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1. FATOS
Desta forma, a limitação apresentada pelo INSS não se justifica, razão pela qual
busca o Poder Judiciário para ver seu direito reconhecido.
2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO
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A fim de corroborar as assertivas contidas na presente ação judicial, juntam-se,
ainda, os seguintes documentos:
Neste sentido:
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2. De acordo com o art. 400 do Código de Processo Civil "a prova
testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo
diverso". Por sua vez, a Lei de Benefícios, ao disciplinar a
aposentadoria por tempo de serviço, expressamente estabelece no §
3º do art. 55 que a comprovação do tempo de serviço só produzirá
efeito quando baseada em início de prova material, "não sendo
admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de
motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no
Regulamento" (Súmula 149/STJ).
3. No âmbito desta Corte, é pacífico o entendimento de ser
possível o reconhecimento do tempo de serviço mediante
apresentação de um início de prova material, desde que
corroborado por testemunhos idôneos. Precedentes.
4. A Lei de Benefícios, ao exigir um "início de prova material",
teve por pressuposto assegurar o direito à contagem do tempo
de atividade exercida por trabalhador rural em período anterior
ao advento da Lei 8.213/91 levando em conta as dificuldades
deste, notadamente hipossuficiente.
5. Ainda que inexista prova documental do período antecedente ao
casamento do segurado, ocorrido em 1974, os testemunhos colhidos
em juízo, conforme reconhecido pelas instâncias ordinárias,
corroboraram a alegação da inicial e confirmaram o trabalho do
autor desde 1967. […] (STJ, REsp 1348633/SP, Rel. Ministro
ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
28/08/2013, DJe 05/12/2014, sem grifo no original).
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especial na obtenção de prova escrita do exercício de sua profissão, o
rol de documentos hábeis à comprovação do exercício de atividade
rural, inscrito no art. 106, parágrafo único, da Lei 8.213/1991, é
meramente exemplificativo, e não taxativo, sendo admissíveis
outros documentos além dos previstos no mencionado
dispositivo, inclusive que estejam em nome de membros do
grupo familiar ou ex-patrão […] (STJ, REsp 1348633/SP, Rel.
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
28/08/2013, DJe 05/12/2014, sem grifo no original).
Dessa forma, resta demonstrado que a Parte Autora cuidou de juntar o início de prova
material para o período postulado, que poderá ser complementada pela prova testemunhal, em
atenção ao princípio da livre valoração da prova.
Veja-se:
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documento sinaliza muito mais que aquela profissão já vinha sendo
exercida – portanto, seu valor não pode ser apenas daquele dia para
diante, mas também para o passado.
Assim, força é se admitir que ao documento de uma data se possa
admitir para alguns anos antes e para alguns anos depois, porque
profissões, como a do agricultor, gozam de certa estabilidade. Essa
qualificação profissional dificulta que migrem para outras atividades
porque seus conhecimentos são pouco aproveitados em outras áreas
de trabalho urbano.
Assim, muito embora a Parte Autora não tenha juntado documentos dando conta
da sua profissão para cada ano cuja averbação persegue, aqueles que acostou, por si, são
suficientes a demonstrar o período laborado em regime de economia familiar.
Veja-se:
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Súmula nº 73: Admitem-se como início de prova material do efetivo
exercício de atividade rural, em regime de economia familiar,
documentos de terceiros, membros do grupo parental.
Neste sentido:
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economia familiar e, consequentemente, ensejar o indeferimento do seu
pedido.
Neste sentido:
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atividade agrícola no período correspondente à carência (art. 142 da
Lei n. 8.213/91), é devido o benefício de aposentadoria por idade
rural. 3. Tendo a autora acostado início de prova material em
nome próprio, o exercício do labor urbano pelo cônjuge em valor
não superior a dois salários mínimos não se mostra suficiente
para descaracterizar o regime de economia familiar. 4. Os
honorários advocatícios são devidos pelo INSS no percentual de 10%
sobre as parcelas vencidas até a decisão judicial concessória do
benefício previdenciário pleiteado, conforme definidos nas Súmulas
nº 76 do TRF4 e nº 111 do STJ. (TRF4, APELREEX 0001687-
48.2014.404.9999, Sexta Turma, Relatora p/ Acórdão Vânia Hack de
Almeida, D.E. 17/02/2016, sem grifo no original).
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1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses
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A título de exemplo, se o segurado tiver completado a idade mínima
em 1997 e requerido o benefício na esfera administrativa em 2001, deverá
comprovar o exercício de trabalho rural em um dos seguintes períodos: a) 96
meses antes de 1997; b) 120 meses antes de 2001, ou c) períodos
intermediários (102 meses antes de 1998, 108 meses antes de 1999, 114
meses antes de 2000) – vide tabela do art. 142 da lei n.º 8213/91.
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inciso I, alínea "a", da Lei n.º 8.213/91) a possibilidade de receber a
Aposentadoria Rural por Idade, exigindo-lhe, para tanto, apenas
a comprovação da atividade rural no período correspondente à
carência, ainda que de forma descontínua. 2. Restando
comprovado nos autos, mediante início de prova material
corroborado pela prova testemunhal, o requisito idade e o exercício
da atividade laborativa rural, no período de carência, é de ser
concedida aposentadoria por idade rural. (TRF4, AC 0009084-
27.2015.404.9999, Sexta Turma, Relator João Batista Pinto Silveira,
D.E. 11/02/2016).
Portanto, o indeferimento por parte do INSS não encontra amparo na lei, sendo
devida a concessão do benefício de aposentadoria por idade rural.
3. REQUERIMENTOS
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4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS
para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;
Pede deferimento.
(Cidade e data)
Rol de documentos:
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