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ISSN: 1518-611 uv UNISINO a} CNP. AGTETE VWaoteiae Lsiuces mic ee ee a L. QUERE: dos modelos da comunicagao Vera R. Veiga Franga* ‘This work isan attempt at reading and intere pretingL. Quére’'s text “Dun mode eps. ‘mologique de la communication 3 un neaishe Praxéologique”, which contrasts two cone Manication models: the epistemologieal or model and the praxiological mode we uy to explore thea alyial reach ofthe praniolopied ned pissing 6 snare ba as. logis, to Mori's epistemology a Plexiy, and to-GiHt. Meads inter oo Specive. The praxilogial madd i ee fn the reflectivity inherent to soe set changes, and wes to undertan] cea e cation a5 a practical enabler of secur ite How interactive is pence Ete tg as mn itn entry de teed ute mmoditeepetmcloge gts de I communication fun mode oe seolopiue gue pres mr soap, cd nai tone eta ‘enlgeiomaconahy dma ge Core erty trl ili bacanes eplrar date ana ee ‘roviligioncuso a alan eee 1 sper ck le cpited te Meg, Perpatva tration OH. Mec Chet breil ei fendemetads tw’ ees ‘abe asians ny Po Breve i conten me pr a tel ide ae * Professora Doutora da Universidade Federal de Minas Gerais (UrMG) Vera R. Veiga Franca Il est dans la communication je ne sais quoi de fragile, qui menrt io appnic: la Communicacion exige giee 'on glisse Georges Battaille Do paradigma CO texto do pesquisador francés Louis Quére, D’um modbleepistemologique «dela commnitation & un modile praxceologiqae!, se mostra particularmente intexes- Sante num contexto em que as discussdes sobre campo da comunicagao ~€ sobre a questio dos paradigmas comunicacionais ~ se fazem muito presentes nos debates que temos empreendido nos iltimos anos. A reflexio sobre nos- sos fandamentos epistemoldgicos, a busca de um viés “propriamenve comuni- cacional” é matéria relevante para as pesquisas da rea e para a estruturagio do seu campo de estado. O trabalho de Queré, sem a pretensio de estar inaugu tando um debate jé em curso, mas por seu carater didatico ¢ sistematizador, oferece uma boa contribuigao para nossas reflexGes neste dominio. Este texto se inscreve no terreno de um debate mais amplo, que vem eclodindo jé hd algum tempo, nas varias areas de conhecimento, em torno da ctise do paradigma cientifico e da propria concepcao de ciéncia moderna, De Forma mais especifica, ¢ jd no dominio da comunicasio, esse debate se reveste daeritica a0 chamado “paradigma clissico”, ou informacional?, que marcou a igrande parte dos estudos sobre os processos comunicativos ao longo do sécu~ To XX. Esse paradigma, que identifica a comunicagio com um proceso de transmissio de informagio, marcado pela linearidade, funcionalidade ¢ busca da eficicia, tem recebido reiteradas € severas criticas, no sentido de apontar suas limitagdes € mesmo entraves (quando io desvios) ao processo de c nhecimento. IE bem verdade que essas criticas jé vem sendo feitas ha muitos anos? ¢, hoje, no campo dos debates acadlémicos, nenhum autor saia piblico na defesa 1 QUERE, L D'un modéle épistemotogique de la communication & un modéle praxéologi aque. Réfrans, Paris, 3° 46/47, Mar-Abs, 1991, 2. Bsse paradigma tem como referéncia bisica 0 modelo ‘Shankon e W. Weaver, A teria natomitice da conunicagie, no final da década de 40, nos Esurdos Unidos, O charmad “modelo dos engenheiros” excrecu grande influéncia em vi- ios campos (das teorias da comuniacio a lingustcaackobsionians) «servi de estratura Orlenadora (ou mate paradigmitiea) para diferentes correntes de estudo da comunica Go (da teota dos eftitos desenvolvida pelos americanos aalgumas vertentes de viés mat- Sista que promovem a critica e demincia do papel manipulatério da midi) 3. Nao caberia aqui um levantamento mais exaustivo desse debate, mas tio somente regis: tra alguns textos fundadotes ~ como O pible prada a terse? (1974), de U. eos Conf or | Decor (1980), de S. Hall, Ade a Aristtees comunieacio horizontal (1981), de ER Beltrin, entre outros. No met trabalho de tese, em 1993, eu jé me apsio nessa discus ho, buscando cicunscrever uma coneepeio que naguele momento nomeci “interasSes sethunientivas” —e que guarda muitas afinidades com o modelo praxioldgico de Quéré Genuse FRANGA, V. Joralsna e vide soil, Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998). Jomunicativo apresentado por C. 38 Vol. VN? 2- Dezembro de 2003 revista Fronteiras - estudos midiéticos L.QUERE: dos modelos da comunicagao desse modelo. E verdade também, no entanto, que esse paradigma ou concep- ‘© foi de tal forma incorporado ¢ naturalizado, que ele pode ser encontrado ‘io apenas nas formulagoes ¢ compreensées no nivel do senso comum (na compreensio cotidiana que se constrdi sobre a acao dos meios de comunica- 0, por exemplo), mas também — e ainda — no proprio ambito das pesquisas académicas. Bem mais do que gostariamos de admitir, muitos estudos con. femporincos, dotados de referencias conceitusis bastante atualizadas para analisar aspectos pontuais do processo comunicativo, mantém, no entanto, como pano de fondo, uma visio linear, transmissiva e fragmentiria dos pro. cessos analisados. Além disso, é preciso lembrar também que o esgotamento desse modelo ¢ a enxurrada de criticas que motivou nio foram sucedidos {pelo menos niio de forma totalmente satisfat6rin) pela construcao ¢ aceitagio de um outro modelo, E porisso que a critica a0 paradigma informacional nfo apenas ainda se iustifie, como serve de referéncia comum a partir da qual varias contribuigoes podem ser recuperadas ¢ articuladas. Em outras palavras, o cariter simplifica- dor do modelo transmissive da comunicagio encontra sua positividade 10 d sencadcar novas buscas; éa insatisfasio com o instrumental tebtico disponi vel (ou sua incapacidade para dar conta dos desafios do conhecimento) que suscita novas buscas. Nesse movimento de busca e construgio, muitos avangos jé foram al- cangados, e contribuigdes importantes —c diferenciadas — jé podem ser conta. ilizadas. Autores ¢ reflexdes preciosas do passado (G. H. Mead, C. S, Peitce, M. Bakhtin, A. Schutz, G. Simmel, entre outros) sio retomados ¢ revalorion. dos luz das novas inguietagdes que atravessam os estudos da comunicagioy autores contemporineos (J. Habermas, M. Serres, A. Giddens, S. Hall, F.Jac- aves, M. de Certeau) tém desenvolvido perspectivas vigorosas nucleadas pela questio da comunicagio, ou que podem de muitas manciras ilumindla. Tra, {ese de perspectivas distintas, mas que apontam, cada uma 4 sua mancita, ca- tninhos proficuos para a reflexio em torno do objeto comunicativo. Nao é Possivel ainda dizer que ji estamos nos marcos de um novo paradigma com 2 que isso significa, em termos de aceitagio ampla por parte da comunidade catifica ¢ reordenacao das problemiticas de estudo. O quadro ainda é mar. sado pela dispersio das pesquisas, a inexisténcia de um principio organizador ‘as teorias, a insuficiéncia dos desdobramentos metodoldgicos. Mas os ele. pentos due indicam a formulagao de um novo caminho ji vem sendo aponta- los por essas diferentes contribuicdes, Parece-nos que é af que se inscreve 0 esforco ¢ a contribuigio do texto le L. Quéré. Ele promove uma boa sistematizagio desse debate (e desscs tex, enos) ¢ delincia de forma interessante os contornos e a8 questdes que pon am uma nova perspectiva —aquilo que seria um novo paradigma comunica. ional. Assim é que, em seu trabalho, Quéré distingue ¢ contrapée dois mode- 9s bisicos, oL.VNE2- Dezembro de 2003 revista Fronteiras - estudos miditicos 39 iy Vera R. Veiga Franca nas grandes once a camanicao. Ua & “epistles”, noses ie

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