1) História:

Nesse curso abordaremos apenas fatos históricos com grande impacto sobre a harmonia
musical e o seu desenvolvimento. No texto abaixo, abordaremos períodos específicos da
história onde eu entendo que ocorreram fatos que afetariam no futuro a música como a
conhecemos.

O período Barroco (cerca de 1600 a 1750), houve um grande salto na harmonia:

desenvolveu-se a ideia de melodia acompanhada por acordes juntos a uma linha de
baixo; especialmente por Johann Sebastian Bach, o sistema de composição modal
(compor em cima de um modo) usado até então, é substituído definitivamente pelo
sistema tonal de escalas maiores e menores.

O período Romântico (séc. XIX) Muito da nossa música vêm do período Romântico
(séc. XIX). A música deste período (carregada de muita emoção extrema, expressividade
e fantasia), traz uma harmonia mais rica, cheia de dissonâncias de 7a e 9a até então
impensáveis, com modulações ousadas e cromatismos.

No séc. XX, a música começa a se desenvolver muito rapidamente. Rompendo com o

tonalismo. Esta revolução teve início com Claude-Achille Debussy, Wilhelm Richard
Wagner, uso de acordes alterados, quartais, clusters, cromatismos, politonalidade, etc.,
até o atonalismo com Ígor Fiódorovitch Stravinsky. Tudo isso obviamente foi incorporado
ao jazz por grandes nomes como John Coltrane, Charlie Parker, Miles Davis, Bill Evans e
mais tarde ao fusion por nomes como Chick Corea, entre outros.

2) Harmonia tradicional X harmonia funcional:

Harmonia tradicional - Tem como preocupação os acorde e sua estrutura em regras de

condução de vozes (canto coral). A sua base é a escrita coral do período barroco.

Harmonia funcional - A segunda corrente (mais recente) é a “harmonia funcional”, que se

preocupa com a função de cada acorde no diálogo harmônico (tônica, subdominante ou
dominante). Nessa “harmonia” a construção dos acordes são mais flexíveis. Porém, a
harmonia funcional é apenas uma evolução recente da tradicional, já cultivada por
séculos.

3) O estudo de harmonia:

A harmonia é imprescindível para qualquer músico de qualquer área. O seu estudo, pode
revelar um mundo de possibilidades…

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 O estudo da harmonia é fundamental para:

• Compositores e estudantes de composição

• Arranjadores e estudantes de arranjo
• Improvisos
• Análise harmônica
• Maestros, músicos, pessoas que precisam transcrever peças musicais
• Músicos que acompanham cantores e bandas
• Músicos que precisam tirar músicas “de ouvido”
• Execuções

Frase da vídeoaula:

“A harmonia é uma incrível ferramenta, e como toda ferramenta precisa de um

artista.” Ed Araujo

Duração da videoaula: 24:04

Esse material é parte integrante do Curso Básico de Harmonia Funcional do
Instituto Ed Araujo de Aperfeiçoamento Musical.

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