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Cálculo II
Jurandir de Oliveira Lopes
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CHEFE DO DEPARTAMENTO
Valdemiro da Paz Brito
Inclui bibliografia
CDU: 32
Este texto é destinado aos estudantes aprendizes que participam do
programa de Educação a Distância da Universidade Aberta do Piauí
(UAPI) vinculada ao consórcio formado pela Universidade Federal do
Piauí (UFPI) Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Centro Federal
de Ensino Tecnológico do Piauí (CEFET-PI), com apoio do Governo do
estado do Piauí, através da Secretaria de Educação.
Resumo
Nesta unidade, introduzimos algumas das principais
técnicas de integração mostrando a importância de
cada uma delas. Serão feitos muitos exemplos
importantes, conhecendo suas características e
suas particularidades. Indicamos alguns livros mais
avançados e links para o aprofundamento de
conteúdo.
1.1 Introdução
Nesta seção estamos assumido que o leitor já saiba o conceito de pri-
mitiva (antiderivada), isto é, dada uma função f : [a, b] → IR, encontar
uma função F : [a, b] → IR tal que
dF (x)
= F ′ (x) = f (x) para todo x ∈ [a, b]. (1.1)
dx
8
9
R R
1. αf (x)dx = α f (x)dx para qualquer constante α.
R R R
2. [f (x) + g(x)]dx= f (x)dx + g(x)dx.
x3 x
Z Z Z Z
2 x 2 x
(x +e −3 cos x)dx = x dx+ e dx−3 cos xdx = +e −3 sen x+C.
3
dg
então, (F ◦ g) é uma primitiva para (f ◦ g) , isto é,
dx
dg(x)
Z Z
f (g(x)) dx = f (u)du.
dx
d(F ◦ g) dF du du dg
= . = f (u) = (f ◦ g) .
dx du dx dx dx
du du
Faça a substituição u = x2 − 1, então = 2x ⇒ dx = , assim a
dx 2x
integral pode ser reescrita como:
Z
u2 2xdu
Z
2x
= u2 du.
u3
Z
u2 du = + C.
3
(x2 − 1)3
Z
(x2 − 1)2 2xdx = + C.
3
R
Exemplo 1.2.2. Determine cos (5x)dx
11
du du
Faça u = 5x, então = 5 ⇒ dx = e a integral pode ser
dx 5
reescrita como:
du 1
Z Z
cos u = cos udu.
5 5
Desse modo, obtemos
1 1
Z
cos udu = sen u + C.
5 5
Retornando para a variável x, temos
1
Z
cos (5x)dx = sen (5x) + C.
5
Exemplo 1.2.3. Calcule cos (x)2( sen x) dx
R
du du
Faça u = sen x, assim temos que = cos x ⇒ dx = , assim
dx cos x
a integral pode ser reescrita como:
Z
cos x2u du
Z
cos x
= 2u du.
Observação 1.2.1. Não existe regra de como escolher a substituição Saiba Mais: Para
x2 + x − 1 3 9 3
Z
√ dx = − (−x + 1)8/3 + (−x + 1)5/3 − (−x + 1)2/3 + C.
3
−x + 1 8 5 2
sen x
Z Z
tg xdx = dx.
cos x
du −du
= − sen x ⇒ dx = .
dx sen x
sec x(sec x + tg x)
Z Z
sec xdx = dx.
(sec x + tg x)
du
= sec x tg x + sec2 x = sec x(sec x + tg x),
dx
14
du
dx = .
sec x(sec x + tg x)
(((((
du = du = ln |u| + C.
usec x(sec x + tg x) u
1.2.1 Exercı́cios
x
Z
(i) 4
dx
x +1
Z
(j) (cos xe sen x − ex + sec x)dx
15
2
x3 − x2 + 1
Z
(k) ( )dx
1 x+1
Z e
ln x
(l) ( )dx
1 x
Z π2 √
cos ( x)
(m) √ dx
π2
4
x
Z 1
x+1
(n) 2
dx
0 x + 2x + 10
1.2.2 Respostas
1. x2 − 31 cos (3x) + C
1
2. (a) 2
ln x2 − 1 + C
(b) x + ln (2x + 1) + C
1
(c) ln (x4 + 2) + C
4
1
(d) − cos (4x + 2) + C
4
2
(e) (7x + 1)3/2 + C
21
(f) − cos (ex ) + C
3 20
(g) (x + 3)8/3 − 4(x + 3)5/3 + (x + 3)2/3 + C
8 3
1
(h) ln | sec(2x) + tg (2x)| + C
2
1
(i) arctg x2 + C
2
(j) e sen x − ex + ln | sec x + tg x| + C
4
(k) ln 2 − ln 3 +
3
1
(l)
2
(m) −1
(n) ln 13 − ln 10
Logo,
dg d(f g) df
f = −g
dx dx dx
Usando que a integral da soma é a soma das integrais, obtemos:
dg d(f g) df
Z Z Z
f = − g
dx dx dx
1
Z Z Z
I = f g − gdf = xllnx − x dx = x ln x − dx = x ln x − x + C.
x
Z
= cos (x)e + (− sen (x)xex dx = cos (x)ex + I.
x
Resultando que
1.3.1 Exercı́cios
1.3.2 Respostas
2 2
1. − x cos (3x) + sen (3x) + C
3 9
1 2 1 2
2. (a) x ln x − x +C
2 4
1 1 3
(b) x3 ln x − x +C
3 9
19
(c) x(ln2 x − 2 ln x + 2) + C
1 1
(d) − x cos (4x + 2) + sen (4x + 2) + C
4 16
2x
(e) 3 [x2 ln2 2 − 2x ln 2 + 2] + C
ln 2
ex
(f) (cos x + sen x) + C
2
1
(g) x arctg x − ln |x2 + 1| + C
2
(h) x tg (x) + ln | cos x| + C
2
ex 2
(i) (x − 1) + C
2
1 2
(j) cos (2x)ex + sen (2x)ex + C
5 5
3
(k) 2 ln 2 −
4
2 3 1
(l) e +
9 9
1 2
(m) (e − 1)
4
(n) 1 − 2e−1
tg 2 a + 1 = sec2 a. (1.5)
1 + cos (2a)
cos2 a = . (1.6)
2
20
1 − cos (2a)
sen 2 a = . (1.7)
2
sen (a + b) + sen (a − b)
sen a cos b = . (1.8)
2
cos (a + b) + cos (a − b)
cos a cos b = . (1.9)
2
cos (a − b) − cos (a + b)
sen a sen b = . (1.10)
2
Com as fórmulas acimas podemos resolver alguns tipos de integrais.
Por exemplo:
R
Exemplo 1.4.1. Calcule a integral sen (3x) cos (2x)dx
Observação 1.4.1. Só lembrando que algumas integrais dos três exem-
plos anteriores são resolvidas por substituição(simples), como por exem-
R
plo cos (4x)dx.
21
R
Desse modo, para determinar cos (4x)dx, faça u = 4x, então te-
du
mos que du = 4dx ⇒ dx = . Assim
4
du 1
Z Z Z
cos (4x)dx = cos (u) = cos (u)du
4 4
1 1
= sen u + C = sen 4x + C.
4 4
Para resolver integrais de potência de seno, cosseno, tangente e
secante, usaremos algumas fórmulas de recorrências.
Proposição 1.4.1. Mostre que para todo n natural com n ≥ 2 vale que
cos x sen n−1 x n − 1
Z Z
n
sen xdx = − + sen n−2 xdx + C
n n
Z Z
Prova. Temos que sen n xdx = sen n−1 x sen xdx. Usando integração
por partes, escolhemos f (x) = sen n−1 x e da fórmula (1.3) segue-se
que dg = sen xdx, então
Z
n−2
df (x) = (n − 1) sen x cos xdx e g = sen xdx = − cos x.
Portanto,
Z Z
n n−1
I= sen xdxdx = −cos x sen x + (n − 1) sen n−2 x cos2 xdx.
Assim,
Z
n−1
I + (n − 1)I = −cos x sen x + (n − 1) sen n−2 xdx.
Portanto,
cos x sen n−1 x (n − 1)
Z
I =− + sen n−2 xdx
n n
.
22
sen 2 (x)dx.
R
Exemplo 1.4.4. Calcule a integral
sen 4 (x)dx.
R
Exemplo 1.4.5. Determine a integral I =
Proposição 1.4.2. Mostre que para todo n natural com n ≥ 2 vale que
sen x cosn−1 x n − 1
Z Z
n
cos xdx = + cosn−2 xdx + C
n n
Prova. Exercı́cio a cargo do leitor.
cos3 xdx.
R
Exemplo 1.4.6. Calcule I =
Proposição 1.4.3. Mostre que para todo n natural com n ≥ 2 vale que
tg x secn−2 x n − 2
Z Z
n
sec xdx = + secn−2 xdx + C.
n−1 n−1
Z Z
Prova. Temos que sec xdx = secn−2 x sec2 xdx. Usando integração
n
e
Z
g= sec2 xdx = tg x.
Portanto,
Z Z
n n−2
I= sec xdxdx = tg x sec x + (n − 2) secn−2 x tg 2 xdx.
Z
n−2
= tg x sec x + (n − 2) secn−2 xde − (n − 2)I.
Assim,
Z
n−2
I + (n − 2)I = tg x sec x + (n − 2) secn xdx.
Portanto,
tg x secn−2 x n − 2
Z
I= + secn xdx.
n−1 n−1
tg x sec x 1 tg x sec x 1
Z Z
3
sec (x)dx = + sec xdx = + ln | sec x + tg x|+C.
2 2 2 2
sec5 xdx.
R
Exemplo 1.4.8. Determine a integral
24
onde u = sen x.
du
Agora faça u = sen x ⇒ du = cos xdx, donde dx = . Assim,
cos x
cosdux .
Z Z
n 2 s
sen x(1 − sen x) cos xdx = un (1 − u2 )s cos x
Portanto, Z Z
n m
sen x cos xdx = un (1 − u2 )s du.
onde u = cos x.
−du
Agora faça u = cos x ⇒ du = − sen xdx, donde dx = . Assim,
sen x
(−du)
Z Z
senx .
n 2 s
cos x(1 − cos x) sen xdx = un (1 − u2 )s sen x
Portanto Z Z
n m
cos x sen xdx = − un (1 − u2 )s du.
1 − cos2 (2x)
Z
Faça A = dx. Assim, usando as propriedades
4
de integrais e equação (1.6), temos que
1 − cos2 (2x)
Z
1 1
Z Z
dx = dx − cos2 (2x)dx
4 4 4
Z
1 1 1 + cos (4x)
Z
= dx − dx.
4 4 2
Daı́
1 − cos2 (2x)
Z
1 1 1
Z
dx = x − x − cos (4x)dx.
4 4 8 8
R
Resolvendo a integral cos (4x)dx através de uma substituição (sim-
ples) temos que
1
Z
cos (4x)dx = sen (4x) + C.
4
27
Portanto
1 1
Z
cos2 x sen 2 xdx = x − sen (4x) + C.
8 32
Proposição 1.4.6. Se n 6= 0 prove que
Z Z
sec x sec x tg xdx = un du
n
onde u = sec x.
du
Prova. Faça u = sec x ⇒ du = sec x tg xdx donde dx = .
sec x tg x
Assim,
x du =
secxtg
Z Z Z
u
secxtg x
n x n
sec x sec tg xdx = un du.
Temos que
Z Z
− 12 3
sec x tg xdx = sec− 2 x sec x tg xdx.
3
Vamos aplicar o resultado anterior para n = − , assim
2
Z Z
3 3 1
sec− 2 x sec x tg xdx = u− 2 du = −2u− 2 + C.
onde u = sec x.
28
du
Agora faça u = sec x ⇒ du = sec x tg xdx, donde dx = .
sec x tg x
Assim,
secxtgx
du
Z Z
n m
sec x tg xdx = un−1(u2 − 1)s sec x tg x
Z
= un−1(u2 − 1)s du.
sec1/2 x tg 3 xdx.
R
Exemplo 1.4.16. Calcule a integral
u5/2 u1 /2
Z Z
2
u −1/2
(u − 1)du = (u3/2 − u−1/2 )du = − + C.
5/2 1/2
sec5/2 x
Z
sec3 x tg 3 xdx = 2 − 2sec1/2 x + C.
5
onde u = tg x.
du
Prova. Faça u = tg x ⇒ du = sec2 xdx donde dx = . Assim,
sec2 x
u 2x du
Z Z Z
sec2x dx =
n n n
sec x tg xdx = sec un du.
onde u = tg x.
du
Agora u = tg x ⇒ du = sec2 xdx, donde dx = . Assim,
sec2 x
du
Z Z Z
tg x sec xdx = u (u + 1) sec x 2 = un (u2 + 1)s du.
n m n 2 s 2
sec x
R π/4
Exemplo 1.4.18. Calcule integral definida 0 tg 10 x sec4 xdx.
1.4.1 Exercı́cios
1.4.2 Respostas
1 1
(b) sen(3x) − sen (7x) + C
6 14
(c) 1 − 3 sen 2 x + 3 sen 4 x − sen 6 x + C
1 1
(d) − cos (4x + 2) + cos3 (4x + 2) + C
4 12
1
(e) − cos (4x) + C
8
1 1
(f) sen 15 x − sen 17 x + C
15 17
1
(g) − tg −2 + C
2
1 3 3 1
(h) sec9 (x) − sec7 (x) + sec5 (x) − sec3 (x) + C
9 7 5 3
1
(i) ln | sec x| + sec−2 x + C
2
1
(j) − cos4 (2x) + C
4
17
(k) −
480
1
(l)
2
17
(m)
480
(n) 0
x x
Sendo sen θ = ⇒ θ = arcsen ( ). Então, retornando para variável
2 2
x, temos que
dx x
Z
√ = arcsen ( ) + C.
4 − x2 2
R√
Exemplo 1.5.2. Calcule a integral I = 9 − x2 dx.
1 + cos (2θ) 9 9
Z Z Z
9 dθ = dθ + cos (2θ)dθ
2 2 2
9 9
= = θ + sen (2θ) + C.
2 4
Sabemos que sen (2θ) = 2 sen θ cos θ, assim
Z √
9 9
9 − x2 = θ + sen θ cos θ + C
2 2
x x
Sendo sen θ = ⇒ θ = arcsen ( ), então, para obter as outras
3 3
funções trigonométricas usaremos a figura 1.1, sabendo que x repre-
senta o cateto oposto e 3 representa a hipotenusa.
33
√
x 9 − x2
Logo da figura 1.1, temos que sen θ = e cos θ = . Assim,
3 3
Saiba Mais: Para retornando para variável x, temos que
mais detalhes √
dx 9 x x 9 − x2
Z
√ = arcsen ( ) + + C.
sobre a teoria 4 − x2 2 3 2
do método de
integração por
substituição tri- R 1
Exemplo 1.5.3. Calcule a integral I = dx.
3 + x2
gonométrica, ver
√
referência [12] Temos que a integral acima é tipo II. Assim a = 3 e substituição
√ √
é x = 3 tg θ então dx = 3 sec2 θdθ. Logo,
√
3 sec θdθ
Z
I = p
3 + 3 tg 2 θ
√
x sec θdθ
Z
= p
3(1 + tg 2 θ)
√
3 sec θdθ
Z
= √
3 sec2 θ
√
3 sec θdθ
Z
= √
√ 3 sec θ
3 sec θdθ
Z
= √
Z 3 sec θ
= dθ = θ + C.
34
x x
Sendo tg θ = √ ⇒ θ = arctg ( √ ), então retornando para variável
3 3
x, temos que
1 x
Z
I= 2
dx = arctg ( √ ) + C.
3+x 3
R1 dx
Exemplo 1.5.4. Calcule a integral 0 √ .
1 + x2
Temos que a integral acima é tipo II. Assim a = 1 e substituição é
x = tg θ então dx = sec2 θdθ. Para
π
x = 0 ⇒ tg θ = 0 ⇒ θ = 0 e x = 1 ⇒ tg θ = 1 ⇒ θ = .
4
Logo,
π
sec2 θdθ
Z
4
I = p
0 1 + tg 2 θ
π
sec2 θdθ
Z
4
= √
0 sec2 θ
Z π
4
= sec θdθ.
0
=
4 tg θ
Z
= sec θdθ
= ln | sec θ + tg θ| + C.
35
x
Sendo sec θ = , então, para obter as funções trigonométricas usa-
4
remos a figura 1.2 abaixo, sabendo que x representa hipotenusa e 4
representa o cateto adjacente.
√
x x2 − 16
Logo da figura 1.2, temos que sec θ = e tg θ = . Assim
4 4
retornando para variável x, temos que
√
1 x x2 − 16
Z
√ dx = ln | + | + C.
x2 − 16 4 4
R dx
Exemplo 1.5.6. Calcule a integral I = .
x2 − 1
Temos que a integral acima é tipo III. Assim a = 1 e substituição
é x = sec θ então dx = sec θ tg θdθ. Logo
sec θ tg θdθ
Z
I =
sec2 θ − 1
sec θ tg θdθ
Z
=
tg 2 θ
sec θdθ
Z Z
= = cossec θdθ.
tg θ
Assim da Proposição (1.2.1), temos que
Z
cossec θdθ = ln | cossec θ + cotg θ| + C.
x
Sendo sec θ = , então para obter as funções trinométricas usare-
1
mos a figura 1.3, sabendo que x representa hipotenusa e 1 representa
o cateto adjacente3.
36
x
Usando a figura 1.3, temos que cossec θ = √ e cotg θ =
x2−1
1
√ . Assim retornando para variável x, temos que
x2 −1
dx x 1
Z
= ln | √ +√ | + C.
x2−1 x2 − 1 x2 − 1
1.5.1 Exercı́cios
√
1. Seja função f : [−r, r] → R definida pela lei f (x) = r 2 − x2 .
Calcule a seguinte integral
Z r
I =2 f (x)dx.
−r
1
Z
(a) 2
dx
x +9
1
Z
(b) √ dx
x2 − 4
1
Z
(c) dx
9 − x2
37
Z √
3 − x2
(d) dx
x
Z √
(e) x3 1 − x2 dx
1
Z
(f) √ dx
x x2 + 1
Z p
(g) 9 − (x − 1)2 dx
1
Z
(h) √ dx
x 1 − x2
Z √
(i) x x2 − 4dx
x+1
Z
(j) √ dx
x2 + 2x + 3
Z √2/2
1
(k) dx
0 1 − x2
Z 2 √
(l) x 4 − x2 dx
−2
√
Z 2 √
(m) x2 − 1dx
1
2
x
Z
(n) √ dx
0 x2 +4
1.5.2 Respostas
1. πr 2
1 x
2. (a) arctg + C
3 3
√
x x2 − 4
(b) ln | + |+C
2 2
1 3 3
(c) ln | √ + |+C
3 9 − x2 9 − x2
√ √ √
√ 3 3 − x2 3 − x2
(d) 3 ln | + |+ √ +C
x x x
√ √
( 1 − x2 )3 ( 1 − x2 )5
(e) − + +C
3 5
x
(f) ln | √ |+C
2
x +1
p
9 x+1 9 x + 1 9 − (x + 1)2
(g) arcsen ( )+ . . +C
2 3 2 3 3
(h) arcsec x + C
38
1 √ 2
(i) ( x − 4)3 + C
3
p
(j) (x + 1)2 + 2 + C
√
(k) ln | 2 + 1|
(l) 0
1
(m)
2
√
(n) 2( 2 − 1)
onde r(x) ≡ 0 ou o gran de r(x) é menor que o grau de q(x). Mas isso
significa que
Portanto,
r(x)
Z Z Z
f (x) = m(x) + .
q(x)
Como m(x) é um polinômio e nós já sabemos integrar polinômios,
r(x)
então para integrar f basta saber integrar a função racional .
q(x)
p(x)
Seja a função racional f (x) = tal que grau p(x) é menor do
q(x)
que o grau de q(x).
Vamos analisar casos de acordo com grau de q(x)
39
q(x) = a2 (x − α)2 , α ∈ R.
ax + b A B Ax − βA + Bx − αB
= + = , ∀x 6= α, β
(x − α)(x − β) x−α x−β (x − α)(x − β)
Assim
ax + b A B
Z Z Z
= + = A ln |x − α|+B ln |x − β|+C.
(x − α)(x − β) x−α x−β
−x + 3
Z
dx
(x − 1)(x − 3)
−x + 3
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x − 1)(x − 3)
parciais, como no Lema 1.6.1. Assim
40
−x + 3 A B A(x − 2) + B(x − 1)
= + =
(x − 1)(x − 3) x−1 x−2 (x − 2)(x − 1)
Segue-se então da igualdade de frações que
−x + 3 −2 1
Z Z Z
dx = dx + dx
(x − 1)(x − 3) x−1 x−2
= −2 ln | x − 1 | + ln | x − 2 | +C
x−2
= ln | | + C.
(x − 1)2
Exemplo 1.6.2. Para cacular a integral
1
Z
dx
x2 − 1
1 1
Vamos usar a decomposição da fração = em
x2
−1 (x − 1)(x + 1)
frações parciais, como no Lema 1.6.1. Assim
1 A B A(x + 1) + B(x − 1)
= + =
(x − 1)(x + 1) x−1 x+1 (x − 1)(x + 1)
Segue-se então da igualdade de frações que
1 1 1 1 1
Z Z Z
dx = dx − dx
(x − 1)(x + 1) 2 x−1 2 x+1
1 1
= ln | x − 1 | − ln | x − 2 | +C
2 2
1 x−1
= ln | |+C
2 x+1
Para estudar a possibilidade 1.2, basta observar o conteúdo do lema;
x3 +1
R
Exemplo 1.6.3. Calcule x2 −2x+1
dx
x2 − 2x + 1 = (x − 1)2
tem-se
x3 + 1 = (x2 − 2x + 1)(x + 2) + (3x − 1)
e consequentemente a igualdade:
x3 + 1 3x − 1
2
= (x + 2) + (1.12)
x − 2x + 1 (x − 1)2
Agora vamos decompor o último termo do lado direito da equação
(1.12) em frações parciais:
3x − 1 A B Ax − A + B
2
= + 2
=
(x − 1) x − 1 (x − 1) (x − 1)2
Segue-se então da igualdade de frações que 3x − 1 = A(x − 1) +
B. Podemos encontrar as constantes A e B através de igualdade de
polinômios ou atribuindo valores a x, em especial, as raı́zes de q(x).
Assim
para x = 1 ⇒ 3.1 − 1 = A(1 − 1) + B ⇒ B = 2
para x = 0 ⇒ 3.0 − 1 = A(0 − 1) + B ⇒ −1 = −A + 2 ⇒ A = 3
42
1 1 x
Z
dx = arctg +C
x2 + 16 4 4
3x + 1
Z
dx
x2 + 4x + 5
3x + 1 3x + 1
Z Z
2
dx = dx
x + 4x + 5 (x + 2)2 + 1
3x + 1 3(u − 2) + 1
Z Z
dx = du
x2 + 4x + 5 u2 + 1
u 1
Z Z
= 3 2
du − 5 2
du
u +1 u +1
3
= ln (u2 + 1) − 5. arctg (u2 + 1) + C
2
mais detalhes 3x + 1 3
Z
dx = ln ((x + 2)2 + 1) − 5 arctg ((x + 2)2 + 1) + C
sobre a teoria x2 + 4x + 5 2
do método de
integração por
• Caso[2]: A polinômio q(x) possui grau 3. Neste caso, o grau de
frações parcias,
p(x) é menor ou igual a 2.
ver referência [13]
Sendo q(x) um polinômio de grau 3 temos que q(x) = a3 x3 +
a2 x2 + a1 x + a0 com a3 6= 0. Neste caso, ocorre somente uma das
possibilidades abaixo:
q(x) = a3 (x − α)3 .
q(x) = a3 (x − α)s(x)
ax2 + bx + c A B C
= + +
(x − α)(x − β)(x − γ) x−α x−β x−γ
x2 + 3
Z
dx
(x − 1)(x − 3)(x + 1)
x2 + 3
Vamos usar a decomposição da fração em
(x − 1)(x − 3)(x + 1)
frações parciais, como no Lema 1.6.3. Assim,
x2 + 3 A B C
= + +
(x − 1)(x − 3)(x + 1) x−1 x−3 x+1
x2 + 3 A(x − 3)(x + 1) + B(x − 1)(x + 1) + C(x − 1)(x − 3)
=
(x − 1)(x − 3)(x + 1) (x − 1)(x − 3)(x + 1)
Segue-se então, da igualdade de frações que
para x = 3, temos
(−1)2 +3 = A((−1)−3)((−1)+1)+B((−1)−1)((−1)+1)+C((−1)−1)((−1)−3) ⇒ C
Logo,
x2 + 3 −1 3/2 1/2
Z Z Z Z
dx = dx + dx + dx
(x − 1)(x − 3)(x + 1) x−1 x−3 x+1
3 1
= − ln | x − 1 | + ln | x − 3 | + ln | x − 1 | +C
2 2
Exemplo 1.6.8. Calcule a integral
1
Z
dx
x3 −x
Temos que x3 − x = x(x2 − 1) = x(x − 1)(x + 1). Agora vamos usar
1
a decomposição da fração em frações parciais, como
(x − 1)x(x + 1)
no Lema 1.6.3. Assim,
1 A B C
= + +
(x − 1)x(x + 1) x−1 x x+1
1 Ax(x + 1) + B(x − 1)(x + 1) + Cx(x − 1)
=
(x − 1)x(x + 1) (x − 1)x(x + 1)
Segue-se então da igualdade de frações que
para x = 0, temos
1 = A.(−1).((−1)+1)+B((−1)−1)((−1)+1)+C(−1).((−1)−3) ⇒ C = 1/4.
Logo,
1 1/2 −1 1/4
Z Z Z Z
dx = dx + dx + dx
(x − 1)x(x + 1) x−1 x x+1
1 1
= ln | x − 1 | − ln | x | + ln | x + 1 | +C
2 4
ax2 + bx + c A B C
2
= + +
(x − α)(x − β) x − α x − β (x − β)2
x+3
Z
dx
(x − 1)(x − 3)2
x+3
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x − 1)(x − 3)2
parciais, como no Lema 1.6.4. Assim,
x+3 A B C
= + +
(x − 1)(x − 3)(x + 1) x − 1 x − 3 (x − 3)2
x+3 A(x − 3)2 + B(x − 1)(x − 3) + C(x − 1)
=
(x − 1)(x − 3)2 (x − 1)(x − 3)2
Segue-se então da igualdade de frações que
para x = 3, temos
Como existem duas raı́zes reais iguais, vamos atribuir outro valor para
x. Assim atribuindo x = 0, segue que
x2 + 1 A B C
2
= + + 2
(x − 1)x x−1 x x
x2 + 1 Ax2 + Bx(x − 1) + C(x − 1)
=
(x − 1)x2 (x − 1)x2
Segue-se então da igualdade de frações que
para x = 0, temos
Como existem duas raı́zes reais iguais, vamos atribuir outro valor para
x. Assim atribuindo x = 2, segue que
A B C
F = + 2
+
x − 3 (x − 3) (x − 3)3
A(x − 3)2 + B(x − 3) + C
F =
(x − 3)3
Segue-se então da igualdade de frações que
Como as três raı́zes são iguais, vamos atribuir outros dois valores para
x. Assim atribuindo x = 1 e x = 2, segue que
x+3 0 1 6
Z Z Z Z
3
dx = dx + 2
dx + dx
(x − 3) x−3 (x − 3) (x − 3)3
= −(x − 3)−1 − 3(x − 3)−2 + C
x+1
Podemos fazer a decomposição da fração em frações
(x − 1)3
parciais como no Lema 1.6.5, mas é mais conveniente fazer uma
substituição simples. De fato, faça u = x − 1 ⇒ x = u + 1 então
du = dx, assim, para x = 2 ⇒ u = 1 e para x = 3 ⇒ u = 2. Logo,
3 3
x+1 u+2
Z Z
dx = du
2 (x − 1)3 2 (u)3
Z 3 Z 3
1 1
= 2
du + 2 3
du
2 u 2 u
1 1
= (− − 2 ) |32
u u
11
=
36
ax2 + bx + c A Bx + C
= +
(x − α)s(x) x−α s(x)
x+3
Z
dx
(x − 1)(x2 + 1)
x+3
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x − 1)(x2 + 1)
parciais, como no Lema 1.6.6. Assim,
x+3 A Bx + C
= +
(x − 1)(x2 + 1) x−1 x2 + 1
50
Como só exixte uma raiz real, vamos atribuir outros dois valores para
x. Assim atribuindo x = 0 e x = 2, segue que
x+3 2 −2x − 1
Z Z Z
dx = dx + dx
(x − 1)(x2 + 1) x−1 x2 + 1
2 −2x −1
Z Z Z
= dx + 2
dx + 2
dx
x−1 x +1 x +1
= 2 ln | x − 1 | − ln | x2 + 1 | − arctg x + C
x2 + 2
Z
I= dx
(x3 − 1)
x2 + 2
Vamos usar a decomposição da fração em frações parci-
(x3 − 1)
ais, como no Lema 1.6.6. Sabemos que x3 − 1 = (x − 1)(x2 + x + 1),
assim
x2 + 2 A Bx + C
2
= + 2
(x − 1)(x + x + 1) x−1 x +x+1
x2 + 2 A(x2 + x + 1) + (Bx + C)(x − 1)
= .
(x − 1)(x2 + x + 1) (x − 1)(x2 + x + 1)
51
Como só exixte uma raiz real, vamos atribuir outros dois valores para
x. Assim atribuindo x = 0 e x = 2, segue que
1
x+ 2
Sendo tg θ = √ , então para obter as funções trigonométricas
3
2
1
usaremos a figura 1.4 , sabendo que x + representa cateto oposto e
√ 2
3
2
representa o cateto adjacente.
Portanto,
√
√
!
3 1
2
5 3 x+ 2
I = ln | x − 1 | − ln q
√ − 3 arctg
√ + C.
3
(x + 1 )2 + ( 3 )2 2
2 2
q(x) = a4 (x − α)4 .
ax3 + bx2 + cx + d A B C D
= + + +
(x − α)(x − β)(x − γ)(x − δ x−α x−β x−γ x−δ
x3 + 2
Z
I= dx
(x − 1)(x − 3)(x + 1)(x + 2)
x3 + 2
Vamos usar a decomposição da fração F =
(x − 1)(x − 3)(x + 1)(x + 2)
em frações parciais, como no Lema 1.6.7. Assim,
A B C D
F = + + + .
x−1 x−3 x+1 x+3
Donde
A B C D
F = + + +
x−1 x−3 x+1 x+3
A(x − 3)(x + 1)(x + 2) + B(x − 1)(x + 1)(x + 2)
=
(x − 1)(x − 3)(x + 1)(x − 2)
C(x − 1)(x − 3)(x + 2) + D(x − 1)(x − 3)(x + 1)
+
(x − 1)(x − 3)(x + 1)(x − 2)
para x = 3, temos
Logo,
−1/4 29/24 1/8 25/24
Z Z Z Z
I = dx + dx + dx + dx
x−1 x−3 x+1 x+3
1 29 1 25
= − ln | x − 1 | + ln | x − 3 | + ln | x + 1 | + ln | x + 3 | +C
4 24 8 24
Exemplo 1.6.16. Calcule a integral
1
Z
I= dx
x(x − 1)(x + 1)(x − 2)
1
Vamos usar a decomposição da fração F =
x(x − 1)(x + 1)(x − 2)
em frações parciais, como no Lema 1.6.7. Assim,
A B C D
F = + + +
x−1 x x+1 x−2
Ax(x + 1)(x − 2) + B(x − 1)(x + 1)(x − 2)
=
(x − 1)x(x + 1)(x − 2)
Cx(x − 1)(x − 2) + Dx(x − 1)(x + 1)
+
(x − 1)x(x + 1)(x − 2)
1 = Ax(x+1)(x−2)+B(x−1)(x−2)(x+1)+Cx(x−1)(x−2)+Dx(x−1)(x+1).
para x = 0, temos
Logo
ax3 + bx2 + cx + d A B C D
2
= + + +
(x − α)(x − β)(x − γ) x − α x − β x − γ (x − γ)2
x2 + x + 2
Z
I= dx
(x − 1)(x − 3)x2
x2 + x + 2
Vamos usar a decomposição da fração F = em
(x − 1)(x − 3)x2
frações parciais, como no Lema 1.6.8. Assim,
A B C D
F = + + + 2
x−1 x−3 x x
2 2
A(x − 3)x + B(x − 1)x + Cx(x − 1)(x − 3) + D(x − 1)(x − 3)
F =
(x − 1)(x − 3)x2
Segue-se, então, da igualdade de frações que
para x = 3, temos
para x = 0, temos
02 + 1 + 2 = D(0 − 1)(0 − 3) ⇒ D = 1.
Sendo apenas três raı́zes distintas, vamos atribuir outro valor para x,
assim atribuindo x = 2, segue que
22 + 1 + 2 = A(2 − 3).22 + B(2 − 1)22 + C(2 − 1)(2 − 3)2 + D(2 − 1)(2 − 3),
A B C D
F = + 2
+ +
x − 1 (x − 1) x x−5
A(x − 1)x(x − 5) + Bx(x − 5) + C(x − 1)2 (x − 5) + D(x − 1)2 x
F =
(x − 1)2 x(x − 5)
Segue-se então da igualdade de frações que
12 + 1 = B.1.(1 − 5) ⇒ B = −1/2,
para x = 0, temos
para x = 5, temos
Sendo apenas três raı́zes distintas, vamos atribuir outro valor para x,
assim, atribuindo x = 2, segue que
ax3 + bx2 + cx + d A B C D
2 2
= + 2
+ +
(x − α) (x − β) x − α (x − α) x − β (x − β)2
x+3
Z
dx
(x − 1)2 (x − 3)2
x+3
Vamos usar a decomposição da fração F = em
(x − 1)2 (x − 3)2
frações parciais, como no Lema 1.6.9. Assim,
A B C D
F = + 2
+ +
x − 1 (x − 1) x − 3 (x − 3)2
A(x − 1)(x − 3)2 + B(x − 3)2 + C(x − 1)2 (x − 3) + D(x − 1)2
F =
(x − 1)2 (x − 3)2
Segue-se, então, da igualdade de frações que
1 + 3 = B(1 − 3)2 ⇒ B = 1,
59
para x = 3 temos
Sendo apenas duas raı́zes distintas, vamos atribuir outros dois valores
para x, assim atribuindo x = 0 e x = 2, segue que
1
Podemos fazer a decomposição da fração em frações
x2 (x + 1)2
parciais, como no Lema 1.6.9. Assim,
A B C D
F = + 2+ +
x x x + 1 (x + 1)2
Ax(x + 1)2 + B(x + 1)2 + Cx2 (x + 1) + Dx2
F =
x2 (x + 1)2
Segue-se então da igualdade de frações que
1 = B(0 + 1)2 ⇒ B = 1,
para x = −1 temos
1 = D(−1)2 ⇒ D = 1
60
Sendo apenas duas raı́zes distintas, vamos atribuir outros dois valores
para x, assim atribuindo x = 1 e x = 2, segue que
x2 + x + 2 A B C D
3
= + + 2+ 3
(x − 1)x x−1 x x x
x2 + x + 2 Ax3 + B(x − 1)x2 + Cx(x − 1) + D(x − 1)
=
(x − 1)x3 (x − 1)x3
Segue-se, então, da igualdade de frações que
12 + 1 + 2 = A.13 ⇒ A = 4
61
para x = 0, temos
02 + 0 + 2 = D(0 − 1) ⇒ D = −2
Sendo apenas duas raı́zes distintas, vamos atribuir outros dois valores
para x. Assim, atribuindo x = 2 e x = −1, segue que
4 −4 −3 −2
Z Z Z Z
I = dx + dx + 2
dx + dx
x−1 x x x3
= 4 ln | x − 1 | −4 ln | x | +3x−1 + x−2 + C.
x2 + 1
Z
dx
(x − 1)3 x
x2 + 1
Vamos usar a decomposição da fração em frações par-
(x − 1)3 x
ciais como no Lema 1.6.10. Assim,
x2 + 1 A B C D
3
= + 2
+ 3
+
(x − 1) x x − 1 (x − 1) (x − 1) x
x2 + 1 A(x − 1)2 x + B(x − 1)x + Cx + D(x − 1)3
=
(x − 1)3 x (x − 1)3 x
Segue-se, então, da igualdade de frações que
12 + 1 = C.1 ⇒ C = 2,
para x = 0, temos
02 + 1 = D(0 − 1)3 ⇒ D = −1
62
Sendo apenas duas raı́zes distintas, vamos atribuir outros dois valores
para x, assim atribuindo x = 2 e x = −1, segue que
5/6 1/6 2 −1
Z Z Z Z
I = dx + 2
dx + 3
dx + dx
x−1 (x − 1) (x − 1) x
5 1
= ln | x − 1 | − (x − 1)−1 − (x − 1)−2 − ln | x | +C.
6 6
ax3 + bx2 + cx + d A B C D
4
= + 2
+ 3
+
(x − α) x − α (x − α) (x − α) (x − α)4
−x + 2
Z
I= dx
(x − 1)4
−x3 + 2
Vamos usar a decomposição da fração em frações parci-
(x − 1)4
ais, como no Lema 1.6.11. Assim,
−x3 + 2 A B C D
4
= + 2
+ 3
+
(x − 1) x − 1 (x − 1) (x − 1) (x − 1)4
−x3 + 2 A(x − 1)3 + B(x − 1)2 + C(x − 1) + D
=
(x − 1)4 (x − 1)4
Segue-se então da igualdade de frações que
−13 + 2 = D ⇒ D = 1.
63
Como as quatro raı́zes são iguais, vamos atribuir outros três valores
para x, assim atribuindo x = 0, x = 2 e x = −1, segue que
2
Z
I= dx
(x − 1)(x + 1)(x2 + 1)
2
Vamos usar a decomposição da fração em
(x − 1)(x + 1)(x2 + 1)
frações parciais, como no Lema 1.6.12. Assim,
2 A B Cx + D
= + +
(x − 1)(x + 1)(x2 + 1) x−1 x+1 x2 + 1
A(x + 1)(x + 1) + B(x − 1)(x2 + 1)
2
=
(x − 1)(x + 1)(x2 + 1)
(Cx + D)(x − 1)(x + 1)
+ .
(x − 1)(x + 1)(x2 + 1)
Sendo apenas duas raı́zes distintas, vamos atribuir outros dois valores
para x, assim atribuindo x = 0 e x = 2, segue que
Agora
− 56 x − 1 5 x 1
Z Z Z
2
dx = − 2
dx − dx
x +1 6 x +1 x2 +1
− 56 x − 1 5
Z
2
dx = − ln | x2 + 1 | − arctg x + C.
x +1 12
Portanto,
1 1 5
I= ln | x − 1 | − ln | x + 1 | − ln | x2 + 1 | − arctg x + C.
2 2 12
x2 + 1
Z
I= dx
(x − 1)x(x2 + 4)
x2 + 1
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x − 1)x(x2 + 4)
parciais como no Lema 1.6.12. Assim,
x2 + 1 A B Cx + D
2
= + + 2
(x − 1)x(x + 4) x−1 x x +4
x2 + 1 Ax(x2 + 4) + B(x − 1)(x2 + 4) + (Cx + D)(x − 1)x
=
(x − 1)x(x2 + 4) (x − 1)x(x2 + 4)
Segue-se, então, da igualdade de frações que
12 + 1 = A.1(12 + 4) ⇒ A = 1/5,
para x = 0, temos
Sendo apenas duas raı́zes distintas, vamos atribuir outros dois valores
para x, assim atribuindo x = 2 e x = −1, segue que
( 23 19
2 tg θ + 30 )
Z
A = 60
2
2 sec2 θdθ
4 tg θ + 4
23 19
Z Z
= tg θdθ + dθ
60 60
23 19
= − ln | cos θ | + θ + C.
60 60
x
Sendo tg θ = , temos que x representa o cateto oposto e 2 repre-
2 √
senta o cateto adjacente, daı́ x2 + 4 representa a hipotenusa, assim
23 2 19 x
A=− ln | √ | + arctg ( ) + C.
60 x2 + 4 60 2
Portanto,
1 1 23 2 19 x
I= ln | x − 1 | − ln | x | − ln | √ | + arctg ( ) + C
5 4 60 x2 + 4 60 2
ax3 + bx2 + cx + d A B Cx + D
2
= + 2
+
(x − α) s(x) x − α (x − α) s(x)
x+2
Z
I= dx
(x − 1)2 (x2 + 1)
67
x+2
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x − 1)2 (x2 + 1)
parciais, como no Lema 1.6.13. Assim,
x+2 A B Cx + D
2 2
= + 2
+ 2
(x − 1) (x + 1) x − 1 (x − 1) x +1
x+2 A(x − 1)(x2 + 1) + B(x2 + 1) + (Cx + D)(x − 1)2
=
(x − 1)2 (x2 + 1) (x − 1)2 (x2 + 1)
Segue-se, então, da igualdade de frações que
1 + 2 = B(12 + 1) ⇒ B = 3/2
Como existe apenas uma raiz real, vamos atribuir outros três valores
para x, assim atribuindo x = 0, x = 2 e x = −1, segue que
− 13 x − 53 13 3
Z
10 2
dx = − ln | x + 1 | − arctg x + C.
x2 + 1 20 5
Portanto
x+2 11 3 13 3
Z
2 2
dx = − ln | x−1 | − (x−1)−1 − ln | x2 +1 | − arctg x+C.
(x − 1) (x + 1) 10 2 20 5
x2 + 1
Z
I= dx
x2 (x2 + 2)
x2 + 1
Vamos usar a decomposição da fração em frações par-
x2 (x2 + 2)
ciais como no Lema 1.6.13. Assim,
x2 + 1 A B Cx + D
2 2
= + 2+ 2
x (x + 2) x x x +2
x2 + 1 Ax(x2 + 2) + B(x2 + 2) + (Cx + D)x2
=
x2 (x2 + 2) x2 (x2 + 2)
Segue-se, então, da igualdade de frações que
02 + 1 = B(02 + 2) ⇒ B = 1/2,
Como temos apenas uma raiz distinta, vamos atribuir outros três valo-
res para x, assim atribuindo x = 1, x = 2 e x = −1, segue que
−1/6 1/2 1
Z Z Z
I = dx + 2
dx + 2
dx
x x x +2
1 1 1
Z
= − ln | x − 1 | − x−1 + dx
6 2 x2 + 2
1
Z
A=
x2 +2
√
usaremos substituição trigonométrica. De fato, faça x = 2 tg θ ⇒
√
dx = 2 sec2 θdθ, assim
Z √
1
A = 2
2 sec2 θdθ
2 tg θ + 2
√ Z
2
= dθ
2
√
2
= θ + C.
2
x x
Sendo tg θ = √ ⇒ θ = arctg √
2 2
√
2 x
A= arctg ( √ ) + C.
2 2
Portanto,
√
2 1 −1 2 x
I = − ln | x − 1 | − x + arctg ( √ ) + C.
3 2 2 2
ax3 + bx2 + cx + d Ax + B Cx + D
= +
s1 (x)s2 (x) s1 (x) s2 (x)
x+3
Z
I= dx
(x2 + 4)(x2 + 1)
70
x+3
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x2 + 4)(x2 + 1)
parciais, como no Lema 1.6.14. Assim
x+3 Ax + B Cx + D
= 2 + 2
((x2 2
+ 4)(x + 1) (x + 4) x +1
x+3 (Ax + B)(x2 + 1) + (Cx + D)(x2 + 4)
= .
(x2 + 4)(x2 + 1) (x2 + 4)(x2 + 1)
Segue-se então da igualdade de frações que
−2A + 2B − 5C + 5D = 2
10A + 5B + 16C + 8D = 5
− 13 x − 1
Z 1
x+1
Z
3
Como as integrais dx e dx são similares às inte-
x2 + 4 x2 + 1
grais resolvidas anteriormente, conclui-se que
− 31 x − 1 1 1 x
Z
2
dx = − ln | x2 + 4 | − arctg + C
x +4 6 2 2
71
e
1
x+1 1
Z
3
dx = ln | x2 + 1 | + arctg x + C
x2 + 1 6
Portanto
1 1 x 1
I = − ln | x2 + 4 | − arctg + ln | x2 + 1 | + arctg x + C.
6 2 2 6
−x + 2
Z
I= dx
(x + 2)(x2 + 1)
2
−x + 2
Vamos usar a decomposição da fração em frações
(x2
+ 2)(x2 + 1)
parciais de acordo com o Lema 1.6.14. Assim,
−x + 2 Ax + B Cx + D
= 2 + 2
(x2 2
+ 2)(x + 1) x +2 x +1
−x + 2 (Ax + B)(x2 + 1) + (Cx + D)(x2 + 2)
=
(x2 + 2)(x2 + 1) (x2 + 2)(x2 + 1)
Segue-se então da igualdade de frações que
−2A + 2B − 3C + 3D = 3
10A + 5B + 12C + 6D = 0
72
−x + 2 x−2 −x + 2
Z Z Z
dx = dx + dx
(x2 + 4)(x2 + 1) x2 + 2 x2 + 1
x−2 −x + 2
Z Z
Como as integrais 2
dx e dx são similares às inte-
x +2 x2 + 1
grais resolvidas anteriormente, conclui-se que
√
x−2 1 x
Z
2
dx = ln | x + 2 | − 2 arctg √ +C
x2 + 2 2 2
e
−x + 2 1
Z
2
dx = − ln | x2 + 1 | +2 arctg x + C
x +1 2
Portanto,
√
1 x 1
I = ln | x2 + 2 | − 2 arctg √ − ln | x2 + 1 | +2 arctg x + C.
2 2 2
ax3 + bx2 + cx + d Ax + B Cx + D
2
= +
s(x) s(x) s(x)2
x2 − 1
Z
I= dx
(x2 + 1)2
x2 − 1
Vamos usar a decomposição da fração em frações parci-
(x2 + 1)2
ais, como no Lema 1.6.15. Assim,
x2 − 1 Ax + B Cx + D
2 2
= 2 + 2
(x + 1) (x + 1) (x + 1)2
x2 − 1 (Ax + B)(x2 + 1) + (Cx + D)
= .
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2
Segue-se então da igualdade de frações que
x2 − 1 1 −2
Z Z Z
dx = dx + dx.
(x2 + 1)2 2
x +1 (x2
+ 1)2
1
Z
dx = arctg x + C.
x2 +1
−2
Z
Agora, para calcular dx, faça x = tg θ então dx = sec2 θ,
(x2 + 1)2
daı́
Sabemos que
1 1
Z
cos2 θdθ = θ + sen θ cos θ + C.
2 2
74
−2 x 1 x
Z
2 2
dx = − arctg x − √ √ = − arctg x − 2 +C
(x + 1) 2 2
x +1 x +1 x +1
Portanto,
x2 − 1 x
Z
2 2
dx = − 2 +C
(x + 1) x +1
Exemplo 1.6.32. Para calcular a integral
Z 2
2
I= 2 2
dx.
0 (x + 4)
2
Podemos usar a decomposição da fração em frações par-
+ 4)2 (x2
ciais de acordo com o Lema 1.6.14, mas é mais conveniente usarmos
a substituição trigonométrica. Faça x = 2 tg θ então dx = 2 sec2 θdθ.
Fazendo a mundança dos limites de integração, temos
x = 0 ⇒ 0 = 2 tg θ ⇒ θ = 0 e para x = 2 ⇒ 2 = 2 tg θ ⇒ θ = π/.
Logo,
Z 2 π/4 π/4 π/4
2 4 sec2 θdθ 4 sec2 θdθ 1
Z Z Z
dx = = = cos2 θdθ.
0 (x2 + 4)2 0 (4 tg 2 θ + 4)2 0 (4 sec2 θ)2 4 0
2 π/4
2 1 1 1 1 π 1
Z
dx = θ + sen θ cos θ = + .
0 (x2 + 4)2 4 2 2 0 4 8 4 Saiba Mais: Para
No caso geral, onde q(x) é polinômio de grau maior que 4 a técnica mais detalhes
de resolução de integrais de funções racionais é feito de modo similar. sobre a teoria
do método de
integração por
R 1
(d) dx
(x + 1)2
R x3 − 1
(e) dx
x2 + x + 1
R x+5
(f) dx
(x2 + 9)
R x−1
(g) dx
(x2 + 3x + 10)
R1 x
(h) 0
dx
(x + 1)(x + 2)
R x3 + x2 + x + 1
(i) dx
(x2 − 2x − 3)
R x2
(j) dx.
(x + 3)(x − 5)(x + 7)
R x2 + x + 1
(k) dx.
(x − 3)(x − 1)(x + 2)
R x+1
(l) dx.
(x − 5)(x + 7)2
R x3 + 1
(m) dx.
(x − 5)(x2 + 9)
R −x2 + x + 1
(n) dx
(x − 2)(x + 1)(x − 1)x
R x3 + 2
(o) dx
(x − 2)(x + 1)(x − 1)(x + 3)
R x
(p) dx.
(x + 3)(x + 1)(x − 1)2
R3 x2
(q) 2
dx.
(x + 3)(x − 1)3
R 3 x − x2 + x3
(r) 2
dx.
(x + 1)3 (x − 1)
R x2 + x
(s) dx
(x + 2)(x − 1)(x2 + 16)
R x−1
(t) dx
(x + 2)2 (x2 + 1)
R x2 − x
(u) dx
(x2 + 4)(x2 + 1)
R3 x+1
(v) 0 (x2 + 9)2
dx
1.6.2 Respostas
(b) ln | x − 1 | +2 ln | x + 2 | +C
(e) (1/2)x(x − 2) + C
(h) 2 ln 3 − 3 ln 2
(i) 3x + 10 ln | x − 3 | +(1/2)x2 + C
25 9 49
(j) ln | x − 5 | − ln | x + 3 | + ln | x + 7 | +C.
96 32 48
1 1 13
(k) ln | x + 2 | − ln | x − 1 | + ln | x − 3 | +C.
5 2 10
3 41 1
(l) ln | x − 5 | − ln | x + 7 | − (x + 7)−1 + C
62 310 2
43 11 63
(m) x− arctg (1/3x) ln | x2 + 9 | + ln | x − 5 | +C.
51 17 17
5 1 1 1
(n) ln | x + 3 | − ln | x − 1 | + ln | x + 1 | − ln | x − 2 | +C
8 2 12 6
1 3 1 3
(o) ln | x | − ln | x − 1 | + ln | x + 1 | + ln | x − 2 | +C
2 8 6 2
3 1 −29 1
(p) ln | x+3 | + ln | x+1 | + ln | x−1 | + (x−1)−1 +C.
32 8 288 6
9 9 9 5
(q) ln 2 + ln 5 − ln 6 + .
64 64 64 6
15 7 29
(r) ln 2 − ln 3 − .
8 8 192
19 1 2
(s) arctg [(1/4)x] − ln (x2 + 16) + ln | x − 1 |
85 340 51
1
− ln | x + 2 | +C.
30
2 3 1 1
(t) − ln | x + 2 | + (x + 2)−1 + ln (x2 + 1) + arctg x + C
5 5 10 5
2 1 1 1
(u) arctg [(1/2)x] − ln (x2 + 1) + ln (x2 + 4) − arctg x + C
3 6 6 3
1 1
(v) π+
216 27
Referências Bibliográficas
[1] ÁVILA, G. Cálculo: Funções de uma Variável. Vol. 1,7 ed. Rio de
Janeiro: Ed. Livros Técnicos e Cientı́ficos, 2003.
77
78 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[11] http://fuv1tri2008.googlepages.com/FUVAULA1418abr2008.
Acesso em 04/02/2009 às 09h30min.
[12] http://www.dma.uem.br/kit-antigo/integraltrigonometrica.pdf .
Acesso em 30/11/2008 às 15h33min.
[13] http://fuv1tri2008.googlepages.com/FUVAULA1522abr2008.
Acesso em 02/12/2008 às 09h30min.
[14] http://web.uct.ac.za/courses/end107w/notes/integrationbyparts.pdf
Acesso em 10/12/2008 às 09h30min.
U ni da
Unidade 2de 1
AA soc
sociolo
iologia
gia ee a
a
Aplicação
Soc iolo dada
gia integral
Educaç
cação
ão
Sociologia da Edu
definida
Resumo
Apresentamos as principais aplicações da integral
definida, a saber: Cálculo de área, cálculo de
volumes de sólidos, cálculo de área de superfície e
cálculo de comprimento de gráfico de funções.
Sempre enfatizando os exemplos mais importantes,
conhecendo suas características e suas
particularidades. Indicamos alguns livros mais
avançados e links para o aprofundamento de
conteúdo.
Vimos no Livro Cálculo I-F, que dada uma função y = f (x) contı́nua
em [a, b], com f (x) ≥ 0, então a área da curva S abaixo, limitada pelo
gráfico de f (x), pelas retas verticais x = a e x = b e pelo segmento
a ≤ x ≤ b do eixo x (ver Figura 2.1), é determinada pela fórmula
Z b
S= f (x)dx.
a
81
82
Figura 2.1: Região limitada pelo gráfico da f , eixo dos x e pelas retas
verticais x = a e x = b.
Exemplo 2.1.2. Calcule a área dada pela curva dada pela função x =
2 − y − y 3.
Vamos calcular a área limitada por ela e pelo eixo y (veja figura
2.1). Note que os eixos coordenados estão trocados. Logo, determi-
nando os valores de y para x = 0 obtemos y = −2 e y = 1, e, portanto,
podemos expressar a área pela integral
Z 1
9
A= (2 − y − y 2)dy = .
−2 2
83
Agora, vejamos o caso onde a figura S está limitada por duas cur-
vas contı́nuas f (x) e g(x) e por duas verticais x = a e x = b, com
f (x) ≤ g(x) com a ≤ x ≤ b obteremos, obviamente (veja figura 2.1)
Z b
S= [g(x) − f (x)]dx.
a
ou
Z b
V =π y 2 dx onde y = f (x). (2.2)
a
2
x3 2
Z
V = π ] x2 dx = π[
0 3 0
23 03 8π
= π[ − ] = .
3 3 3
do eixo y [1]
Z b
V = 2π xf (x)dx (2.3)
a
ou
Z b
V = 2π xydx onde y = f (x). (2.4)
a
= 4πe3 .
Z √
2 Z 2
1
V = 2π x 4 − x dx = 2π
2 x(4 − x2 ) 2 dx
1 1
2
2 2 23 2 2 32 2 2 23
= π − (4 − x ) = π [− (4 − 2 ) ] − [− (4 − 1 ) ]
3 1 3 3
2 3 √
= π[ (3) 2 ] = 2 3π.
3
Z b
V =π [f 2 (x) − g 2 (x)]dx
a
Prova.
A figura 2.3 representa a região limitada pelo gráficos de f e g, e
as retas verticais x = a e x = b.
Faça h(x) = f (x) − g(x), assim pelas hipóteses dadas no teorema,
temos que:
Figura 2.8: Sólido gerado pela rotação da figura 2.3, em torno do eixo
x
2.2.3 que
Z 2 Z 2
2 2 2
V = π [(x ) − x ]dx = π [x4 − x2 ]dx
1 1
3 2
5 5
23 15 13
x x 2
= π − =π [ − ]−[ − ]
5 3 1 5 3 5 3
31 7 58π
= π[ − ] =
5 3 15
√
Como f, g são contı́nuas e f (x) ≥ g(x) em [1, 2], segue do Teo-
rema 2.2.3 que
√ √
Z 2 √ Z 2
V = π [( 4 − x2 )2
− x ]dx = π [4 − 2x2 ]dx
2
1 1
√
2
" √ 3
#
x3 √ 13
2
= π 4x − 2 = π [4 2 − 2 ] − [4.1 − 2 ]
3 1 3 3
√ √
√ 2 2 (8 2 − 10)π
= π[(4 2 − 4 ) − (4 ] =
3 3 3
√ −x
Sendo f (x) = r 2 − x2 então f ′ (x) = √ , assim da definição
r 2 − x2
temos que
r √
r
−x
Z
Ax = 2π ( r 2 − x2 ) 1 + [ √ ]2 dx
−r r 2 − x2
Z r √ r
r2
= 2π ( r 2 − x2 ) dx
−r r 2 − x2
Z r
= 2π rdx = π[rx] |r−r = 2π[rr − r(−r)]
−r
= 2π[r + r 2 ] = 4πr 2 .
2
Z b p
Ay = 2π x 1 + [f ′ (x)]2 dx. (2.6)
a
√ −x
Sendo f (x) = r 2 − x2 então f ′ (x) = √ , assim da definição
r 2 − x2
94
temos que
r r
−x
Z
Ay = 2π x 1 + [√ ]2 dx
1 r 2 − x2
Z r r
r2
= 2π x dx
r 2 − x2
Z1 r h √
rx ir
= 2π √ dx = π −r r 2 − x2
r 2 − x2 1
h1 √ √ i
= 2π [−r r 2 − r 2 ] − [−r r 2 − 12 ]
√
= 2πr r 2 − 1. NOTA: Faça
u = r2 −
x2 ⇒ du =
−2xdx.
2.4 Comprimento do gráfico de função
Seja f uma função com derivada contı́nua em [a, b], então estamos
interessado em definir o comprimento do gráfico de f do ponto A =
(a, f (a)) ao ponto B = (b, f (b)).
Definição 2.4.1. Seja f uma função com derivada contı́nua em [a, b].
Definimos o comprimento C do gráfico de f do ponto A = (a, f (a)) ao
ponto B = (b, f (b)) por:
Z bp
C= 1 + [f ′ (x)]2 dx (2.7)
a
95
√ −x
Sendo f (x) = r 2 − x2 então f ′ (x) = √ , assim da definição
r 2 − x2
temos que
r
r
−x
Z
C = 1 + [√ ]2 dx
−r r 2 − x2
Z rr
r2
= dx
−r r 2 − x2
Z r
r h x ir
= √ dx = r arcsen
−r r 2 − x2 r −r
r −r
= r [ arcsen ] − [ arcsen ]
NOTA: r r
π π
= r[ + ] = πr.
Faça a 2 2
substituição
Observação 2.4.1. O cálculo acima é metade do comprimento do
x = r sen θ
cı́rculo raio r, cujo o valor é πr
então dx =
r cos θdθ.
96
Uma curva no plano IR2 entendemos com uma função ϕ : I → IR2 que
associa a cada t ∈ I (I intervalo) a um ponto (x(t), y(t)) ∈ IR2 , onde
x(t) e y(t) são funções definidas em I. Dizemos que
x = x(t)
t∈I
y = y(t)
Sendo
x(t) = t dx
⇒ dt
=1
y(t) = 2t dy
⇒ dt
= 2.
Sendo
x(t) = r cos t dx
⇒ dt
= −r sen t
y(t) = r sen t dy
⇒ dt
= r cos t.
Saiba mais:
Para mais
Figura 2.13: O ponto P ∈ IR2 representado em forma polar.
detalhes
sobre essa
teoria, ver Vimos anteriormente que ρ representa o comprimento de OP , e
referência naturamente temos que ρ ≥ 0, mas pode ocorrer casos em ρ < 0,
[6] e com isto é necessário redefinir a representação em coordenadas
polares (θ, ρ) para qualquer ρ ∈ IR. Para representar as coordenadas
(θ, ρ) deve-se proceder da seguinte maneira: primeiro, gire o eixo Ox,
no sentido anti-horário, de um ângulo θ; em seguida, sobre esse novo
eixo, marque o ponto que tenha abscissa ρ
Tabela 1
100
θ ρ
0 r
π
2
r
π r
3π
2 r
2π r
Tabela 2
101
θ ρ
0 0
π 1
3 2
π
2 1
2π 3
3 2
π 2
4π 3
3 2
3π
2 1
Assim a curva é descrita como na figura abaixo e denomina-se cardióide.
1 2π 2
Z
S = r dθ
NOTA! Como 2 0
1 2 2π
foi fácil encon- = [r θ] |0 = πr 2
2
trar a área da
circunfêrencia
através de coor-
denadas polares. Exemplo 2.6.6. Calcule a área limitada pela cardióide dada por ρ =
1 − cosθ, 0 ≤ θ ≤ 2π.
1 2π 1 2π
Z Z
2
S = (1 − cos θ) )dθ = (1 − 2 cos θ + cos2 θ)dθ
2 0 2 0
Z 2π Z 2π Z 2π
1 2
= dθ − 2 cos θdθ + cos θdθ
2 0 0 0
Z 2π Z 2π Z 2π
1 1 + cos (2θ)
= dθ − 2 cos θdθ + ( )dθ
2 0 0 0 2
2π
1 3θ 1 3π
= − 2 sen θ + sen (2θ) =
2 2 4 0 2
2.7 Exercı́cios
(a) f (x) = x e 0 ≤ x ≤ 10
(d) f (x) = ln x e 1 ≤ x ≤ e2
(a) f (x) = x e 1 ≤ x ≤ 2
(d) f (x) = ln x e 1 ≤ x ≤ e2
√
(e) f (x) = 3, g(x) = x e 1 ≤ x ≤ 4
1
(f) f (x) = 1, g(x) = e1≤x≤2
x
3. Encontre a área de superfı́cie gerada pela rotação em torno do
eixo dos x, do gráfico da função dada:
(a) f (x) = 3 e 1 ≤ x ≤ 2
ex +e−x
(b) f (x) = 2
e −1 ≤ x ≤ 1
(c) f (x) = x e 1 ≤ x ≤ 4
√
(d) f (x) = x e 1 ≤ x ≤ 4
(e) f (x) = ex e 0 ≤ x ≤ 1
(f) f (x) = x2 e 0 ≤ x ≤ 1
(a) f (x) = 3 e 1 ≤ x ≤ 2
ex +e−x
(b) f (x) = 2
e0≤x≤1
(c) f (x) = x e 1 ≤ x ≤ 4
x2
(d) f (x) = e0≤x≤1
2
2 3
(e) f (x) = x 2 e 0 ≤ x ≤ 1
3
5. Encontre o comprimento da curva dada em forma paramétrica:
(a) x = t, y = 3 e 1 ≤ t ≤ 2
(b) x = t − 1, y = 5t e 0 ≤ t ≤ 2
(c) x = t2 − 1, y = t2 e 0 ≤ t ≤ 2
(a) ρ = θ e 0 ≤ θ ≤ 2π
(b) ρ = 1 + cos θ e 0 ≤ θ ≤ π
(c) ρ = e−θ e 0 ≤ θ ≤ 2π
(d) ρ = θ2 e 0 ≤ θ ≤ 1
(a) ρ = 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π
(b) ρ = 1 + cos θ e 0 ≤ θ ≤ 2π
(c) ρ = 1 − sen θ e 0 ≤ θ ≤ 2π
(d) ρ = cos 2θ e 0 ≤ θ ≤ π
2.8 Respostas
1000π
1. (a)
3
7π
(b)
24
15π
(c)
2
(d) 2(e2 − 1)π
(e) 2π
17π
(f)
2
17π
(g)
2
14π
2. (a)
3
(b) 2π
124π
(c)
5
106
3e4 1
(d) ( + )π
2 2
101π
(e)
5
(f) π
3. (a) 6π
π 2
(b) [e − e−2 + 4]
2
√
(c) 15 2π
π √ √
(d) [17 17 − 5 5]
6
π √ √
(e) [3 2 − ln ( 2 + 1)]
32
4. (a) 2
1
(b) 2
[e − e−1 ]
√
(c) 3 2
√ √
(d) 12 [ 2 + ln (1 + 2)]
√
(e) f (x) = 23 [2 2 − 1]
5. (a) 1
√
(b) 2 26
√
(c) 4 2
(d) 4
√
(e) 2[eπ − 1]
π√ 2 1 √
6. (a) π + 1 + ln (π + π 2 + 1)
2 2
(b) 4
√
(c) 2(1 − e−2π )
√
5 5−8
(d)
3
√
(e) 3
7. (a) 4π
(b) 3π
107
(c) 3π
π
(d)
2
108
Referências Bibliográficas
[1] ÁVILA, G. Cálculo: Funções de uma Variável. Vol. 1,7 ed. Rio de
Janeiro: Ed. Livros Técnicos e Cientı́ficos, 2003.
[10] http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CardioidsLabeled.PNG.
Acesso em 11/12/2008 às 09h30min
109
110 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[11] http://www.twiki.ufba.br/twiki/pub/CalculoB/NotasDeAula/Aplicacao.pdf.
Acesso em 10/01/2009 às 18h31min
Resumo
Nesta unidade, introduzimos um conceito muito
importante no Cálculo a integral imprópria que
extensão da integral definida. Enunciamos dois tipos
de integrais impróprias, como também testes para
convergência e divergência de uma integral
imprópria, e faremos vários exemplos enfatizando
sua importância. Indicamos alguns livros mais
avançados e links para o aprofundamento de
conteúdo.
3.1 Introdução
1
Já integral para a área sob curva y = de x = 0 a x = 1 é um
x2
exemplo cuja a imagem do integrando é infinita, como representado
na figura abaixo:
113
114
r
1
Z
A(r) = dx = arctg x |r0 = arctg r − arctg 0 = arctg r.
0 x2 +1
115
π
lim A(r) = lim arctg r = .
r→+∞ r→+∞ 2
b no caso I.3.
onde b é qualquer número real.
não é importante.
Podemos calcu- Em todos os casos, se o limite é finito dizemos que a integral
lar
R +∞
f (x)dx imprópria converge e que o limite é o valor da integral imprópria. Se
−∞
para valor de b o limite não existe, dizemos que a integral imprópria diverge.
= lim ln x |r1
r→+∞
= lim [ln r − ln 1]
r→+∞
= lim ln r = +∞.
r→+∞
1
Como f (x) = ≥ 0 no intervalo de integração [1, +∞), podemos
x
concluir que a área sob a curva é infinita, e que a integral imprópria
diverge.
= lim [e0 − er ]
r→−∞
= lim [1 − er ] = 1.
r→−∞
117
= lim [1 + r −1 ] = 1.
r→−∞
1
1 1
Z
A(r) = 2
dx = −x−1 |1r = −1−1 − (−r −1 ) = −1 + .
r x r
Assim, passando ao limite quando r → 0+ , obtemos que
1
lim A(r) = −1 + = −1 + ∞ = +∞
r→+∞ r
119
1
Logo, a área da curva f (x) = x2
de 0 a 1 é infinita, e nesse caso,
dizemos que integral imprópria diverge.
= lim [ ln | r − 1 | − ln | 0 − 1 | ]
r→1−
= lim [ ln | r − 1 | ] = −∞.
r→1−
De fato:
1
ex
Z
x
dx = ln | ex − 1 | |1−1
−1 e −1
= ln | e − 1 | − ln | e−1 − 1 |.
122
2
1
Z
p dx
0
3
(x − 1)2
2 r 2
1
Z Z Z
− 32 2
p dx = lim− (x − 1) dx + lim+ (x − 1)− 3 dx
0
3
(x − 1)2 r→1 0 r→1 r
h 1
i h 1
i
= lim− 3(x − 1) 3 |r0 + lim+ 3(x − 1) 3 |2r
r→1 r→1
h 1 1
i h 1 1
i
= lim− 3(r − 1) 3 − 3(0 − 1) 3 + lim+ 3(2 − 1) 3 − 3(r − 1) 3
r→1
h 1
i h r→1 1
i
= lim− 3(r − 1) + 3 + lim+ 3 − 3(r − 1) = 3 + 3 = 6.
3 3
r→1 r→1
1 1
≤ para todo x ≥ 1 ⇒ g(x) ≤ f (x) para todo x ≥ 1.
x4 + 1 x2 + 1
(3.2)
123
1. Z +∞ Z +∞
g(x)dx converge se f (x)dx converge;
a a
2. Z +∞ Z +∞
f (x)dx diverge se g(x)dx diverge.
a a
converge.
1
Com efeito: Temos 0 ≤ cos2 x ≤ 1 para todo x ∈ IR, sendo >0
x2
para todo x > 0. Assim
cos2 x 1
0≤ 2
≤ 2 para todo x > 0.
x x
R +∞ 1
Logo, pelo Teorema 3.4.1, basta garantir que 0
dx converge. Te-
x2
mos que
+∞ +∞ r
1 1
Z Z
dx = x dx = lim −
−2
1 x2 1 r→+∞ x 1
1 1
= lim [− − (− ]
r→+∞ r 1
1
= lim [− + 1] = 1.
r→+∞ r
+∞
cos2 x
Z
Portanto dx converge.
1 x2
Exemplo 3.4.3. Mostre que a integral imprópria
Z +∞
1
dx
e ln x
diverge.
= lim [ln r − ln e]
r→+∞
+∞
1
Z
Portanto dx diverge.
1 ln x
Exemplo 3.4.4. Mostre que a integral imprópria
Z +∞
1
dx
0 sen x + 2
diverge.
125
1 1
≥ para todo x ≥ 0.
sen x + 2 x+2
R +∞ 1
Logo, pelo Teorema 3.4.2, basta garantir que 0
dx diverge.
x+2
Temos que
Z +∞ Z +∞
1 1
dx = dx = lim ln x + 2 |r0
0 x+2 0 x+2 r→+∞
+∞
1
Z
Portanto, dx diverge.
0 sen x + 2
Teorema 3.4.2. [Teste de comparação direta Se as funções positivas
f e g são contı́nuas em [a, +∞), e se
f (x)
lim = L com 0 < L < +∞.
x→+∞ g(x)
Então, Z +∞ Z +∞
f (x)dx e g(x)dx
a a
converge.
1 1
Com efeito: Considere as funções f (x) = e g(x) = 2 .
x2 x +x+4
Como f e g são positivas e contı́nuas em [1, +∞), então agora vamos
calcular o seguinte limite:
1
x2 x2 + x + 4
lim dx = lim
x→+∞ 2 1 x→+∞ x2
x +x+4
1 4
x2 (1 + x
+ x2
)
= lim 2
x→+∞ x
1 4
= lim [1 + + 2 ] = 1.
x→+∞ x x
126
R +∞ 1
Logo, pelo Teorema 3.4.2, basta garantir que 0
dx converge,
x2
mas isso já foi provado em um exemplo anterior.
Z +∞
1
Portanto dx converge.
1 x +x+4
2
+∞
1
Z
Observação 3.4.1. Para mostrar a convergência de dx,
1 +x+4
x2
poderı́amos ter calculado a sua integral, só que isso seria bem mais
trabalhoso.
diverge.
1 1
Com efeito: Considere as funções f (x) = e g(x) = √ .
x x2 + 1
Como f e g são positivas e contı́nuas em [1, +∞), então agora vamos
calcular o seguinte limite:
1
√
x x2 + 1
lim dx = lim
x→+∞ √ 1 x→+∞ x
x2 +1
q
x 1 + x12
= lim
x→+∞
r
x
1
= lim 1 + 2 = 1.
x→+∞ x
R +∞ 1
Logo, pelo Teorema 3.4.2, basta garantir que 1 dx diverge,
x
mas isso já foi
Z provado em um exemplo anterior.
+∞
1
Portanto, √ dx diverge.
1 x2 + 1
Z +∞
1
Observação 3.4.2. Para mostrar a divergência de √ dx ,
1 x2 + 1
poderı́amos ter calculado a sua integral, só que isso seria bem mais
trabalhoso.
3.5 Exercı́cios
+∞
1
Z
(h) √ dx
4 x−4
+∞
1
Z
(i) √
1 x6 + 1
Z +∞
x
(j) √ dx
2 x −1
4
+∞
1 + cos x
Z
(k) dx
π x2
3.6 Respostas
1
1. (a)
3
(b) +∞
1
(c) − π
4
(d) −1
(e) +∞
(f) +∞
(g) +∞
(h) 4
(i) +∞
(j) +∞
(k) 0
1 1 √
(l) π + ln (2 + 3)
4 2
(m) 4
2. (a) Converge
(b) Diverge
(c) Diverge
(d) Converge
(e) Diverge
(f) Converge
129
(g) Diverge
(h) Converge
(i) Converge
(j) Diverge
(k) Converge
130
Referências Bibliográficas
[1] ÁVILA, G. Cálculo: Funções de uma Variável. Vol. 1,7 ed. Rio de
Janeiro: Ed. Livros Técnicos e Cientı́ficos, 2003.
131
132 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[11] http://didisurf.googlepages.com/integrais–improprias–cattai.pdf.
Acesso em 25/01/2009 às 12h09min.
Resumo
Nesta unidade, introduzimos uma noção sobre
sequências de números reais, e, por conseguinte
introduzimos a definição de série numérica, e por
final introduzimos a definição de série de funções.
Faremos vários exemplos enfatizando sua
importância e suas particularidade. Indicamos
alguns livros mais avançados e links para o
aprofundamento de conteúdo.
(1, 1, . . . , 1, 1, . . .).
135
136
(1, 2, . . . , n, . . .).
Definição 4.1.2. Seja (xn )n∈N uma sequência de números reais. Di-
zemos que (xn ) é limitada se existe K > 0 tal que | xn |< K para todo
n ∈ N.
Definição 4.1.4. Uma sequência (xn )n∈N de números reais é dita con-
vergente se existe um número real a ∈ R tal que limn→+∞ xn = a.
1
Exemplo 4.1.6. A sequência numérica xn = n
é convergente, e tem-
se que
1
lim = 0.
n→+∞ n
1 1 1
| − 0 |< ε ⇒ < ε ⇒ n > .
n n ε
137
1
Assim escolha n0 > então ∀ n > n0 temos que
ε
1 1 1 1
n > n0 > ⇒ n > ⇒ < ε ⇒| − 0 |< ε.
ε ε n n
1
lim = c.
n→+∞ n
| c − c |< ε ⇒ 0 < ε
| c − c |= 0 < ε.
2+n 2 n 1
lim
n→+∞ n
= lim
n→+∞ n
+ = 2 lim
n
n→+∞ n
+ lim 1 = 2.0 + 1 = 1
n→+∞
1
Exemplo 4.1.9. Calcule o limite: lim
n→+∞ n2
Temos que
1 1 1 1
lim . = lim · lim =0·0=0
n→+∞ n n n→+∞ n n→+∞ n
1 n
xn = (1 + )
n
1 n
donde lim (1 + ) = e. O valor de e com quatro casas decimais é
n→+∞ n
2, 7182.
1 2n
Exemplo 4.1.10. Calcule o limite: lim (1 + )
n→+∞ n
138
Temos que
2 2
1 2n 1 n 1 n
lim (1 + ) = lim (1 + ) = lim (1 + )
n→+∞ n n→+∞ n n→+∞ n
1 2n
lim (1 + ) = e2
n→+∞ n
1 n
Exemplo 4.1.11. Calcule o limite: lim (1 + )
n→+∞ 2n
1 1 m
Faça = ⇒ n = , como n → +∞ ⇒ m → +∞, assim
m 2n 2
1
1 n 1 m 2
lim (1 + ) = lim (1 + )
n→+∞ 2n m→+∞ m
2 n 1
lim (1 + ) = e2
n→+∞ n
Definição 4.1.5. Uma sequência (xn )n∈N é dita de Cauchy se, e so-
mente se,
1
Exemplo 4.1.12. A sequência numérica xn = n
é convergente.
1 1 1
De fato: Dado ε > 0, e seja n0 ∈ N tal que n, m > n0 ⇒ , < ,
n m n0
assim
1 1 1 1 1 1 1 1 2
| − |<| | + | |= + < + = <ε
n m n m n m n0 n0 n0
2
Assim escolha n0 > então ∀ n, m > n0 temos que
ε
2 2 1 1 ε 1 1 1 1
n, m > n0 > ⇒ n, m > ⇒ , < ⇒| − |< + < ε.
ε ε n m 2 n m n m
Ou seja, xn ∈ (a − 1, a + 1) ∀ n > n0 .
Considere c o menor dos números reais {x1 , x2 , ..., xn0 , a − 1, a + 1}
e d o maior dos números reais {x1 , x2 , ..., xn0 , a − 1, a + 1}. Logo, xn ∈
[c, d] ∀ n natural, com isto, conclui-se que a sequência (xn ) é limitada.
Definição 4.1.8. Dada uma sequência (xn )n∈N , dizemos que ”o limite
é mais infinito”e escrevemos limn→+∞ xn = +∞ se, e somente se,
Definição 4.1.9. Dada uma seqüência (xn )n∈N , dizemos que ”o limite
é menos infinito”e escrevemos limn→+∞ xn = −∞ se, somente se
lim xn = ∞.
n→+∞
Com efeito, dado ε > 0 ∃ n0 ∈ N tal que n0 > ε, daı́, para todo
n > n0 , temos que xn = n > n0 > ε. Portanto limn→+∞ n = ∞
141
lim xn = +∞.
n→+∞
Com efeito, dado ε > 0 ∃ n0 ∈ N tal que 2n0 > ε, daı́, para todo
n > n0 , temos que xn = 2n > 2n0 > ε. Portanto, limn→+∞ 2n = +∞
lim (xn + yn ) = ∞;
n→+∞
xn
lim = 0.
n→+∞ yn
lim n2 = +∞.
n→+∞
142
2n
lim = +∞.
n→+∞ 1
n
n+1
n(1 + n1 )
1
lim
n→+∞ n
= lim
n→+∞ n
= lim (1 + ) = 1
n→+∞ n
2
n −1
Exemplo 4.1.22. Calcule o limite: lim .
n→+∞ n
n2 − 1
"
n2 (1 − 1
n2
)
#
1
lim
n→+∞ n
= lim
n→+∞ n = lim
n→+∞
n(1 − 2 )
n
n2 − 1
1
lim = ( lim n). lim (1 − 2 ) = (+∞).1 = +∞
n→+∞ n n→+∞ n→+∞ n
2
n +1
Exemplo 4.1.23. Calcule o limite: lim .
n→+∞ n3 − n
" #
1
n2 + 1 n2 (1 + ) (1 + n12 )
n2
lim
n→+∞ n3 − n
= lim
n→+∞ n3 (1 − 1
n2
)
= lim
n→+∞ n(1 − n12 )
1
n2 + 1 1 limn→+∞ (1 + )
n2 1
lim = lim . 1 = 0. = 0
n→+∞ n3 − n n→+∞ n limn→+∞ (1 − n2
) 1
143
ou seja,
n(n − 1) 2 2
n≥ · hn e 0 ≤ h2n ≤ .
2 n−1
Passando ao limite na desigualdade acima, concluı́mos que
lim h2n = 0.
n→+∞
√
lim n
n = 1. SAIBA MAIS:
n→+∞
Mais detalhes
sobre a teoria ver,
refer encia [9].
4.1.1 Exercı́cios
n4 − 6n + 5
l) lim
n→+∞ n3 − 1
1
m) lim n( sen ( 2 ) + 1)
n→+∞ n
Z n
1
n) lim dt
n→+∞ 1 t
(c) limn→+∞ (1 + n2 )n
4.1.2 Respostas
1. a) 2
b) 1
c) 0
d) −1
1
e) 2
f) 0
g) 0
h) 0
i) 0
1
j) 2
h) +∞
i) +∞
j) +∞
146
2. (a) e
1
(b) e 2
(c) e2
(d) e6
(e) e−1
(f) e5
s1 = x1
s2 = x1 + x2
SAIBA MAIS:
s3 = x1 + x2 + x3
Ao contrário das
...
n somas de um
X
sn = x1 + x2 + . . . + xn = xi número finito de
i=1
termos, as séries
Abaixo citaremos alguns exemplos de série numérica com suas
numéricas nem
respectivas somas parciais:
sempre represen-
Exemplo 4.2.1. A série numérica definida por
tam um número
+∞
X 1 real.
i=1
i(i + 1)
lim sn = s ∈ IR.
n→+∞
∞
X 1
Exemplo 4.2.5. A série é convergente.
n=1
2n
Com efeito: Temos
1
1 1 1
lim sn = lim + + ...+ n = 2 1 =1
n→+∞ n→+∞ 2 4 2 1− 2
∞
X
Exemplo 4.2.6. A série geométrica r n , 0 < r < 1 é convergente.
n=1
∞
X r
r n = lim sn = .
n=1
n→+∞ 1−r
∞
X 1
Exemplo 4.2.7. Calcule o valor de ( )n .
n=1
3
∞ 1 1
X 1 1
Do exemplo acima ( )n = 3 1 = 3
2 = .
n=1
3 1− 3 3
2
cresce indefinidamente.
∞
X
Exemplo 4.2.8. A série geométrica r n , tal que r > 1 é divergente.
n=1 SAIBA MAIS:
r(1−r n )
Basta lembrar que r > 1 implica que a sequência sn = 1−r
não Para mais de-
converge, pois r n (ver exemplo 4.1.24) não converge. talhes sobre
o assunto, ver
referência [10]
149
∞
X 1
Exemplo 4.2.9. A série é divergente, pois limn→+∞ 21 = 1
2
6= 0,
n=1
2
contrariando assim o Teorema 4.2.3.
∞
X n n
Exemplo 4.2.10. A série é divergente, pois limn→+∞ n+1 =
n=1
n + 1
1 6= 0, contrariando assim o Teorema 4.2.3.
∞
X
Teorema 4.2.4 (Séries Alternadas). Dado uma série do tipo (−1)n an
n=1
satisfazendo as seguintes condições:
1. an > 0 ∀n ∈ N;
3. limn→+∞ an = 0.
∞
X
Então (−1)n an é convergente.
n=1
1 1
De fato: Temos que > 0 ∀ n ∈ N, a sequência ( ) é decrescente
n n
1
e lim = 0. Portanto, temos o afirmado.
n→+∞ n
∞
X ∞
X
Teorema 4.2.5 (Teste da Comparação). Sejam an e bn séries,
n=1 n=1
satisfazendo a seguinte condição:
∞
X ∞
X
2. Se an diverge então bn também diverge.
n=1 n=1
∞
X 1
Exemplo 4.2.12. A série harmônica é divergente.
n=1
n
∞
P∞ 1
X 1
Como a série n=1 2 diverge, temos que diverge.
n=1
n
∞
X 1
Exemplo 4.2.13. A série é convergente.
n=1
n!
∞
X 1
Para concluir que a série diverge, vamos comparar seus
n=2
ln n
∞
X 1
termos com os termos da série harmônica que diverge. Usare-
n=2
n
mos o Teorema do Valor Médio para provar que
1 1
≥ , ∀ x > 1.
ln x x
1
Como f (1) = ln 1 = 0, x0
< 1 e f ′ (x) = x1 , vale a desigualdade:
1
ln x = f (x) − f (1) = (x − 1) ≤ x − 1 < x.
x0
∞
X 1
Pelo Teorema 4.2.6, a série diverge.
n=1
n
∞
X
Teorema 4.2.7 (Teste da Razão). Seja an uma série de termos
n=1
positivos e suponha que existem constantes 0 < c < 1 e N1 ∈ N tais
que
an+1
n > N1 =⇒ ≤ c.
an
∞
X
Então a série an converge.
n=1
∞
X
Teorema 4.2.8 (Teste da Raiz). Seja an uma série de termos posi-
√ n=1
tivos tal que lim n an existe. As seguintes afirmações são verdadeiras:
∞
√ X
1. Se L = limn→+∞ n
an > 1 ou L = +∞ então an diverge.
n=1
∞
√ X
2. Se L = limn→+∞ n
an < 1 então an converge.
n=1
√
3. Se L = limn→+∞ n
an = 1 nada se pode afirmar.
é convergente.
n→+∞ n→+∞ nn
1
= lim = 0.
n→+∞ n
∞
X 1
Portanto a série é convergente.
n=1
nn
é divergente.
154
an (x − x0 )n ? A
P
outras palavras, qual o domı́nio da função f (x) =
resposta a esta questão depende do comportamento da sequência
(an ). É claro que para x = x0 a série é convergente, pois
+∞
X
an (x − x0 )n = a0 .
n=0
∞
X 1 n
Exemplo 4.3.1. Determinar o domı́nio da função f (x) = x .
n=0
nn
∞
X 1 n
Logo, a série n
x é absolutamente convergente, portanto conver-
n=0
n
gente, qualquer que seja x ∈ R. Então o domı́nio da função f dada
acima é R.
∞
X 1 n
Exemplo 4.3.2. Qual o domı́nio da função f (x) = x ?
n=0
n
an (x − x0 )n converge se | x − x0 | < R;
P
•
an (x − x0 )n diverge se | x − x0 | > R.
P
•
an n! n! 1
R = lim | |= lim | |= lim = lim =0
n→∞ an+1 n→∞ (n + 1)! n→∞ (n + 1)n! n→∞ n + 1
+∞ n
X x
Exemplo 4.3.4. O raio de convergência de é +∞.
n=0
n!
1
Com efeito: Sendo an = , logo
n!
1
an n! (n + 1)n!
R = lim | |= lim | 1 |= lim = lim (n + 1) = +∞
n→∞ an+1 n→∞ n→∞ n! n→∞
(n+1)!
+∞
X
Exemplo 4.3.5. Calcule o raio de convergência de 2n (x − 1)n
n=0
157
+∞
X
′
f (x) = nan xn−1 . (4.2)
n=1
+∞
X
Teorema 4.3.5 (Integração termo a termo). Se an xn é uma série
n=0
absolutamente convergente, cujo raio de convergência é igual a R,
+∞
X
então a função f : (−R, R) → R definida por f (x) = an xn é in-
n=0
tegrável e, além disso, vale a fórmula:
+∞ Z
SAIBA MAIS:
Z X
f (x) = an xn dx. (4.3)
Para saber mais, n=0
ver referência
[11]. 4.3.2 Séries de Taylor e de Maclaurin
+∞ (n)
X f (x0 )
(x − x0 )n (4.4)
n=0
n!
onde f (n) (x0 ) representa a derivada de ordem n de f no ponto x0 . No
caso em que x0 = 0 a série é demoninada de série de Maclaurin.
Temos que
··· = ···
f (n) (x) = (−1)n n!(x + 1)−(n+1) ⇒ f (n) (0) = (−1)n n!(0 + 1)−(n+1) = (−1)n · n!
1 1
R = lim p = lim p = lim 1 = 1.
n→∞ n
| an | n→∞ (| −1 |)n n→∞
n
Portanto, R = 1.
1
Z
Sabemos que ln (x + 1) = dx, assim do exemplo 4.3.7 po-
x+1
demos usar o Teorema 4.3.5 e obter quer
+∞ +∞
1 xn+1
Z X Z X
n n
ln (x + 1) = dx = (−1) x = (−1)n + C.
x+1 n=0 n=0
n+1
Avaliando em x = 0, temos
+∞ n
(n−1) 0
X
0 = ln (0 + 1) = (−1) + C ⇒ C = 0.
n=1
n
Portanto,
+∞
X xn
ln (x + 1) = (−1)(n−1) .
n=1
n
4.3.3 Exercı́cios
∞
X 1
a)
n=1
n3
∞
X n3 + 1
b)
n=1
n3
∞
X 1
c)
n=1
nn
∞
X n3 + 1
d) (−1)n
n=1
n3
∞
X 1
e)
n=1
e−n
∞
X 1
f)
n=4
n−3
∞
X 1
g)
n=1
n + ln n
∞
X 1
h)
n=1
n2 − 6n + 11
∞
X 1
i)
n=1
n2 ln n
∞
X 5n
j)
n=1
1 + 4n
∞
X n2 .n!
i)
n=1
(n + 1)!
1
6. Desenvolva a função f (x) = em série de Maclaurin.
1−x
4.3.4 Respostas
1. a) Sim.
b) Não.
c) Sim.
d) Sim.
e) Não.
f) Não.
g) Não.
h) Sim.
i) Sim.
j) Não.
i) Não.
2. a) R = 1.
b) R = 1.
c) R = +∞.
d) R = 1.
1
e) R =
e
f) R = 1.
162
3.
+∞
X (−1)n (2n+1)
sen x = x .
n=0
(2n + 1)!
+∞
X (−1)n
cos x = x(2n) .
n=0
(2n)!
+∞
X (−1)n (2n+1)
arctg x = x .
n=0
(2n + 1)
4. R = +∞, R = +∞ e R = 1, respectivamente.
5.
+∞ +∞
2
X (−1)n 2 (2n+1)
X (−1)n
sen x = (x ) = (x)[2.(2n+1)] .
n=0
(2n + 1)! n=0
(2n + 1)!
6.
+∞
1 X
= xn .
1 − x n=0
Referências Bibliográficas
[1] ÁVILA, G. Cálculo: Funções de uma Variável. Vol. 2,7 ed. Rio de
Janeiro: Ed. Livros Técnicos e Cientı́ficos, 2003.
[9] http://br.geocities.com/edmilsonaleixo/analmat2/analmat23.htm.
Acesso em 5/01/2009 às 15h40min
[10] http://ferrari.dmat.fct.unl.pt/services/AnalMat2A/AMII-A-2004-TE-
Cap3.pdf Acesso em 11/01/2009 às 09h40min
163
164 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[11] http://www.estv.ipv.pt/PaginasPessoais/odetecr/AnAcesso em
19/12/2008 às 19h40min.
[12] http://www.estg.ipleiria.pt/files/319758formulari469b8ade6093d.pdfcesso
em 10/12/2008 às 11h40min