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INDÍCE AULA 10 – PROCESSO DE CONHECIMENTO

O processo de conhecimento é aquele em que predomina a produção e avaliação das


provas para decidir qual das partes tem razão. O processo envolve um procedimento que é a
sequência de atos pré-determinados que garantam uma previsibilidade do processo. O
procedimento pode ser comum ou especial.

Procedimento especial (como por exemplo a Prestação de Contas) procuram adaptar a


tutela jurisdicional as características do direito em jogo. O procedimento comum tem lógica
residual e será utilizado quando não exista procedimento especial e suas regras se aplicam
subsidiariamente aqueles procedimentos.

O procedimento comum pode ser utilizado em substituição aos procedimentos


especiais? O art. 327 do CPC trata da cumulação e pedidos. Um dos requisitos para cumulação
de pedidos é a compatibilidade dos procedimentos e a previsão legal garante que se o autor
optar pelo procedimento comum é possível a cumulação de pedidos submetidos a ritos
diferentes.

PROCEDIMENTO COMUM:

Cuidado – não se divide mais em sumário e ordinário.

O procedimento comum se inicia com a petição inicial, o instrumento da demanda,


com os requisitos previstos no art. 318 do CPC.

Um dos requisitos é a identificação das partes, porém é possível propor a demanda em


face de réu relativamente incerto, aquele que não possui a qualificação completa. Ex: Ação
Possessória em face de uma pluralidade de sujeitos – no caso de invasões ilegais – nesse caso é
possível a identificação mínima dos sujeitos e o autor pode requerer ao Juiz que tome as
medidas cabíveis para complementar a identificação.

Não é possível a propositura de demanda contra pessoa totalmente incerta.

Uma vez proposta a demanda ela pode seguir alguns caminhos.

1- Caso falte algum elemento essencial a petição deve ser emendada (art. 321 do
CPC): pela redação do art. 321 a emenda é um direito subjetivo do autor (posição
defendida por Nelson Nery Jr), princípio da primazia do mérito. Prazo de 15 dias
para realização da emenda e o juiz deve indicar, com precisão, qual problema deve
ser corrigido. Caso a parte não emende a petição inicial está será indeferida nos
termos do parágrafo único do art. 321 sem resolução de mérito.

A petição inicial pode cumprir todos os requisitos e, nesse caso, será admitida pelo juiz
que poderá:

1- Julgar a improcedência liminar do pedido (art. 332 do CPC) – cuidado com o art.
918, III – rejeição de embargos à execução manifestamente protelatórios. O
julgamento liminar de procedência ofenderia o contraditório e a ampla defesa
além do devido processo legal. É possível o julgamento de improcedência liminar
de alguns pedidos da demanda e a continuação do processo quanto aos outros
pedidos.

Requisitos: decisão de total improcedência, demanda deve dispensar a fase instrutória


não precisando de outras provas além das já trazidas pelo autor na petição inicial. O pedido da
demanda deve contrariar um dos padrões decisórios dos incisos do art. 332 do CPC, quando
ocorrer prescrição ou decadência. Além disso, a doutrina entende que cabe o julgamento de
total improcedência quando o pedido contraria tese ou direito já decidido em sede de controle
abstrato de constitucionalidade.

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,


independentemente da citação do réu, julgará liminarmente
improcedente o pedido que contrariar:

I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior


Tribunal de Justiça;

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo


Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas


repetitivas ou de assunção de competência;

IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o


pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de
prescrição.

§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em


julgado da sentença, nos termos do art. 241.

§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco)


dias.

§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do


processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação,
determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias.

Dessa sentença cabe apelação. Caso ocorra o julgamento de apenas alguns pedidos,
caberá agravo de instrumento por ser uma decisão interlocutória.

A apelação interposta nesse caso permite o juízo de retratação da autoridade. Dúvida


jurídica: as contrarrazões apresentadas nesta apelação tem natureza de contrarrazões ou de
contestação? Prevalece o entendimento de que tem natureza de contrarrazões, pois, caso
contrário, limitar-se-ia o direito de defesa do réu.

O Tribunal pode anular ou reformar a sentença? Anular sim. Quanto a reformar a


sentença, existem duas posições: 1-)Freddie Didier – seria possível aplicar a teoria da causa
madura e julgar, caso possível, diretamente a causa – art. 1013 do CPC. 2-)Leonardo Grecco –
não seria possível a reforma (mesmo julgando que não existe erro de procedimento), em
nome do contraditório para não existir limitação de apresentação de teses defensivas e poda
de instâncias recursais.
2-) se não for caso de julgamento de improcedência liminar, o juiz deve efetivar a
citação do réu (s). Dúvida: a citação tem caráter decisório? Prevalece que sim, que representa
uma decisão de admissão da demanda e que, em regra, não é recorrível quando a parte
poderá apresentar os argumentos defensivos na contestação (falta de interesse de recorrer)
Exceção – ação de improbidade – STJ admite o agravo dessa decisão pelas peculiaridades da
ação.

No cite-se a parte será convocada para comparecer a uma Audiência de Conciliação e


Mediação. Sistema jurídico multiportas. Resolução 125/2010-CNJ. Política Pública Nacional de
Solução de Controvérsias – consensualidade.

Conciliação (art. 165 do CPC): atuará, preferencialmente, em conflitos que não


apresentem relação prévia entre as partes e poderá propor soluções. Ex: a pessoa tem o nome
utilizado para fraudes.

Mediação (art. 165 do CPC): atuará, preferencialmente, nos conflitos em que exista
relação prévia entre as partes e não deve propor soluções. O papel do mediador é aproximar
as pessoas e identifiquem as causas do problema em questão.

A Fazenda Pública está, em tese, sujeita a esta audiência (art. 334 do CPC), pois o
interesse público é indisponível, porém a forma de tutela do interesse público não o é.
Entende-se que caso não exista lei permitindo o acordo a audiência pode ser dispensada em
nome da eficiência.

A Lei pode regulamentar os poderes para realização de acordos. O STF, em 2002,


entendeu que mesmo sem lei, desde que autorizado pelo chefe do Executivo e comprovado o
benefício para o ente, é possível a realização de acordos.

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais


e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz
designará audiência de conciliação ou de mediação com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o
réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará


necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação,
observando o disposto neste Código, bem como as disposições
da lei de organização judiciária.

§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação


e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data
de realização da primeira sessão, desde que necessárias à
composição das partes.

§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na


pessoa de seu advogado.

§ 4o A audiência não será realizada:

I - se ambas as partes manifestarem, expressamente,


desinteresse na composição consensual;

II - quando não se admitir a autocomposição.


§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse
na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição,
apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da
data da audiência.

§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da


audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.

§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-


se por meio eletrônico, nos termos da lei.

§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à


audiência de conciliação é considerado ato atentatório à
dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois
por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa, revertida em favor da União ou do Estado.

§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus


advogados ou defensores públicos.

§ 10. A parte poderá constituir representante, por meio de


procuração específica, com poderes para negociar e transigir.

§ 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e


homologada por sentença.

§ 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação


será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20
(vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.

A Lei de Mediação trata sobre a Fazenda Pública Federal e faz a previsão da transação
por adesão – feito com normas gerais pela Advocacia Pública e os interessados podem aderir a
esse acordo.

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