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3.

SISMOLOGIA
Sismos: são movimentos vibratórios, bruscos da crosta terrestre provocados pela súbita
libertação de energia em zonas instáveis da Terra.
Sismologia: é o estudo dos fenómenos relacionados com a ocorrência de sismos.
Macrossismos: sismos sentidos pela população.
Microssismos: sismos que não causam danos significativos ou são impercetíveis.
Abalos premonitórios ou preliminares: são pequenos abalos que antecedem o sismo principal e
constituem um alerta.
Réplicas: são abalos de menor intensidade que se seguem ao abalo principal.

CAUSAS DOS SISMOS


 Sismos de colapso
São devidos a abatimentos em grutas e cavernas ou ao
desprendimento de materiais rochosos nas encostas das
montanhas.

 Sismos vulcânicos
São provocados por fortes pressões que um vulcão
experimenta antes de uma erupção e por movimentos de
massas magmáticas.

 Sismos tectónicos
São devidos a movimentos tectónicos resultantes de
forças:

- distensivas (B): levam ao estiramento e alongamento


do material;

- compressivas (C): os materiais são comprimidos;

- de cisalhamento (D): os materiais são submetidos a


pressões que provocam movimentos horizontais.

Teoria explicativa da ocorrência de sismos devido à atuação de forças  Teoria do ressalto


elástico (H. F. Reid, 1911)
- Baseia-se em mecanismos de deformação elástica das rochas
(mudanças de volume e de forma da rocha quando sujeita a forças).
- Segundo esta teoria, os sismos tectónicos resultam da atuação de
forças internas sobre as rochas, o que leva à acumulação de energia
durante longos períodos de tempo e à deformação das rochas. Num
dado momento dá-se a rutura (falha) acompanhada por uma
deslocação das rochas com enorme libertação de energia, que
provoca o sismo. O deslocamento dos blocos rochosos ao longo do
plano de falha permite que a rocha deformada recupere parte da sua
forma original. Este processo chama-se ressalto elástico, uma vez
que a rocha tem um comportamento elástico e regressa ao seu estado
inicial após cessar o estado de tensão.

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Parâmetros de caracterização sísmica
Falha: é um acidente tectónico em que a rutura das rochas é
acompanhada da deslocação dos blocos. Ex.: Falha de Sto André
(Califórnia, EUA).

Frente de onda: separa uma região que experimenta uma perturbação


sísmica particular de uma região que ainda a não experimentou.

Raio sísmico: é a trajetória perpendicular à frente de onda.

Hipocentro ou foco sísmico: é a região do interior da Terra onde tem


origem a rutura ou simplesmente a deslocação das rochas.

Epicentro: é o local da superfície terrestre, situado na vertical em


relação ao hipocentro, onde o sismo é sentido em 1º lugar e, em geral,
com maior intensidade.
Ondas sísmicas: representam parte da energia libertada no
hipocentro; dispersam-se em todas as direções; são responsáveis pelos abalos e destruição geral.

Classificação dos sismos de acordo com a profundidade do foco sísmico:


- superficial (foco entre 0 e 100 km de profundidade);
- intermédio (foco entre 100 e 300 km de profundidade);
- profundo (foco entre 300 e 700 km de profundidade).

Classificação dos sismos em função da localização do Epicentro:


Terramoto: sismo com o epicentro localizado no continente;
Maremoto: sismo com epicentro localizado no oceano.
Nos maremotos pode ocorrer a formação de ondas gigantes – tsunamis ou rãs de maré. Os
tsunamis formam-se quando o fundo oceânico é deformado, na sequência da libertação de
energia sísmica, deslocando verticalmente a coluna de água que repousa sobre ele.

Tipos de Ondas sísmicas


As ondas sísmicas classificam-se de acordo com o modo como as partículas oscilam em relação à
direção de propagação.
Ondas de volume (profundidade)

Ondas P, primárias, longitudinais ou de compressão


- São ondas internas (com origem no foco e propagação em qualquer direção);
- Apresentam a maior velocidade de propagação e, como tal, são as primeiras a chegar;
- As partículas do meio vibram na mesma direção de propagação da onda, sendo por isso,
também, designada por onda longitudinal.
- A propagação produz-se por uma série de impulsos alternados de compressão e de
distensão através das rochas, havendo variações do volume do material.
- Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos;

Ondas S, secundárias ou transversais


- as partículas vibram num plano perpendicular à direção de propagação.
- provocam mudança de forma do material mas não do volume.
- apenas se propagam em meios sólidos.
- A sua velocidade é menor do que a das ondas P.

Ondas superficiais ou ondas Longas (L)


Ondas de Rayleigh
As partículas descrevem um movimento elíptico, num plano
perpendicular à direção de propagação, provocando no solo oscilações
semelhantes às ondas marinhas.

Ondas de Love
- Propagam-se horizontalmente;
- As partículas do meio vibram perpendicularmente à direção de
propagação da onda.
- Não se propagam na água, tal como as S; 2
- As ondas de Love “atacam” preferencialmente os alicerces dos prédios.
As ondas superficiais resultam de interferências de ondas do tipo P e do tipo S.
- Possuem velocidades inferiores às apresentadas pelas ondas P e ondas S.
- Propagam-se à superfície ou próximo dela, pelo que são as responsáveis pelos deslocamentos mais
pronunciados das partículas do solo.
- São ondas de grande amplitude.
- São responsáveis pela maior parte das destruições quando ocorre um terramoto.

REGISTO DOS SISMOS


Sismógrafo: é o aparelho especializado, usado para registar os movimentos do solo provocados
pelas ondas sísmicas. Podem ser:
- Horizontais - Verticais
Numa estação sismográfica existem,
geralmente, três sismógrafos: um que
regista os movimentos verticais e outros
dois que registam os movimentos
horizontais (um orientado na direção N-S
e outro na direção E-W).

Sismograma: é o gráfico obtido pelo sismógrafo, através do qual se pode observar características
das ondas sísmicas.

- Na ausência de sismo, há registo de uma linha


direita.
- Se o sismógrafo for afetado por vibrações
causadas por fortes ventanias, ondulações
marinhas violentas, pela passagem de
transportes pesados ou outros fenómenos
relacionados com a atividade humana – há
registo de leves oscilações.
- Em 1º lugar são recebidas as ondas P (são as
mais rápidas); seguem-se as ondas S e, por fim,
as ondas L (são as mais lentas, mas de maior
amplitude).

INTENSIDADE SÍSMICA E MAGNITUDE


* Escala de Mercalli (modificada)
- tem 12 graus;
- avalia a intensidade de um sismo (os efeitos que causa em pessoas, objetos e construções);
- é subjetiva, tem pouca utilidade (baseia-se nas observações e relatos de pessoas).

Carta de Isossistas: é um mapa de uma região que mostra a variação de intensidade do abalo
sísmico em diferentes locais.
Isossistas: são linhas curvas, fechadas, com forma irregular; ligam os locais com igual intensidade
sísmica; estão distribuídas em volta do epicentro.

Se as rochas atravessadas pelas ondas


sísmicas fossem idênticas em todas as
direcções e se as construções fossem do
mesmo tipo, as isossistas teriam a forma de
circunferências concêntricas, mas como o
material atravessado tem diferentes
propriedades, a propagação das ondas é
influenciada e, por isso, as isossistas têm
formas irregulares.

A intensidade do sismo depende:


- da distância epicentral;
- da constituição do solo/ rochas;
- do tipo de construção.

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* Escala de Richter
- tem 9 graus;
- avalia a magnitude de um sismo (energia libertada durante um sismo);
- é mais exata (baseia-se nos sismogramas).

Magnitude de um sismo
 é uma grandeza relacionada com a energia libertada no foco sísmico. Só cerca de 20% a 30%
dessa energia é propagada sob a forma de ondas, sendo a restante dissipada sob a forma de
calor;
 pode ser medida numa escala quantitativa – Escala de Richter (escala logarítmica);
 é calculada a partir do logaritmo de amplitude máxima, registada num sismograma por um
sismógrafo-padrão colocado a 100 km do epicentro;

M- magnitude
A- amplitude máxima das ondas sísmicas
T- período
Y- fator de correção (profundidade do foco; tipo de onda sísmica; distância epicentral)

Amplitude (A): distância máxima de afastamento de uma partícula em


relação à sua posição de repouso durante a oscilação.
Período (T): tempo de duração de uma oscilação completa.
Frequência (F): nº de oscilações que ocorrem num determinado intervalo
de tempo.

Determinação do epicentro de um sismo


- O epicentro é a zona da superfície mais próxima do foco.
- Se um sismógrafo estiver colocado no epicentro, apesar da diferença de velocidade das ondas P e
S, estas ondas podem ser registadas quase sobrepostas ou, pelo menos, com um intervalo de tempo
pequeno.
- Se a estação se localizar a uma certa distância do epicentro, as ondas P e S chegam com
diferenças de tempo tanto maiores quanto maior for a distância epicentral, sendo registadas também
as ondas L.

Como determinar a distância epicentral?


 A distância epicentral pode ser expressa em km ou então em função do ângulo epicentral (ângulo
definido por um raio terrestre que passe pelo epicentro e por um raio que passe no local considerado).
 Conhecendo a distância epicentral e o tempo
gasto a percorrer essa distância, é fácil calcular a
velocidade de qualquer tipo de onda (V= D/t).
- As ondas L têm velocidade mais ou menos
constante, ao contrário das ondas P e S, em que a
velocidade aumenta com a distância epicentral até
cerca de 11 500 km de distância epicentral.
 Quanto mais distante do epicentro se encontrar a
estação, maior é o intervalo de tempo entre a
chegada das ondas P e S.

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Como determinar o epicentro de um sismo?
- Para determinar o epicentro de um sismo, traça-se sobre uma carta uma circunferência com centro
na estação respetiva e raio igual à distância epicentral, convertida na escala da carta.
- A posição será definida recorrendo a dados de três estações. O ponto de interseção das três
circunferências deve corresponder ao epicentro.
 Se houver dados fornecidos por mais do que três estações, estes servem para:
- confirmar a determinação feita, se ela estiver correta, todas as circunferências devem intersectar-se
na zona epicentral;
- se o foco sísmico é profundo, esta técnica permite apenas delimitar uma zona epicentral (as
circunferências não se intersetam num ponto).

SISMOS E TECTÓNICA DE PLACAS


Distribuição geográfica dos sismos: não é uniforme. Destacam-se áreas de grande atividade
sísmica:
 Cintura circumpacífica = “Anel de Fogo” do Pacífico (80% dos sismos terrestres);
 Cintura mediterrânico-asiática (cerca de 15% dos sismos);
 Zonas correspondentes às grandes cristas oceânicas (ex: Dorsal médio-atlântica).

As áreas de grande atividade sísmica coincidem com zonas instáveis da Terra que ficam geralmente
nas fronteiras de placas litosféricas.
 95% dos sismos do Globo ocorrem em falhas localizadas junto às fronteiras/limites  sismos
interplacas.
 5% dos sismos têm origem em falhas ativas localizadas no interior das placas  sismos
intraplacas.

Entre as zonas de maior sismicidade podem destacar-se:


- Limites convergentes – zonas de maior sismicidade.
Ex.: Cintura circumpacífica e cintura mediterrânico-asiática.
- são zonas estreitas e alongadas caracterizadas pela presença de grandes fossas, onde se
dá a subducção de placas litosféricas;
- nessas zonas geram-se forças de tensão e forças de compressão que provocam falhas
responsáveis pela grande atividade sísmica.
- a repartição dos focos sísmicos ao nível das fossas faz-se segundo um plano inclinado –
plano de Benioff. A extensão deste plano pode variar, de acordo com a inclinação da placa
mergulhante, entre 200 km e 700 km.

- Limites divergentes
- ocorrem ao longo das cristas oceânicas onde há alastramento do fundo oceânico.
- são sismos de foco sísmico pouco profundo (menos de 70 km).

- Limites conservativos – ao longo das falhas transformantes.


- geram-se sismos de pequena profundidade (não superior a 100 km).

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SISMICIDADE EM PORTUGAL

- Portugal está localizado numa zona relativamente instável, sendo um país de risco sísmico
moderado.
- A ocorrência de sismos relaciona-se com o contexto tectónico do país.
- Portugal situa-se numa zona de transição entre uma região intraplaca e uma região de limites de
placas (Fronteira de placas Açores - Gibraltar).
Zonas portuguesas de maior instabilidade sísmica:
 Sismicidade interplacas
– na zona de contacto entre a placa euro-asiática e a placa africana (Banco de Goringe);
- Açores (localiza-se na dorsal médio-atlântica, na zona de junção de 3 placas – ponto triplo –
em que há um misto de limite de placa divergente e de limite transformante com grande atividade
sísmica).

 Sismicidade intraplacas
- é gerada em falhas existentes no interior do território português.
- as zonas de maior risco sísmico compreendem a área Metropolitana de Lisboa, o Algarve e
a Península de Setúbal.

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MINIMIZAÇÃO DE RISCOS SÍSMICOS – PREVISÃO E PREVENÇÃO

Previsão sísmica Prevenção sísmica

- abalos premonitórios; - Estudo geológico dos terrenos (antes da construções);


- anomalias no comportamento dos animais; - Elaboração de normas legais de construção anti-
- variações de condutividade elétrica do solo; sísmica em locais de risco elevado;
- variações do campo magnético; - Elaboração de mapas de risco sísmico;
- variações da inclinação dos terrenos; - Formação de pessoal (ex: bombeiros);
- modificações na densidade da rocha; - Elaboração de planos de evacuação das populações;
- variação do nível da água em poços próximos - Educação da população (como se comportar perante
de falha… uma situação de catástrofe, pág.218 e 219 do manual)

ONDAS SÍSMICAS E DESCONTINUIDADES INTERNAS


Quanto mais distante se encontra a estação sismográfica mais profundamente mergulham as
ondas que a ela chegam  a velocidade das ondas sísmicas aumenta com a profundidade.

Os dados da sismologia sugerem que o modelo de uma Terra homogénea e uniforme não é
sustentável.
Admite-se que a constituição e as propriedades físicas dos materiais terrestres variam com a
profundidade, condicionando a velocidade das ondas P e S.
A velocidade das ondas sísmicas aumenta com a rigidez dos materiais e diminui proporcionalmente
à sua densidade.
A densidade dos materiais terrestres aumenta com a profundidade  nas zonas de passagem do
manto para o núcleo externo verifica-se um aumento brusco da densidade.
As ondas sísmicas, no seu percurso através da Terra, podem experimentar desvios ou podem
mesmo ser absorvidas.
Quando uma onda sísmica encontra uma superfície de separação entre materiais com
características diferentes, pode refletir-se ou refratar-se, tal como acontece com a luz.

O núcleo terrestre desvia a trajetória


de ondas sísmicas diretas (1), Reflexão numa
originando ondas sísmicas refletidas superfície plana
(2) e refratadas (3).
O conhecimento do comportamento
das ondas sísmicas que atravessam o
globo terrestre, obtido através da
interpretação de sismogramas
registados em muitos pontos do
Mundo, possibilita que se façam Refração numa
estimativas sobre a densidade, superfície plana
espessura, composição, estrutura e
estado físico das diferentes zonas do
interior da Terra.

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Superfícies de descontinuidade – são superfícies, no interior da Terra, que separam materiais com
diferentes composições e propriedades, o que provoca fenómenos de reflexão e refração das ondas
sísmicas. Nessas superfícies, o comportamento (direção e velocidade) das ondas sísmicas P e S
varia bruscamente.

O trajeto e velocidade das ondas P e S pelo interior da geosfera permite identificar as seguintes
superfícies de descontinuidade:
Descontinuidade de Mohorovicic ou Moho
Descontinuidade de Gutenberg
Descontinuidade de Wiechert/ Lemann

Descontinuidade de Mohorovicic ou Moho


– Localiza-se à profundidade média de 35 km a 40 km.
- Separa a crusta do manto.
- As ondas sísmicas que atingem esta superfície refletem-se ou refratam-se.
- Verifica-se um aumento de velocidade das ondas P e S.

No início do século XX, Mohorovicic


constatou que, a partir de determinada
distância do epicentro de um sismo à estação
sismológica (distância epicentral), as ondas
refratadas atingiam a estação mais
rapidamente do que as ondas diretas.

Uma vez que as ondas refratadas


mergulhariam mais profundamente na Terra
com evidente acréscimo de velocidade,
Mohorovicic sugeriu que a alteração da
velocidade das ondas seria devida à
existência de uma descontinuidade, situada aproximadamente a 30 km de profundidade, a separar
um meio superficial, no qual as ondas se deslocam a fraca velocidade - a crusta, de um meio mais
profundo, onde a velocidade das ondas é maior - o manto.

Descontinuidade de Gutenberg
- Localiza-se a 2900 km de profundidade.
- Separa o manto (sólido e rochoso) do núcleo externo (líquido e metálico).
- As ondas S deixam de se propagar e a velocidade de propagação das ondas P reduz-se
drasticamente.
- As ondas P e S diretas não são registadas por qualquer sismógrafo. Essa zona situa-se entre os
103º (cerca de 11400 km) e os 143º a partir do epicentro – zona de sombra sísmica.
- Para além dos 143º já são registadas ondas P, mas não ondas S.

Depois da zona de sombra, apenas as ondas P são registadas e com uma velocidade média inferior à
que seria esperada.
Gutenberg interpretou estes dados associando a ausência de ondas sísmicas na zona de sombra ao
desvio que as ondas P sofrem na sua trajetória ao penetrar numa zona com características físicas e químicas
muito diferentes.
- Nas estações sismográficas situadas
a menos de 103º (11 459 km) do
epicentro, são registadas ondas P e S
diretas.

- Para as estações situadas entre 11


459 km (103º) e 15 798 km (143º),
existe uma zona de sombra sísmica
caracterizada pela ausência de
receção de ondas P e S diretas.

- A partir dos 15 798 km (143º) de


distância do epicentro, registaram-se
ondas sísmicas refratadas que
atravessaram o núcleo e ondas
refletidas.
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No início do século XX, o alemão Gutenberg observou que, para cada sismo, existe um sector da
superfície terrestre onde é impossível registar ondas sísmicas diretas, isto é, ondas sísmicas que atingem a
superfície terrestre sem sofrerem desvios na sua trajetória, que no interior da Terra era curvilínea. A esta faixa
da superfície terrestre, que se situa a uma distância angular do epicentro compreendida entre os 103° e os
143°, dá-se o nome de zona de sombra. Depois da zona de sombra, apenas as ondas P são registadas e com
uma velocidade média inferior à que seria esperada. Gutenberg interpretou estes dados associando a
ausência de ondas sísmicas na zona de sombra ao desvio que as ondas P sofrem na sua trajetória ao
penetrar numa zona com características físicas e químicas muito diferentes. A esta descontinuidade, que
estabelece a separação entre o manto e o núcleo, a cerca de 2900 km de profundidade, foi dado o nome de
descontinuidade de Gutenberg.

Descontinuidade de Wiechert/ Lemann


- Localiza-se a 5140 km de profundidade.
- Separa o núcleo externo (líquido) do núcleo interno (sólido).
- A velocidade de propagação das ondas P aumenta.

Estudos posteriores levados a cabo pela dinamarquesa Inge Lehmann puseram em evidência a
existência de um núcleo interno.
A partir de registos sismográficos, concluiu-se que uma parte das ondas P que penetram até às regiões
mais internas da Terra são refletidas a 5155 km, enquanto outras sofrem, a partir daí, um aumento da sua
velocidade.
Tendo em conta que a velocidade das ondas P é maior em meios sólidos do que em meios líquidos, é de
supor a existência de um núcleo interno no estado sólido. À fronteira entre o núcleo externo (fluido) e o
núcleo interno (sólido) dá-se o nome de descontinuidade de Lehmann.

Superfícies de descontinuidade do globo terrestre

 Zona de baixa velocidade


- Entre os 100 e os 350 km de
profundidade o material do manto
encontra-se parcialmente fundido, o
que confere às rochas menor rigidez e
maior plasticidade.
- Esta zona do manto, menos rígida é
chamada astenosfera e inclui a zona de
baixa velocidade.

4. ESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERA (pág. 170 – 177)

Modelo segundo a composição química Modelo segundo as propriedades físicas


(pág. 173,174): (pág. 173,175):

A Terra é constituída basicamente por Existem zonas concêntricas com


três camadas concêntricas: crusta, diferentes propriedades físicas,
manto e núcleo, separadas por nomeadamente densidade e rigidez.
superfícies de descontinuidade Consideram-se as seguintes regiões:
reveladas pela variação acentuada da litosfera, astenosfera, mesosfera e
velocidade de propagação das ondas endosfera (dividida em núcleo interno e
sísmicas. núcleo externo)

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