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Universidade Federal de Ouro Preto

Escola de Minas
Ouro Preto - MG

Construções Metálicas I

AULA 3 – Segurança e desempenho


estrutural e Métodos de Cálculo
Segurança e desempenho estrutural

 Generalidades
Segurança estrutural: problema probabilístico, envolvendo implicações conceituais,
éticas e econômicas.

Sempre há uma
ESTRUTURA probabilidade de
ruína

Sendo assim, os profissionais devem projetar e construir


estruturas que apresentem baixas probabilidades de ruína,
comparáveis àquelas probabilidades de risco inevitáveis,
ligadas a outras atividades humanas.

Edifício Skyline Plaza (1973)


Segurança e desempenho estrutural

 Generalidades

 Morte por acidente em estradas  0,7%


 Acidente para uma pessoa que voa 10 horas por ano  0,7%
 Acidente em 300 viagens de trem por ano  0,2%
 Falecimento, antes de terminar o dia, de qualquer pessoa, em perfeitas condições
físicas e mentais  10-5 %

Para as estruturas, são normalmente admissíveis, probabilidades de ruína


entre 10-3 e 10-6.
Segurança e desempenho estrutural

 Ações

 As ações a serem consideradas no projeto das estruturas são as cargas que nelas
atuam ou deformações impostas (por variações de temperatura, recalques, etc.).

 As normas brasileiras que se ocupam das cargas sobre as estruturas são: NBR 6120
(Cargas para o cálculo de estruturas de edificações); NBR 6123 (Forças devidas ao vento
em edificações); NBR 7188 (Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestres).

• Classificação das ações (NBR 8681/2003 - Ações e Segurança nas Estruturas:


Procedimento):

- Ações permanentes;

- Ações variáveis;

- Ações excepcionais.
Segurança e desempenho estrutural

 Ações
• Ações permanentes

Ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida útil


da construção, devendo ser consideradas com seus valores
representativos mais desfavoráveis para a segurança, e são subdivididas
em:

- diretas: pesos próprios (estrutura, elementos construtivos fixos e


instalações permanentes), empuxos permanentes, causados por
movimento de terra e outros materiais granulosos quando forem admitidos
não removíveis;

- indiretas: deformações impostas por retração e fluência do concreto,


deslocamentos de apoio e imperfeições geométricas.

Obs.: A norma brasileira estabelece como vida útil da edificação o período de 50 anos.
Segurança e desempenho estrutural

 Ações
• Ações variáveis

Ocorrem com valores que apresentam variações significativas durante a


vida útil da construção: uso e ocupação da edificação (sobrecargas em
pisos e coberturas, peso de equipamentos e divisórias móveis, pressões
hidrostáticas e hidrodinâmicas), ação do vento e variação de
temperatura da estrutura.

 Para a ação dos ventos as cargas são determinadas em função da localização da obra, altura e
forma do edifício, utilização e aberturas, conforme NBR 6123.

• Ações excepcionais

Têm duração extremamente curta e probabilidade de ocorrência muito


baixa durante a vida útil da estrutura: explosões, choques de veículos,
enchentes, incêndios e sismos.
Segurança e desempenho estrutural

 Ações
• Valores de cálculo

Os valores de cálculo das ações são obtidos a partir dos valores representativos Fr,
multiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderação (coeficientes de segurança
parciais), da seguinte forma:

 f   f 1 f 2  f 3

 f 1  parcela de  f que considera a variabilidade das ações;


 f 2  parcela de  f que considera a simultaneidade de atuação das ações;
 f 3  parcela de  f que considera os possíveis erros de avaliação dos efeitos das ações, seja por problemas
construtivos, seja por deficiência do método de cálculo empregado, sendo adotado com valor igual ou superior a 1,0.
Segurança e desempenho estrutural
Coeficientes de segurança parciais f
Métodos de Cálculo

 Os objetivos de um projeto estrutural são:


- Garantia de segurança estrutural evitando-se o colapso da estrutura;
- Garantia de bom desempenho da estrutura evitando-se a ocorrência de
grandes deslocamentos, vibrações, danos locais.

 As etapas de um projeto estrutural pode ser divididas em três fases:

- Anteprojeto ou projeto básico;


- Dimensionamento ou cálculo estrutural;
- Detalhamento.

A NBR 8800:2008 – Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de


Aço e Concreto de Edifícios baseia-se no Método dos Estados Limites.
Métodos de Cálculo

Um estado limite ocorre sempre que a estrutura deixa de satisfazer um de seus


objetivos.

Eles podem ser divididos em:

- Estados limites últimos


- Estados limites de utilização

 Os estados limites últimos estão associados à ocorrência de cargas excessivas


e consequentemente colapso da estrutura devido, por exemplo, a:

- Perda de equilíbrio como corpo rígido;


- Plastificação total de um elemento estrutural ou de uma seção;
- Ruptura de uma ligação ou seção;
- Flambagem em regime elástico ou não;
- Ruptura por fadiga.
Métodos de Cálculo

 Os estados limites de utilização (associados a cargas em serviço) incluem:

- Deformações excessivas;
- Vibrações excessivas.

 Método dos Estados Limites

 Estados limites últimos


A garantia de segurança no método dos estados limites é traduzida pela
seguinte equação, para cada seção da estrutura:

Sd  S    f i Fi   Rd  R   f k  m 

Sd  Rd

Sd  solicitação de projeto ou de cálculo


Rd  resistência de projeto ou de cálculo
Métodos de Cálculo

A solicitação de projeto ou de cálculo é obtida a partir de uma combinação de

ações Fi , cada uma majorada pelo coeficiente fi , enquanto a resistência de


projeto ou de cálculo é função da resistência característica do material fk ,
minorada pelo coeficiente m .

Os coeficiente f , de majoração das cargas (ou ações), e m , de redução da


resistência interna, refletem as variabilidades dos valores característicos dos
diversos carregamentos e das propriedades mecânicas do material e outros fatores
como discrepâncias entre o modelo estrutural e o sistema real.
Métodos de Cálculo

 Combinação de ações

As ações devem ser combinadas de modo a expressar as situações mais


desfavoráveis para a estrutura durantes sua vida útil prevista.

Para verificações nos estados limites últimos definem-se os seguintes tipos de


combinações de ações:

- Combinação normal: combinação que inclui todas as ações decorrentes do


uso previsto da estrutura.

- Combinação de construção: combinação que considera ações que podem


promover algum estado limite último na fase de construção da estrutura.

- Combinação excepcional: combinação que inclui ações excepcionais, as quais


podem produzir efeitos catastróficos, tais como, explosões, choques de
veículos, incêndios, sismos.
Métodos de Cálculo

• Combinações normais de ações para estados limites últimos

Fd    g i Gi   q1 Q1    q j 0 j Q j

G  ação permanente;
Q1  ação variável principal;
Q j  ações variáveis que atuam simultaneamente a Q1 e que têm efeito desfavorável;
 g ,  q  coeficientes de segurança parciais aplicados às cargas;
 0  fator de combinação que reduz as ações variáveis para considerar a baixa probabilidade de
ocorrência simultânea de ações de distintas naturezas com seus valores característicos.

• Combinações últimas de construção e especiais

Também são escritas como na equação acima, mas nestes casos o fator 0 pode
ser substituído por 2 quando a ação dominante tiver tempo de duração muito
curto.
Métodos de Cálculo

• Combinações excepcionais

As ações excepcionais (E), tais como explosões, choques de veículos, efeitos


sísmicos, são combinadas com outras ações de acordo com a equação:

Fd    g i Gi  E    q j  2 j Q j

E  ação excepcional
Métodos de Cálculo
Valores dos fatores de combinação 0 e de redução 1 e 2 para as ações variáveis
Métodos de Cálculo

 Esforços resistentes

Denominam-se esforços resistentes em uma dada seção de uma estrutura, as


resultantes das tensões internas na seção considerada.

Os esforços internos resistentes (esforço normal, momento fletor, etc.)

denominam-se resistência última Ru.

A resistência de projeto Rd é igual à resistência última dividida pelo coeficiente


parcial de segurança m.

Ru  f k 
Rd 
m
Métodos de Cálculo

Valores do coeficiente m parcial de segurança aplicado às resistências


Métodos de Cálculo

 Método dos Estados Limites

 Estados limites de utilização


Verificação do comportamento da estrutura sob ação das cargas em serviço, ou
seja, verificar a capacidade da estrutura de desempenhar satisfatoriamente as
funções a que se destina.

• Combinação quase-permanente

Utilizadas para os efeitos de longa duração e para preservação da aparência da


construção. As combinações quase-permanentes são aquelas que podem atuar durante
grande parte do tempo de vida útil da estrutura (aproximadamente metade desse
período).

Fd   Gi    2 j Q j
Métodos de Cálculo

• Combinação frequente

Combinações de ações que tenham atuação repetida muitas vezes durante o período de
vida útil da estrutura (da ordem de 105 vezes ao longo de 50 anos), ou que tenham
duração total igual a uma parte não desprezível desse período, da ordem de 5% (2,5
anos).

Fd   Gi  1 Q1    2 j Q j
Métodos de Cálculo

• Combinação rara

Combinações raras são aquelas que podem atuar no máximo algumas horas ao longo do
período de vida útil da estrutura, correspondendo a estados limites ditos irreversíveis,
isto é, que causam danos permanentes à estrutura ou a outros componentes da
construção, e para aqueles relacionados ao funcionamento adequado da estrutura.

A ação variável principal é tomada com seu valor característico e todas as demais ações
variáveis com seus valores frequentes.

Fd   Gi  Q1   1 j Q j
Métodos de Cálculo

Deslocamentos Máximos para Estados Limites de Serviço


Determinação de algumas ações

 Peso próprio (pp)


O peso próprio pode ser calculado através da equação

pp   V
Sendo  o peso específico do material e V é o volume do elemento.

 Sobrecarga
As sobrecargas a serem utilizadas como ações de utilização nas estruturas são fornecidas
pela NBR 6120.
Determinação de algumas ações

Alguns exemplos de sobrecargas mais usuais:

- Forros não destinados a depósitos: 0,5 kN/m2

- Compartimentos destinados a dormitório, sala, copa, cozinha e banheiro: 1,5 kN/m2

- Compartimentos destinados a despensa, área de serviço e lavanderia: 2,0 kN/m2

- Compartimentos destinados a reuniões e acesso público: 3,0 kN/m2

- Compartimentos destinados a lojas: 4,0 kN/m2

- Compartimentos destinados a bailes, ginástica e esportes: 5,0 kN/m2

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