificultando
trabalho.
Instalar um moitão, a ser utilizado para Quebra do moitão. Inserir moitão no local onde esteja devidamente
5 elevar o bastão suporte, no poste ou no Contato com partes coberto. Elevar o moitão com cuidado e com a ajuda
braço da sela. não isoladas. de outro eletricista no solo.

Queda da sela ou
Erguer a sela com a ajuda de baldes de içamento e
Instalar uma sela para amarração de mau
6 corda apropriados. Colocá-la em local que facilite o
corda próxima a base do poste; posicionamento da
trabalho.
mesma.
83

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Soltar mensageiro no prensa cabo
Rompimento do Posicionar-se em local fora do alcance da trajetória
7 (parte final da ferragem onde o cabo é
cabo mensageiro de queda do cabo mensageiro.
preso) do braço L.
Retirar o braço L e instalar um olhal Retirar o braço L com cuidado e amarrá-lo para evitar
8 Queda do braço L
em seu lugar. queda.
Atuar nas cordas do moitão de forma a Queda do braço C. Içar as ferragens com auxílio do moitão. A trajetória
9 elevar o bastão suporte elevando a rede Contato com partes de içamento deverá ser feita por locais devidamente
o suficiente para instalar o braço C; não isoladas. cobertos.
Queda do braço C e
Instalar o braço C com isoladores de Içar as ferragens com auxílio do moitão. A trajetória
outros acessórios.
10 pino e com coberturas apropriadas nas de içamento deverá ser feita por locais devidamente
Contato com partes
ferragens. cobertos.
não isoladas.
Soltar a fase B dos espaçadores e
Contato da fase B Segurar com firmeza a fase B estando equipado com
11 transferí-la para o seu isolador no
com outras fases. todos os EPI(S) e EPC(S) necessários
braço C.
Repetir o procedimento para as outras Curto circuito e Segurar com firmeza as fases estando equipado com
12
fases. choque elétrico. todos os EPI(S) e EPC(S) necessários
Através do moitão, abaixar o bastão Rompimento e ou
Posicionar-se em local fora de alcance da trajetória
13 suporte, apoiando o mensageiro no queda do cabo
do cabo mensageiro.
olhal. mensageiro.
84

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Rompimento e ou
Posicionar-se em local fora de alcance da trajetória
14 Encabeçar o mensageiro no olhal; queda do cabo
do cabo mensageiro.
mensageiro.
15 Retirar o bastão suporte e as selas Queda do bastão. Manter a área de trabalho sinalizada.
Retirar as coberturas na ordem inversa Choque elétrico em Ao descobrir as partes energizadas manter-se
16
a colocação partes não isoladas afastado delas.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 5
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
85

5.2.16.SUBSTITUIÇÃO/MANUTENÇÃO DE CHAVE FACA

RECOMENDACÕES
Verificar se existem pontos (alça estribo) para "by-passar" as chaves.
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1, 2, 3 e 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO
Choque elétrico. Usar EPI(S) e EPC(S) necessários. Instalar coberturas
"By-passar" as três chaves por cima, a Arco elétrico e flexíveis de condutor nos "by-pass".
1 distância, utilizando bastão pega-tudo. contato com partes
Apoiar os "by-pass" na cruzeta. não isoladas.

Cobrir com coberturas flexíveis ou Choque elétrico. Nunca atravessar para uma fase estando a outra sem o
rígidas, o condutor da fase mais Arco elétrico e devido isolamento.
2
próximo. contato com partes Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
não isoladas.
86

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Cobrir com cobertura flexível os Choque elétrico. Não conectar o "by-pass" sobre jampes ou alças pré-
jampes; com cobertura rígida, os Arco elétrico e formadas.
3 isoladores; com lençóis, os grampos do contato com partes Estar equipado com EPI(S) e EPC(S) apropriados.
"by-pass" e com cobertura de chave a não isoladas.
chave da fase mais próxima.
Atravessar e repetir o isolamento na Choque elétrico. Não retirar os isolamentos das outras fases. Evitar
fase do meio. Arco elétrico e movimentos bruscos.
4
contato com partes
não isoladas.
Atravessar para a fase mais afastada. Choque elétrico. Não retirar os isolamentos das outras fases.Usar
Arco elétrico e EPI(S) e EPC(S) necessários. Evitar movimentos
5
contato com partes bruscos.
não isoladas.
Cobrir com as coberturas apropriadas o Choque elétrico. Cobrir todos os possíveis pontos de contato com o
poste, o pé da chave e ferragens. Arco elétrico e terra.
contato com partes
6 não isoladas.
87

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Abrir a chave faca com vara de Arco elétrico. Não permanecer entre as duas fases, mas sim do lado
manobra. de fora.
7 Solicitar ao centro de operações a carga do
alimentador ou ramal e decidir se irá abrir a chave
com ou sem dispositivo de inibição de arco
Verificar as conexões dos terminais Arco elétrico Analisar com cuidado todas as conexões no intuito de
8
cabo-barra da chave. verificar a integridade.
Soltar os “jumps” da chave e prendê- Arco e choque Atentar para o risco de contato entre as duas fases.
9 los no próprio condutor. elétrico. Para que não ocorra o contato, cada fase deverá estar
devidamente presa no momento da desconexão.
Verificar as lâminas e os contatos da Queda de Verificar a ausência de tensão na chave e estar
chave. Estando a chave com defeito, ferramental, corte equipado com seus respectivos EPI(S) e EPC(S)
substituí-la. Caso contrário, lubrificar em partes metálicas
seus contatos e lâminas. e choque elétrico.

10
88

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Conectar novamente os “jamps” na Curto circuito entre Manusear os condutores com cuidado evitando
chave. fases. movimentos bruscos.

11

Retirar somente o isolamento feito Choque elétrico. Estar devidamente equipado com os EPI(S) e EPC(S)
12 para trabalhar na chave. necessários. Verificar as condições físicas do
descascador. Usar descascador apropriado.
Retornar para chave da fase do meio. Corte nas mãos, Estar devidamente equipado com os EPI(S) E EPC(S)
13 choque elétrico. necessários. Usar descascador apropriado.Verificar as
condições físicas do descascador.
Atuar no isolamento complementando Corte nas mãos,
e/ou retirando o necessário para choque elétrico.
executar a tarefa.
Estar devidamente equipado com os EPI(S) E EPC(S)
14 necessários. Usar descascador apropriado.Verificar as
condições físicas do descascador.
89

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Instalar dois lençóis inteiros, um de Queda de
cada lado da cruzeta, fazendo um ferramental, corte
Verificar integridade isolante das coberturas, não
15 cortinado que isole a chave do meio em partes metálicas
deixar partes expostas para evitar o contato.
em relação à chave do lado oposto. e choque elétrico.

Repetir os procedimentos dos itens 7 e


16
12
17 Retornar para a outra fase. Choque elétrico Estar equipado com EPI(S) e EPC(S) necessário.
Repetir os procedimentos dos itens 14
18
e 16
Retirar os "by-pass" por cima e a Choque elétrico,
Verificar integridade do equipamento de “by-pass”.
distância, através dos bastões pega- queda do by-pass e
19 Elevá-lo com auxílio de corda, moitão e balde de
tudo. falha na isolação do
içamento.
equipamento.
PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
90

5.2.17.SUBSTITUIÇÃO DE PÁRA-RAIOS

RECOMENDAÇÕES
Verificar se os pára-raios estão ligados com grampos de linha viva. Caso contrário, os mesmos devem ter os “jumps” cortados a
distância, através de bastão prendedor de condutor e tesourão.
PROCEDIMENTOS INICIAIS
Preencher planilha de verificação anterior (Tabela 5.1)
Executar tarefa básica 1, 2, 3 e 4
CRITÉRIOS PARA A NÃO REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
Não executar a tarefa à noite
Não executar a tarefa se estiver chovendo
PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO
Desligar, à distância, todos os para- Arco elétrico e Realizar operação com vara de manobra e equipado
1
raios curto circuito com os EPI(S) e EPC(S) apropriados
Cobrir com cobertores apropriados os
Choque elétrico
condutores fases, o mensageiro, as Cobrir as partes energizadas com coberturas
2 em partes não
ferragens e as cruzetas, os para-raios e apropriadas sem deixar expostos pontos energizados
isoladas
“jamps”;
Soltar os para-raios defeituosos sempre Averiguar sempre a presença de partes energizadas da
3 Curto circuito
retornando o isolamento; rede e cobrí-las.
91

PASSO DESCRIÇÃO RISCO CONTROLE DO RISCO


Subir os novos para-raios com os Queda dos para- Subir devagar, com a área de trabalho devidamente
4
“jamps” conectados raios. sinalizada e utilizar balde de içamento e corda.
Instalar os novos para-raios e conectar Averiguar sempre a presença de partes energizadas da
5 Curto circuito
o barramento de neutro dos mesmos. rede e cobrí-las.

Testar o para-raio sempre a distância


6 encostando o grampo de linha viva no Arco elétrico Utilizar óculos de segurança
respectivo estribo

Realizar a conexão definitiva dos para- Averiguar sempre a presença de partes energizadas da
7 Choque elétrico
raios rede e, em caso de existência, re-aranjar as coberturas.

Repetir os procedimentos para os


8
outros para-raios, se necessário

Choque elétrico
Retirar as coberturas na ordem inversa
9 em partes não Usar EPI(S) e EPC(S) necessários.
a colocação
isoladas
92

PROCEDIMENTOS FINAIS
Executar tarefa básica 4
Executar tarefa básica 2
Preencher planilha de verificação posterior Tabela 5.2
93

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Podemos observar, diante dos procedimentos adotados, que o trabalho com a rede
elétrica compacta energizada requer o mesmo nível de segurança que se tem no trabalho
com a rede convencional ou nua.

A abordagem e o controle do risco na manutenção da rede compacta energizada,


conforme se propõe neste trabalho, devem ser levadas em consideração para
proporcionar uma maior segurança dos trabalhadores e terceiros que circulam na
redondeza da área de trabalho.

Entretanto, haja vista se tratar de uma rede que ocupa um menor espaço na área
urbana, segue-se que o eletricista estará sujeito a uma menor probabilidade de tocar em
alguma parte energizada, gerando, portanto, um acidente de trabalho. Isto, por sua vez,
já se torna um indício de que a utilização da rede compacta traz grandes benefícios na
área estética, de manutenção, reduz a quantidade de podas nas árvores e, como sugere o
trabalho, reduz os riscos envolvidos na sua manutenção enquanto energizada.

Foi citado também que este trabalho requer o uso de EPI(S) e EPC(S) diferentes dos
que são usados convencionalmente. Convém à contratada, ou a própria empresa (caso o
serviço não seja terceirizado), desenvolver novas ferramentas de uso prático, como
coberturas, que auxiliarão na tarefa desempenhada. Este fato irá evoluir à medida que o
trabalho se tornar mais comum, e, à ao tempo em que se vai desempenhando a tarefa,
novas recomendações irão surgir e, com isso, a elaboração de novo ferramental para a
atividade requerida.

Este trabalho, portanto, deverá ser apresentado em reciclagens para eletricistas de


linha viva, como recurso adicional conforme consta no item 10.8.8.1 da nova NR 10.
94

7. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

7.1. MANEIRAS DE REDUÇÃO DE ACIDENTES

Dentre vários pontos citados nesta abordagem, podemos relembrar os mais


importantes, e destacar outros que também serão de extrema importância para que o
eletricista possa desempenhar sua tarefa. São eles:

• Nunca realizar a manutenção à noite ou em dia chuvoso e úmido;


• Importância do preenchimento das tabelas de verificação anterior e posterior na
execução de qualquer tarefa;
• Necessidade de um responsável pelo serviço, que irá supervisionar de forma
continuada o trabalho em andamento, em uma posição que lhe dê total visão dos
movimentos dos eletricistas, e que o canal de comunicação com os mesmos
esteja aberto;
• Eliminar ou restringir a utilização de cruzamento aéreo em rede compacta
protegida, tendo em vista as dificuldades do isolamento nos pontos de
cruzamento dos condutores, para a realização de manutenções em rede
energizada;
• Levantar/acompanhar as adequações efetuadas em coberturas isolantes
convencionais pelas equipes de manutenção em redes energizadas, em função
das exigências impostas pela rede compacta e de forma a que, em futuro
próximo, padronizem-se coberturas específicas que atendam com segurança as
necessidades da rede compacta protegida;
• Idem ao item anterior para as ferramentas (exemplo: esticador de cabo,
descascador de cabo XLPE, etc.);
• Recomendar que o nível de manutenção aplicada à rede de distribuição
compacta seja compatível com os níveis de exigências impostas pela ANEEL,
através dos indicadores de continuidade e desempenho;
• Recomendar que a manutenção no padrão da rede de distribuição compacta seja
prioritariamente praticada com a linha energizada, de forma a garantir sua
95

compatibilização com a expectativa de desempenho associada a este novo


padrão de rede.
• Recomendar a utilização da técnica do controle do risco, conforme expõe este
trabalho, para minimizar os riscos de contato com a rede energizada.

7.2.ÁREAS DE MELHORIAS DA REDE ELÉTRICA DE DISTRIBUIÇÃO

Em muitos aspectos, a rede de distribuição compacta se torna mais vantajosa que a


rede de distribuição convencional ou nua. Um desses aspectos, em especial, produz
grandes benefícios para a empresa que resolve adotar a rede de distribuição compacta
como sendo a sua rede padrão. Esse aspecto é a manutenção. Utilizando a rede
compacta, a manutenção será bastante reduzida ao longo do tempo e problemas tais
como o acionamento de religadores de linha por galhos na rede, serão sensivelmente
reduzidos.

Pode-se afirmar também que quando a manutenção se fizer necessária, optar-se-á


pela manutenção com a rede energizada que irá reduzir de maneira considerável os
indicadores de qualidade que são afetados diretamente pelo desligamento da rede
elétrica.

Tomando a por foco a manutenção com a rede energizada propriamente dita,


observamos que os procedimentos mencionados são mais simples e menos trabalhosos
de serem aplicados pelo eletricista de linha viva. Isto por sua vez, quando aplicado em
conjunto com os procedimentos de segurança, seguramente resultará em um trabalho
executado dentro dos padrões de qualidade, e irá reduzir bastante os riscos envolvidos
neste trabalho delicado e perigoso que é a manutenção em redes aéreas energizadas.

Sugere-se, portanto, a ampla utilização da rede compacta ao longo do sistema de


distribuição das concessionárias, em especial a CELPE, que, desde 2001, já vem
difundindo esta tecnologia no estado de Pernambuco.
96

8. CONCLUSÕES

Mediante os dados levantados, conclui-se que o trabalho realizado na rede de


distribuição compacta energizada, quando realizado dentro dos padrões estabelecidos
neste estudo, se torna seguro e viável.

Apesar de exigir um ferramental, EPI(S) e EPC(S) diferentes dos que aqueles aos
quais a maioria das concessionárias está acostumada, tornando-se, portanto, mais
oneroso, o trabalho em linha viva vem a confirmar o propósito de instalação da rede de
distribuição compacta, garantindo um fornecimento contínuo e de qualidade aos
consumidores.

Na análise do passo a passo de cada atividade, com a integração dos riscos e


controle dos riscos, observa-se a grande vantagem no tocante a mobilidade do eletricista
com relação ao trabalho em redes convencionais, tornando estas tarefas possíveis de
serem realizadas com o menor risco possível de choque elétrico, danos a terceiros e
quedas.
97

9. REFERÊNCIAS

• NR 10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade, MTE.


• COPEL [2000]. Manual de treinamento: Procedimento de manutenção de linha viva
em rede de distribuição compacta, Curitiba.
• ELETROBRÁS [1996]. Procedimentos para manutenção de rede primária compacta
energizada. CODI/ELETROBRÁS 16-15, p. 36
• CADICK at al.[1994]. Eletrical Safety Handbook. 2a. ed., New York, McGRAW-
HILL, INC.
• PROCOBRE [2002]. Aterramento elétrico. São Paulo.
• Souza, S.B.. Controle dos riscos elétricos. 2000.
• Ritz do Brasil S.A [2001]. Ferramentas para linha viva, ref: flv-057p-01. Minas
Gerais.
• CELPE [1998]. Padrão de estruturas de distribuição de 13.8kV e 380V – código
PPD-001/98
• CELPE [1976]. Apostila eletricidade básica, Recife.
• CELPE [2002]. Projeto de rede de distribuição aérea compacta com espaçador poste
DT 15 kv - PCD.01.05, Recife.
• IBERDROLA EMPREENDIMENTOS DO BRASIL [2004]. Adoção de rede de
distribuição compacta, PE EB 807 DT 004 R04. Recife, p. 12.

Vous aimerez peut-être aussi