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Câmara Ambiental do Setor Sucroalcooleiro

GT de P+L: Mudanças Tecnológicas – Procedimentos

A PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) NO


SETOR SUCROALCOOLEIRO
- INFORMAÇÕES GERAIS -

1. Apresentação

Este documento tem como objetivo apresentar informações gerais sobre a P+L e sua aplicação no
setor sucroalcooleiro, para compartilhamento de conhecimento sobre o assunto de modo a permitir
sua discussão no Grupo de Trabalho (GT) de P+L: Mudanças Tecnológicas – Procedimentos, criado
em 24/11/2002 no âmbito da Câmara Ambiental do Setor Sucroalcooleiro.

2. Introdução

O desenvolvimento da agricultura no Período Neolítico significou uma importante transição para a


humanidade, a partir da qual o homem passou progressivamente a transformar os diversos recursos
naturais em bens e serviços para sua subsistência e melhoria de qualidade de vida. Desde então a
história da humanidade pode ser vista como o desenvolvimento progressivo das estruturas que
garantam estas transformações, e consequentemente a satisfação de nossas necessidades.

Este processo, de uso e transformação de recursos naturais, traz efeitos negativos, como tem ficado
cada vez mais evidente conforme se tornam mais intensas e complexas as interações entre a
humanidade e a natureza. Este fato fez com que se fizessem necessárias medidas que limitassem os
danos causados pela nossa atividade no meio ambiente.

As primeiras iniciativas neste sentido, denominadas de “controle corretivo”, tratavam de reduzir os


danos causados ao meio ambiente por resíduos já gerados. São exemplos a colocação de um filtro
numa chaminé, a instalação de um processo de tratamento de efluentes e a disposição final adequada
dos resíduos.
A Produção mais Limpa no Setor Sucroalcooleiro- Informações Gerais
CETESB / Novembro 2002

Com o passar do tempo percebeu-se que a geração de resíduos é resultado da ineficiência de


transformação de insumos (matérias-primas, água e energia) em produtos, acarretando em danos ao
meio ambiente e custos para as empresas. A geração de resíduos passou a ser considerada como um
desperdício de dinheiro com compra de insumos, desgaste de equipamentos, horas de empregados,
etc, além dos demais custos envolvidos com o seu armazenamento, tratamento, transporte e
disposição final. A solução para minimização destes problemas veio com a adoção de técnicas
conhecidas como de “controle preventivo”, significando evitar ou minimizar a geração de resíduos na
fonte geradora. São exemplos a minimização do consumo de água, o uso de matérias-primas atóxicas,
dentre outras.

Desta forma para se atingir a produção sustentável são requeridas ações muito mais amplas, dentre as
quais se destaca a chamada Produção Mais Limpa, cujos principais conceitos serão apresentados no
próximo item.

3. Conceitos

A estratégia de redução (ou eliminação) de resíduos (ou poluentes) na fonte geradora consiste no
desenvolvimento de ações que promovam a redução de desperdícios, a conservação de recursos
naturais, a redução ou eliminação de substâncias tóxicas (presentes em matérias-primas ou produtos
auxiliares), a redução da quantidade de resíduos gerados por processos e produtos, e
consequentemente, a redução de poluentes lançados para o ar, solo e águas.

Diversos termos, tais como Produção mais Limpa (Cleaner Production), Prevenção à Poluição
(Pollution Prevention), Tecnologias Limpas (Clean Technologies), Redução na Fonte (Source
Reduction) e Minimização de Resíduos (Waste Minimization) têm sido utilizados ao redor do mundo
para definir este conceito. Algumas vezes estes termos são considerados sinônimos, e às vezes
complementares, requerendo uma análise aprofundada das ações e das propostas inseridas dentro de
cada contexto.

A CETESB utiliza os termos Prevenção à Poluição (P2) e Produção mais Limpa (P+L). O primeiro já
é consagrado nos EUA (Estados Unidos da América) e foi disseminado pela EPA (Agência
Ambiental Americana), através de um Decreto Lei promulgado pelo Governo Federal Americano, em
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1990 (Pollution Prevention Act). O segundo foi definido pelo UNEP (Organização Ambiental das
Nações Unidas), durante o lançamento do Programa de Produção mais Limpa em 1989.

As definições e conceitos apresentados a seguir tem a finalidade de promover uma uniformização


terminológica relativo ao tema, de modo a facilitar a compreensão deste assunto e ressaltar que
qualquer ação que promova a redução ou eliminação de poluentes na fonte geradora deve sempre ser
priorizada dentro da hierarquia de gerenciamento ambiental.

Produção mais limpa (P+L)


É a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos
e serviços, para aumentar a eficiência ambiental e reduzir os riscos ao homem e ao meio
ambiente. Aplica-se a:
• Processos Produtivos: na conservação de matérias-primas, água e energia, na eliminação de
matérias-primas tóxicas e na redução na fonte da quantidade e toxicidade dos resíduos e
emissões gerados;
• Produtos: na redução dos impactos negativos dos produtos ao longo do seu ciclo de vida,
desde a extração de matérias-primas até a sua disposição final;
• Serviços: na incorporação das questões ambientais no planejamento e execução dos serviços.
(UNEP- United NationsEnvironmental Programme)
Produção +Limpa requer mudanças de atitude, garantia de gerenciamento ambiental responsável,
criação de políticas nacionais direcionadas e avaliação de alternativas tecnológicas.
(Conferência das Américas-1998)

Prevenção à Poluição (P2) - ou Redução na Fonte


É o uso de práticas, processos, técnicas ou tecnologias que evitem ou minimizem a geração de
resíduos e poluentes na fonte geradora, reduzindo os riscos globais à saúde humana e ao meio
ambiente.
Inclui modificações nos equipamentos, nos processos ou procedimentos, reformulação ou
replanejamento de produtos, substituição de matéria-prima e melhorias nos gerenciamentos
administrativos e técnicos da entidade/empresa, resultando em aumento de eficiência no uso dos
insumos (matérias-primas, energia, água etc).
As práticas de reciclagem fora do processo, tratamento e disposição dos resíduos gerados, não
são consideradas atividades de Prevenção à Poluição, uma vez que não implicam na redução da
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quantidade de resíduos e/ou poluentes na fonte geradora, mas atuam de forma corretiva sobre os
efeitos e as conseqüências oriundas do resíduo gerado.
(USEPA, 1990)

É interessante ressaltar que as técnicas de Prevenção à Poluição (P2) fazem parte das de Produção
mais Limpa (P+L), mas não são as únicas. Existem, além destas, estratégias de P+L para quando não
se consegue evitar ou minimizar a geração do resíduo, e consistem basicamente em buscar outros
usos para estes. Para melhor compreender estas técnicas, é interessante apresentar mais dois
conceitos:

Reuso
É qualquer prática ou técnica que permite a reutilização do resíduo, sem que o mesmo seja
submetido a um tratamento que altere as suas características físico-químicas.
(CETESB, 1998)

Reciclagem
É qualquer técnica ou tecnologia que permite o reaproveitamento de um resíduo, após o mesmo
ter sido submetido a um tratamento que altere as suas características físico-químicas. A
reciclagem pode ser classificada como:
• Reciclagem dentro do processo: Permite o reaproveitamento do resíduo como insumo no
processo que causou a sua geração. Exemplo: reaproveitamento de água tratada no
processamento industrial;
• Reciclagem fora do processo: Permite o reaproveitamento do resíduo como insumo em um
processo diferente daquele que causou a sua geração. Exemplo: reaproveitamento de cacos de
vidro, de diferentes origens, na produção de novas embalagens de vidro.
(CETESB, 1998)

Quanto tratamos do gerenciamento de um resíduo dentro do conceito de produção mais limpa,


devemos ter em mente que existe uma certa hierarquia de preferência dentre as possíveis alternativas,
de modo a determinar qual a melhor solução do ponto de vista ambiental. A figura a seguir apresenta
esta ordem.
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Figura 1: Hierarquia de gerenciamento ambiental

MAIOR REDUÇÃO NA FONTE (P2)


• Eliminação/ redução no uso de matérias-primas ou materiais tóxicos;
PRODUÇÃO MAIS LIMPA

• Melhoria nos procedimentos operacionais e na aquisição e estoque de


materiais;
• Uso eficiente dos insumos (água, energia, matérias-primas, etc);
VANTAGEM AMBIENTAL RELATIVA

• Reuso/ reciclagem dentro do processo;


• Adoção de tecnologias limpas;
• Melhoria no planejamento de produtos;
• etc.

RECICLAGEM/ RESUO FORA DO PROCESSO

TRATAMENTO RESIDUOS
MEDIDAS DE
CONTROLE

DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS

RECUPERAÇÃO DE ÁREA CONTAMINADA

MENOR

Resumidamente esta hierarquia propõe que antes de determinar soluções de tratamento ou destinação
final dos resíduos já gerados sejam verificadas alternativas de redução da geração destes resíduos na
fonte. Em outras palavras, deve-se sempre tentar evitar (ou ao menos minimizar) a geração dos
resíduos, para apenas depois buscar técnicas de reuso e reciclagem destes resíduos fora do processo, e
apenas na impossibilidade de usar estas técnicas enviar estes para tratamento e disposição final.

4. Programa de P+L/ P2

A implementação de ações de P+L pelas empresas implica no estabelecimento de um programa, que


deve incluir desde o comprometimento da direção com os princípios da P+L até a avaliação de seu
desempenho. Além disso, um programa de P+L deve contemplar seu aprimoramento contínuo, ou
seja, o estabelecimento de novas metas no final de sua execução, reiniciando o ciclo de
implementação.
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Nesta parte do texto comenta-se brevemente alguns pontos importantes do processo de implantação
de um programa de P+L. Para maiores detalhes sobre como implementar estas ações, consultar o
“Manual de Implementação de um Programa de Prevenção à Poluição” da CETESB, disponível para
"download" no site (www.cetesb.sp.gov.br).

Quem pode implementar ações de P+L/P2?


Qualquer pessoa / organização que:
➣ visa otimizar o uso de insumos / recursos disponíveis (água, energia, matérias-primas, etc.);
➣ visa reduzir a geração de resíduos ou o uso de substâncias perigosas em suas atividades ou
processos produtivos;
➣ deseja melhorar a qualidade ambiental local e global;
➣ visa o bem estar da comunidade e das futuras gerações;
➣ visa operar de forma ambientalmente segura e responsável;
➣ deseja alcançar um estágio superior ao de seus concorrentes em relação à melhoria da
qualidade ambiental;
➣ visa reduzir os custos envolvidos no tratamento de resíduos, na compra de matérias-primas e
nos processos produtivos;

Como implementar um programa de prevenção à poluição?


Qualquer pessoa pode implementar ações de P+L/P2, adotando simples atitudes no seu dia-a-dia, tais
como: otimizar o uso de água, energia e demais recursos, evitando o desperdício; dar preferência à
compra de materiais que causem menor impacto ambiental; deixar o carro próprio na garagem,
reutilizar embalagens; separar materiais recicláveis e enviar para um centro de coleta seletiva.

A implementação de ações de P+L/P2 por uma organização implica no desenvolvimento de um


Programa de P2. A metodologia sugerida pela CETESB obedece a seguinte seqüência:
➣ comprometimento da direção da empresa
➣ definição da equipe de P2
➣ elaboração da Declaração de Intenções
➣ estabelecimento de prioridades objetivos e metas
➣ elaboração de cronograma de atividades
➣ disseminação de informações sobre P2
➣ levantamento de dados
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➣ definição de indicadores de desempenho


➣ identificação de oportunidades de P2
➣ levantamento de tecnologias
➣ avaliação econômica
➣ seleção das oportunidades de P2
➣ implementação das medidas de P2
➣ avaliação dos resultados
➣ manutenção do programa

Quais os benefícios de implementar um Programa de Prevenção à Poluição?


A implementação de ações de P+L/P2 resulta em:
➣ melhoria da cidadania e desenvolvimento sustentável
➣ melhor qualidade de vida e melhoria da conscientização ambiental
➣ melhoria da qualidade ambiental local e global
➣ economia de consumo de água e energia
➣ redução do uso de matérias-primas tóxicas
➣ redução da geração de resíduos
➣ aumento da segurança no ambiente de trabalho, com conseqüente redução de afastamentos por
acidentes
➣ redução ou eliminação de resíduos, com conseqüente redução dos gastos relativos ao
gerenciamento dos mesmos
➣ minimização da transferência de poluentes de um meio para o outro
➣ melhoria do desempenho ambiental
➣ redução ou mesmo eliminação de conflitos junto aos órgãos de fiscalização
➣ melhoria da motivação dos funcionários
➣ melhoria da imagem pública da empresa
➣ redução de possíveis conflitos com a comunidade circunvizinha
➣ melhoria da competitividade da empresa e da qualidade do produto
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5. A Produção mais Limpa (P+L) no setor sucroalcooleiro

O Setor Sucroalcooleiro, como uma das grandes forças econômicas e de produção de bens no nosso
Estado, muito já realizou no sentido de aprimorar e otimizar seu processo produtivo.

As fábricas de açúcar e álcool, desde muito tempo, vêm desenvolvendo e implantando medidas que
minimizam os impactos ambientais decorrentes de sua atividade produtiva. Muitas dessas medidas
estão inseridas no conceito de P+L, porém não são conhecidas e difundidas no setor como tal.

Este documento não visa apresentar uma compilação de técnicas de P+L empregadas no setor, uma
vez que a maioria delas são de amplo conhecimento dos inúmeros especialistas da área, mas sim
mostrar que muito já foi feito e que da somatória dos conhecimentos técnicos específicos do setor
produtivo com os de proteção ambiental, muitas outras ações profícuas poderão ser implementadas.

Como um documento que reúne uma base teórica inicial de informações para embasar a primeira
reunião do GT, apresenta-se na próxima página um fluxograma genérico e simplificado do processo
de produção de açúcar e álcool, e logo em seguida uma tabela apresentando medidas de P+L para os
principais rejeitos do setor.
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Fig. 2: Fluxograma do balanço de massa genérico de uma usina de açucar e álcool


CANA
1.000 t
ÁGUA DE LAVAGEM
ÁGUA LAVAGEM (5.000 m3)
(5.000 m3)

ÁGUA BAGAÇO DE CANA


(270 m3) MOENDA (270 t)
110 m3
Cal + SO2
(20 m3)
CLARIFICAÇÃO
VAPOR P/ CALDEIRA
3
1.130 m
40 m3 TORTA
100 m3 (35 t)
DECANTAÇÃO FILTRO
1.030 m3 CONDENSADO DO ÁGUA
EVAPORADOR (50 m3)
VAPOR EVAPORAÇÃO (580 m3) ÁGUA
(7.300 m3)
235 m3 P/ CALDEIRA
C.B.
VAPOR P/ CALDEIRA ÁGUA DO COND.
COZIMENTO BAROMÉTRICO
(7.715 m3)
165 m3
ÁGUA ÁGUA
(3 m3) CRISTALIZAÇÃO (3.400 m3)
C.B.
ÁGUA DO COND.
ÁGUA BAROMÉTRICO
(400 m3) DILUIÇÃO MELAÇO (3.470 m3)

500 m3

AÇÚCAR
FERMENTAÇÃO 96 L

P/ CALDEIRA
VAPOR
DESTILAÇÃO
VINHOTO
(360 m3)

RETIFICAÇÃO
ÁLCOOL
36 m3
EXEMPLOS DE MEDIDAS DE P+L
REJEITO ORIGEM COMPOSIÇÃO
REDUÇÃO REUSO/ RECICLO
• Eliminação da despalha com fogo
reduz aderência de terra e • Reciclagem no processo de
pedregulhos, podendo haver dispensa embebição (permite recuperação de
• Teores consideráveis de da lavagem;
parte da sacarose diluída);
sacarose, principalmente
Água de no caso de despalha da • Realização da lavagem em mesa • Reciclagem no processo de
• Lavagem da cana
lavagem da cana com fogo; separada daquela onde ocorre o lavagem (necessário tratamento para
antes da moagem;
cana desfibramento (evita perda de remoção de sólidos grosseiros e
• Matéria vegetal, terra e bagacilho aderido);
resíduos sedimentáveis, e
pedregulhos aderidos;
• Redução vazão de água usada, eventualmente para remoção
através da remoção à seco de parte substâncias orgânicas solúveis);
das impurezas;
• Reciclagem da água no próprio
• Redução perda do xarope: processo (cuidado com teor de
açúcar);
Água dos - redução da velocidade do fluxo;
• Reciclagem no processo, mas em
condensadores - redução da temperatura da água outra etapa, como:
barométricos de condensação;
• Água contendo - embebição da cana;
e • Concentração do • Recuperação do xarope:
açúcares, arrastados em
caldo - lavagem do mel após cristalização
Água gotículas; - uso de obstáculos que diminuam o do açúcar;
condensada arraste (separadores e
nos recuperadores de arraste); - geração de vapor;
evaporadores - lavagem filtros;
- aumento da altura dos
evaporadores; - preparo de solução para caleagem
(na clarificação);
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EXEMPLOS DE MEDIDAS DE P+L


REJEITO ORIGEM COMPOSIÇÃO
REDUÇÃO REUSO/ RECICLO
• Cogeração energia elétrica;
• Obtenção de composto- uso como
• Moagem da cana e • Celulose, com teor de
adubo;
Bagaço •
extração do caldo umidade de 40- 60%; • Produção de ração animal;
• Produção de aglomerados;
• Produção de celulose;
• Resíduos solúveis e
Torta de • Filtração do lodo gerado • Uso como condicionador do solo;
insolúveis da calagem; •
filtração na clarificação; • Produção de ração animal;
• Rico em fosfatos;
• Pelo elevado teor de fosfato e
• Remoção química (soda • Variam muito, mas pequena quantidade, incorporação ao
Água de vinhoto para uso como fertilizante;
ou solução ác. clorídrico) predomínio de fosfatos,
remoção de •
de sais, na concentração do sílica, sulfatos, carbonatos e • Uso como complemento da
incrustações
caldo (volume reduzido); oxalatos; atividade em tratamento biológico de
efluentes;
• Lavagem dos recipientes
Água da • Semelhante ao vinhoto,
de fermentação, p/
lavagem das mas bem mais diluído(cerca
obtenção álcool (volume • Uso como fertilizante (observar
dornas de 20% de vinhoto);
reduzido); • taxa de aplicação em função da
• Resíduos da destilação composição e do tipo de solo);
Vinhoto do melaço fermentado • Alta DBO e DQO;
(para obtenção do álcool);
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• Praticamente todo usado na • Produção álcool;
Melaço • Fabricação açúcar; • Alta DBO (~90.000 mg/l);
produção do álcool; • Fabricação levedura;
Ponta da •Corta da cana para
• • • Alimento animal;
cana moagem;
6. Proposta de Trabalho

Para aprofundar estas questões, a CETESB propõe que dentro da Câmara Ambiental do Setor
Sucroalcooleiro, no GT de P+L: Mudanças Tecnológicas – Procedimentos, sejam discutidos
inicialmente os seguintes tópicos:

- Difusão do conceito de P+L no setor;

- Levantamento de Casos de Sucesso em P+L, entre as empresas do setor;

- Elaboração de documento técnico sobre a produção de açúcar e álcool e o meio ambiente;

São Paulo, 25 de Novembro de 2002.

Engº Flávio de Miranda Ribeiro


Setor de Técnicas de Prevenção à Poluição
A Produção mais Limpa no Setor Sucroalcooleiro- Informações Gerais
CETESB / Novembro 2002
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