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25/03/2017 3 Contribuidores para Depressão e Ansiedade

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Deficiente, Falta de
Luz Solar e Anemia
Espiritual – Três
Colaboradores para
Depressão e
Ansiedade
Resumo da matéria
Aproximadamente 500.000 adolescentes
sofrem de depressão e mais de três quartos
deles são meninas. Quase duas vezes mais
mulheres adultas usam medicamentos
psiquiátricos comparando ao número de
homens que o fazem.  

O treinamento da plenitude mental pode ajudar
no combate à superestimulação e influência
das mídias sociais. Outros fatores que precisam
ser abordados, se você está deprimido, são
dieta e exposição ao sol.  

Uma pesquisa realizada recentemente sugere
que o aumento no consumo de frutas frescas e
vegetais pode melhorar o bem­estar mental em
menos de duas semanas.  

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23 Março 2017  |  695 Visualizações  | Edição: Português

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De acordo com um estudo realizado recentemente, o número de adolescentes enfrentando
a depressão vem aumentando desde 2011 e meninas adolescentes estão mais propensas à
depressão que os meninos nesta idade. Pesquisadores sugerem que mídias sociais podem
ser parte do problema.

Análises de dados federais no período entre 2005 e 2014 revelaram que aproximadamente
500.000 adolescentes sofrem de depressão e mais de três quartos deles são meninas.

A tendência ligada ao gênero parece continuar na idade adulta, pois quase duas vezes mais
mulheres adultas usam medicamentos psiquiátricos comparando com o número de homens
que o fazem (21 por cento e 12 por cento, respectivamente).

Distúrbios mentais são, igualmente, a causa mais comum da desvantagem entre os dois
sexos, tendo o número de casos bruscamente elevado desde 1980. O que pode ser feito
para mudar essa onda destrutiva?

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Steiner­Adair sugere que o treinamento da plenitude mental pode ser útil no combate à
superestimulação e à influência das mídias sociais. Outros fatores que não devem ser
negligenciados são a dieta e a exposição ao sol.

Dieta e Saúde Mental
Uma pesquisa mostra que a dieta pode ter profundo efeito sobre a saúde mental.
Anormalidades gastrointestinais têm sido associadas a uma série de problemas
psicológicos, incluindo depressão, ansiedade, hiperatividade e esquizofrenia.

Parte da explicação para isto é o fato de você possuir, em um sentido real, não um, mas
dois cérebros – um em sua cabeça e um em seu intestino – conectados através do nervo
vago, que vai desde o tronco encefálico até o abdômen.

Está agora bem estabelecido que o nervo vago é a rota primária que o intestino usa para
transmitir informações ao cérebro, ajudando a explicar porque a saúde mental pode ser tão
intrinsecamente associada ao microbioma intestinal.

Por exemplo, alimentos fermentados têm demonstrado controlar o transtorno da ansiedade
social em jovens adultos e uma pesquisa realizada com animais concluiu que
comportamentos repetitivos obsessivo­compulsivos foram atenuados com a introdução de
uma cepa da bactéria Bacteroides fragilis.

Bactérias Produzem Químicas Cerebrais que Melhoram o Humor

As bactérias intestinais produzem neurotransmissores que melhoram o humor. Na verdade,
a maior concentração de serotonina é encontrada nos intestinos, não no cérebro. No
entanto, ela provavelmente funciona localmente, pois os neurotransmissores produzidos no
intestino não ultrapassam a barreira hematoencefálica.

Ademais, bactérias intestinais também podem alterar a forma como o sistema nervoso
central usa esses neuroquímicos. Em um experimento projetado para investigar a influência
dos micróbios sobre a depressão, os pesquisadores realizaram transplantes fecais,
transferindo amostras de fezes de pacientes humanos para ratos.

Os ratos que receberam fezes de pacientes diagnosticados com depressão rapidamente
começaram a mostrar sinais de depressão e ansiedade. De acordo com um dos
pesquisadores, “Seu comportamento mudou drasticamente”. Os ratos que receberam fezes
de pessoas não depressivas não mostraram alteração no comportamento.

Com base nestas descobertas (que nunca foram publicadas), os pesquisadores alertaram
que pessoas que optem por fazer transplantes fecais por motivos de saúde, devem avaliar o
doador fecal buscando informações sobre seu histórico de doenças mentais e outras
doenças transmissíveis.

Curar o Intestino Pode Aliviar Problemas Mentais  
Pesquisadores estão cada vez mais enxergando a inflamação intestinal como sendo a raiz
da depressão e uma das formas mais rápidas e fáceis de tratar este problema é fazendo as
alterações dietéticas adequadas. Como regra geral, para cultivar uma flora intestinal
saudável através da dieta:

Consuma comida de verdade e evite alimentos processados. De acordo com um
estudo realizado em 2009, uma dieta com alimentos processados pode aumentar o
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risco de desenvolver depressão em 60 por cento, enquanto a dieta rica em alimentos
integrais é protetora.

Ingredientes geneticamente modificados têm demonstrado alterar de forma
significante a flora intestinal promovendo patógenos e dizimando micróbios
benéficos.

Alimentos não orgânicos, comida industrializada com adição de glifosato, têm
demonstrado causar deficiências nutritivas, especialmente minerais, essenciais
para a função do cérebro e controle do humor.  
 
O glifosato pode também destruir as juntas celulares rígidas e alterar a
permeabilidade da barreira hematoencefálica, permitindo que substâncias que
nunca deveriam entrar no cérebro o façam.

Aditivos alimentares artificiais, especialmente o edulcorante artificial aspartame,
podem causar danos às funções cerebrais. Tanto a depressão quanto ataques de
pânico são conhecidos efeitos colaterais potenciais causados pelo consumo de
aspartame. Outros aditivos, tais como corantes artificiais, também são conhecidos
por seu impacto ao humor.

Consuma diariamente alimentos tradicionalmente fermentados e cultivados; quanto
maior a variedade, melhor.

Consuma muita fibra, encontrada na maioria das frutas e vegetais, especialmente os
de folha verde, linho, cânhamo e sementes de sálvia, bagas, brócolis, couve­flor e
couve de Bruxelas, legumes de raiz, ervilha e feijões, assim como alimentos
prebióticos (alimentos que nutrem bactérias probióticas ou saudáveis), tais como alho,
alho­poró, cebola, dente­de­leão e aspargos.  
 
Prebióticos são ingredientes alimentícios indigestos que não promovem nutrição por si
mesmos. Sua função é nutrir as bactérias amigas dentro do trato gastrointestinal.

Aumente o consumo de gorduras saudáveis, tais como abacates, óleo MCT, coco e
óleo de coco, manteiga e gema de ovos de aves alimentadas com pasto.

Normalize a proporção ômega­3 / ômega­6 aumentando o ômega­3 de origem animal
proveniente de peixes (boas opções são o salmão do Alasca, sardinhas e anchovas)
e/ou óleo de krill, e reduzindo o ômega 6 evitando alimentos processados e óleos
vegetais. A proporção ideal é 1:1. Embora o ômega­3 seja conhecido por seu papel na
saúde cardíaca, ele também desempenha importante papel na saúde cerebral e
mental.

Evite também os seguintes, que são conhecidos por causar danos ao microbioma intestinal:

Antibióticos

Água clorada

Sabão antibacteriano

Produtos químicos agrícolas

Poluição

O Aumento no Consumo de Vegetais Pode Rapidamente Melhorar o Bem­
Estar Cerebral  

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Recentemente, pesquisadores da Nova Zelândia concluíram que o consumo de frutas
frescas e vegetais pode melhorar o bem­estar mental em até duas semanas. De acordo com
o Medical News Today:

"Adultos jovens que foram alimentados com frutas e vegetais extras diariamente, por
14 dias, consumiram mais dos produtos e experimentaram uma melhora na motivação
e na vitalidade."

Orientações dietéticas americanas sugerem duas xícaras de frutas e duas a três xícaras de
vegetais diariamente, porém muitas pessoas não consomem sequer uma fração desta
quantidade. Em um estudo realizado, o grupo de tratamento recebeu duas porções
adicionais de frutas frescas e vegetais, incluindo cenouras, kiwi, maçãs e laranjas por dia,
por duas semanas, enquanto o grupo de controle continuou com sua dieta normal.

Aqueles que consumiram mais frutas e vegetais, uma média de 3,7 porções por dia,
experimentaram uma melhora pronunciada no bem­estar psicológico, especialmente
melhoras na “vitalidade, motivação e evolução”. De acordo com os autores, “Os resultados
forneceram validação inicial de uma relação causal entre [frutas e vegetais] e bem­estar,
sugerindo que estudos de intervenção de larga escala sejam necessários."

A Luz Solar e a Vitamina D Também Afetam sua Saúde Mental
Além da dieta, a luz solar também desempenha profundo impacto na saúde mental – mais
que qualquer outro fenômeno climático. Esta é a conclusão de um estudo realizado
recentemente que buscava conexões entre o clima e a depressão em um grupo de
estudantes.

Estima­se que em torno de 20 por cento das pessoas são afetadas por Transtorno Afetivo
Sazonal (TAS) todos os invernos, sofrendo de melancolia, fadiga e, em alguns casos,
depressão mais profunda, conforme o sol vai ficando mais escasso.

O que diferencia a TAS da depressão regular é a ocorrência de remissão total nos meses de
primavera e verão. Por exemplo, uma pesquisa realizada mostrou que com um nível de
vitamina D abaixo de 20 nanogramas por mililitro (ng/mL), o risco de desenvolver depressão
pode aumentar em torno de 85 por cento, comparando com um nível de vitamina D maior
que 30 ng/mL.

Uma série de estudos também confirmou que níveis adequados de vitamina D podem ajudar
a aliviar sintomas de depressão. Acredita­se que um dos mecanismos para isto é a
propriedade anti­inflamatória da vitamina D, a qual, novamente, sugere que a inflamação
seja uma causa raiz da depressão.

Um estudo publicado em 2015, que monitorava mulheres em idades entre 18 e 25 anos
residentes no Noroeste Pacífico durante o outono, inverno e primavera, concluiu que a
insuficiência de vitamina D (30 ng/ml ou menos) poderia prever o surgimento de sintomas
depressivos clinicamente significativos. A correlação permaneceu mesmo após o controle
dos fatores, tais como estação, índice de massa corporal, etnia, dieta, exercícios e tempo
gasto em ambientes externos.

Como a Luz Solar Pode Influenciar Seu Humor
No entanto, a vitamina D não é a explicação para todos os benefícios à saúde mental
associados à luz solar.  De acordo com um artigo publicado na revista Dermato
Endocrinology, um grande número de moléculas que absorvem luz (cromóforos),

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encontradas em diferentes camadas da pele, absorve e interage com raios ultravioletas,
produzindo uma série de efeitos complexos e sinergéticos.

Estou fortemente convencido de que este benefício não está apenas relacionado à
exposição aos raios UVB, mas também à exposição à luz vermelha e à luz infravermelha
próxima, à média distância e distante. A intensidade da luz também é um grande fator, pois
é muito mais luminosa no ambiente externo do que no interno.

Existem cromóforos adicionais na cadeia transportadora de elétrons das mitocôndrias que
respondem ao infravermelho próximo. Este estímulo complexo da luz solar afeta não
somente a saúde física evitando doenças, mas também impacta o humor e a saúde mental.
Por exemplo:

Seu corpo usa o espectro de luz infravermelha próxima para produzir energia
mitocondrial e para manter o equilíbrio sistêmico. Sabendo disto, parece razoável
concluir que se você está com baixo índice de trifosfato de adenosina (ATP) — energia
celular — devido à quantidade insuficiente de exposição à luz solar, você começaria a
sentir­se lento (a) e cansado (a), e possivelmente deprimido (a).

A luz solar também regula o ritmo circadiano, e a terapia da luz tem demonstrado ser
efetiva tanto contra a TAS quanto à depressão maior não sazonal.  Quando escurece,
seus níveis de melatonina aumentam, e é por isso que você pode sentir­se cansado (a)
quando o sol começa a se por. No auge do inverno, isto pode acontecer por volta de 4
horas da tarde.

A luz ultravioleta (UV) também estimula as células epidérmicas conhecidas como
queratinócitos para produzir beta­endorfinas, que desenvolvem efeitos que melhoram o
humor.

A serotonina também é liberada em resposta à luz solar, ajudando a elevar o humor e
a energia.

O UVA gera óxido nítrico (NO) na pele, influenciando o organismo de várias formas
benéficas. Ele estimula até 60 por cento do sangue a fluir para os capilares da pele
onde ele absorve o UV e a radiação infravermelha, que pode estruturar a água no
organismo.  
 
Além disso, o UVA realmente ajuda a eliminar qualquer infecção no sangue enquanto o
infravermelho recarrega a bateria celular. O NO também diminui inflamações, o que
poderia ser um impacto benéfico para a saúde mental considerando a forte associação
da depressão com inflamações crônicas de baixo grau.

Cogumelos Mágicos – um Divisor de Águas para Ansiedade Grave e
Depressão?

De forma interessante, uma pesquisa de apoio sugere que a psilocibina, também conhecida
como cogumelos mágicos, pode ser um divisor de águas no tratamento de depressão e
ansiedade graves. Entre 80 e 90 por cento dos pacientes com câncer, em dois estudos
separados, conseguiram alívio imediato e de longa duração para ansiedade e medo de
morrer com uma única dose.

O principal fator desta notável recuperação parece estar relacionado com a intensidade
espiritual da experiência. Além da reconexão espiritual por si só, o sentimento de amor e de
ser “um” em tudo, parece ser resultado de alterações no cérebro – mecanismo atribuído à
neuroplasticidade, em que o cérebro realmente muda de acordo com a experiência vivida.

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A maioria dos participantes classificou­a como a experiência “mais significante” de suas
vidas, o que, em troca, resultou em sentimentos de que tudo tem um propósito, incluindo
seus próprios sofrimentos. Em minha opinião, é a falta do significado da vida e a falta de
conexão com algo maior que permeia as vidas de tantas pessoas hoje em dia e a resposta
não é cobrir ou mascarar as emoções com uma pílula.

O alívio que você procura é mais provável de ser encontrado através da procura cuidadosa
da alma e da implantação de estratégias para aumentar a resiliência emocional, que pode
incluir meditação não denominacional e práticas espirituais de acordo com suas próprias
inclinações e preferências espirituais.

A psilocibina é, atualmente, classificada como medicamento ilegal e não pode ser usada em
tratamento psiquiátrico fora da pesquisa, porém isto pode potencialmente ser mudado no
futuro. Até lá, estimular­lhe­ei a procurar por coisas que adicionem significado e propósito à
sua vida.

Lembre­se também de que a depressão e outros problemas mentais têm tipicamente raiz
em distúrbios intestinais e inflamações crônicas, portanto cuide de sua dieta como passo
fundamental para cura e saúde mental em longo prazo. Exposição apropriada à luz solar
também pode desempenhar papel importante.

Ter um sono adequado e fazer exercícios são dois fatores adicionais ao estilo de vida que
podem necessitar atenção.

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