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Estudo De Um Solo Residual Expansivo Como Matéria Prima Na

Fabricação De Tijolos De Solo-Cal Utilizando Cura Acelerada


Déborah Torres da Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Cuiabá, Brasil,
deborah.torres04@gmail.com

Henrique de Oliveira Ramos


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Cuiabá, Brasil,
riquinyh@hotmail.com

Lidiane Regina Zozomazoré Braz


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Cuiabá, Brasil,
lidi_bras@hotmail.com

Luan Divino Thomé dos Santos


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Cuiabá, Brasil,
luancandeias@hotmail.com

Ilço Ribeiro Junior


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Cuiabá, Brasil,
ilco.ribeiro@cba.ifmt.edu.br

RESUMO: Na Baixada Cuiabana os problemas mais comuns são de expansão, causadas pela
instabilidade química e física do solo. Outro problema verificado por Ribeiro Junior (2005, 2006) é
a dificuldade de compactação dos solos residuais, pois, estes apresentam uma instabilidade na curva
de compactação não apresentando um pico, mas uma banda de pontos máximos. Visto isto, decidiu
unir-se ao solo saprolítico da região de Cuiabá – MT, que é um solo “pobre” quimicamente, um
agente químico para corrigir e adicionar elementos para assim alcançar as características
geotécnicas exigidas. A adição de cal é uma das mais antigas técnicas utilizadas pelo homem, sendo
usada para obter a estabilização ou melhoria de solos instáveis, como os saprolíticos. A cal quando
adicionada aos solos, promove reações que se traduzem em modificações em algumas propriedades
mecânicas, como: plasticidade, diminuição da expansão e retração e, um aumento da resistência à
compressão simples. Na sistemática tradicional, a reatividade do sistema solo-cal é lenta, com cura
de ± 180 dias. Isto inviabiliza a utilização desta técnica, pois se precisa determinar rapidamente o
ganho de resistência do sistema solo-cal, para assim projetar corretamente as obras tecnicamente
aplicáveis. Decidiu-se então, tratar termicamente, em laboratório, o sistema solo-cal. Para isto,
foram moldados corpos de prova (cp’s) com traço de1% de cal sobre a massa seca do solo. Este
traço foi definido em pesquisa anterior, cujo teor estabilizou a curva de compactação, que era
instável, definindo adequandamente os seus parâmetros. Depois de moldados, os cp’s foram pré-
curados em câmara úmida por 24 horas. Após o período de pré-cura, os cp’s foram embalados em
sacos plásticos de polietileno de alta densidade e colocados em estufa com temperatura controlada
de 60oC, 80 oC e 100oC. Os períodos de cura acelerada foram 0h,1h, 2h, 4h, 6h e 8h. Após cada
período de cura acelerada foi analisado o comportamento de cada cp, através do ensaio de
compressão simples. Os resultados de resistência obtidos foram positivos, uma vez que o solo com
cura acelerada obteve um acréscimo de duas vezes da capacidade de suporte do solo natural.

PALAVRAS-CHAVE: Solo saprolítico, cal, cura acelerada, estabilização.


1 INTRODUÇÃO argiloso, brita e cal hidratada (5%) para
cimentações e placas empregradas em
Para a engenharia civil, um solo bom para a construções de edifícios. Nesta mesma época,
construção deve apresentar algumas desenvolveu-se um equipamento para produção
propriedades físicas e mecânicas relacionadas a de cerâmicas a partir de solos lateríticos,
estabilidade volumétrica, resistência e mediante moldagem em prensas hidráulicas de
durabilidade. Quando não se tem essas alta pressão e cura em atmosfera de vapor entre
características, como é o caso do solo residual 80° e 100°C, fato que generalizou, em alguns
expansivo, recomenda-se que esse solo seja países, o uso de tijolos e blocos construtivos de
retirado, substituído ou melhorado. solo-cal.
Guimarães (2002) relata que a adição de cal Por este motivo o objetivo deste trabalho é
é uma das mais antigas técnicas utilizadas pelo desenvolver um estudo sobre um agente
homem, tendo indícios do seu uso ao sul da catalisador da cura, como a temperatura,
Itália no ano de 312 a.C e em trechos da podendo diminuir significavelmente o tempo de
muralha da China no ano de 228 a.C, sendo cura do solo-cal, tonando-se assim, viável
usada para obter a estabilização ou melhoria de qualitativamente e economicamente à
solos instáveis, como os saprolíticos. fabricação de tijolos de solo-cal para aplicação
A cal hidratada cálcica entra na mistura na construção civil. Todo processo que produza
como um elemento aglomerante de alto poder a cura acelerada da cal no solo gera uma boa
estabilizador. A correta estabilização dos solos espectativa, pois seria possível acelerar a reação
com aditivos químicos, implica em alguns pozolânica demora cerca de 180 dias em apenas
conhecimentos acerca das características e algumas horas.
comportamento dos solos, e em especial dos
solos argilosos. A cal quando adicionada aos
solos, promove reações que se traduzem em 2 CARACTERÍSTICAS PARTICULARES
modificações em algumas propriedades DO SOLO DA BAIXADA CUIABANA
mecânicas, como: plasticidade, diminuição da
expansão e retração e, um aumento da 2.1 Solo tropical expansivo
resistência à compressão simples. Na
sistemática tradicional, a reatividade do sistema Vargas (1985), conceitua solos tropicais não
solo-cal é lenta, com cura de ± 180 dias. Isto simplesmente por ocorrem nos trópicos, mas
inviabiliza a utilização desta técnica, pois se sim por além de ocorrerem nos trópicos,
precisa determinar rapidamente o ganho de possuírem comportamento particular do ponto
resistência do sistema solo-cal, para assim de vista da engenharia. Os solos tropicais
poder utilizá-lo como matéria prima na podem ser divididos em duas grandes classes,
fabricação de tijolos de solo-cal. Existem os solos lateríticos e os solos saprolíticos,
métodos para previsão dos resultados do ganho apesar de existirem outras de menor
de resistência, através do estudo da área importância.
específica, da análise térmica diferencial e da Segundo Nogami e Villibor (1995), solo
capacidade de troca de cátions, porém, são saprolítico é aquele que resulta da
métodos muito elaborados e nem sempre decomposição e/ou desagregação “in situ” da
disponíveis nos laboratórios de geotecnia. rocha (considerada material consolidado da
Pode-se observar que, mesmo sendo um crosta terrestre), mantendo ainda, de maneira
método antigo e eficiente, a cal tem algumas nítida, a estrutura da rocha que lhe deu origem.
desvantagens, como o tempo de cura. A atuação diferenciada do intemperismo
Guimarães (2002), relata que em 1972, aliada aos aspectos geológicos, entre outros
investigações conduzidas pelo laboratório de fatores, faz com que as propriedades destes
pesquisa de edificações e estradas de solos apresentem uma grande variabilidade, daí
Chandigarth na Índia sobre mistura de solo a necessidade de estudos regionalizados. De
acordo com Vecchiato (1987), Cuiabá está ótima (ωot). Pode-se associar esta anomalia da
localizada em uma depressão que dá inicio a curva de compactação à presença de
Bacia Sedimentar do Pantanal, sendo esta área, argilominerais expansivos, que ao adsorver a
constituida por rochas metamórficas do Grupo água de compactação em sua camada, entra em
Cuiabá. desequilíbrio elétrico-químico. Tais
Futai et al. (1998) e Ribeiro Junior (2006), características também foram anteriormente
estudando os solos residuais de filito da encontradas para este mesmo solo por Santos
Baixada Cuiabana concluíram, que este solo (2003).
têm minerais do tipo 2:1, sendo predominante a Observa-se na Figura 2 que a única curva
montmorilonita e a ilita, que são expansivos. com formato típico da curva de compactação é a
Ribeiro Junior & Conciani (2005) estudaram composta por 1% de cal.
o solo saprolítico da Baixada Cuiabana e
observaram cerca de 25% de expansão
volumétrica para a situação livre (sem
carregamento), como pode ser visto na Figura 1.

Figura 2. Curva de compactação do solo saprolítico de


filito da Baixada Cuiabana. (Ribeiro Júnior, 2005).

Ribeiro Júnior (2005) também estudou a


influência da cal frente à variação volumétrica
Figura 1. Ensaio de expansão livre do solo da Baixada
Cuiabana. (Ribeiro Júnior, 2005). (expansão) e conclui em seus estudos que o
melhor traço para estabilizar o solo saprolítico
Segundo Ferreira (1994), um dos fatores de da Baixada Cuiabana é acrescentando 1% de cal
maior relevância no comportamento tensão- cálcica no solo, como pode ser visto na Figura
deformação do solo é a velocidade de 3.
inundação. Este fator, quando analisado em
laboratório, deve simular as condições de
umedecimento do perfil do solo em campo.

2.2 Estabilização do solo saprolítico da


Baixada Cuiabana com cal

O solo desta pesquisa foi estudado


anteriormente por Ribeiro Júnior (2005). Nesta
ocasião, o autor descreve que este solo
apresenta anomalias nas curvas de
compactação, obtido sem o reuso de amostras e
utilizando energia normal. A Figura 2 mostra tal Figura 3. Ensaio de expansão livre do solo natural e dos
anomalia para o solo natural e para os solos solos estabilizados com cal cálcica. (Ribeiro Júnior,
2005).
estabilizados com 1%, 2%, 4% e 6% de cal
cálcica, onde não é possível determinar os
valores de peso específico seco (d) e a umidade
3 MATERIAIS finíssimas partículas de argila reativa e a cal,
produzindo um material com característica mais
3.2 Solo Saprolítico de Filito grossa e permeável, porém com propriedades
quebradiças.
As amostras de solo para este trabalho foram O tempo médio de cura natural do tijolo
coletadas à 1m de profundidade, em uma solo-cal é de 180 dias, entretanto este fenômeno
escavação para a obra da Justiça Federal, pode ser acelerado quando submetido a altas
próximo ao Centro Político e Administrativo da temperaturas.
Capital Matogrossense, como indica a Figura 4.
Este local pertence à Formação Miguel Sutil
pertencente ao grupo Cuiabá, cuja 4 MÉTODO
granulometria é predominantemente silte-
argilosa e com característica expansiva Ribeiro Junior (2005), usou a cal cálcica para
(RIBEIRO JÚNIOR 2006). estabilizar a anomalia encontrada na curva de
Este solo é classificado como residual e compactação, e consequentemente o problema
saprolítico, pois é originado pela decomposição da expansão do solo na Baixada Cuiabana.
da rocha local de filito. O material coletado era Como base neste estudo anterior, resolveu-se
de coloração amarelada e a profundidade de 1,0 dar continuidade nestes estudos introduzidos em
a 2,0 m. 2005. Como o processo de cura do sistema solo-
cal é muito lento, podendo chegar a 180 dias,
resolveu-se tratar termicamente estas amostras,
fazendo com que a temperatura atuasse como
catalizador nas reaçãoes de troca catiônica e
principalmente na reação pozonânica.
Decidiu-se então, tratar termicamente, em
laboratório, o sistema solo-cal. Para isto, foram
moldados corpos de prova (cp’s) com 5cm de
diâmetro e 10 cm de altura. Os cp’s foram
Figura 4. Local da coleta de amostra de solo, AV. CPA, moldados com traço de1% de cal sobre a massa
próximo ao TRE-MT. seca do solo. Este traço foi definido em
pesquisa anterior, cujo teor estabilizou a curva
3.2 Cal de compactação, que era instável para outros
teores e para o solo natural, como apresenta a
A cal é um aglomerante inorgânico produzido Figura 2. O peso específico seco para a
através da derivação de rochas calcárias e moldagem dos cp’s foram de 16,1 kN/m³ e uma
magnesianas tendo sua calcinação realizada a umidade ótima de 24%. Depois de moldados, os
temperaturas próximas a 1000°C, composto cp’s foram pré-curados ao ar, em câmara úmida
basicamente de cálcio e magnésio. por 24 horas. Após o período de pré-cura, os
Na presente pesquisa, a cal utilizada foi a cp’s foram embalados em sacos plásticos de
cálcica CH-I, que segundo a NBR 7175 a polietileno de alta densidade e colocados em
tolerância quanto ao teor de CO2 é de até 5% e estufa com temperatura controlada de 60oC, 80
o
de óxido de cálcio entre 90 e 100% dos óxidos C e 100oC. Os períodos de cura acelerada em
presentes (CaO + MgO), expresso na base de estufa foram de 0h (sem cura),1h, 2h, 4h, 6h e
não-voláteis. 8h. Após cada período de cura acelerada foi
Na mistura solo-cal, a principal consequência analisado o comportamento de cada cp, através
desta é a aglomeração e floculação das do ensaio de compressão simples.
partículas por troca catiônica (a curto prazo) e
ação pozolânica (a longo prazo), que segundo
Guimarães (2002) tende a reduzir as mudanças
de volume. A reação descrita ocorre entre as
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ao tratamento térmico a uma temperatura de
80ºC, é apresentada na Figura 6. Neste
experimento, faz-se variar novamente o tempo
Realizou-se o processo de cura com o solo-cal em que cada CP é exposto à temperatura
no traço de 1% em massa. Tmabém foram controlada. O tempo foi respectivamente, 1h,
moldados solos sem a cal, sendo os mesmos 2h, 4h e 6h.
também submetidos ao tratamento térmico. As curvas tensão vs deformação
Após este, foram levados à ruptura a apresentadas indicam que para a temperatura de
compressão simples. 80ºC, há ganho de resistência significativa para
A resistência a compressão simples do solo os tempos de 2h, 4h e 6h. Os maiores ganhos de
natural tratado termicamente foi de 235,6 KPa e resistência foram para as amostras que ficaram
esta sendo tamada como padrão referencial para 4h e 6h respectivamente, e chegaram a um
este trabalho. acréscimo de 70% sobre a resistência obtida
Observa-se na Figura 5, os resultados da com o CP sem cura.
resistência a compressão simples obtidos com As deformações axiais novamente ficaram entre
os corpos de prova levados ao tratamento 2,5% e 3,2%, o que é considerado como ganho
térmico a uma temperatura de 60º, fazendo-se de rigidez.
variar o tempo que cada um deles ficou exposto
à temperatura. O tempo foi respectivamente, 1h, 500
CP não curado
Cura 80º - 01 h
2h, 4h e 6h. Cura 80º - 02 hs
As curvas tensão vs deformação Cura 80º - 04 hs
Tensao Normal (KPa)

400
Cura 80º - 06 hs
apresentadas na Figura 5 indicam que para a
temperatura de 60ºC, não há ganho de 300

resistência significativa para os diversos tempos


estudados. As misturas de solo-cal sumetidas ao 200

tratamento térmico tendem a um mesmo


comportamento de rigidez, quando comparado à 100

amostra sem o tratamento e sem o acréscimo de


cal. 0
0 50 100 150 200 250 300 350
A deformação axial dos cp’s ficaram entre Deformação (1/100 mm)

2,5% e 3%, sendo considerado baixas. Figura 6. Curva tensão vs deformação do solo
estabilizado com cal submetido ao processo de cura
CP não curado
acelerada em estufa a 80ºC.
500 Cura 60º - 01 h
Cura 60º - 02 hs
Cura 60º - 04 hs Por último, apresenta-se na Figura 7, os
Tensao Normal (KPa)

400
Cura 60º - 06 hs resultados da resistência a compressão simples
obtidos com os corpos de prova levados ao
300
tratamento térmico a uma temperatura de
200
100ºC. Neste experimento, faz-se variar
novamente o tempo em que cada CP é exposto à
100
temperatura controlada. O tempo foi
respectivamente, 1h, 2h, 4h, 6h e 8h.
0 As curvas tensão vs deformação
0 50 100 150 200 250 300 350
Deformação (1/100 mm)
apresentadas indicam que para a temperatura de
Figura 5. Curva tensão vs deformação do solo
100ºC, há ganho de resistência significativa
estabilizado com cal submetido ao processo de cura para todos os tempos (2h, 4h, 6h e 8h). O maior
acelerada em estufa a 60ºC. ganho de resistência foram para as amostras que
ficaram 8h, que chegaram a obter um ganho
Os resultados da resistência a compressão cerca de 110% sobre a resistência obtida com o
simples obtidos com os corpos de prova levados CP sem cura.
As deformações axiais novamente ficaram
entre 2,5% e 3,2%, o que é considerado como
ganho de rigidez.

CP não curado
500 Cura 100º - 01 h
Cura 100º - 02 hs
Cura 100º - 04 hs
Cura 100º - 06 hs
400 Cura 100º - 08 hs
Tensão Normal (kPa)

300

200

100
Figura 8. Relação da tensão da compressão simples vs
tempo para as temperaturas de 60ºC, 80ºC e 100ºC.
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Deformação (1/100 mm)
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Figura 7. Curva tensão vs deformação do solo
estabilizado com cal submetido ao processo de cura
acelerada em estufa a 100ºC. A resistência do solo sem o processo de cura foi
de 235,6 kPa e a máxima resistência para os
Outra análise que pode ser feita, com relação solos tratados termicamente a 60º, 80º e 100º
ao ganho de resitência a compressão simples é a respectivamente foram: 341,05 kPa, 368,85 kPa
relação da tensão obtida com a variação do e 477,7 kPa, mostrando que a técnica de
tempo e da temperatura que os CP’s ficaram tratamento térmico da mistura solo-cal pode
submetidos ao tratamento térmico, como pode chegar a um acréscimo de duas vezes da
ser visto na Figura 8. capacidade de suporte do solo natural.
Para o tempo de 1h de tratamento térmico, A técnica do tratamento térmico usando
observa-se que a maior resistência foi obtida amostras lacradas em sacos plásticos de
para a temperatura de 60º, mas quando esta é polietileno de alta densidade é totalmente
comparada aos CP’s não curados, este ganho de aplicável, e se pode conhecer a resistência final
torna muito pequeno. Os Cp’s curados a 80ºC e do solo-cal antes dos 180 dias, onde a cura
100ºC obtiveram resistencias menores que os normal se completa.
CP’s não curados, podendo ser problemas de O objetivo deste estudo é promover a
amostragem. fabricação de tijolos de solo-cal, para tanto, os
Para os CP’s curados com 2h de tratamento tijolos fabricados não alcançaram a resistência
térmico, observa-se que o CP que foi levado a mínima de 2MPa. Para isso, a mistura solo-cal
60ºC obteve resistência cerca de 25% menor deverá conter um teor maior que 1% de cal,
que os CP’s não tratados. Os CP’s tratados a assim espera-se alcançar resultados compatíveis
80ºC e 100ºC obtiveram resistência a aos materiais de construção civil.
compressão relativamente maiores, podendo a Mesmo assim, o estudo foi viável, e de suma
última chegar a um acréscimo cerca de 67%. importância, pois mostrou que podemos dobrar
Para os CP’s curados com 4h, 6h e 8h de a capacidade de resistência de um solo com
tratamento térmico, observa-se que para todos características saprolíticas e expansivas,
os CP’s obtiveram resistência maior que os acrescentando cal com traço de 1% em massa.
CP’s não tratados. Os CP’s tratados a 100ºC
durante 8 horas obteve um acréscimo de 110%
na sua resistência a compressão axial, e, AGRADECIMENTOS
portanto, na sua rigidez.
Agradecemos ao PROIC-IFMT pelo apoio
finaceiro aos alunos de Iniciação Científica.
REFERÊNCIAS

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Cuiabá e Varzea Grande-MT. Dissertação de
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Escola de Engenharia de São Carlos, USP. São
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