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NÚCLEO ARTESANA – CASA DE JORGE GUERREIRO

VIVÊNCIAS - SAGRADO FEMININO

COORDENAÇÃO – CONCEIÇÃO HADDAD

Berkana: Símbolo rúnico ligado aos aspectos geradores da Deusa como Senhora da Criação

“É com uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo
humano da dor de separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais. Continuo com
capacidade de raciocínio - já estudei matemática que é a loucura do raciocínio-quero me alimentar diretamente da
placenta. Tenho um pouco de medo: medo ainda de me entregar pois o próximo instante é o desconhecido. O
próximo instante é feito por mim? Fazemo-lo juntos com a respiração. E com uma desenvoltura de toureiro na
arena.”

Clarice Lispector – Água Viva

O SAGRADO FEMININO

Algumas mulheres em todo o mundo se orgulham tanto de sua condição que seguem uma filosofia de vida chamada
“Sagrado Feminino”. Este estilo de vida que vem sendo adotado pelo público feminino há milênios oferece
ensinamentos sobre nosso corpo, nosso emocional, nossos ciclos femininos, e ainda orienta de que forma podemos
harmonizá-los com a natureza. Isso significa que quando as mulheres passam a se desligar um pouco do mundo
tecnológico e rotineiro, ou seja, buscam descobrir mais sobre si mesmas, se interiorizando, percebendo melhor seus
instintos, suas vontades e seus ciclos femininos ( como a menstruação e a gestação) elas relatam que o mundo a sua
volta – e aquele que existe dentro delas – parece mudar. É como se uma nova consciência as abraçasse. É a entrada
em um mundo mais maternal, afetivo e artístico, além de menos racional e mais sensível.

O conhecimento do sagrado feminino é adquirido através de livros, vivências e grupos. Nesta filosofia, as mulheres
experiênciam um conceito diferente sobre si próprias, que engloba aspectos emocionais guardados no corpo, a
veneração das deusas de várias mitologias e a semelhança delas com cada mulher, assim como a influência que a
natureza tem sobre nosso corpo e psique.

Nesta filosofia de vida as mulheres passam a valorizar mais os seus ciclos naturais, como a menstruação, a
maturidade, a gestação, o parto e a amamentação. No entanto, não são induzidas a serem radicais ao viver esses
períodos ou exercer determinadas funções. O valor está em aceitar a naturalidade das coisas, seu histórico de vida,
vontades e capacidades. Aprendendo a se conhecer de forma mais profunda e a aceitar os acontecimentos da vida e
a si mesma, as feridas começam a ser curadas e as mulheres passam a ser mais felizes, amáveis e únicas. Você
descobre então que ser mulher não significa ter um parto natural, amamentar ou se sentir bem na própria pele
quando está grávida. Na verdade o objetivo é entender como você traz seu amor e feminilidade para todas as fases
da vida. É trazer para a mulher com maior frequência o sentimento de PLENITUDE.
Para falar sobre o sagrado feminino obrigatoriamente adentraremos no território dos ARQUÉTIPOS; Então, vamos lá.
Arquétipo é descrito pelo psicólogo Carl Gustav Jung como um conjunto de imagens psíquicas presentes no
inconsciente coletivo que seria a parte mais profunda do inconsciente humano. Os arquétipos são herdados
geneticamente dos ancestrais de um grupo de civilização, etnia ou povo. Os arquétipos não são memórias coesas e
‘’palpáveis’ ’no contexto ou definição clássica de memória, mas são o conjunto de informações inconscientes que
motivam o ser humano a acreditar ou dar crédito a determinados tipos de comportamento. Os arquétipos
correspondem ao conjunto de crenças e valores comportamentais básicos do ser humano. Podem se manifestar nas
crenças religiosas, mitológicas ou no comportamento inconsciente do indivíduo.

O reconhecimento do sagrado feminino deve ser uma busca de todos, porém cabe às mulheres uma
responsabilidade maior, devido à sua ancestral e profunda conexão com os arquétipos, atributos, faces, ciclos e
energias da Grande Mãe.

Viver com simplicidade significa fazer escolhas, tendo como princípio a consciência do que realmente precisamos
para viver, essas escolhas tem uma abrangência infinita, devem estar relacionadas à família, ao meio ambiente, a
espiritualidade, a comunidade e especificamente ao caminho cósmico, ou seja, a família cósmica.

-Começar pela faxina ( emocional , psíquica e material)

-Tomar consciência real do nosso tempo ( do Sr. Cronos em nossa vida)

-Colocar ordem

- Se perguntar o que é mero desejo e o que é sonho?

O desejo é paixão arrebatadora. O sonho é acalentado pelo próprio desenvolvimento do ser, é realização, é AMOR.
Retomar a consciência Primordial.

Assim buscamos a cada dia desenvolver a alegria que podemos sentir com a real simplicidade de viver.

Buscando o auxílio das nossas amadas: Mãe Yemanjá, Velha Nanã, Oyá Tempo, Jovem Oxum, Obá, Yansã, Egunitá,
através das nossas queridas pomba giras, ciganas, meninas, caboclas e pretas velhas. Vamos então nos iluminar
compreendendo um pouco mais esses arquétipos.

NANÃ BURUKU (HÉCATE) A ANCIÃ, A AVÓ

A senhora da sabedoria, das terras molhadas e fecundas com a qual foram criados todos os seres.

Senhora de muitos búzios que simbolizam fecundidade, riqueza e morte. Guardiã do reinado dos eguns e ancestrais.
Dá a vida e também o retorno à terra.

“Nanã é o princípio, o meio e o fim, o nascimento a vida e a morte.”

É origem e poder. Entender Nanã é entender o destino.

É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nanã deusa das
chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.

OXUM – A BELA JOVEM

A deusa da beleza, das águas doces, senhora da fertilidade , da gestação e do parto, cuida dos recém- nascidos,
jovem e bela mãe. Prima pela união dos casais. Rege os corações. AMOR é o seu verbo. É o arquétipo do amor
guerreiro. Corresponde a Afrodite e também a Artémis.
YEMANJÁ – A GRANDE MÃE, SENHORA DO MAR

Stelamaris, a sacerdotisa do mar.

Desde o instante em que nascemos do líquido salgado do ventre materno, até quando os nossos pulmões se
preencham com os fluidos corporais no momento da morte, somos um receptáculo para o caminho da água, o nosso
mais precioso e sagrado presente. Desde a antiguidade o mar simboliza vida, magia e mistério. É a mãe que controla
as marés e propicia a pesca e também é a sereia sedutora. Mãe propiciadora da saúde da prosperidade e da boa
sorte. Além de garantir, sanidade, equilíbrio e clareza mental. Deusa Mãe (no Brasil é sincretizada com nossa
Senhora).

Tem como atributos; amor, nutrição, proteção das crianças, mulheres e famílias. A imutabilidade do mar nos ensina
como buscar o equilíbrio e a conciliação dos opostos na nossa própria natureza, alternando ação e quietude,
aceitação da dor e da alegria, as fases de tumulto e estagnação.

YANSÃ – DIVINDADE EÓLICA

Na realidade existem 21 Yançãs, sete nos polos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás dos polos positivos, onde
entram como aplicadoras da lei segundo os princípios da justiça divina. Sete atuam nos polos magnéticos
absorventes e auxiliam os orixás regentes dos polos negativos onde entram como aplicadoras da lei segundo os
princípios da justiça divina. Sete atuam nas faixas neutras das dimensões planetárias onde direcionam os seres para
as faixas negativas ou positivas.

ARQUÉTIPO POMBA GIRA (MENSAGEIRA DOS CAMINHOS À ESQUERDA)

Esta orixá está sentada no trono do ESTÍMULO e do DESEJO. Nos ensina a FORÇA e a FIRMEZA DE PROPÓSITOS. Do
desejo resoluto pela vida e por nossos objetivos que devem ser buscados sempre com entusiasmo e energia.

Começou a se apresentar nos terreiros nos anos 60/ 70. Ela é sensual mas NUNCA vulgar. É na umbanda uma
manifestação do sagrado feminino. Entidade que trabalha na luz a serviço da lei maior. Na atuação da pomba gira há
todo um caminho sagrado nos envolvendo ao qual devemos amar, honrar, respeitar, dentro e fora da religião.
Estimula os sete sentidos da vida ( fé, amor, conhecimento, lei, geração, justiça e evolução ). Trabalha com o
desbloqueio de energias densas no campo da sexualidade, limpeza energética, quebra de magias negativas.
Louvemos esta maravilhosa companheira de jornada que tanto nos inspira e reafirma o nosso sagrado feminino.

LAROYÊ POMBA GIRA! POMBA GIRA É MODJUBÁ!

ARQUÉTIPO CIGANA

A linha é regida pelos orixás Egunitá ( que é sincretizada com Santa Sara Kali ), Oyá-Tempo e Yansã.Traz o arquétipo
de um povo muito antigo e místico, de alma livre, desapegado e por isso mesmo capaz de atrair a prosperidade no
campo espiritual e material e de ensiná-la a quem precise. Estimula nas pessoas um sentimento de liberdade, de
amor e celebração da vida, bem como o desapego, fatores indispensáveis para se atrair a boa sorte e a boa fortuna.

OPTCHA! LACHI BAR!


ARQUÉTIPO CABOCLA

Esse arquétipo nos leva a refletir sobre a importância do meio natural que nos acolheu e nos ajuda a compreender
que somos parte da criação divina e por isso mesmo precisamos viver em harmonia com o todo. São um exemplo de
forma de vida simples, natural, livre de preconceitos e artifícios, de arrogância e de vaidade. Sua atuação junto de
nós é libertadora, própria daqueles que evoluíram. É o arquétipo da guerreira, corajosa, valente, simples, honrada,
justa. Harmonizada com as forças da mãe natureza. São caçadoras, vão buscar o melhor para a nossa evolução.

ARQUÉTIPO PRETA VELHA

A velha sábia, aquela que percorreu todo o caminho, olhou para trás, nos viu e por puro amor nos abraçou,
amparou, acolheu e na hora dos nossos piores desatinos vem nos socorrer. Estamos acostumados com seus
atributos de humildade e sabedoria, mas além desses há tantos outros que exatamente por serem esses dois
primeiros o que são, talvez não os enxerguemos à primeira vista, então vamos lá: Imaginemos uma mãe que sabe na
própria carne a condição que seu filho terá como escravo e ainda assim alimenta com seu próprio leite o rebento do
seu algoz. SUBLIMAÇÃO. Imaginemos uma cozinha fumacenta com sinhás cheias de querências e ainda assim a
quitutaria chega a mesa com sabor inigualável. ALQUIMIA. Mesmo depois de um dia de trabalhos forçados, exausta
ainda é capaz de entoar uma cantiga triste, antiga e bela. ARTE. Nas suas pequenas e raríssimas folgas vão com
graça e entusiasmo cultuar seus deuses escondidos dentro das imagens do branco. FÉ. E depois disso tudo ainda nos
olham no fundo dos olhos, nos tocam as mãos e nos benzem rogando ao pai maior que nos dê tudo de bom.
TRANSCENDÊNCIA.

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