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Conforme consta nos autos na data de 5 de abril de 2017, José Jeifferson Pereira da
Silva foi acusado de tentativa de homicídio contra a vítima Vagner Manuel de Sousa
Reis mediante disparo de arma de fogo.
Segundo Fernando Capez, a hipótese trata da falta de justa causa para a prisão, para o
inquérito e para o justa causa é existência de fundamento jurídico e suporte fático
autorizadores do constrangimento a liberdade ambulatória processo. (Pag.822, Curso
de Processo Penal, 2015).
A garantia da ordem pública NÃO pode ser aqui a justificativa para se manter a
preventiva, ademais, o paciente não preenche os requisitos que justificam garantir a
ordem pública, como a periculosidade do imputado ou envolvimento com organização
criminosa; além de apenas haver cometido o ato sob influência da ira que lhe
acometeu, retirando-lhe a faculdade da razão e lógica após tomar ciência dos mau
tratos, traumas e danos físicos extremos que o seu filho recém nascido sofria nas mãos
da vítima, circunstância que demonstra relevante valor moral envolvido. O que importa
é que existam elementos concretos, não meramente abstratos, como se faz a
fundamentação da autoridade coatora.
Saliente-se que o Paciente é tecnicamente primário, possuía ocupação lícita na data do
recolhimento (trabalhando no cultivo de laranjas e indo ingressar no serviço militar no 3º
B.E.C de Picos-PI) e um grau de instrução adequado ao seu desenvolvimento
profissional, além de residência fixa, obrigações financeiras familiares (pois contribuía
para a renda familiar), demonstrado assim sua adequação à vida em sociedade. Nesse
importe, afastam-se quaisquer dos parâmetros da segregação cautelar prevista no art.
312 da Legislação Adjetiva Penal, o que se observa dos documentos ora colacionados.
(fls. 133-135).
Com isto fica mais evidente que a coação em questão é ilegal de falta de plena justa
causa conforme o Art. 648, I do CPP.
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
3. DO PEDIDO LIMINAR
A leitura, por si só, da decisão que manteve a prisão preventiva do Paciente, demonstra a
singeleza de sua redação a sua fragilidade legal e factual.
A fumaça do bom direito está consubstanciada nas provas juntas aos autos, na doutrina,
na jurisprudência, na argumentação e no reflexo de tudo nos dogmas da Carta da
República.
4. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, resta induvidoso que o paciente sofreu constrangimento ilegal por
ato da autoridade coatora, o Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal
da Comarca de Araripina/PE, circunstância “contra legem” que deve ser remediada por
esse Colendo Tribunal. Isto posto, com base no artigo 5º, LXVIII, da CF, c/c
artigos 647 e 648, I, III e V ambos do Código de Processo Penal, requer;