Fernando Henrique Cardoso nasceu em 18 de junho de 1931 no Rio de
Janeiro, filho de Leônidas Cardoso e Nayde Silva Cardoso. Casou-se com Ruth Cardoso no ano de 1953 e desse matrimônio tiveram 3 filhos.
No área acadêmica, graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São
Paulo (USP) em 1952, tendo especializado-se em sociologia pela mesma Universidade e posteriormente concluído o Doutorado em 1961 e em 1963 a Livre- Docência. Em 1953 foi analista de ensino da cadeira de Sociologia, da Faculdade de Filosofia da USP sendo assistente do professor Roger Baptiste. Foi primeiro assistente do sociólogo Florestan Fernandes e graças à ele ministrou aula na Faculdade de Economia da USP antes mesmo de se graduar no ano de 1955. Em 1964 exilo-se no Chile após do Golpe Militar ficando até 1967. Atuou no Instituto Latino-Americano de Planejamento Econômico (ILPES – associado à Organização das Nações Unidas, ONU, e à Comissão Econômica para a América Latina, CEPAL) e publicou a obra “Desenvolvimento e dependência na América Latina”, com Enzo Faletto. Em 1967 mudou-se para a França e em 1968 volta Brasil. Em 1969 participa como menbro fundador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Durante a decada de 70 atuou em diversas universidades da Inglaterra, Estados Unidos México e França, entre outras. Durante a década de 80 é intensificada a sua atuação na área política através da participação na fundação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), elegendo-se senador e exercendo o cargo de ministro das Relações Exteriores e da Fazenda. Considerado um dos maiores intelectuais na área de ciência política e sociologia da América Latina Fernando Henrique Cardoso foi Presidente do Brasil por dois mandatos, de 1995 a 2002. No dia 27 de junho de 2013, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 36.
Obras Literárias publicadas de autoria de Fernando Henrique Cardoso
Negros em Florianópolis: relações sociais e econômicas, 1955
Capitalismo e Escravidão no Brasil Meridional, 1962 Mudanças sociais na América Latina, 1969 Dependência e Desenvolvimento na América Latina (com Enzo Faletto), 1970 Política e desenvolvimento em sociedades dependentes, 1971 Empresário Industrial e desenvolvimento econômico no Brasil, 1972 O modelo político brasileiro: e outros ensaios, 1973 Autoritarismo e democratização, 1975 As ideias e seu lugar: ensaios sobre as teorias do desenvolvimento, 1980 A construção da democracia: estudos sobre política, 1993 Mãos à obra, Brasil: proposta de governo, 1994 Por um Brasil mais justo: ação social do governo, 1996 Política de defesa nacional, 1996 Desenvolvimento sustentável, mudança social e emprego, 1997 Avança Brasil: mais 4 anos de desenvolvimento para todos: proposta de governo, 1998 A outra face do presidente: discursos do senador Fernando Henrique Cardoso, 2000 Brasil 500 anos: futuro, presente, passado, 2000 A Arte da Política, 2006 Cartas a um Jovem Político, 2006 Cultura Das Transgressões No Brasil, 2008 Brasil Globalizado, 2008 América Latina: Governabilidade, globalização e políticas econômicas para além da crise, 2009 Relembrando o que Escrevi, 2010 Xadrez Internacional e Social-Democracia, 2010 A Soma e o Resto, 2011 O Improvável Presidente Do Brasil, 2013 Pensadores que Inventaram o Brasil, 2013 A miséria da Política, 2015 Diários da Presidência - 1995-1996, 2015
Principais idéias do autor
A principal linha de pensamento presentes nas obras de Fernando Henrique
Cardoso pode ser resumida como o ensaio de teorizar a formação específica de países subdesenvolvidos com passado colonial, em especial o Brasil. Suas obras podem ser divididas em dois grandes eixos de análise: As relações com o pensamento social brasileiro e com as teorias do desenvolvimento.
Análise crítica sobre o pensamento do autor
O Sociólogo analisado Fernando Henrique Cardoso, através dos seus
estudos e ensaios publicados, nos passa a idéia de que a sua interpretação sobre a intervenção militar, é de que ela não se trata de uma ditadura. Ele trata como um regime burocrático- autoritário instaurado no Brasil a partir de 1964.
Essa intervenção militar mesmo sendo politicamente reacionária,
desencadeou no pais um processo de modernização econômica que o ele denominou de internacionalização do mercado interno. Esse processo ocorreu sob a forma de capitalismo monopólico onde a dinâmica dos processos era muito semelhante aos países desenvolvidos. A diferença é o fato do Brasil nao ter passado pelas etapas de desenvolvimento clássicos. O Sociólogo diferencia o autoritarismo de totalitarismo de maneira que o primeiro não exerce controle total sobre os indivíduos. Segundo ele o autoritarismo expressa uma variância entre totalitarismo e democracia.