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À priori, no Capitulo Ι deste trabalho, vamos abordar um conjunto de variáveis que, por sua
vez, vai fornecer uma síntese sobre o tema em estudo. Nesse conjunto de variáveis vai
abordar-se a causa do problema em estudo, bem como a sua importância nas organizações e
na comunidade em geral. Ampliando o âmbito do trabalho, por sua vez, vai definir-se o
objectivo geral e o específico, bem como a formulação do problema com as devidas hipóteses.
No Capitulo ΙΙΙ, que é a parte científica do estudo, tratar-se-á dos métodos de pesquisa, bem
como as técnicas e instrumentos e o tipo de pesquisa, estudo de caso, confidencialidade,
considerações éticas, limitação e delimitação, tudo isso para o melhor desenvolvimento do
tema.
O Capitulo IV tem a ver com o estudo de caso ou seja o caso prático que constitui objecto de
estudo. Nele encontrar-se-á o historial, as respectivas funções, a reputação no mercado, a
missão, a visão e os objectivos da empresa.
CAPÍTULO Ι – PROBLEMA
1.1-Formulação do Problema
1.2-Importância do Estudo
Da presente pesquisa, do ponto de vista académico, espera-se que contribua para melhorar o
défice na nossa literatura, uma vez que há poucos trabalhos, nesta área do saber, da autoria de
angolanos. E do ponto de vista do profissional, espera-se que dê aos gestores da empresa uma
visão geral da situação económica e financeira dela,de forma a permitir que os mesmos façam
uma comparação com as empresas do mesmo sector, de maneira a maximizarem os seus
objectivos e a serem uma empresa bem integrada e consolidada dentro do mercado.
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Objectivo geral:
Verificar o equilíbrio financeiro através do estudo de análise financeira económica das
demonstrações financeiras e a viabilidade económica e financeira da empresa.
Objectivos específicos:
Analisar a liquidez e a solvabilidade do património, bem como a capacidade de a
empresa responder aos seus compromissos a curto, médio e longo prazo;
Avaliar os instrumentos ou ferramentas de análise, tais como: rácios e indicadores para
a análise de médio e longo prazo e técnicas de análise horizontale vertical;
Fornecer aos gestores da Sopol informações sobre a situação financeira e económica
da empresa, permitindomaximizar os seus objectivos e alcance da geração continuada
de valor;
Comparar a evolução ou variação ocorridas na estrutura financeira eeconómica da
empresa de um período para os períodos subsequentes.
O equilíbrio financeiro pode ser estudado segundo duas análises distintas. A ver:
Este tipo de análise tem como objectivo fulcral detectar a capacidade que a empresa tem de
satisfazer as suas obrigações de pagamentos nas datas exigíveis, obrigaçõesessas que se
encontram registadas no Balanço. Com esta análise, permite ajuizar-se se a estrutura está
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equilibrada, visto que a empresa terá de liquidar as origens de fundos que se vão tornando
exigíveis com as aplicações de fundos que se vão tornando disponíveis.
A análise funcional
Numa análise crítica que seja realizada segundo a regra do equilíbrio financeiro, conclui-se
que o FMP tem de ser positivo para que a empresa esteja em equilíbrio. Como já foi referido,
em muitas actividades, até pode ser negativo, o que significa dizer-se que o fundo de maneio,
na abordagem tradicional, é um indicador estático, porque é calculado num determinado
momento, sem levar em conta o dinamismo e o tipo de actividade. Esta abordagem
patrimonial do fundo de maneio não considera a natureza e o volume de actividade da
empresa, nem as características dos activos e passivos a curto prazo.
O fundo de maneio é a parte do capital necessário para financiar o ciclo de exploração, mas o
respectivo montante não está correctamente calculado pela abordagem tradicional. A diferença
entre o activo circulante e o passivo circulante não representa, efectivamente, as necessidades
de financiamento do ciclo de exploração, porque não há uma distinção correcta entre os vários
ciclos da empresa (financeiro, investimento e exploração) e nem uma distribuição de
elementos patrimoniais activo e passivo por esses ciclos, tal como é feito na abordagem
funcional, que relaciona o equilíbrio financeiro com as decisões ligadas ao ciclo financeiro
(Nabais e Nabais, 2013, p.142-143)
2.2.1. Enquadramento
Uma das primeiras questões com que, normalmente, se começaé a que tipo de organizações se
aplica a análise financeira. De facto, o mundo é constituído por inúmeras organizações, com
fins bastante diversos. Todas estas organizações têm, em comum, diversos aspectos, como
sejam:
Como se pode ver, esta definição adequa-se a todo tipo de organizações. Contudo, existe uma
diferença entre as organizações não empresariais e as empresariais, que prende com o
objectivo base a que cada uma se propõe. Enquanto as organizações não empresariais têm
como objectivo fundamental a satisfação de determinadas necessidades específicas como a
aprendizagem dos alunos no caso das escolas ou a divulgação da cultura no caso de
organizações culturais, as organizações empresariais têm como último propósito a
maximização do seu valor, a fim de criar riqueza para os seus accionistas ou sócios.
(Fernandes, etal, 2014, p.25).
A relevância e afiabilidade.
Fiabilidade: para ser útil, a informação tem de ser fiável, a informação tem a característica de
fiabilidade, quando é isenta de erros matérias e de juízos prévio e quando os utilizadores
possam confiar no significado, tanto do que ele representa, como do que é razoável esperar-se
que ela represente. (Magro e Magro, 2008, p.46)
Com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos
resultados das operações da empresa, indicam-se seguidamente os princípios contabilísticos
fundamentais:
Da prudência: significa que é possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as
estimativas exigidas em condições de incerteza sem, contudo, permitir a criação de reservas
ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos por
defeito ou de passivos e custos e custos por excesso. (Magro e Magro, 2008, p.47)
Apresentam-se de seguida alguns dos grupos de stakeholders mais comuns bem como o
interesse fulcral que têm na informação das empresas:
Credores de médio e longo prazo: para ocaso destes intervenientes, como sejam as
instituições financeiras e os obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar
a capacidade da empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos
juros.
Administração fiscal: a informação económico-financeira será útil, por exemplo, por razoes
fiscais (tributação) e para fins de elaboração de estatísticas (Fernandes, etal, 2014, p.31).
2.2.6.Fundo de maneio
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Activo circulante Passivo de curto prazo ou Activo circulante - Passivo de curto prazo
0 (Nabais e Nabais, 2013, p.139).
A diferença entre o activo circulante e o passivo circulante designa-se por fundo de maneio
patrimonial, que tem um significado diferente do fundo de maneio calculado na analise
funcional, o fundo de maneio de maneio patrimonial pode ser calculado por:
Não haverá equilíbrio financeiro se a empresa tiver mais obrigações a curto prazo do que bens
e direitos a receber a curto prazo, ou seja, quando:
O fundo de maneio é uma margem de segurança para que a empresa possa fazer face aos seus
compromissos a curto prazo. Porque se considera situação de equilíbrio quando:
Segundo a regra de equilíbrio financeiro mínimo, os capitais utilizados pela empresa para
financiar uma imobilização, um stock ou qualquer outro valor activo devem ficar à disposição
da empresa durante um prazo que corresponda pelo menos à duração do valor activo
adquirido com esses capitais. (Nabais e Nabais, 2013, p.140).
Geralmente, quando o fundo de maneio é negativo, nulo ou de um valor positivo baixo, pode
tornar-se insuficiente para fazer face aos compromissos a curto prazo. Um fundo de maneio
em excesso é prejudicial, visto que origina gastos de exploração para a empresa. Assim do
ponto devista da empresa, o findo de maneio deve ser o mínimo possível. Uma boa gestão do
fundo de maneio implica o seguinte:
As disponibilidades devem ter um valor reduzido;
A cobrança de dívidas deve ser rápida;
Os inventários devem estar sujeitos a uma gestão eficiente e conduzir a um montante
de stocks reduzidos sem provocar rupturas na actividade;
O alargamento do prazo médio de pagamento a fornecedores sem pôr em causa a
imagem da empresa; (Nabais e Nabais,2013, p.140).
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A existência de fundo de maneio (fundo de maneio positivo) pode, portanto, exprimir uma
margem de segurança (liquidez aparentemente excessiva), pois uma determinada parcela dos
capitais permanentes, caracterizada por um grau de exigibilidade de médio e longo prazo,
financia um certo montante do capital circulante total, cujo grau de liquidez é de curto prazo.
(Menezes, 2008, p.140).
A análise do equilíbrio financeiro tem como suporte os grupos previamente definidos para o
balanço funcional, tendo como base os três ciclos: de investimento, de exploração e
financeiro. Contudo, no conjunto dos indicadores proposto, dar-se-á ênfase aos relacionados
com o ciclo de exploração.
Nesta análise funcional, o equilíbrio financeiro resulta da comparação entre duas grandezas:
Do ponto de vista financeiro, o fundo de maneio funcional tem muito mais interesse que o
patrimonial:
Quando o FMF ˃ 0,existe uma parte de fundo estáveis que financiam o ciclo de
exploração;
Quando o FMF < 0 (os recursos estáveis são insuficientes face às necessidades de
financiamento do activo fixo), torna-se um factor de risco. (Nabais e Nabais,2013,
p.144)
NFM ˃0, indica que a empresa tem de conseguir recurso cíclicos para fazer face as
necessidades cíclicas;
NFM <0, indica que há excedentes financeiros do ciclo de exploração, estes tem
capacidade para libertar fundos.
Poderá então dizer-se que as necessidades em fundo de maneio são um meio de avaliação
financeira da gestão executada na actividade operacional. As necessidades de fundo de
maneio constituem uma das grandes determinantes da política financeira da empresa.
2.2.9.Tesouraria líquida
Esta situação quantifica e caracteriza, de uma forma mais objectiva, o equilíbrio financeiro.
Como as NFM são investimentos de carácter permanente e o FMF é a parte dos capitais
permanentes que ficam disponíveis para investimentos de longo prazo, então, podemos dizer
que existe equilíbrio financeiro se FMF for suficiente para financiar as NFM:
Fundo de maneio funcional – necessidade de fundo de maneio˃0
Tradicionalmente, diz-se que a empresa está em equilíbrio quando o FMF cobre as NFM e os
riscos da actividade da empresa. Esta situação é do agrado dos credores da empresa.
Se o seu saldo se aproxima de zero significa que o fundo de maneio está adequado
às necessidades em fundo de maneio. A referência é, então,
TRL = FMF- NFM = 0.
Na nossa opinião, métodos dos indicadores e dos rácios, é um método que permite estudar a
evolução da situação económica e financeira da empresa consiste em estabelecer relações
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entre os dados fornecidos pelo balanço e a demonstração dos resultados. Após a sua
preparação para análise, estas relações designam-se por rácios e a sua análise permite o estudo
e evolução da situação económica e financeira da empresa e tirar conclusões sobre a sua
gestão. Essa relação pode ser expressa sob forma de quociente ou de percentagem.
Nabais e Nabais (2013, p.66) são de opinião de que, um rácio representa uma relação entre
duas grandezas correlacionadas e típicas da situação, da actividade ou rendimento, efectivo ou
orçamental, de uma empresa real, ou de uma média de empresas representativas de um sector
ou segmento de actividade.
A sua utilização depende dos objectivos da análise, da natureza dos fenómenos que se
pretende revelar ou medir e das fontes de informação que se utilizam.
O mesmo autor ainda fundamenta de que, conceito de indicador é mais amplo que o de rácio.
Ele abrange para além das relações entre grandezas, sob a forma de quocientes ou
percentagem, outras que comparam elementos considerados significativos: margem bruta,
fundo de maneio, etc.
O método dos indicadores e dos rácios contribuirá para uma análise objectiva e sistemática da
estrutura económica e financeira da empresa.
Há inúmeros rácios ou indicadores a considerar e o seu estudo comparativo deve ser feito:
Relacionando vários rácios ou indicadores;
Comparando no tempo os mesmos rácios ou indicadores;
Comparando, a nível sectorial os rácios ou indicadores.
Análise vertical (AV): a demonstração financeira utiliza a análise vertical quando compara a
participação relativa de cada item no cômputo total, é, quando analisa a composição
percentual de todos os itens de uma demonstração financeira. Ao comparar a análise vertical
de dois exercícios, podemos verificar quais os itens que crescem percentualmente, aqueles
que diminuíram e os que mantiveram sua participação percentual no total de todos os itens.
A análise horizontal e a análise vertical complementam-se e completam-se. Por isso, elas são
utilizadas em conjunto.
3.1-População e amostra
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Para o presente estudo não foi necessária a utilização de população e amostra, porque fizemos
um estudo ou análise em documentos já existentes e fornecidos pela própria empresa:
balanço, demonstrações de resultados e notas.
3.3-Técnicas e instrumentos
Análise documental.
A importância da análise documental consolida-se cada vez mais perante a actual sociedade
da informação. As tecnologias de informação e de comunicação (Tic) têm impulsionado a
divulgação e o intercâmbio de informação através do estabelecimento de redes e, de certa
forma, influenciado as possibilidades de processamento das informações, por exemplos ao
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A definição de análise documental, para Carmo e Ferreira (1998), é um processo que envolve
selecção, tratamento e interpretação da informação existente em documento (escrito, áudio ou
vídeo) com o objectivo de eduzir algum sentido.
3.4-Tipo de pesquisa
Em relação à abordagem do problema, será utilizado o modelo depesquisa qualitativauma
vez que análise se baseou na análise das demonstrações financeiras da empresa em estudo.
Pesquisa qualitativa: pode ser caracterizada como tentativa de uma compreensão detalhada
dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugares da
produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos. (Marconi e Eva,
2004, p.271)
3.5-Estudo de caso
Estudo de caso: é uma categoria de pesquisa cujo oobjecto é uma entidade que se analisa
profundamente. Reúne o maior número de informações detalhadas, valendo-se de diferentes
técnicas de pesquisa, visando apreender uma determinada situação e descrever a
complexidade de um fato. (Marconi e Eva, 2004, p.274)
O propósito pelo qual, se usou esta empresa foi,num dos motivos, porque é uma empresa
credível e que existe no mercado há vários anos, mas que apresenta uma certa fragilidade na
sua estrutura patrimonial. Mas a empresa continua com a sua actividade, sendo esse outro dos
motivos que nos fez estudá-la, e observa-se uma forte volatilidade do seu património.
3.6-Confidencialidade
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3.7-Considerações éticas
3.8-Limitações
Dificuldades encontradas
O caminho até a conclusão deste trabalho foi bastante longo e duro. Foi necessária
determinação para a conclusão do mesmo. E de todas as dificuldades, uma das principais, foi
a reunião do material de apoio para a revisão bibliográfica uma vez que pouco se encontra na
literatura angolana que disserte sobre o tema em estudo. Foi necessário receber ajudas de
familiares, que se encontravam em Portugal, e que contribuíram, significativamente, para a
reunião do mesmo.
Terceiro, centrou-senos contactos com o orientador. Uma outra dificuldade foi exactamente
esta, visto que não se é o único orientando e,mais ainda, pelas responsabilidades acrescidas do
orientadoremleccionar as várias disciplinas dentro da faculdade, o quecausou alguns entraves,
no que se refere a encontros de trabalho.
Portanto, pode este não ser o trabalho ideal mas foi o possível, em função das condições que
houve que enfrentar.
3.9-Delimitação
financeiro com ênfase nos seus principais rácios e indicadores, através da análise de
documentos contabilísticos (o balanço, a demonstração dos resultados) e visam dotar os
responsáveis da organização de informação económica e financeira adequada para a tomada
de decisões.
A presente pesquisa cingir-se-á a SOPOL Sociedade Poligráfica de Angola, que tem a sua
sede em Luanda, na Rua Deolinda Rodrigues, 371, no Distrito do Rangel.
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4.2.Reputação no mercado
Actualmente, a empresa continua com a sua actividade, como já foi referido anteriormente,
desde 1991, muito embora com muitas dificuldades, tais como, a comercialização e a baixa ou
falta de produção dos seus produtos e, consequentemente, não conseguindo fazer face à
concorrência das empresas do mesmo sector, tem posto em causa a rendibilidade da própria
empresa, isto nos anos de 2010 a 2012.Felizmente, foi celebrado um contrato de livros com
uma empresa, o que ajudou a continuar com a sua actividade e a manter-se dentro do
mercado, competindo com outras Empresa do sector.
4.3.Recursos Humanos
4.4.Visão
4.5.Missão
A empresa tem como missão a produção de diversos artigos gráficos, visando atender o
mercado local e substituir as importações pela produção local.
4.6.Objectivo
4.7.Demonstrações Financeiras
As peças financeiras da empresa, que serviram para sustentar o estudo, serão apresentadas por
tipo e por ordem de antiguidade, com início em 2010 e com fim em 2013.
Quadro 5 – Balanços financeiros, de 2010 a 2013, em análise vertical, genérica e por natureza
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A partir da análise vertical, foi possível constatar que em 2010, o total do activonão corrente
correspondia a 41,54% do activo total da empresa, mas apesar da aparente estabilidade este
valor teve um decréscimo em 2011 que passou a ser de 15,22%, o que pode indiciar uma
provável ausência de investimentos relevantes e em 2012 subiu para 34,86% mas em 2013
voltou a cair para 15,49%.
Quanto ao activo corrente, em 2010 teve uma participação de 58,46% do total do activo. A
maior parte desta participação foi dos seus clientes, mostrando, assim, que a empresa teve
êxito, na venda dos seus produtos ou na prestação de serviços. Em 2011, a empresa teve um
crescimento positivo em relação em 2010, que subiu para 84,78%, com ênfase, novamente,
nos seus clientes. Esse valor cai mas de forma não muito negativa em 2012 para 65,14% e em
2013 voltou a ser estável e passou a ser de 84,51%, representando o total do activo.Com
relação ao total do capital próprio, em 2010 e em 2012 foram negativos, mostrando assim que
a actividade do ciclo de exploração eram financiadas pelas exigibilidades de médio e de longo
prazo, excepto em 2011 e em 2013.
Quanto às obrigações, o passivo não corrente em 2010 com 11,86%, em 2011 com 6,06% e
em 2012 com 10,76%, apesar de apresentar, em termos absolutos, o mesmo valor nesses anos,
deixando de existir em 2013. Este facto foi indiciando assim a elevada volatilidade que
ospassivos sofreram.
1
Apesar de haver alteração nas matrizes de apresentação de contas, em 2013, foram produzidas peças de análise
que permitiram a comparabilidade e que permitiram observar a sua continuidade, quer na actividade, quer no
património.
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Quadro 6 – Demonstração de rácios fundamentais para análise da empresa em estudo. Fonte: DF’s da SOPOL.
Liquidez geral
dívida contraída no curto prazo, a empresa tem activos líquidos de 0,64 Kwanzas a pagar. A
situação apresentada não é das melhores mas, em 2011, melhorou. Em 2012 voltou a piorar e
melhorou em 2013 com 0,854 embora ainda não atingindo o valor recomendável de 1 ou
superior.
Liquidez reduzida
Em 2010 teve um resultado de 200 dias e em 2011 apresenta 333 dias. Em 2012 o PMR
apresenta um prazo de 64 dias e em 2013 é de 20 dias. Esta situação é considerada aceitável,
tendo em conta que o prazo de pagamento é mais alargado que o de recebimento.
Em 2010 apresentava um prazo de 337 dias, melhorando em 2011 para 74 dias. Em 2012
dilatou esse valor, de forma pronunciada, para 282 dias. Em 2013o PMP apresenta, ainda, um
prazo de 210 dias. Esta situação pode aceitar-se, tendo em conta que o prazo de recebimentos
é mais curto que o de pagamento, embora a diferença entre os prazos de recebimento e de
pagamento seja bastante pronunciada.
Quanto às NFM, nos anos de 2010 e 2011, encontra-se em situação desfavorável, porque os
valores são positivos e isso indicia que se está perante a necessidade de financiamento do
ciclo de exploração ou investimento. No entanto, nos anos de 2012 e 2013, a situação
inverteu-se e a empresa apresenta financiamento adequado, por crédito de fornecedores, em
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Em 2010 o rácio foi de 1,037 para cada 1 kwanza investido pela empresa, ou 103,7%
corresponde a recursos de terceiros. Tecnicamente a sua situação não melhorou muito, tendo
até passado por situações de falência técnica. Em 2013, a empresa apresenta um rácio de 99%.
ODebt to equit ratio, em 2010, apresenta um resultado de -28,251 pelo que se percebe que a
situação não é favorável, mas a sua situação não melhorou nos anos seguintes como mostra o
quadro e o recomendável varia entre 1,5 e 3 merecendo uma mais profunda.
Estrutura de endividamento
Neste rácio, quanto mais o seu valor se aproximar de 1 maior é o peso sobre a tesouraria face
as suas obrigações. Em 2010, 2011 e 2012, a situação da empresa é aceitável, uma vez que
apresenta um valor a oscilar entre 0,201 e 0,372. No ano de 2013 a apresenta um rácio de 1,
significando que toda a dívida é de curto prazo., sufocando assim a tesouraria.
Neste rácio, que indica o número de vezes que os valores do RAI acrescido de Encargos
Financeiros e de Amortizações “cobre” os próprios encargos, tentando verificar-se se o
autofinanciamento assegura o serviço da dívida, pode observar-se que a empresa, em 2010,
teve um resultado de -144,528 indicando assim uma saúde financeira péssima.A situação
melhorou em 2011 mas, em 2012, com um novo resultado negativo, apresenta o valor de
-136,227.
Autonomia financeira
Cobertura do imobilizado
Em 2010, o rácio de cobertura do imobilizado foi de 0,208o que quer dizer que para cada
kwanza investido de recursos não correntes captados, apenas 0,208 kwanzas estão investidos
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Solvabilidade
Em 2010, para cada 1 kwanza de dívida contraída a empresa tem em imeios líquidos de -0,035
kwanzas para pagar a dívida com base no capital próprio.Asituação é desfavorável para os
anos seguintes, estando a situação é comprometedora.
A Rendibilidade Líquida das Vendas antes de imposto, em 2010, foi negativa, assim como em
2012,afectandoo pagamento das suas obrigações perante o fisco.A situação melhorou em
2011apresentando um valor de 11,74% mas esperava-se mais da empresa. Em 2013 viu-se um
novo valor positivo dos resultados mas uma rendibilidade diminuta (6,19%).
Rotação do activo
Na rotação do activo total, em 2010, por cada unidade monetária investida, a empresa apenas
obtém as vendas de 0,39.Desde 2010 que a situação não é muito favorável, começando a
indiciar desaproveitamento dos seus recursos.A situação melhorou mas não muito
favoravelmente em 2011 e em 2012 caiu novamente. Em 2013 a situação já se apresenta com
um crescimento significativo.
No caso da rotação das existências, concluiu-se que a gestão direccionada para a política de
stocksnão tem sido boa, de acordo com os resultados de 2010, 2011 e 2012. Em 2013 já
apresenta um rácio interessante e adequado para uma melhor gestão das existências.
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5.1. Conclusão
O presente caso de estudo atingiu o objectivo geral proposto, que foi o de verificar o
equilíbrio financeiro através do estudo de análise financeira e económica das demonstrações
financeiras e a viabilidade económica e financeira da empresa.
Nesta investigação, foi evidenciado que não é possível mostrar a real situação económica e
financeira da empresa só por se analisar um rácio isoladamente, porque isso pode mascarar a
real situação económica e financeira da empresa em estudo.
Foi possível trabalhar um conjunto de rácios para evidenciar a real condição da empresa,
respondendo, assim, à questão levantada – Quais serão as técnicas ou instrumentos utilizados
para evidenciar a verdadeira posição ou saúde financeira da empresa? – Uma vez ao
analisar, cuidadosamente, as demonstrações financeiras pode-se evidenciar a sua verdadeira
posição financeira e económica. Recorrendo aos instrumentos de análise (rácios ou
indicadores), mostrou-se, assim, a instabilidade financeira e económica da empresa e/ou o
desequilíbrio financeiro, tanto de curto como demédio e de longo prazo.
5.2.Recomendações
Recomenda-se que, apesar de algumas situações relevantes, a empresa possa definir políticas
para melhorar o seu desempenho;
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Recomenda-se que se crie uma área de auditoria interna para auxiliar a gestão e que se faça
auditoria periódica e, de preferência, com auditores externos;
Recomenda-se que a empresa crie condições de forma a continuar a capacitar, cada vez mais,
os seus quadros e apostar na qualidade dos mesmos.
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Bibliografia
Fernandes Carla, Peguinho Cristina, Vieira Elisabete, Neiva Joaquim. Análise financeira,
teoria e prática 3ª edição, aplicação no âmbito do SNC. 2014
Gonçalves Cristina, Santos Dolores, Rodrigues José, Fernandes Sant`Ana. Relato financeiro
interpretação e análise 2ª edição 2013
Marconi, Maria de Andrade, Lakatos, Eva Maria. Metodologia científica 4ª edição 2004
Magro, José Luís Faria, Magro, Adelaide. Manual de contabilidade angolano 2ª edição 2008
Quivy, Raymond, Campenhoudt, Luc Van. Manual de investigação em ciências sociais 1992
Silva, Eduardo Manuel de Sá. Gestão financeira, análise de fluxo de caixa 5ª edição 2013
Vera, Tânia Pena, Morillo Johamn Pirela. Estrutura complexa da análise documental - 2007
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