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A seguir está descrita uma classificação proposta por Zimerman (2000, p. 90) referente
ao critério da finalidade. Eis a divisão:
GRUPOS OPERATIVOS
Segundo Pichon-Rivière (1991), o grupo operativo assemelha-se ao funcionamento do
grupo familiar (como também propõe Zimerman, 2000) e pode ser definido como um
“conjunto de pessoas reunidas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua
mútua representação interna, que se propõe, implícita ou explicitamente, uma tarefa que
constitui sua finalidade” (p. 157).
GRUPOS TERAPÊUTICOS
-Grupos de autoajuda. Assim como os demais, essa modalidade grupal apresenta
benefícios terapêuticos. Segundo Zimerman (2000) possui esse nome porque consiste de
pessoas que apresentam o mesmo tipo de necessidades, isto é, são considerados grupos
homogêneos. Como exemplos há: alcoólicos anônimos (A. A.), narcóticos anônimos
(N.A.) e neuróticos anônimos (N.A.).
2. Tipos de grupos
-Homogêneo. Segundo Zimerman (2000) destina-se àquele grupo de pessoas que
possuem características comuns. São exemplos: grupos de obesos, deprimidos,
psicossomatizadores, etc.
-Heterogêneo. Refere-se a pessoas que tenham características diferentes entre si. Por
exemplo: um grupo formado por uma pessoa obsessiva-compulsiva, outra histérica, e
assim por diante.
-Aberto. Caracteriza-se por não ter um prazo para o término, além do que permite que
entrem e saiam pessoas do grupo.
-Fechado. Entende-se que as mesmas pessoas iniciam e terminam juntas, com prazo
definido, não podendo entrar novos membros.
Em cada grupo que se forma, espontâneo ou terapêutico, percebe-se que cada membro
desempenha um papel ou uma posição diferente. Na maioria das vezes é uma “escolha”
inconsciente e que faz parte da configuração do campo grupal. Diz Zimerman (2000)
que “em cada papel se condensam as expectativas, necessidades e crenças irracionais de
cada um e que compõem a fantasia básica inconsciente comum ao grupo todo” (p. 137).
-Radar. Esse papel costuma ser assumido por aquela pessoa do grupo que capta, antes
dos demais, os primeiros sinais de angústias e ansiedades do grupo. Geralmente, esses
conflitos são expressos por intermédio de abandono do tratamento, somatizações e
outras atuações; ou seja, de forma não verbal (ZIMERMAN, 2000).
-Apaziguador. É aquele papel conhecido como “colocar pano quente”. Como afirma
Zimerman (2000) é desempenhado por pessoas que apresentam dificuldades de lidar
com situações tensas, ou de agressividade.
Esse papel orienta Pichon-Rivière (2000), pode ser de natureza boa (maternal, paternal,
etc.) ou má, nas situações em que predominam fantasias paranoides, persecutórias, etc.