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Engenheiro Agrônomo, D.Sc. em Ciência dos Alimentos, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ,
murillo.freire@embrapa.br
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Químico, D.Sc. em Ciência dos Alimentos, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ,
antonio.gomes@embrapa.br
2 Orientações Quanto ao Manuseio Pré e Pós-Colheita de Frutas e Hortaliças Visando à Redução de suas Perdas
• Práticas inadequadas de colheita (colheita em dias • Dificuldade para a realização de vendas, por telefone,
chuvosos; falta de instrumentos e utensílios adequados à para outras regiões, devido à falta de agilidade na
colheita; falta de sanitização frequente dos instrumentos comunicação para cotar preços mínimos e preços de
para colheita, etc.); mercado;
• Má colocação dos produtos nas embalagens (excesso • Presença cada vez maior de áreas infestadas com
de produto, fechamento); moscas das frutas (os pequenos produtores não têm
como fazer o monitoramento devido ao alto custo);
• Frota de caminhões antiga e com sistema de
suspensão que não amortece os impactos; • Áreas de plantio com a incidência de várias
doenças, causando prejuízos financeiros, podendo
• Falta de padrão de qualidade dos produtos
ser disseminada para outros pomares e ocasionando
hortifrutícolas (padrão mínimo para cada produto);
utilização maior de defensivos químicos;
• Falta de armazenagem frigorificada na época da safra;
No caso de frutas, os grandes produtores exportadores
• Legislação trabalhista atual (seguro desemprego
utilizam as tecnologias disponíveis para minimizar
desencoraja a manutenção do trabalhador no emprego,
seus problemas: utilizam áreas pré-determinadas
implicando em alta rotatividade da mão-de-obra, que não
para o plantio das frutas do tipo exportação, tratos
é suficientemente qualificada);
culturais diferentes com menor utilização de defensivos,
• Alto custo das embalagens; padronização dos cachos, instalações adequadas,
• Divergência de critérios entre o pessoal responsável cadeia de frio, frete especializado, clientes pré-
pela compra do produto e o pessoal responsável pela cadastrados, contratos pré-assinados com preço
sua recepção no local de venda; mínimo fixo e pessoal técnico disponível. Apresentam
dificuldades somente na classificação dos frutos, na mão
• Falta de contentores forrados adequadamente para as de obra utilizada no campo, na legislação trabalhista, no
frutas e hortaliças destinados ao mercado interno (ex: alto custo do frete, quando destinado à região Sul, e nas
plásticos-bolha, utilizados somente nos frutos destinados estradas mal pavimentadas.
à exportação);
• Caminhões inadequados (lonados) usados para No mercado atacadista, nas Centrais de Abastecimentos
hortifrutícolas destinados a cidades próximas e para (CEASAs), os principais entraves são:
consumo rápido; • Condições higiênico-sanitárias insatisfatórias nos locais
• Caixas com produtos hortifrutícolas não paletizadas; de armazenamento e comercialização dos produtos;
• Carregamento realizado, caixa por caixa, ao sol; • Comercialização de produtos a granel (amontoados,
empilhados, misturados), uma vez que o valor do
• Exigências dos supermercados não só em relação produto não compensa a realização de melhorias;
aos produtos, mas, também, aos serviços (frete,
descarregamento, reposição, degustação, promoções e • Comercialização pelo menor preço e não pela
8% de descontos decorrentes de reposição financeira, qualidade;
custos administrativos na comercialização e perdas); • Sujidades nos produtos vindos diretamente do produtor
• Manuseio inadequado com mistura de cargas de (presença de terra, folhas, paus e pedras);
diferentes espécies na câmara frigorífica; • Pessoal sem treinamento para manusear alimentos;
• Cargas mistas (diferentes mercadorias) no mesmo • Sistemas de refrigeração insuficientes (melhores
veículo de transporte; condições só para frutas importadas);
• Falta de proteção nos caminhões para evitar a • Empilhamento incorreto no embarque/desembarque
trepidação; da mercadoria;
• Mão de obra não qualificada para as operações de • Transporte – falta de investimento na melhoria das
raleio, toalete, etc.; condições de recepção, armazenamento e expedição
• Estradas mal pavimentadas; dos hortifrutícolas;
• Frutas e hortaliças colhidas com diferentes estádios • Falta de conservação das estradas;
de maturação, queimadas pelo sol e com defeitos • Falta de infraestrutura dos portos (adequação para
aparentes; transportes regulares);
• Falta de embalagem adequada para o consumidor; • Falta de comprometimento nas datas de embarque;
• Falta de informações na embalagem sobre o aspecto • Empilhamento incorreto no embarque e desembarque
nutritivo dos produtos (marketing), que pode impedir o dos produtos.
aumento no consumo;
4 Orientações Quanto ao Manuseio Pré e Pós-Colheita de Frutas e Hortaliças Visando à Redução de suas Perdas
Comunicado Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Comitê de Presidente: Virgínia Martins da Matta
Embrapa Agroindústria de Alimentos Membros: Ana Iraidy Santa Brígida, André Luis do
Técnico, 205 Publicações
Endereço: Av. das Américas, 29.501 - Guaratiba Nascimento Gomes, Celma Rivanda Machado de
Ministério da Agricultura, 23020-470 - Rio de Janeiro - RJ Araujo, Daniela de Grandi Castro Freitas de Sá, Leda
Pecuária e Abastecimento
Fone: (21) 3622-9600 / Fax: (21) 3622-9713 Maria Fortes Gottschalk, Luciana Sampaio de Araújo,
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alimentos
SAC: www.embrapa.br/fale-conosco Expediente Supervisão editorial: Daniela de Grandi C. F. de Sá
Revisão de texto: Virginia Martins Da Matta
1a edição Normalização bibliográfica: Luciana S. de Araújo
1a impressão (2014): tiragem (50 exemplares) Editoração eletrônica: André Luis do N. Gomes e
Marcos Moulin
CGPE 11445