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VOLTA REDONDA
2013
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
Alunos:
Daniele Cristina de Souza Pereira
Geraldo Luiz Marinho Junior
Lucas Teixeira do Valle
Rosilane dos Santos Fernandes
Roberto Donadio Junior
Orientador:
Prof. Luiz Kelly
VOLTA REDONDA
2013
RESUMO
The automotive market has always been important in the Brazilian economy, and in
recent years has gained even more prominence due to the significant sales growth.
With this reality, accidents companies in the automotive sector are also increasing
every day. This study is an analysis of human factors as contributing causes to
accidents and incidents in the automotive sector, aiming to survey these factors, in
addition to study them and identify them, from a technical standpoint. The theme was
developed from a literature review on the subject, going through a whole system
approach to safety management of a company car, showing the tools and means to
control adopted by the company. The scope of this paper is to analyze and
understand the key factors that contributed to the growth of automobile accidents in
the sector and propose actions aimed at improving the welfare of the company and
the worker's physical integrity.
1.0 INTRODUÇÃO 01
2.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 02
2.1 História da Indústria Automobilística do Brasil 02
3.0 ACIDENTES DE TRABALHO 05
3.1 Estatística 05
3.2 Dados Estatísticos de Segurança do Trabalho 10
3.3 Acidentes de trabalho no setor automobilístico 11
4.0 CAUSAS HUMANAS, FATORES PSICOLÓGICOS E 12
PSICOSSOCIAIS
4.1 O fator comportamental como influência de resultado 14
4.2 Modelos de Competências e Medição de Desempenho 14
5.0 CONTEXTO INDUSTRIAL 19
6.0 METODOLOGIA 28
7.0 ANÁLISE E DISCUSSÃO 34
8.0 CONCLUSÃO 52
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54
LISTA DE GRÁFICO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1968 - A fábrica é vendida para a italiana Alfa Romeo, que lança os caminhões FNM
180 e 210, em 1972.
1976 - A Fiat assume o controle da FNM e em 1979 lança o caminhão Fiat 190.
Administrada pelo Iveco (do grupo Fiat) encerra as atividades em 1985.
1990 - A Ciferal compra a planta de Xerém para fabricação de ônibus. Em, 2001 a
Marcopolo assume o controle da fábrica.
1996 – Em 1º de novembro é inaugurada em Resende, no Sul Fluminense, a fábrica
Volkswagen Caminhões e Ônibus, ao custo de US$250 milhões. Eram 120
funcionários e um veículo produzido por dia.
2012
Definições
• A história da Estatística
Alguns autores dizem que é comum encontrar como marco inicial da estatística a
publicação do "Observations on the Bills of Mortality" (Observações sobre os Sensos
de Mortalidade, JOHN GRAUNT,(1662). As primeiras aplicações do pensamento
estatístico estavam voltadas para as necessidades de Estado, na formulação de
políticas públicas, fornecendo dados demográficos e econômicos. A abrangência da
estatística aumentou no começo do século XIX para incluir a acumulação e análise
de dados de maneira geral. Hoje, a estatística é largamente aplicada nas ciências
naturais, e sociais, inclusive na administração pública e privada.
- Dias Transportados: são dias perdidos por acidente que são transferidos para o
mês subsequente ao da ocorrência, ao final do mês;
Fa – Resultado da divisão
Nº - Número de Acidentes
H - Horas Homem de exposição ao risco
G = T x 1.000.000
H
Sendo:
G - Taxa de Gravidade
T – Tempo contado em dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade
temporária total mais os dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou
incapacidade permanente, total ou parcial. Nos casos de morte ou incapacidade
permanente não devem ser considerados os dias perdidos, mas apenas os
debitados, a não ser no caso do acidentado perder número de dias superior ao a
debitar pela lesão permanente sofrida
H – Horas-Homem de Exposição ao Risco
HHTS = TS
H
Sendo:
Durante o ano de 2011, foram registrados no INSS cerca de 711,2 mil acidentes
do trabalho. Comparado com 2010, o número de acidentes de trabalho teve
acréscimo de 0,2%. O total de acidentes registrados com Comunicação de acidente
de Trabalho (CAT) aumentou em 1,6% de 2010 para 2011. Do total de acidentes
registrados com CAT, os acidentes típicos representaram 78,6%; os de trajeto
18,6% e as doenças do trabalho 2,8%. As pessoas do sexo masculino participaram
com 75,3% e as pessoas do sexo feminino 24,7% nos acidentes típicos; 63,9% e
36,1% nos de trajeto; e 61,0% e 39,0% nas doenças do trabalho. ANUÁRIO
ESTATÍSTICO BRASILEIRO – INSS (2011).
O Brasil vem a passos pequenos, tentando a cada ano reescrever sua história
neste aspecto. O que se tem visto é uma redução gradual das estatísticas anuais
dos números de acidentes divulgados pelo Ministério da Previdência e Assistência
Social - MPAS. Porém estes números, ao mesmo tempo em que animam alguns,
preocupam outros profissionais da área, visto muitos acidentes não serem
notificados conforme deveriam a Previdência Social. Isto porque, por mais esforços
que sejam feitos para melhor se registrar os acidentes ocorridos, eles compreendem
apenas os acidentes que envolvem trabalhadores com situação trabalhista legal, que
tenham ocorrido nos grandes centros urbanos e que tenham sido devidamente
registrados no MPAS. Ficam excluídos destas estatísticas, por exemplo, os
acidentes ocorridos fora dos centros urbanos. Outro fator que tem agravado a
subnotificação é a terceirização de serviços, presente cada vez mais nas grandes
cidades. Sendo assim, apesar de oficial, a única fonte de informações sobre os
acidentes de trabalho no Brasil, chega a excluir cerca de 63% da massa dos
trabalhadores do país. ANUÁRIO BRASILEIRO DE PROTEÇÃO ( 2010).
Há uma pressão constante para não haver falhas no processo com intuito de
não gerar retrabalho, pois, isso trava o processo de logística que estabelece prazos
apertados de entrega do produto final. Além do mais, quando isso ocorre os
trabalhadores são procurados para fazer o retrabalho fora do expediente normal de
serviço. Sendo que tal procedimento gera perdas maiores na qualidade de vida do
trabalhador, de vez que, momentos que teriam com a família, para o descanso e
para o lazer, passam trabalhando.
Causas fortuitas são as mais raras, mas que por vezes constituem a causa
única dos acidentes, nada tendo a ver com causas humanas e técnicas.
PSICOLOGIA DO TRABALHO
Esse papel pode ser desempenhado, com grande chance de sucesso, por
meio de táticas que objetivam a capacitação do trabalhador. Os eventos
relacionados com segurança, como palestras, minicursos, treinamentos e reuniões,
são soluções utilizadas por organizações para instruir os funcionários sobre as
formas de realizar suas atividades considerando os riscos existentes.
• Motivação
• Redução do Turnover (Rotatividade de pessoal)
• Recrutamento Interno
• Mapeamento de Equipes e seu desenvolvimento
• Potencialização do Coaching (Treinador)
• Gestão de Conflitos Internos
• Realocação de Colaboradores
• Desenvolvimento de Lideranças
• Assertividade no Recrutamento e Seleção
• Treinamento e Desenvolvimento Direcional
• Mapeamento e Desenvolvimento de Competências Comportamentais
• Alinhamento de valores pessoais dos colaboradores com os da empresa
• Feedback (resposta) Realista.
5. CONTEXTO INDUSTRIAL
A empresa
História
Para desenvolver as atividades do Grupo na América Latina e possibilitar uma
dinâmica propícia ao desenvolvimento comercial das marcas Peugeot e Citröen, foi
criada, em setembro de 1997, a filial do Grupo PSA Peugeot Citroën no país,
denominada Peugeot Citroën do Brasil.
Classificação de Risco
• 02 Engenheiros de Segurança;
• 08 Técnicos de Segurança do Trabalho;
• 01 Auxiliar Enfermagem do Trabalho;
• 01 Enfermeiro do Trabalho;
• 02 Médicos do Trabalho.
Ações Corretivas
• Programa STOP
O STOP foi desenvolvido por cinco fábricas da DuPont e tem sido utilizado ao
redor do mundo não apenas pela DuPont, mas por muitas outras organizações. O
objetivo do programa é impedir lesões melhorando as habilidades de observação de
segurança e ajudando as pessoas a falarem sobre segurança entre elas. Ele ensina
os funcionários a reconhecer condições seguras e inseguras, bem como ações
seguras e inseguras.
Auditoria STOP
6. METODOLOGIA
1º Autor
Numa sociedade em que exige resultados cada vez mais rápidos, acaba por
expor o trabalhador a situações de risco e, sobretudo, criando alterações em seu
comportamento mental, com o aparecimento de estresse e entre outros.
2º Autor
O acidente não é feito da livre vontade do homem, e sim produto das suas
funções patológicas orgânicas e psíquicas às quais se devem juntar as condições do
ambiente social.
O meio ambiente interfere a educação do homem e pode contribuir para que
se desenvolvam nele características indesejáveis que levam às falhas, atitudes
impróprias ou inseguras.
Para melhor análise das causas dos acidentes através do estudo destes dois
autores, foi realizado um comparativo entre as duas teorias/autores a fim de
identificar os pontos em comum e os pontos divergentes entre elas.
7. ANALISE E DISCUSSÃO
N° de Acidentes
80
60
42 38
40
20
4
0
Ac. Declarados Primeiros N° de Acidentes
C/Afastamento Socorros
39%
61%
Como base para nosso estudo, verificamos com os dados acima que a
maioria dos acidentes ocorridos tiveram como causa raiz, comportamentos
inseguros.
80 75
N° de Acidentes
60
43
40 29
20
3
0
Ac. C/Afastamento Declarados Primeiros Socorros N° de Acidentes
Como base para nosso estudo, verificamos que em 2011 assim como em
2010, os acidentes ocorridos tiveram como causa raiz, comportamentos inseguros.
80
N° de Acidentes
60
51
40
25
20
20
6
0
Ac. C/Afastamento Declarados Primeiros Socorros N° de Acidentes
Como base para nosso estudo, verificamos que assim como os anos
anteriores, também em 2012, os acidentes ocorridos tiveram como causa raiz,
comportamentos inseguros.
Taxa de Frequência
40
30
27
19 22 20
20 16 16 14
11
8 6 8 5 3 4 7
10 4 3 4 0 4
2 1 3 1 1 1 1
0
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M
2010 2011 2012
Como pode ser observado no gráfico acima, a maior parte dos acidentes
ocorreram nas unidades Chaparia, Montagem e Logística.
Estas áreas têm como características comuns: um grande efetivo de pessoas
pois cerca de 60 % da produção estão nessas unidades, uma sequência de
produção contínua, que não para, além de um número relevante de riscos de
acidentes em suas operações.
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a
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C
2010 2011 2012
80 75
70
60
N° de Acidentes
51
50
40
31
29
30
22
20 16
13 13 14
7 8
10 6 5 3 4 5 4 6
6 4 3 4 4 2
0 0 1 0 1
0
Mãos Membros Membros Cabeça Tórax Olhos Face Boca Pescoço Total
Superiores Inferiores
80 75
70
60
N° de Acidentes
51
50
40
31
28
30 25
18 19
20 16
15 12 12
10 10
10 5 6
3
1
0
Amarela Verde Azul Administrativo Manutenção Total
80 75
70
60
N° de Acidentes
51
50
40 34
30 25
22 22
20
20 16
20 14 14
12
9
10
3
0
00:01 as 06:00 06:01 as 12:00 12:01 as 18:00 18:01 as 00:00 Total
80 75
70
60
N° de Acidentes
51
49
50 45
40
28 28
30
20
13
9 8
10 5 5 6
3 3 4
2 2 1 0 0
0
0 a 2 anos 2 a 4 anos 4 a 6 anos 6 a 8 anos 8 a 10 anos > 10 anos Total
Há certo equilíbrio, conforme analisamos, nos dias da semana que mais ocorrem
acidentes, com destaque para segunda, terça e sexta-feira.
80 75
70
60
N° de Acidentes
51
50
40
30
20 16 16 17 16 17
14 15
13 15 12 13
9 10
10 7 6 6
5
3
0 0 1
0
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo Total
70 67
60
N° de Acidentes
51
50 47
40
30
20
7 8
10
4
0
Masculino Feminino Total
16% 33%
2%
7%
12%
17%
Descump.de Padrão/Normas de Segurança Inexistência de Padrão
Padrão não é claro Formação Inadequada
Inexistência de Formação Não Identificação / Desconhecimento do Risco
Fatores Emocionais Colaborador novo no posto
Houve casos em que o padrão existia, porém este não era claro ou não
conduzia ao um bom resultado, deixando margem a dúvidas e interpretação pessoal
do colaborador, o que gerou acidentes de trabalho durante a execução da atividade.
Liderança:
Estrutura:
Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). Foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, 08 de junho de 1978,
são de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT e
são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Após análise das NR’s e verificação do check list (em anexo) de adequação
as normas de segurança e saúde do trabalho, foi verificado que a empresa cumpre o
que a legislação trabalhista estabelece com relação a Segurança do Trabalho.
Com o levantamento dos dados estatísticos dos acidentes dos últimos três
anos, a realização de uma análise teórica das revisões bibliográficas e verificação do
cumprimento às normas regulamentadoras, identificamos a necessidade de
promoção do comportamento seguro consolidado em um sistema de gestão
comportamental voltado para a segurança do trabalho, com o intuito de minimizar de
forma sustentável os índices de acidentes nesta empresa.
Enquanto para muitos, acidentes do trabalho são comuns em atividades que
envolvam risco, nos foi possível identificar a importância de um sistema de
segurança voltado para a conscientização da força de trabalho, onde cada um é
responsável pelos seus atos e que aos poucos reduz os seus desvios
comportamentais, reduzindo a probabilidade de ocorrência dos acidentes.
Através do Contexto Industrial, foi analisado o ambiente da empresa e as
mudanças feitas no processo de comportamento seguro, utilizando-se a ferramenta
de observação de segurança STOP e verificado a redução do número de acidentes
como uma consequência, embora os comportamentos inseguros ainda sejam a
maior causa dos acidentes.
Os indicadores estatísticos de segurança evidenciam os desvios
comportamentais que revelam elevada responsabilidade no alto índice de acidentes
com afastamento, em destaque para o ano de 2012.
É possível perceber através desta ferramenta de observação, a ligação
existente entre a base da pirâmide de Bird e os desvios encontrados, com o seu
pico, os acidentes graves.
É claro que um sistema de gestão de segurança não pode se basear apenas
em uma ferramenta, e sim em várias medidas de controle, mas os resultados obtidos
neste trabalho mostram a importância da prevenção ser instaurada na cultura do dia
a dia dos colaboradores, na forma de abordagem induzindo ao próprio empregado
identificar seus desvios, o compromisso assumido junto a sua liderança e perante si
mesmo e a forma como devem aprender a identificar a segurança como um valor, é
essencial para o alcance de resultados cada vez melhores em relação à segurança
do trabalho.
Este sistema deve possuir metas que visam atingir um patamar de excelência
no desempenho de segurança e saúde ao longo do tempo, iniciando-se pela
segurança física voltada para as pessoas e para o processo (equipamentos), através
de adoção de medidas de proteção individuais e coletivas, onde a motivação para a
segurança é voltada ainda para o cumprimento obrigatório de regras definidas.
Com o passar do tempo, o próximo passo será a definição e implantação de
medidas administrativas como definição e divulgação da política de segurança,
matriz de capacitação, identificação e conhecimento dos riscos e criação de
procedimentos operacionais e de segurança, com treinamento de todos os
envolvidos nas atividades nestes padrões.
A partir daí, a motivação para a segurança será feita através da
conscientização e do comprometimento de cada um e do grupo, levando a mudança
de cultura e de atitudes através da disciplina operacional que é o cumprimento dos
procedimentos e consciência de que a segurança é algo importante e tem seu Valor.
Desta forma, será perceptível ao longo do tempo, a redução do número de
acidentes do trabalho e o aumento do desempenho de segurança, sendo a mudança
de comportamento, o ponto chave que levará ao próximo nível da melhoria continua
em segurança do trabalho.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia
científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ESTATÍSTICA,