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Universidade Federal Fluminense – UFF

Escola de Engenharia
Ciência e Tecnologia
Jéssica Tomaz; Mariah Pastana; Thatyana Cavalcanti
Tema “Enigmas e Desafios: O discurso das ciências do autismo”

TEA

Não há como negar que o que conhecemos por ciência é a vertente principal
que ocasiona e desenvolve a tecnologia. O pensar científico nos coloca, bem ou mal,
a frente sempre. Entretanto, apesar dos constantes avanços, é fato que há situações
específicas que a ciência ainda não desvendou e por consequência não criou
tecnologia avançada o suficiente para trabalhar com as mesmas, entre essas
ocorrências o distúrbio comportamental chamado de Transtorno do Espectro
Autista (TEA) será o qual iremos abordar, além das tecnologias ligadas ao mesmo.
Para começarmos a falar sobre atualmente é importante voltarmos ao
passado e, para isso, o primeiro nome que devemos citar é o de Eugen Bleuler, um
psiquiatra suíço notável que inclui no dicionário tanto o termo esquizofrenia, em
1908, quanto a palavra autismo que na época fora usada para pacientes
esquizofrênicos que eram severamente retraídos. Autismo tem raízes no grego
“autos” (eu).
Já em 1943 o próximo citado é Leo Kanner, um psiquiatra austríaco que em
tal ano publicou a obra denominada de “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”,
considerada como uma das teorias precursoras do saber científico acerca do TEA.
No escrito, Kanner descreveu o caso de onze crianças que tinham em comum “um
isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela mesmice”,
denominando-as autistas e usou o termo “autismo infantil precoce”, pois sintomas
já apareciam desde a infância. Além disso, também observou que tais crianças
respondiam de maneira incomum ao ambiente em que se encontravam, resistiam à
mudança ou insistiam na monotonia. Naquela época, Kanner definiu como uma das
origens desse distúrbio o fato das famílias desses autistas possuírem alta capacidade
intelectual, entretanto, suas mães eram consideradas como pessoas frias e distantes.
A partir de então, nota-se a criação de duas correntes teóricas: uma busca
explicações biológicas para tal distúrbio e a outra com ênfase na patogenia da
relação entre mãe e filho. Portanto, resultando em abordagens contraditórias que,
por vezes, dificultam as contribuições para o saber, os avanços dos trabalhos.
Quase ao mesmo tempo há o psiquiatra austríaco, Hans Asperger, que
escreveu o artigo “A psicopatia autista na infância”. No escrito, Asperger observa que
o padrão de comportamento e habilidades do Autismo ocorria com mais frequência
em meninos. Além disso, essas crianças estudadas apresentaram deficiências sociais
graves (falta de empatia, baixa capacidade de fazer amizades, movimentos
descoordenados, conversação unilateral, entre outros).
Alguns anos depois, em 1952, foi publicada a primeira edição do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM-I (atualmente ele é uma das
maiores referências mundiais para os profissionais da área de saúde mental). Nele
é listado diferentes categorias de transtornos mentais, além dos critérios para
diagnosticá-los. Nesta edição inicial, o Autismo é considerado como um subgrupo da
conhecida esquizofrenia infantil, portanto, ele não era considerado com diagnóstico
separado.
Nos anos 50 a prevalência do senso comum fazia com que as pessoas
acreditassem que a causa do autismo era culpa de pais emocionalmente distantes,
além da falta de “calor maternal”.
Quinze anos depois uma jovem americana conhecida mundialmente, Temple
Grandin, que nasceu com autismo criou a “Máquina do Abraço”, um aparelho que
pressiona o indivíduo como se estivesse o abraçando e, assim, acalmando o mesmo.
O DSM-II, segunda edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais, lançado em 1968, refletia a predominância da psicodinâmica psiquiátrica.
Os sintomas não eram especificados em certas desordens e eram vistos como
reflexos de grandes conflitos ou reações de má adaptação aos problemas da vida.
Após dez anos da DSM-II, Michael Rutter classificou o autismo e propôs sua
definição com base em 4 critérios, são eles:
1. atraso e desvio sociais não só como retardo mental;
2. problemas de comunicação, novamente, não só em função do retardo
mental;
3. comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e
maneirismos;
4. início antes dos 30 meses de idade.
A classificação de Rutter foi um marco tão importante que em 1980,
juntamente com outras produções de trabalhos sobre o autismo, foi publicada a
terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-
III), o qual trouxe, pela primeira vez, o reconhecimento do autismo e a sua colocação
em uma nova classe de distúrbios: os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento
(TIDs). O termo foi escolhido por conta do fato de que múltiplas áreas do cérebro
eram afetadas no autismo.
Um ano depois, a psiquiatria inglesa, Lora Wing, uma das mais importantes
figuras do mundo do autismo, desenvolveu o conceito de autismo como um espectro
de condições. Além disso, cunhou o termo síndrome de Asperger, numa referência à
pesquisa de Hans Asperger, anteriormente citado. E, portanto, pode-se dizer que ela
revolucionou a forma como o autismo era considerado.
Outro nome de grande importância, pois é considerado como o pioneiro no
tratamento de crianças com autismo, é o de Ivar Lovaas que em 1988 publicou um
estudo no qual demonstrou como a intensidade da terapia comportamental podia
ajudar crianças com autismo, ele provou que em alguns casos era possível levar uma
criança com o transtorno a interagir com o mundo de maneira similar a uma criança
com desenvolvimento típico. Vale ressaltar que seus trabalhos eram baseados nos
princípios da Análise do Comportamento Aplicada, abordagem da Psicologia
fundamentada no Behaviorismo Radical, de Skinner, e que tem se mostrado a mais
eficaz no tratamento do Espectro Autista. Nesse mesmo ano é lançado um dos
primeiros filmes, Rain Man, a caracterizar um personagem autista, dando assim
maior visibilidade e, por consequência, aumentando conscientização sobre o
transtorno.
No ano de 1994 é publicada a DSM-IV incluindo novos critérios potenciais
para o autismo, assim como as várias condições candidatas a serem incluídas na
categoria TID (Transtornos Invasivos do Desenvolvimento). Também é adicionada
a Síndrome de Asperger, ampliando assim o espectro do autismo, que passa incluir
casos mais leves, em que os indivíduos passam a ser mais funcionais.
Quatro anos depois um artigo de Andrew Wakefield, publicado pela revista
Lancet, afirma que o autismo poderia ser causado por algumas vacinas. Entretanto,
esse estudo foi radicalmente desacreditado por outros cientistas e, portanto,
descartado.
Como mais uma forma de conscientização, em 2007 a Organização das
Nações Unidas instituiu o dia 2 de Abril como o Dia Mundial da Conscientização do
Autismo. “Esse ato, pelo seu simbolismo, abriu possibilidades para um maior diálogo
entre as famílias, profissionais da área e os próprios indivíduos com autismo. Veio
como um alerta necessário para que os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento
(TID), antes considerados raros, fossem vistos com maior responsabilidade.
Pesquisas e interesse pelo TID, onde o autismo aparece como o mais prevalente, têm
aumentado ano a ano, produzindo mais conhecimento, desmistificando crenças e
afastando o que não é científico.” – Ricardo Halpern1.
Entretanto, apenas no dia 14 de abril de 2018 a então presidente em
exercício, ministra Cármen Lúcia, sancionou a lei que institui o dia 2 de abril, já
implementado pela ONU, como o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo.
Toda via, vale acrescentar que desde 2011 o conhecido patrimônio da humanidade,
o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro se ilumina de azul anualmente para a data.

1
História do Autismo. Disponível em: < http://autismo.institutopensi.org.br/informe-
se/sobre-o-autismo/historia-do-autismo/ > Acesso em: 11 de maio de 2018.
Já no ano de 2013 é lançado a 5ª edição do DSM eliminando os subtipos do
transtorno do espectro do autismo. Portanto, os que possuem o transtorno agora
são diagnosticados em um único espectro com diferentes níveis de gravidade. A
partir de então o autismo é denominado como Transtorno do Espectro Autista - TEA,
um único diagnóstico que abriga todas as subcategorias. Além disso, a Síndrome de
Asperger passa a não ser mais considerada como uma condição separada e o
diagnóstico para o autismo passa a ser definido em duas categorias:
1. alteração da comunicação social e;
2. presença de comportamentos repetitivos e estereotipados.
No ano seguinte uma estimativa sugere que o autismo atinja 1% da população
mundial, cerca de 70 milhões de pessoas, sendo cerca de 2 milhões só no Brasil. Um
relatório de março feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças - CDC,
identificou que 1 em 68 crianças eram diagnosticadas com Transtorno do Espectro
Autista nos Estados Unidos.
Ainda no ano de 2014 um extenso estudo realizado na Suécia concluiu que os
fatores ambientais são tão importantes quanto a genética como causa do autismo.
Os fatores - não analisados pelo estudo - poderiam incluir o nível socioeconômico
da família, complicações no parto, infecções sofridas pela mãe e o uso de drogas
durante e antes da gravidez. O resultado partiu da análise de dados de mais de 2
milhões de pessoas na Suécia entre 1982 e 2006, e é o maior estudo já realizado
sobre as origens genéticas do autismo.
Após a análise, de certa forma básica, da história conhecida do Transtorno do
Espectro Autista, podemos agora começar a tratar do atualmente. O primeiro ponto
que devemos citar é o fato de que o diagnóstico é essencialmente clínico. Baseando-
se nos sinais e sintomas e levando em conta os critérios apresentados pelo DSM-V e
o CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde).
Segundo o DSM-V, o Transtorno do Espectro Autista pode ser classificado em 3
níveis de gravidade:

Tabela 1: Níveis de gravidade para transtorno do espectro autista2

Nível de Comportamentos restritivos e


gravidade Comunicação social repetitivos

Nível 3 Déficits graves nas Inflexibilidade de comportamento,


“Exigindo habilidades de comunicação extrema dificuldade em lidar com a
apoio muito social verbal e não verbal mudança ou outros
substancial” causam prejuízos graves de comportamentos

2
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais. 5ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2014.
funcionamento, grande restritos/repetitivos interferem
limitação em dar início a acentuadamente no
interações sociais e resposta funcionamento em todas as
mínima a aberturas sociais esferas. Grande
que partem de outros. Por sofrimento/dificuldade para
exemplo, uma pessoa com mudar o foco ou as ações.
fala inteligível de poucas
palavras que raramente
inicia as interações e,
quando o faz, tem
abordagens incomuns
apenas para satisfazer a
necessidades e reage
somente a abordagens
sociais muito diretas.

Nível 2 Déficits graves nas Inflexibilidade do comportamento,


“Exigindo habilidades de comunicação dificuldade de lidar com a
apoio social verbal e não verbal; mudança ou outros
substancial” prejuízos sociais aparentes comportamentos
mesmo na presença de restritos/repetitivos aparecem
apoio; limitação em dar com frequência suficiente para
início a interações sociais e serem óbvios ao observador casual
resposta reduzida ou e interferem no funcionamento em
anormal a aberturas sociais uma variedade de contextos.
que partem de outros. Por Sofrimento e/ou dificuldade de
exemplo, uma pessoa que mudar o foco ou as ações.
fala frases simples, cuja
interação se limita a
interesses especiais
reduzidos e que apresenta
comunicação não verbal
acentuadamente estranha.
Nível 1 Na ausência de apoio, Inflexibilidade de comportamento
“Exigindo déficits na comunicação causa interferência significativa no
apoio” social causam prejuízos funcionamento em um ou mais
notáveis. Dificuldade para contextos. Dificuldade em trocar
iniciar interações sociais e de atividade. Problemas para
exemplos claros de organização e planejamento são
respostas atípicas ou sem obstáculos à independência.
sucesso a aberturas sociais
dos outros. Pode parecer
apresentar interesse
reduzido por interações
sociais. Por exemplo, uma
pessoa que consegue falar
frases completas e envolver-
se na comunicação, embora
apresente falhas na
conversação com os outros e
cujas tentativas de fazer
amizades são estranhas e
comumente malsucedidas.

Uma pesquisa recente feita por cientistas americanos acredita ter descoberto
uma possível maneira de diagnosticar precocemente o autismo partindo do já
conhecido exame de eletroencefalograma (EEG). O exame consiste num teste no
qual eletrodos são postos na cabeça afim de medir a atividade elétrica do cérebro.
Para o diagnóstico do autismo, há a ajuda de um algoritmo, desenvolvido por
William Bosl, professor de Informática em Saúde da Universidade de São Francisco
(Estados Unidos). No estudo, foram feitos exames de EEG em 99 bebês com alto risco
de desenvolver autismo, uma vez que seus irmãos mais velhos tinham o transtorno,
e em mais 89 com baixa probabilidade de manifestar o quadro. Os testes foram
realizados no período de 3 a 36 meses de idade das crianças. Todas também se
submeteram a avaliações de comportamento comumente empregadas em consultas
clínicas para confirmar ou descartar a presença do autismo. Por fim, os algoritmos
acertaram o diagnóstico em mais de 95% dos casos aos 3 meses de vida. E, aos 9, o
índice beirou os 100%. “Também conseguimos prever a gravidade do transtorno
nessa faixa de idade com bastante confiabilidade”, afirmou Bosl, em comunicado.
Segundo Charles Nelson, diretor dos Laboratórios de Neurociência Cognitiva do
Hospital Infantil de Boston (EUA) e coautor do estudo, por ser um exame de baixo
custo e não invasivo, o EEG seria facilmente incorporado ao checkup dos bebês. O
potencial do método, se confirmado com mais estudos, representaria um avanço na
medicina, porque normalmente o transtorno de espectro de autismo tende a ser
diagnosticados mais tarde, com base em aspectos comportamentais. E isso, claro,
atrasa o início do tratamento.
Outro ponto contemporâneo que devemos tratar é as suas causas. Como visto
anteriormente, o transtorno por tempos era considerado como resultado de uma
dinâmica familiar problemática e distante, porém essa ideia se mostrou
improcedente e foi desconsiderada. Atualmente, o que se ocorre é a admissão da
existência de múltiplas causas, entre eles, fatores genéticos, biológicos e, como
também já visto, ambientais.
No dia 2 de maio deste ano, 2018, um estudo realizado por cientistas da
Universidade de Stanford e da Universidade da Califórnia, ambas norte-americanas,
e publicado na Science Translational Medicine diz que a vasopressina, um hormônio
conhecido por regular processos que envolvem a pressão arterial, também está
associada a mecanismos de interação social; e, em níveis muito baixos, pode ser um
indício da presença de autismo. Para o estudo foram realizados dois testes, um em
macacos e outro em crianças. Foram selecionados 222 macacos e, após observações
os cientistas conseguiram identificar o que se engajaram menos socialmente. Deste
grupo, foram identificados 15 com menos interação social e 15 mais sociáveis. Após,
os cientistas mediram a concentração de diversas moléculas em ambos os grupos.
Depois dos exames chegou-se à conclusão de que a molécula que mais apresentava
divergência entre os grupos era a vasopressina. Segundo os autores, o grupo de
macacos com menos interação social era também o que tinha menor níveis do
hormônio. Já o segundo teste, com humanos, os cientistas mediram os níveis de
vasopressina em 14 garotos com autismo e 7 sem o transtorno. E o resultado foi
parecido com o do primeiro teste, os garotos com autismo tiveram o nível do
hormônio mais baixo que os das crianças sem autismo. Além disso, é esperado pelos
pesquisadores que ao replicar os testes possa se replicar também os resultados do
estudo. No futuro, a esperança é de que terapias com base no hormônio possam
ajudar a tratar o transtorno do espectro autista. Cientistas dizem, no entanto, que
nesse momento a vasopressina pode ser caracterizada somente como um indicador
de baixa interação social.
Já um outro estudo de 3 anos atrás aponta que a idade dos pais também
influência na predisposição da criança a ter autismo. Por conta de pesquisas
anteriores já se sabia que quanto mais a idade da mãe fosse avançada maior seria a
probabilidade de o seu filho desenvolver o distúrbio. Porém, a partir desse estudo
mais recente publicado no periódico científico Molecular Psychiatry essa tese foi por
vez provada ser verdadeira. Na pesquisa, foram avaliadas 5,7 milhões de crianças,
nascidas entre 1985 e 2004 em cinco países. Desse grupo, 30.902 eram portadoras
de alguma desordem do espectro autista e outras 10.128 se enquadravam no
Transtorno do Espectro Autista. Os estudiosos tinham como objetivo investigar se a
idade avançada do pai e da mãe era, por si só, um fator de risco para o autismo. E foi
exatamente o que descobriram: os resultados evidenciaram que quanto mais velhos
os pais (tanto o homem quanto a mulher), maior o risco de os seus filhos serem
autistas ou terem algum transtorno associado a esse distúrbio. As análises
apontaram ainda que a propensão ao problema crescia quando havia uma diferença
de idade maior do que dez anos entre os genitores.
Bibliografia

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tea-transtorno-do-
espectro-autista-ii/
www.assistiva.com.br/tassistiva.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_assistiva
http://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/historia-
do-autismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagnostic_and_Statistical_Manual_of_Mental
_Disorders
http://www.redepsi.com.br/2009/05/28/o-que-o-autismo/
http://www.redepsi.com.br/2010/08/11/morre-o-ivar-lovaas-pioneiro-
no-trabalho-com-portadores-do-transtorno-de-espectro-autista/
read:https://g1.globo.com/bemestar/noticia/hormonio-que-afeta-pressao-
arterial-pode-estar-envolvido-na-presenca-do-autismo-diz-estudo.ghtml
https://saude.abril.com.br/medicina/novo-exame-diagnostica-autismo-em-
bebes-com-3-meses-de-vida/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_de_Conscientização_do_Autismo
https://bebe.abril.com.br/gravidez/autismo-novidades-sobre-o-diagnostico-e-o-
tratamento-do-transtorno/

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