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COMENTADA
versão preliminar
SENAI-RJ • Segurança
NR-13
COMENTADA
FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Presidente
Diretoria de Educação
Andréa Marinho de Souza Franco
Diretora
NR-13
COMENTADA
SENAI-RJ
2003
NR-13 Comentada
2003
FICHA TÉCNICA
SENAI-RJ
GEP – Gerência de Educação Profissional
Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse momento
em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país: o SENAI. Há
mais de sessenta anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o desenvolvimento
tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens e adultos.
Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar com uma
visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio do conteúdo
técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia, proatividade, capa-
cidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas de mudanças no processo
do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como
para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o comprometimento com os resultados.
Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá de você
a atualização continua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade de uma
formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos essenciais à auto-
aprendizagem.
Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação se
organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura educa-
cional, com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo uma formação
flexível e modularizada.
Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade à sua
educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária ao seu desenvolvi-
mento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação dessa escola do
SENAI para orientá-lo em seu trajeto.
Seja bem-vindo!
Apresentação
A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.
Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo
desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de
encontrar novas e rápidas respostas.
É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação profissional,
as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e aprender, favorecendo
o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros aspectos, ampliando suas
possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.
E é pensando em tais questões que este material apresenta a você alguns comentários sobre
cada uma das exigências da NR-13, de modo a facilitar seu entendimento e, sobretudo, garantir a
execução segura de suas tarefas, trabalhador.
Para tanto, observe que em cada subitem da NR-13 procura-se não só interpretar as informações
nele apresentadas como também correlacioná-lo a outros subitens da própria NR-13 e às demais
disposições legais aplicáveis.
Vale salientar que até mesmo os quatro anexos à NR-13 se encontram comentados e exemplificados,
sempre com o intuito de tornar mais fácil sua compreensão acerca dos procedimentos nela
estabelecidos.
Esperamos que o material possa, de fato, colaborar para seu aperfeiçoamento bem como para o
desempenho mais consistente e seguro de suas atividades profissionais.
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NR-13 Comentada – Uma Palavra Inicial
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação entre
o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos sempre
retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de volta ao
ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir bens, altera-se
o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos naturais que não são
renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade da extração, superior
à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de curto e longo prazo, para
diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam
se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde dos seus trabalhadores e da
população que vive ao redor dessas indústrias.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a falha
básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas através de
processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fabricam-se produtos
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NR-13 Comentada – Uma Palavra Inicial
de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir, consumir
e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”) são
absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias não tem
aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser fatal. O meio
ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma forma que a Terra
possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua capacidade de receber resíduos
também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente não existe.
Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o uso de
matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de recursos
é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade, possibilidade
de conserto e vida útil dos produtos.
As empresas precisam não só continuar reduzindo a poluição como também buscar novas formas
de economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas.
Reciclar e conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios
diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro, nós (o
público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais desejáveis
e trabalhar com elas.
A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de
pessoas bem-informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições
que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e serviços
de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocados
pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produtivos alguns riscos
à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho é uma questão que preocupa os
empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências acabam afetando a todos.
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NR-13 Comentada – Uma Palavra Inicial
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e, portanto,
é necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o meio ambiente,
sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores, propondo alternativas
que possam levar à melhoria de condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países, empresas
e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolvendo ações
que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Mas, isso ainda não
é suficiente... faz-se preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e
deve ser usado em tal direção.
Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio ambiente, saúde e segurança
no trabalho, lembrando que, no seu exercício profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa
com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, a saúde e a segurança no
trabalho – o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é
responsável. Vamos fazer a nossa parte?
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Caldeiras a vapor –
Disposições gerais
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
O vapor pode ser usado em diversas condições, tais como em baixa pressão, em alta pressão,
saturado, superaquecido, etc. Pode ser produzido, também, por diferentes tipos de equipamento
nos quais estejam incluídas as caldeiras.
• trocadores de calor dos tipos Reboiler, Kettle, refervedores, etc., cujo projeto de construção
obedece a critérios referentes aos vasos de pressão;
• equipamentos com serpentina sujeita à chama direta ou gases aquecidos, e que geram, porém não
acumulam, vapor, tais como fornos, geradores de circulação forçada e outros;
• serpentinas de fornos ou de vasos de pressão que aproveitam o calor residual, para gerar
ou superaquecer vapor;
* A numeração dos itens e subitens, contida nas seções, é a que consta na NR-13.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se profissional habilitado o que tem competência legal
para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes ao projeto de construção,
acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos
de pressão em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
Com relação aos subitens da NR-13 que fazem menção ao profissional habilitado, vale destacar:
• a Resolução nº. 218, de 29/6/73, do CONFEA, a Decisão Normativa nº. 029/88, do CONFEA,
e a Decisão Normativa nº. 045/92, também do CONFEA, estabelecem, como habilitados, os profis-
sionais da área de engenharia mecânica e de engenharia naval, bem como os engenheiros civis, com
as atribuições conferidas pelo art. 28 do Decreto federal nº. 23.569/33, que tenham cursado as discipli-
nas de termodinâmica e suas aplicações e transferência de calor, ou equivalentes com denominações
distintas, independente do número de anos transcorridos desde a sua formatura;
• para atender ao art. 188 da CLT bem como à Lei nº. 5.194, de 24/12/66, o registro no conselho
regional de profissionais citado no item anterior é a única comprovação necessária a ser exigida
do profissional habilitado;
• os laudos, relatórios e pareceres somente terão valor legal, quando assinados por profissional
habilitado;
13.1.3 Pressão máxima de trabalho permitida (PMTP) ou pressão máxima de trabalho admissível
(PMTA) é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais
utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
Esta NR não inclui as regras para projeto e pressupõe que os equipamentos tenham sido construídos
de acordo com as normas e códigos de reconhecimento internacional.
• as dimensões e geometria de cada parte da caldeira (por exemplo, o diâmetro, espessura, etc.);
A atualização dos valores da PMTA deve ser feita em conformidade com os procedimentos regis-
trados no prontuário da caldeira, segundo o subitem 13.1.6, alínea “a” desta NR.
Quando ocorrer alteração no valor da PMTA da caldeira deverão ser executados os ajustes necessá-
rios nas pressões de abertura das válvulas de segurança na placa de identificação e outros elementos
de controle dependente deste valor.
Válvulas de segurança – disposi-
tivos que automaticamente descar-
regam a sobrepressão existente no
interior dos vasos ou caldeiras, para
restabelecer os valores
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA;
e) sistema de indicação para o controle do nível de água ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
• adequadamente projetadas;
• adequadamente instaladas;
• adequadamente mantidas.
O acréscimo de pressão, permitido durante a descarga da válvula de segurança, deve ser, no máximo,
o recomendado no código de projeto do equipamento.
No caso específico do código ASME, seção I, as caldeiras com superfície de aquecimento superior
a 47m2 devem possuir duas válvulas de segurança. Neste caso, é permitido um acréscimo de pressão
durante a descarga, com as duas válvulas abertas, no máximo de 6% da PMTA.
A existência pelo menos de um instrumento que indique a pressão do vapor acumulado (alínea “b”
do subitem 13.1.4) pressupõe que este se encontre corretamente especificado, instalado e mantido.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
Entende-se por sistema de indicação de nível de água (alínea “e” deste subitem) qualquer dispo-
sitivo com função equivalente à dos visores da coluna de água.
Caso a coluna de água não possa ser lida corretamente por vazamento ou
bloqueio, deverá ser imediatamente iniciado o procedimento de paralisação da
caldeira.
13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada no seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa
de identificação indelével que contenha, pelo menos, as seguintes informações:
a) fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
Além das informações mencionadas neste subitem, a placa poderá conter outros dados a
critério do estabelecimento.
A placa de identificação deve ser fabricada em material resistente às intempéries, tal como
alumínio, bronze, aço inoxidável, etc.; possuir caracteres gravados de forma indelével em língua
portuguesa; ser fixada no corpo da caldeira através de rebites, parafusos ou soldas. Deve-se
tomar cuidado para não fixar a placa em partes que possam ser removidas da caldeira, tais como
bocas de visita , chapas de isolamento térmico, etc.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
Na realidade, as medidas de pressão deve sempre ser expressas em pascal (Pa), uma vez que
o Brasil é signatário do sistema internacional de unidades (SI) de acordo com o Decreto-Lei
nº. 81.621, de 3/5/78.
Assim, para facilitar a conversão de valores, encontra-se, a seguir, uma tabela que apresenta as
equivalências entre as diversas unidades de pressão.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
13.1.5.1 Além da placa de identificação, devem constar, em local visível, a indicação da categoria da
caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e o seu número ou código de identificação.
Essas informações podem ser escritas na própria caldeira, em local de fácil visualização, devendo
ter dimensões tais que permitam sua rápida identificação.
Em vez de escritas diretamente, as informações também podem constar em uma placa, legível
e afixada em local de fácil acesso.
Fig. 3 – Caldeira com a indicação da sua categoria (A) pintada no próprio equipamento
13.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documen-
tação devidamente atualizada:
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
• conjunto dos desenhos e demais dados necessários ao monitoramento da vida útil da caldeira;
• características funcionais;
• ano de fabricação;
• categoria da caldeira;
A maior parte da documentação exigida neste subitem (13.1.6), em particular a que se refere
ao prontuário da caldeira (alínea “a”), deve ser fornecida, o mais detalhadamente possível, pelo
próprio fabricante do equipamento.
Prontuário – parte da documentação de uma
caldeira ou vaso de pressão que engloba informa-
ções, como o ano de fiscalização, características
funcionais, conjunto dos desenhos e demais dados
necessários ao monitoramento da vida útil do
equipamento
Por isso, os documentos especificados neste subitem deverão ficar disponíveis na unidade onde a
caldeira estiver instalada, para que possam ser facilmente consultados. Entretanto, não é necessário
que toda a documentação fique arquivada em um único local da mesma unidade.
Quanto ao procedimento utilizado para a determinação da PNTA (alínea “a”, terceiro item), ele
deverá explicitar o roteiro para o seu estabelecimento passo a passo, incluindo as tabelas, ábacos, etc,
que porventura precisem ser consultados.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
Entende-se por vida útil da caldeira, a que se refere a alínea “a” deste subi-
tem, o período de tempo entre a data de fabricação e a data na qual tenha sido
considerada inadequada para uso.
13.1.6.1 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário da caldeira deverá ser reconstituído pelo
proprietário, com a responsabilidade técnica do fabricante ou de profissional habilitado, citado no
subitem 13.1.2, sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados relativos
aos dispositivos de segurança e dos procedimentos para a determinação da PMTA.
Embora seja exigência desta NR, nem todo estabelecimento possui a documentação relativa ao
prontuário da caldeira. Neste caso, é fundamental reconstituir seus itens, sendo indispensável a
recuperação dos dados referentes às características funcionais da caldeira, aos seus dispositivos de
segurança e aos procedimentos empregados para a determinação do PMTA.
Tal reconstituição é da responsabilidade do proprietário da caldeira, que, para tanto, pode-se utilizar
dos serviços do fabricante, de empresa especializada ou, ainda, de profissional habilitado.
Já o projeto de instalação não acompanhará o equipamento, porque deverá ser elaborado um novo
projeto característico das futuras instalações.
13.1.6.3 O proprietário da caldeira deverá apresentar, quando exigido pela autoridade competente
do órgão regional do Ministério do Trabalho, a documentação mencionada no subitem 13.1.6.
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
13.1.7 O registro de segurança deve ser constituído de livro próprio, com as páginas numeradas,
ou outro sistema equivalente, onde devem ser registradas:
O registro de segurança, composto por um livro exclusivo para cada caldeira, deve ser preenchido
e assinado durante o período de inspeção do equipamento.
É importante que sejam registradas neste livro somente as ocorrências, relacionadas à caldeira, que
possam afetar, positiva ou negativamente, a integridade física do ser humano.
Observação
Dispositivos de segurança
São exemplos típicos de ocorrência importante a ser – mecanismos projetados e cons-
truídos para proteger os vasos de
registrada: as explosões, incêndios, vazamentos, ruptura de compo- pressão e caldeiras. Válvulas de alívio,
válvulas de segurança, discos de rup-
nentes da caldeira, operação em condições fora das previstas pelo tura, plugues fusíveis são exemplos
projeto, paradas de emergência, realização de testes na caldeira, de dispositivos de segurança para
evitar as sobpressões nos equipa-
dispositivos de segurança , etc. mentos
O profissional habilitado deve solicitar a assinatura do operador da caldeira ou, na sua ausência,
de outro operador, no referido registro de segurança.
Em lugar do livro para o registro das ocorrências de inspeção da caldeira, a empresa pode utilizar
outro sistema (por exemplo, informatizado), desde que, de fato, apresente a mesma segurança contra
burla , permita assinatura nas ocasiões indicadas e seja de fácil consulta.
Burla – fraude,
falsificação
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
Também é prática, nas unidades industriais, o preenchimento do livro de turno ou livro de passagem
de serviço, ou similar, que pode ser aceito como registro de segurança, desde que atenda ao disposto
no subitem 13.1.7.
13.1.7.1 Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o registro de segurança
deve conter tal informação e receber encerramento formal.
Se a caldeira for considerada inadequada para uso futuro, o respectivo registro de segurança
deverá apresentar claramente os motivos pelos quais está sendo tomada tal decisão. O encerramento
formal do registro de segurança será feito por profissional habilitado e comunicado, através do
relatório de inspeção de segurança extraordinária, à representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento, conforme determinado no subitem (13.5.12). Ao órgão regional
do Ministério do Trabalho e Emprego, também deverá ser informado este fato, caso tenha
sido exigida a apresentação dos documentos da caldeira anteriormente, conforme previsto no
subitem 13.1.6.3.
13.1.8 A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à disposição para a con-
sulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção, assim como das representações dos
trabalhadores e do empregador, na comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), devendo o
proprietário assegurar pleno acesso a tal documentação.
Toda a documentação, já mencionada no subitem 13.1.6, deverá estar sempre disponível dentro
do estabelecimento onde a caldeira se encontra instalada.
13.1.9 Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em três categorias, conforme
se segue:
a) as caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1.960kPa
(19,98kgf/cm2);
b) as caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588kPa
(5,99kgf/cm2) e o volume igual ou inferior a 100 litros;
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NR-13 Comentada – Caldeiras a Vapor – Disposições Gerais
O critério adotado por esta NR, para a classificação das caldeiras, leva em conta a
pressão de operação e o volume interno da caldeira. Tal conceito, também adotado por outras normas
internacionais, representa a energia disponível em uma caldeira. Assim, quanto maior a energia, maiores
os riscos envolvidos. A capacidade de produção de vapor da caldeira (t/h, kg/h) não é indicativa do
risco, já que não considera a pressão do vapor produzido ou o volume de vapor armazenado.
Pressão de operação –
pressão interna em que um
equipamento opera
pressão (kPa)
categoria A
1.960
categoria B
588
categoria C
100
pressão (kPa)
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Instalação de
caldeiras a vapor
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NR-13 Comentada – Instalação de Caldeiras a Vapor
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NR-13 Comentada – Instalação de Caldeiras a Vapor
13.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a área de caldeiras deverá satisfazer
aos seguintes requisitos:
a) estar afastada no mínimo três metros:
– das outras instalações do estabelecimento;
– dos depósitos de combustíveis, excetuando os reservatórios para partida com até 2.000
litros de capacidade;
– do limite de propriedade de terceiros;
– do limite com as vias públicas;
b) dispor pelo menos de duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas
em direções distintas;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e manutenção da caldeira, e, para
funcionar como guarda-corpos vazados, os vãos deverão ter dimensões que impeçam a queda
de pessoas;
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
e) dispor de iluminação conforme as normas oficiais vigentes;
f) ter sistema de iluminação de emergência, se operar à noite.
No tocante à alínea “e”, a NR-17, subitem 17.5.3.3, determina que “os níveis mínimos de
iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminância estabelecidos
na NBR 5413”.
São exemplos destes sistemas as lâmpadas ligadas a baterias que se autocarregam nos períodos de
fornecimento normal, geradores movidos a vapor ou motores a combustão, etc.
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NR-13 Comentada – Instalação de Caldeiras a Vapor
13.2.3 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a casa de caldeiras deverá
satisfazer aos seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas
uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas, no mínimo, três metros das outras instalações, do limite de propriedade de terceiros,
do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando os reservatórios para
partida com até 2.000 litros de capacidade;
b) dispor pelo menos de duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas
em direções distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para a detecção de vazamento de gás, quando se tratar de caldeira a
combustível gasoso;
e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e manutenção da caldeira, e, para funcionar
como guarda-corpos vazados, os vãos deverão ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
Guarda-corpos – proteção à
meia-altura, para resguardar o
trabalhador
g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da com-
bustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
13.2.4 Constitui risco grave e iminente o não atendimento aos seguintes requisitos:
a) para as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas “b”, “d” e “f” do subitem
13.2.3 desta NR;
b) para as caldeiras da categoria A instaladas em ambientes confinados, as alíneas “a”, “b”, “c”,
“d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR;
c) para as caldeiras das categorias B e C instaladas em ambientes confinados, as alíneas “b”, “c”,
“d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR.
Este subitem 13.2.5 da NR-13 determina os requisitos que devem ser neces-
sariamente atendidos, quando da instalação de caldeiras em ambientes abertos
ou confinados, como forma de prevenir acidentes graves.
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NR-13 Comentada – Instalação de Caldeiras a Vapor
13.2.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4,
deverá ser elaborado projeto alternativo de instalação com medidas complementares de segurança
que permitam a atenuação dos riscos.
Caso o estabelecimento não possa atender às exigências fixadas nos subitem 13.2.3 ou 13.2.4
desta NR, ou obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas demais NR,
convenções ou disposições legais, deverá ser elaborado um projeto alternativo com medidas para a
redução de riscos. Tal requisito aplica-se tanto às instalações já existentes quanto às novas.
Desta forma, o projeto alternativo deverá priorizar a implantação de procedimentos que melhorem
a confiabilidade operacional da caldeira, como, por exemplo:
13.2.6.1 O projeto alternativo de instalação deverá ser apresentado pelo proprietário da caldeira
para a obtenção do acordo com a representação sindical da categoria profissional predominante
no estabelecimento.
13.2.6.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.2.6.1, a intermediação
do órgão regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer uma das partes, e, persistindo o
impasse, a decisão caberá a esse órgão.
Toda caldeira classificada como categoria A (se necessário, consulte o subitem 13.1.9, alínea “a”)
deverá possuir painel de instrumentos ou console de sistema digital instalado em sala de controle.
No caso dos estabelecimentos com mais de uma caldeira, é permitida a instalação dos instrumentos
de todas as caldeiras na mesma sala de controle.
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Segurança na
operação de caldeiras
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NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Caldeiras
O manual de operação da caldeira deve estar sempre disponível para a consulta dos operadores,
em local próximo ao posto de trabalho.
13.3.2 Os instrumentos e controles das caldeiras deverão ser mantidos calibrados e em boas
condições operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que
neutralizem os sistemas de controle e segurança da caldeira.
Todos os instrumentos e controles que interfiram na segurança da caldeira deverão ser calibrados
periodicamente e adequadamente mantidos.
A utilização de artifícios, como, por exemplo, jumps, será considerada risco grave e iminente,
podendo levar à interdição da caldeira.
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NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Caldeiras
Empregar jumps transitórios em situações em que exista redundância ou esteja sendo feita
manutenção preventiva, não será considerado “artifício que neutralize” os sistemas de controle e
segurança da caldeira. Redundância – existência de equipamen-
tos que protegem um mesmo sistema de
controle e segurança de caldeiras ou vasos
de pressão
Para tais casos, é necessário fazer um estudo dos riscos envolvidos e acompanhar esta operação,
incluindo todos os setores que possam ser por ela afetados.
13.3.3 A qualidade da água deverá ser controlada, e tratamentos ser implementados, quando
necessário, para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os parâmetros de operação da
caldeira.
13.3.4 Toda caldeira a vapor deverá estar sob operação e controle de operador do caldeira, carac-
terizando-se o não atendimento a esta exigência condição de risco grave e iminente.
Este subitem estabelece a obrigatoriedade de toda caldeira a vapor ser operada e controlada
pelo operador de caldeira. Entretanto, o subitem não limita o número de operadores necessário
a cada equipamento. Assim, é possível a um único operador controlar, simultaneamente, mais
de uma caldeira. É possível, ainda, que uma única caldeira fique sob o controle de vários
operadores ao mesmo tempo.
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NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Caldeiras
13.3.5 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira o que satisfizer pelo menos
a uma das seguintes condições:
c) possuir comprovação pelo menos de três anos de experiência na referida atividade até
8/5/84.
Assim, para os casos em que for necessária a comprovação de experiência na operação de caldeira
estabelecida pela alínea “c”, dever-se-á considerar:
Para o cálculo dos anos de experiência, deverão ser descontados os períodos de interrupção que
porventura tenham ocorrido na atividade do operador de caldeira.
SENAI-RJ – 41
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Caldeiras
Observação
Deve-se entender pelo atestado de conclusão do 1º. grau exigido por esta NR, datada
de 1984, o atual atestado de conclusão do ensino fundamental, composto de oito séries, conforme a
nomenclatura da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996.
13.3.9 Todo operador de caldeira deverá cumprir um estágio prático na operação da própria caldeira
que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de:
Observação
42 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Caldeiras
Caso um operador, treinado de acordo com esta NR, passe a operar outra caldeira, deverá cumprir
estágio prático na operação desta nova caldeira, ainda que ela seja da mesma categoria da anterior.
No caso das instalações onde o operador deve operar, simultaneamente, caldeiras diferentes, será
exigido um estágio prático para cada caldeira. Assim, por exemplo, em relação a uma caldeira a
óleo, categoria A, e uma caldeira elétrica, categoria C, serão necessárias 80 horas para a primeira e
mais 40 horas de estágio para a segunda, totalizando 120 horas de estágio prático para o operador
de ambos os equipamentos.
O supervisor do estágio prático para a operação de caldeiras poderá ser, por exemplo:
13.3.9 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deverá informar
previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento:
13.3.10 A reciclagem dos operadores deverá ser permanente por meio de constantes informações
sobre as condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de
segurança, participação em cursos, palestras e outros eventos pertinentes.
Para comprovar a participação dos operadores nas reciclagens, deverão ser incluídos, na pasta
funcional de cada um, o tipo de atividade desenvolvida, a data de realização, a duração, etc.
SENAI-RJ – 43
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Caldeiras
44 – SENAI-RJ
Segurança na
manutenção de caldeiras
4
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Caldeiras
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
Deve ser considerada reparo qualquer intervenção que vise corrigir não-
-conformidades com relação ao projeto original.
Por exemplo, reparo com soldas, para recompor áreas danificadas, reparo em refratários e isolantes
térmicos, substituição de conexões corroídas, etc.
Observação
Os reparos e alterações a que se refere este subitem são extensivos aos periféricos da caldeira,
tais como chaminé, ventiladores, instrumentação, etc.
SENAI-RJ – 47
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Caldeiras
No caso das tubulações, a abrangência deste subitem limita-se ao trecho compreendido entre a
caldeira e a solda ou flange mais próximo.
Flange – conexão de
tubulações normal-
mente aparafusada
No que diz respeito à qualificação e certificação do pessoal responsável pelos reparos com ou sem
alterações, devem ser utilizados os procedimentos previstos pelo código ASME, seção IX (Qualifi-
cação de Soldagem e Brasagem) e Seção V (Ensaios Não-destrutivos).
13.4.1.1 Quando não for conhecido o código de projeto de construção, deverá ser respeitada
a concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior rigor prescrito nos
códigos pertinentes.
Caso a documentação da caldeira tenha-se extraviado e não seja possível localizar seu fabricante,
os reparos e alterações deverão respeitar a concepção original. Para tanto, o profissional habilitado
deverá propor testes e ensaios, bem como critérios de aceitação compatíveis com os mais rigorosos
códigos de projeto reconhecidos internacionalmente.
Para as caldeiras das categorias A e B, em casos particulares, e desde que embasados pelo
profissional habilitado, poderão ser utilizados procedimentos mais avançados e tecnologias não
previstos pelos códigos de projeto, como, por exemplos, técnicas de mecânica da fratura que
permitam a convivência com descontinuidades subcríticas, técnicas alternativas de soldagem que
dispensem o alívio de tensão, etc.
13.4.2 Os projetos de alteração ou reparo devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações:
O projeto de alteração ou reparo de uma caldeira faz parte da sua documentação de acordo com
o subitem 13.1.6, alínea “d” desta NR. Sempre que as condições originais de um projeto forem
modificadas, será necessário elaborar o projeto de alteração ou reparo correspondente.
A alteração de materiais, uma nova disposição de tubos, uma configuração diferente de maçaricos,
a inclusão de conexões, reparos com solda, limpeza química, etc. são exemplos de modificações e
reparos que merecem a elaboração de um projeto de alteração ou reparo compatível.
48 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Caldeiras
Observação
Não é necessário enviar este documento para apreciação de órgão externo à empresa,
como a DRT, sindicato, etc.
O projeto de alteração ou reparo também pode ser concebido por empresa especializada, desde que
registrada no CREA e dotada de responsável técnico legalmente habilitado.
13.4.4 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem, em partes que operem
sob pressão, devem ser seguidas do teste hidrostático, com características definidas pelo profissional
habilitado citado no subitem 13.1.2.
Mandrilamento – ato de retirar,
com o mandril, as incrustações do
interior das tubulações das cadei-
ras ou vasos de pressão
Usualmente, as intervenções desta natureza são casos típicos que justificam a concepção do pro-
jeto de alteração ou reparo, conforme definido no subitem 13.4.2, alínea “b”, pois podem alterar as
características do material.
Por esse motivo, em tais casos, também há a exigência de aplicação do teste hidrostático.
SENAI-RJ – 49
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Caldeiras
50 – SENAI-RJ
Inspeção de segurança
de caldeiras
5
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deverá ser feita em caldeiras novas, antes da entrada
em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exames interno e externo, teste
hidrostático e de acumulação.
Os exames internos e externos, bem como o teste hidrostático, efetuados nas dependências do
fabricante da caldeira, são importantes e necessários, porém não constituem a inspeção de segurança
inicial, uma vez que os componentes da caldeira podem sofrer avarias durante seu transporte,
armazenamento e montagem no local definitivo.
Quanto ao teste de acumulação, deverá ser executado em conformidade com as normas técnicas
vigentes, recomendações dos fabricantes da caldeira e dos fabricantes de válvulas de segurança, ou,
ainda, segundo os procedimentos estabelecidos por profissional habilitado.
O teste de acumulação é feito para verificar se a(s) válvula(s) de segurança instalada(s) em caldeiras
possui(em) capacidade de descarregar todo o vapor gerado na máxima taxa de queima, sem permitir
que a pressão interna suba para valores superiores aos estabelecidos no projeto (no caso das caldeiras
projetadas pelo ASME, Seção I, este valor corresponde a 6% superiores à PMTA).
SENAI-RJ – 53
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
13.5.3 A inspeção de segurança periódica, constituída pelos exames interno e externo, deverá
ser executada nos seguintes prazos máximos:
c) 24 meses para as caldeiras da categoria A, desde que aos 12 meses sejam testadas as pressões
de abertura das válvulas de segurança;
Os prazos definidos neste subitem deverão ser considerados máximos. O prazo real será
estabelecido pelo profissional habilitado de acordo com as últimas inspeções realizadas no
equipamento, que determinarão a data da próxima inspeção.
Os prazos estabelecidos nas alíneas “a”, “b” e “c” deste subitem são aplicáveis em empresas que
não possuam serviço próprio de inspeção de equipamentos.
Não é intenção desta NR detalhar os métodos ou procedimentos de inspeção. Tal ação será efetuada
pelo profissional habilitado com base nos códigos e normas internacionalmente reconhecidos.
54 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
Esse teste poderá ser executado com a caldeira em operação, valendo-se dos dispositivos
hidráulicos apropriados. O procedimento escrito adotado no teste, os resultados obtidos e os
certificados de aferição do dispositivo deverão ser anexados à documentação da caldeira.
O quadro a seguir resume os prazos máximos estabelecidos para a inspeção das diferentes categorias
de caldeiras em estabelecimentos sem e com serviço próprio de inspeção de equipamentos.
a caldeira de
recuperação
de álcalis)
de inspeção de
equipamentos
13.5.5 As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das
unidades de processo como combustível principal para aproveitamento de calor ou para fins de
controle ambiental poderão ser consideradas especiais, quando todas as seguintes condições
forem satisfeitas:
SENAI-RJ – 55
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
Observação
13.5.6 Ao completar 25 anos de uso na sua inspeção subseqüente, as caldeiras deverão ser
submetidas a rigorosa avaliação de integridade, para determinar a sua vida remanescente e novos
prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
Esta tarefa pode ser executada tanto por profissional habilitado quanto por empresa especializada
inscrita no CREA, e que disponha pelo menos de um profissional habilitado.
Caso a caldeira já tenha sido submetida a testes, exames e análises para o estabelecimento
da vida residual e avaliação da integridade, antes de completar 25 anos, tais dados poderão ser
considerados, a critério do profissional habilitado, para atender, parcial ou integralmente, às
exigências deste subitem.
56 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
a) pelo menos uma vez por mês, mediante o acionamento manual da alavanca, em operação,
para as caldeiras das categorias B e C;
As exigências deste subitem têm fundamentação técnica no código ASME, Seção I (Caldeiras) e na
norma ANSI/NB23 – National Board Inspection Code, ambos reconhecidos internacionalmente.
É interessante observar que a alínea “a” deste subitem determina o acionamento manual da
alavanca, em operação, e, portanto, torna obrigatória a existência de alavanca em válvulas de
segurança instaladas em caldeiras das categorias B e C.
SENAI-RJ – 57
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
13.5.9 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de comprometer
a sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar as suas
condições de segurança;
No caso de a inspeção abranger apenas parte do equipamento, o prazo para a próxima inspeção
de segurança periódica deverá ser estabelecido a partir da última data de inspeção completa
executada na caldeira.
13.5.10 A inspeção de segurança deverá ser realizada por profissional habilitado, citado no
subitem 13.1.2, ou por serviço próprio de inspeção de equipamentos, citado no Anexo II.
Observação
58 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
Empresas especializadas também poderão ser utilizadas, desde que inscritas no CREA e que
disponham de profissionais habilitados.
13.5.11 Inspecionada a caldeira, deverá ser emitido o relatório de inspeção, que passa a fazer
parte da sua documentação.
13.5.12 Uma cópia do relatório de inspeção deverá ser encaminhada pelo profissional habilitado,
citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 dias, a contar do término da inspeção, à
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento.
Este subitem obriga o envio da cópia do relatório de inspeção somente à representação sindical
da categoria profissional predominante no estabelecimento, em um máximo de 30 dias após o
término da inspeção.
Entende-se por término da inspeção a data em que a caldeira foi liberada para
retornar à operação. A data de conclusão do relatório técnico não é considerada
data de término da inspeção.
b) a categoria da caldeira;
c) o tipo da caldeira;
h) a relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estiverem sendo
atendidos;
i) as conclusões;
SENAI-RJ – 59
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Caldeiras
Entende-se por tipo de caldeira, a que se refere-se a alínea “c” deste subitem, a informação quanto
à característica da caldeira: aquotubolar, flamotubular, elétrica, etc.
No que diz respeito à alínea “h”, podem ser exemplos de exigência legal, não-atendida pela
caldeira sob inspeção:
• ausência de manômetros;
Como exemplo de exclusão do relatório de inspeção (alínea “e”), pode ser citado: “Em face
das inspeções executadas, a caldeira poderá ser recolocada em operação, respeitando-se os
parâmetros operacionais estabelecidos pelo projeto, devendo sofrer nova inspeção de segurança
periódica em 3/5/2005”.
Quanto à alínea “j”, é possível citar como exemplos de recomendação a ser seguida a partir
da inspeção executada na caldeira:
13.5.14 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa
de identificação, ela deverá ser atualizada.
Observação
No subitem 13.1.5 desta NR, encontram-se as informações mínimas que toda placa
de identificação de caldeira deve apresentar.
60 – SENAI-RJ
Vasos de pressão –
disposições gerais
6
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
Os vasos são dimensionados, considerando a pressão diferencial resultante da atuação das pressões
interna e externa sobre as paredes do equipamento.
Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes. Algumas aplicações de tais
equipamentos são: o armazenamento final ou intermediário, amortecimento de pulsação, troca de
calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação de fluidos, criogenia , etc.
Criogenia – manutenção
de fluidos em temperaturas
muito baixas
SENAI-RJ – 63
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
13.6.1.1 O campo de aplicação desta NR, no que se refere aos vasos de pressão, está definido no
Anexo III.
No Anexo III, encontram-se as descrições dos equipamentos aos quais a NR-13 é aplicável,
e comentários sobre o assunto.
No Anexo IV, estão as classificações dos vasos de pressão e alguns comentários sobre o
assunto.
13.6.2 Constitui risco grave iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou
inferior à PMTA, instalados diretamente no vaso ou no sistema que os inclui;
b) dispositivo de segurança contra o bloqueio inadvertido da válvula, quando esta não estiver
instalada diretamente no vaso;
Entende-se por outro dispositivo de segurança os dispositivos que objetivam impedir que a pressão
interna do vaso atinja valores que comprometam sua integridade estrutural.
O dispositivo de segurança é um componente que visa aliviar a pressão do vaso independente das
causas que provocaram a sobrepressão. Desta forma, os pressóstatos , reguladores de pressão, malhas
de controle de instrumentação, etc. não devem ser considerados como dispositivos de segurança, pois
não aliviam a pressão do vaso.
Pressóstatos – dispo-
sitivos quem mantêm
constante a pressão do
equipamento; manós-
tatos
O “dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido”, a que se refere a alínea “b” deste subi-
tem, é aplicável:
64 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
Vasos com duas ou mais válvulas de segurança, com bloqueios independentes, são utilizados, quando
se deseja facilidade de manutenção: pode-se remover uma das válvulas de segurança para reparo ou
inspeção, mantendo as demais em operação. Neste caso, as válvulas de segurança remanescentes, em
conjunto ou isoladamente, deverão ser projetadas com suficiente capacidade para aliviar a pressão
do vaso. São exemplos destes dispositivos: as válvulas de duas ou mais vias, válvulas-gavetas sem
volante ou com volante travado por cadeado, etc.
Quando o vaso de pressão possui apenas uma válvula de segurança, existem normas
internacionalmente aceitas que consideram inadequada a existência de bloqueio entre a válvula
de segurança e o vaso de pressão.
Os instrumentos para indicação de pressão, a que se refere a alínea “c”, como, por exemplo,
manômetros, poderão ter mostrador analógico ou digital, e a instalação será feita no próprio vaso
ou em sala de controle apropriada.
SENAI-RJ – 65
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
66 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
SENAI-RJ – 67
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
13.6.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) nome do fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
No que se refere aos valores das medidas de pressão expressos nas placas de identificação dos
vasos (alíneas “d” e “c”), também são aplicáveis os comentários feitos no último parágrafo do subitem
13.1.5 desta NR, como a tabela apresentada.
Para efeito do atendimento à alínea “f”, caso não seja conhecido o ano de edição do código, o
profissional habilitado deverá verificar se o equipamento sob análise se enquadra nos requisitos da
última edição publicada que precedeu o ano de fabricação do vaso.
Não sendo conhecidos o código do projeto original ou o ano de fabricação, o vaso deverá
ser identificado de acordo com um dos códigos existentes para os vasos de pressão aceitos
internacionalmente, tais como ASME, DIN, etc.
Observação
As placas de identificação já instaladas deverão também atender aos requisitos desta NR.
13.6.3.1 Além da placa de identificação, deverão constar, em local visível, a categoria do vaso,
conforme Anexo IV, e o seu número ou código de identificação.
As informações referentes à identificação do vaso e sua respectiva categoria deverão ser escritas
no próprio equipamento, em local onde possam ser facilmente identificadas.
68 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
SENAI-RJ – 69
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte
documentação devidamente atualizada:
– conjunto dos desenhos e demais dados necessários ao monitoramento da sua vida útil;
– características funcionais;
– ano de fabricação;
– categoria do vaso;
O procedimento para a determinação da PMTA, a que se refere a alínea “a”, deverá ser
explicado, passo a passo, incluindo tabelas, ábacos, etc., que porventura precisem ser consultados.
70 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
Caso haja interesse por parte do estabelecimento, poderá ser adotada, como PMTA, a
pressão do projeto do vaso.
Entende-se por vida útil do vaso (alínea “a”) o período de tempo entre
a data de fabricação e a data na qual o vaso tenha sido considerado inadequado
para uso.
13.6.4.1 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário do vaso de pressão deverá ser reconstituído
pelo proprietário, com a responsabilidade técnica do fabricante ou de profissional habilitado, citado
no subitem 13.1.2, sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados
dos dispositivos de segurança e dos procedimentos para a determinação da PMTA.
Observação
Quanto aos procedimentos utilizados para a determinação da PMTA, as normas técnicas, interna-
cionalmente reconhecidas, indicam que o cálculo deve considerar, além da pressão, outros esforços
solicitantes, englobando todas as partes do equipamento, tais como conexões, flanges, pescoços de
conexões, suportes, selas, etc.
13.6.4.2 O proprietário do vaso de pressão deverá apresentar, quando exigido pela autoridade
competente do órgão regional do Ministério do Trabalho, a documentação mencionada no
subitem 13.6.4.
SENAI-RJ – 71
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
13.6.5 O registro de segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou
sistema informatizado ou não, com confiabilidade equivalente, onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes, capazes de influir nas condições de segurança dos vasos;
O registro de segurança poderá ser composto tanto por um livro de páginas numeradas
para cada vaso de pressão quanto por um único livro de páginas numeradas para diversos vasos
de pressão.
A empresa também poderá utilizar outro sistema, como, por exemplo, a informatização,
desde que, de fato, apresente a mesma segurança contra burla e permita “assinatura eletrônica”.
São exemplos típicos desta ocorrência: explosões, incêndios, vazamentos, ruptura de componentes,
operação fora dos valores previstos, prazos de inspeção ultrapassados, funcionamento irregular das
válvulas de segurança, etc.
13.6.6 A documentação referida no subitem 13.6.4 deverá estar sempre à disposição para a con-
sulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores
e do empregador na comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), devendo o proprietário asse-
gurar pleno acesso a essa documentação, inclusive à representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento, quando formalmente solicitado.
72 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Vasos de Pressão – Disposições Gerais
A documentação referida neste subitem deverá estar sempre disponível para consulta e
fiscalização dentro do estabelecimento onde o vaso de pressão estiver instalado.
SENAI-RJ – 73
Instalação de
vasos de pressão
7
NR-13 Comentada – Instalação de Vasos de Pressão
Observação
Este subitem diz respeito aos vasos de pressão instalados tanto em ambientes
abertos quanto confinados.
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
SENAI-RJ – 77
NR-13 Comentada – Instalação de Vasos de Pressão
No que diz respeito à alínea “e” deste subitem, deve-se entender como
sistema de iluminação de emergência todo sistema que, em caso de falha no
fornecimento de energia elétrica, consiga manter adequadamente iluminados os
pontos estratégicos à operação do vaso de pressão.
São exemplos destes sistemas as lâmpadas ligadas a baterias que se autocarregam nos períodos de
fornecimento normal, geradores movidos a vapor ou motores a combustão, etc.
13.7.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deverá satisfazer
às alíneas “a”, “b”, “d”, “e” do subitem 13.7.2.
Note-se que apenas a alínea “c” do subitem 13.7.2 não é requisito para
a instalação dos vasos de pressão em ambientes abertos, exatamente porque
trata da obrigatoriedade de ventilação permanente no local de operação desses
equipamentos, exigência desnecessária em ambientes abertos.
13.7.4 Constitui risco grave e iminente o não atendimento às seguintes alíneas do subitem
13.7.2:
Este subitem trata das exigências que devem ser satisfeitas, quando da instalação dos vasos
de pressão tanto em ambientes confinados quanto abertos, a fim de reduzir a ocorrência de riscos
graves e iminentes nas unidades de operação.
13.7.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.7.2, deverá
ser elaborado projeto alternativo de instalação com medidas complementares de segurança que
permitam a atenuação dos riscos.
Caso o estabelecimento não possa atender às exigências previstas no subitem 13.7.2 ou obedecer
aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas normas regulamentadoras, nas
convenções ou demais disposições legais, deverá ser elaborado um projeto alternativo de instalação
contendo medidas concretas para a redução dos riscos na unidade de operação.
78 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Instalação de Vasos de Pressão
13.7.5.1 O projeto alternativo de instalação deverá ser apresentado pelo proprietário do vaso de
pressão para a obtenção do de acordo junto à representação sindical da categoria profissional predo-
minante no estabelecimento.
O projeto alternativo de instalação dos vasos de pressão deverá ser apresentado ao sindicato da
categoria profissional predominante no estabelecimento.
13.7.5.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.7.5.1, a intermediação
do órgão regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer uma das partes, e, persistindo o
impasse, a decisão caberá a esse órgão.
13.7.6 A autoria do projeto de instalação dos vasos de pressão enquadrados nas categorias I,
II e III, conforme o Anexo IV, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade do
profissional habilitado, conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança,
saúde e meio ambiente previstos nas NR, convenções e disposições legais aplicáveis.
Segundo este subitem, a autoria do projeto de instalação dos vasos de pressão é de responsabilidade
de profissional habilitado. Entretanto, se este profissional solicitar a participação de outros
profissionais, especializados e legalmente habilitados, eles serão considerados responsáveis
pela parte que lhes diga respeito, e explicitamente mencionados como autores das partes que
tiverem executado.
13.7.7 O projeto de instalação deverá conter pelo menos a planta baixa do estabelecimento com
o posicionamento bem como a categoria de cada vaso e das instalações de segurança.
Segundo este subitem, os requisitos mínimos que o projeto de instalação deverá apresentar
são a planta baixa do estabelecimento, com a disposição e a categoria de cada vaso de pressão
(em conformidade com o Anexo IV), bem como, ainda, o posicionamento das instalações de
segurança, tais como extintores, sistemas de sprinkler , canhões de água, câmaras de espuma,
hidrantes, etc.
Sprinkler – palavra inglesa que significa borrifar, der-
ramar, espalhar. Peça dotada de dispositivo sensível
à elevação de temperatura, destinada a espalhar água
sobre incêndio; chuveiro automático
SENAI-RJ – 79
NR-13 Comentada – Instalação de Vasos de Pressão
80 – SENAI-RJ
Segurança na operação
de vasos de pressão
8
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Vasos de Pressão
O manual de operação das unidades que contenham vasos de pressão das categorias I ou
II deverá estar sempre disponível para a consulta dos operadores em local próximo ao seu
posto de trabalho.
Este subitem também é aplicável aos vasos de pressão instalados nas plataformas de exploração
e produção de petróleo, bem como em navios.
Todos os instrumentos e controles que interfiram na segurança do vaso de pressão deverão ser
periodicamente calibrados e adequadamente mantidos.
SENAI-RJ – 83
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Vasos de Pressão
O subitem 13.8.2.1, que se segue, reforça a não utilização de tais artifícios, como forma de evitar
situações de risco graves e iminentes na unidade de operação.
13.8.2.1 Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem
seus sistemas de controle e segurança.
Porém, para tais casos será necessário fazer um estudo dos riscos envolvidos e acompanhar esta
operação, incluindo todos os setores que possam por ela ser afetados.
13.8.3 A operação de unidades que possuam vasos das pressão de categorias I ou II deverá
ser efetuada por profissional com treinamento de segurança na operação de unidades de processo,
caracterizando o não atendimento a esta exigência condição de risco grave e iminente.
13.8.4 Para efeito desta NR, será considerado profissional com treinamento de segurança na
operação de unidades de processo aquele que satisfizer a uma das seguintes condições:
b) possuir experiência comprovada na operação dos vasos de pressão das categorias I ou II pelo
menos de dois anos antes da vigência desta NR.
84 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Vasos de Pressão
Observação
Para o cálculo dos anos de experiência profissional, deverão ser descontados os tempos de
interrupção que possam ter ocorrido na atividade de operador.
Observação
Deve-se entender por “atestado de conclusão do 1º. grau”, exigido por esta NR que
é de 1984, o atual atestado de conclusão do ensino fundamental, composto de oito séries, consoante
a nomenclatura da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996.
Observação
Além do currículo mínimo previsto pelo Anexo I-B para o treinamento de segurança,
poderão ser incluídas outras matérias teóricas ou práticas julgadas relevantes pelo supervisor
técnico do treinamento.
Note-se que as três exigências deste subitem devem ser cumpridas, sem exceção, para a realização
do treinamento de segurança na operação de unidades de processo.
SENAI-RJ – 85
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Vasos de Pressão
13.8.9 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deverá informar
previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento:
13.8.10 A reciclagem dos operadores deverá ser permanente por meio de constantes informações
das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de
segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes.
Para efeito de comprovação, deverão ser incluídos, na pasta funcional de cada operador, o tipo de
atividade desenvolvida, a data de realização, a duração, etc.
86 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Segurança na Operação de Vasos de Pressão
13.8.11 Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer vaso de pressão em
condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
Sempre que forem efetuadas modificações no projeto do vaso de pressão ou nas suas condições
operacionais, deverão ser adotados os procedimentos de segurança necessários.
SENAI-RJ – 87
Segurança na
manutenção de vasos de
pressão
9
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Vasos de Pressão
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
Deve ser considerada reparo qualquer intervenção que vise corrigir não-
-conformidades com relação ao projeto original.
Por exemplo, reparos com solda, para recompor áreas danificadas, remoção de defeitos em juntas
soldadas ou no metal-base, substituição de internos ou conexões corroídas.
Por exemplo, alterações nas especificações dos materiais, mudanças de internos ou conexões,
mudanças de geometria.
No caso das tubulações, a abrangência deste subitem limita-se ao trecho compreendido entre o
corpo do vaso e a solda ou flange mais próximo.
No que diz respeito à alínea “d”, poderão ser adotados os procedimentos previstos pelo código
ASME, Seção IX (Qualificação de Soldagem e Brasagem) e Seção V (Ensaios Não-destrutivos).
SENAI-RJ – 91
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Vasos de Pressão
13.9.1.1 Quando não for conhecido o código de projeto de construção, deverá ser respeitada
a concepção original do vaso, empregando procedimentos de controle do maior rigor prescritos
pelos códigos pertinentes.
Caso a documentação do vaso de pressão tenha-se extraviado e não seja possível localizar
seu fabricante, os reparos e alterações deverão respeitar a concepção adotada originalmente. Para tanto,
o profissional habilitado deverá propor testes e ensaios, bem como critérios de aceitação compatíveis
com os mais rigorosos códigos de projeto reconhecidos internacionalmente.
13.9.1.2 A critério do profissional habilitado, citado no subitem 13.1.2, poderão ser utilizadas
tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados em substituição aos previstos pelo
código de projeto.
13.9.2 Os projetos de alteração ou reparo deverão ser concebidos previamente nas seguintes
situações:
Observação
c) ser divulgado para os funcionários do estabelecimento que possam estar envolvidos com
o equipamento.
92 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Vasos de Pressão
O projeto de alteração e reparo poderá ser concebido por firma especializada, desde que registrada
no CREA e dotada de responsável técnico legalmente habilitado.
Após a elaboração, o projeto de alteração ou reparo do vaso de pressão será divulgado de imediato
para todos os trabalhadores do estabelecimento que possam se envolver com o equipamento, a fim
de mantê-lo continuamente atualizado.
13.9.4 Todas as intervenções que exijam a soldagem em partes que operem sob pressão deverão
ser seguidas de teste hidrostático com as características definidas pelo profissional habilitado, citado
no subitem 13.1.2, levando em conta o disposto no item 13.10.
13.9.4.1 As pequenas intervenções superficiais podem ter o teste hidrostático dispensado a critério
do profissional habilitado, citado no subitem 13.1.2.
13.9.5 Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão deverão ser submetidos à
manutenção preventiva ou preditiva.
SENAI-RJ – 93
NR-13 Comentada – Segurança na Manutenção de Vasos de Pressão
A definição dos instrumentos e sistemas de controle dos vasos de pressão a serem incluídos
no plano de manutenção preditiva/preventiva, bem como a respectiva periodicidade do serviço são
atribuições de profissionais com competência legal para executar esse tipo de atividade.
Observação
94 – SENAI-RJ
Inspeção de segurança
de vasos de pressão
10
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
13.10.2 A inspeção de segurança inicial deverá ser feita em vasos novos, antes da sua
entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender os exames
externo e interno, bem como o teste hidrostático, considerando as limitações mencionadas no
subitem 13.10.3.5.
Não serão aceitos, como inspeção de segurança inicial, os exames internos e externos,
bem como o teste hidrostático efetuados nas dependências do fabricante do vaso de pressão. Estes
exames são importantes e necessários, porém não constituem a inspeção de segurança inicial,
uma vez que os componentes do vaso de pressão podem sofrer avarias durante o transporte,
armazenamento e montagem no local definitivo.
SENAI-RJ – 97
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
13.10.3 A inspeção de segurança periódica, constituída pelos exames externo e interno, bem como
pelo teste hidrostático, deve obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir:
Como, mesmo fora de operação, alguns vasos podem sofrer desgaste corrosivo acentuado, deverá
ser considerada, para a contagem do prazo de inspeção, a data da última inspeção de segurança
completa, e não a do início ou retomada da operação do equipamento.
98 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
Não faz parte do escopo desta NR detalhar os métodos ou procedimentos de inspeção. Tal ação
é de responsabilidade do profissional habilitado com base em códigos e normas internacionalmente
reconhecidos, bem como em seus conhecimentos de engenharia.
13.10.3.1 Os vasos de pressão que não permitam os exames interno ou externo por
impossibilidade física deverão ser alternativamente submetidos a teste hidrostático, considerando as
limitações previstas no subitem 13.10.3.5.
• os que não possuem bocas de visita ou aberturas que permitam a passagem de uma pessoa;
13.10.3.2 Os vasos com enchimento interno ou com catalisador poderão ter a periodicidade de
exame interno ou de teste hidrostático ampliada, de forma a coincidir com a época da substituição dos
enchimentos ou do catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20% do prazo estabelecido
no subitem 13.10.3 desta NR.
• argila;
• carvão ativado;
• aparas de aço;
• anéis de Rashing;
• enchimentos orientados.
SENAI-RJ – 99
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
Não deverão ser considerados enchimento interno os acessórios desmontáveis, tais como:
• bandejas;
• demister;
• distribuidores.
13.10.3.3 Os vasos com revestimento interno higroscópico deverão ser testados hidrostaticamente
antes da aplicação dele, sendo os testes subseqüentes substituídos por técnicas alternativas.
Como no teste hidrostático se faz a pressurização de água no interior do vaso, é preciso realizá-lo
antes da aplicação, no equipamento, do revestimento interno higroscópico, que absorve água, a
fim de não inutilizar o material refratário.
Observação
Algumas das técnicas alternativas a que se refere este subitem são exemplificadas
nos comentários feitos no subitem 13.10.3.4, que se segue.
13.10.3.4 Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no registro de segurança pelo
profissional habilitado, citado no subitem 13.1.2, o teste higroscópico poderá ser substituído por
outra técnica de ensaio não-destrutivo ou inspeção que permita obter segurança equivalente.
Higroscópico – material ou
substância com grande afini-
dade pelo vapor de água; mate-
rial que absorve água. Exemplo
típico de revestimento interno
higroscópico é o revestimento
refratário
• ensaio ultra-sônico;
• ensaio radiográfico;
• ensaio de estanqueidade.
A decisão de substituir o teste hidrostático por outras técnicas deverá fazer parte do relatório
de inspeção de segurança correspondente, devidamente assinado pelo profissional habilitado, de
acordo com o subitem 13.10.8 desta NR.
100 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
As razões técnicas que inviabilizam o teste hidrostático citadas nesse subitem são as mais
freqüentes.
Quanto à alínea “d” desta NR, poderão ser considerados exemplos de revestimento interno que
usualmente impedem a execução do teste hidrostático:
• os revestimentos vitrificados;
13.10.3.6 Os vasos com temperatura de operação inferior a 0ºC e que operem em condições
nas quais a experiência mostra que não ocorre deterioração ficarão dispensados do teste hidrostático
periódico, sendo obrigatórios o exame interno a cada 20 anos e o exame externo a cada dois anos.
Os vasos de pressão que operam abaixo de 0ºC (os vasos criogênicos) raramente estão sujeitos
a deterioração acentuação. A inspeção interna freqüente e o teste hidrostático poderão provocar
fenômenos que comprometam a sua vida útil.
Desta forma, a NR-13 não prevê a obrigatoriedade da execução do teste hidrostático nestes
vasos e estabelece prazos para inspeção interna de até 20 anos, tempo compatível com o previsto
nas outras legislações internacionais.
SENAI-RJ – 101
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
13.10.3.7 Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático poderá ser executado, desde
que supervisionado pelo profissional habilitado, citado no subitem 13.1.2, e cercado de cuidados
especiais, por tratar-se de atividade de alto risco.
Esse teste envolve risco maior que o teste hidrostático, feito com água, pois o ar, por ser
mais compressível que a água, em caso de rompimento pode fazer o lançamento de fragmentos
no ambiente.
13.10.4 As válvulas de segurança dos vasos de pressão deverão ser desmontadas, inspecionadas
e recalibradas por ocasião do exame interno periódico.
Os serviços previstos neste subitem poderão ser realizados, removendo a válvula e deslocando-a
para oficina, ou, ainda, no próprio local de instalação do vaso de pressão.
Os prazos estabelecidos no subitem 13.10.3, para a realização do exame interno periódico, que
coincidirão com a inspeção e manutenção das válvulas de segurança dos vasos, são máximos.
Os prazos menores deverão ser definidos, quando o histórico operacional das válvulas revelar
problemas em períodos menores do que os previstos para exame interno periódico do vaso.
Desta maneira, a inspeção das válvulas de segurança poderá ocorrer em datas defasadas do
exame interno periódico.
Da mesma forma, quando os prazos para exame interno forem muito dilatados, como no caso
dos vasos criogênicos, períodos menores para a inspeção das válvulas de segurança deverão
ser estabelecidos.
13.10.5 A inspeção de segurança extraordinária deverá ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua
segurança;
b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua
condição de segurança;
c) antes de o vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais
de 12 meses;
102 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
13.10.6 A inspeção de segurança deverá ser realizada por profissional habilitado, citado
no subitem 13.1.2, ou por serviço próprio de inspeção de equipamentos, conforme citado no
Anexo II.
13.10.7 Após a inspeção do vaso, deverá ser emitido o relatório de inspeção, que passa a
fazer parte da sua documentação.
De acordo com o subitem 13.6.4 desta NR, o relatório de inspeção de um vaso compõe a
documentação relativa a este equipamento.
SENAI-RJ – 103
NR-13 Comentada – Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão
h) conclusões;
Quanto à alínea “c”, entende-se por tipo de vaso de pressão a informação no tocante à característica
do equipamento: reator, filtro, coluna de destilação, esfera de armazenamento, etc.
Exemplo de conclusão do relatório, a que se refere a alínea “h”, é: “Em função das inspeções
e manutenções executadas, o vaso de pressão poderá ser recolocado em operação, devendo ser
submetido a nova inspeção de segurança periódica em 13/9/2007”.
Em relação à alínea “i”, é possível citar como exemplos de providências registradas no relatório
de inspeção, as quais devem ser adotadas pelo estabelecimento:
13.10.9 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa
de identificação, ela deverá ser atualizada.
104 – SENAI-RJ
Anexos
11
NR-13 Comentada – Anexos
Anexo I-A
Currículo mínimo para o treinamento de segurança na
operação de caldeiras
1.1 Pressão
SENAI-RJ – 107
NR-13 Comentada – Anexos
2.2.7 Queimadores
3. Operações de caldeiras
Carga horária: doze horas
3.2.1 De temperatura
3.2.2 De pressão
108 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Anexos
3.2.5 De poluentes
6. Legislação e normalização
SENAI-RJ – 109
NR-13 Comentada – Anexos
Anexo I-B
Currículo mínimo para o treinamento de segurança na
operação de unidades de processo
1.1 Pressão
2. Equipamentos de processo
Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade, mantendo um mínimo
de quatro horas por item, onde aplicável
SENAI-RJ – 111
NR-13 Comentada – Anexos
2.3 Bombas
2.5 Compressores
2.7 Fornos
2.8 Caldeiras
3. Eletricidade
Carga horária: quatro horas
4. Instrumentação
Carga horária: oito horas
5. Operação da unidade
Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade
6. Primeiros socorros
Carga horária: oito horas
7. Legislação e normalização
Carga horária: quatro horas
112 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Anexos
SENAI-RJ – 113
NR-13 Comentada – Anexos
Anexo II
Requisitos para a certificação de serviço próprio de
inspeção de equipamentos
Antes de colocar em prática os períodos especiais entre as inspeções, estabelecidos nos subitens
13.5.4 e 13.10.3 desta NR, os serviços próprios de inspeção de equipamentos da empresa, organizados
na forma de setor, seção, departamento, divisão ou equivalente, deverão ser certificados pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) diretamente ou mediante
organismos de certificação por ele credenciados, que verificarão o atendimento aos seguintes
requisitos mínimos expressos nas alíneas “a” a “g”. Tal certificação poderá ser cancelada, sempre
que for constatado o não atendimento a qualquer destes requisitos:
SENAI-RJ – 115
NR-13 Comentada – Anexos
Anexo III
1. Esta NR deverá ser aplicada aos seguintes
equipamentos:
a) qualquer vaso cujo produto P.V seja superior a oito, onde P é a máxima pressão de operação
em kPa e V o seu volume geométrico interno em m3 , incluindo:
• vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam dentro da finalidade
de outras NR nem do item 13.1 desta NR;
b) vasos que contenham fluido da classe A, especificados no Anexo IV, independente das
dimensões e do produto P.V.
c) câmara de combustão ou vasos que façam parte de máquinas rotativas ou alternativas, tais como
bombas, compressores, turbinas, geradores, motores, cilindros pneumáticos e hidráulicos, e que não
possam ser caracterizados como equipamentos independentes;
SENAI-RJ – 117
NR-13 Comentada – Anexos
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm para os fluidos das classes B, C e D, conforme
especificado no Anexo IV.
Esta NR não se aplica aos vasos intimamente ligados a equipamentos rotativos ou alternativos,
pois se entende que, além dos esforços de pressão, tais equipamentos estão sujeitos a esforços
dinâmicos que podem provocar fadiga, corrosão por fadiga, etc. Considere-se que tais vasos sejam
cobertos por normas específicas, mais rigorosas que a NR-13.
• volutas de bombas;
• cilindros hidráulicos;
• filtros;
118 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Anexos
Anexo IV
Classificação dos vasos de pressão
1. Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo o tipo
de fluido e o potencial de risco.
1.1 Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir.
Classe A
– fluidos inflamáveis
– hidrogênio
– acetileno
Classe B
– fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200ºC
Classe C
– vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido
Classe D
– água ou outros fluidos não enquadrados nas classes A, B ou C, com temperatura superior
a 50ºC
SENAI-RJ – 119
NR-13 Comentada – Anexos
1.1.1 Quando se tratar de mistura, deverá ser considerado, para fins de classificação, o fluido
que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando a sua toxicidade,
inflamabilidade e concentração.
1.2.1 Os vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão enquadrar-se nas
seguintes categorias:
1.3 A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo com os grupos de
potencial de risco e a classe de fluido contido.
120 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Anexos
CLASSE DE 1 2 3 4 5
FLUIDO P.V ኑ 100 P.V < 100 P.V < 30 P.V < 2,5 P.V < 1
P.V ኑ 30 P.V ኑ 2,5 P.V ኑ 1
CATEGORIAS
Líquidos inflamáveis,
combustível com
temperatura igual
ou superior a
200ºC
Tóxico com limite I I II III III
A
de tolerância
menor ou igual a
20ppm
Hidrogênio
Acetileno
Combustível com
temperatura menor
que 200º
I II III IV V
B
Vapor de água
Gases asfixiantes
I II III IV V
C
simples
Ar comprimido
Água ou outros
fluidos não enqua-
drados nas classes
II III IV V V
D
A, B ou C, com
temperatura supe-
rior a 50ºC
Observações
SENAI-RJ – 121
NR-13 Comentada – Anexos
Para o entendimento dos item 1.1 e subitem 1.1.1 deste Anexo IV, vale destacar o seguinte:
• deverá ser sempre considerada a condição mais crítica do fluido para a sua classificação; assim,
por exemplo, se um gás for asfixiante simples (fluido classe C) e inflamável (fluido classe A), deverá
ser classificado como INFLAMÁVEL;
• quando um vaso de pressão contiver uma mistura de fluido, deverá ser considerado, para fins de
classificação, o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores, instalações e meio ambiente, desde
que a sua concentração na mistura seja significativa a critério do próprio estabelecimento;
Para o entendimento do item 1.2, subitem 1.2.1, e item 1.3 deste Anexo IV, destaca-se que:
• os valores de pressão máxima de operação (P) poderão ser obtidos a partir dos dados de
engenharia de processo, das recomendações do fabricante do vaso de pressão ou, ainda, das
características funcionais do equipamento;
• de acordo com o Anexo III (item 1, alínea “a”), todo vaso de pressão em que o produto
P.V > 8 é enquadrado na NR-13; no entanto, os vasos em que P.V > 8, mas cujo fluido não se
enquadra nas classes definidas neste Anexo IV, deverão ter sua categoria atribuída em função do
histórico operacional bem como do risco oferecido aos trabalhadores e instalações, considerando a
toxicidade, inflamabilidade e concentração;
Para determinar a categoria do vaso, constante Anexo IV, item 1.3, deve-se
considerar: P em MPa (isto é, megapascal) e V em m3.
1MPa = 10,197kgf/cm2;
Seguem-se dois exemplos de como proceder, para verificar se um vaso de pressão se enquadra
na NR-13 (de acordo com o Anexo III) e determinar a categoria deste equipamento (de acordo
com o Anexo IV).
122 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Anexos
1º. exemplo:
Produto: etileno
P.V = 1.570.461,90
• Como P = 2.000,58kPa,
2.000,58
transforma-se P em MPa → = 2,00058MPa,
1000
então P = 2,00058MPa
SENAI-RJ – 123
NR-13 Comentada – Anexos
• V = 785m3
Com P.V > 100 e o fluido classe A, consultando a tabela do Anexo IV, conclui-se que o
vaso é da categoria I.
2º. exemplo:
124 – SENAI-RJ
NR-13 Comentada – Anexos
• Como P.V < 1, então o grupo de potencial de risco é 5; e, sendo o fluido classe B, consultando
de novo a tabela do Anexo IV, determina-se que o vaso é da categoria IV.
SENAI-RJ – 125
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