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Prof. Jacques
Parte Geral
Empresa
1 Atividade
Imprieza
Empreendimento
Direito Empresarial:
• Sociedade
Empresária;
Sócio
1. Incapaz pode ser sócio? Sim, desde que:
• Tenha representante legal ou curador;
• As quotas sejam integralizadas no ato da compra; e
• Responda como sócio de forma limitada.
2. Impedido de exercer empresa de forma regular, pode ser sócio? Sim,
inclusive sócio majoritário, desde que responda limitadamente.
3. impedido de exercer empresa de forma regular, pode ser administrador?
Não.
Recuperação Judicial
Ambas as recuperações exigem anuência dos credores
Recuperação Extrajudicial
Já tem o plano
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
FASE 1: Extrajudicial
• Confecção do plano de recuperação extrajudicial (PRE);
• O devedor obtêm anuência dos credores;
FASE 2: Devedor
O devedor que requer em juízo a homologação do PRE.
Requisitos subjetivos da pessoa do devedor:
1º Devedor deve ser empresário ou sociedade empresária;
2º Devedor deve ter registro regular na junta comercial. Quem não tem
registro pode falir normalmente, mas não pode pedir recuperação.
Recuperação é beneficio, falência é sanção.
3º Devedor deve exercer empresa a mais de 2 anos;
4º Devedor não pode estar falido, por sentença de falência;
5º Devedor não poder ter cometido crime falimentar, salvo se
decorridos 5 anos após a extinção da punibilidade ou reabilitação penal, se anterior.
No caso de o devedor ser sociedade o requisito nº. 5, deve ser preenchido:
a. Por todos os administradores /diretores;
b. Pelo sócio controlador.
6º Não ter obtido recuperação extrajudicial ou judicial há menos de 2
aos.
FASE 3-A
FASE 3-B
FASE 1
FASE 2
OBS.:
Art. 60 Quem compra o ativo não leva o passivo.
Art. 67 Não consegue crédito, pois é o falido de amanha. Se o devedor falir
você é pago antes dos empregados, chamados créditos extraconcursais.
Art. 69 o devedor em recuperação judicial tem o Nemo acrescido na junta
dizendo que ta em recuperação.
PEDIDO DE FALÊNCIA
Pergunta 01
Qualquer credor pode pedir falência?
Resposta: sim (art. 97, IV), salvo:
• Fisco (STJ) não pede falência, move execução fiscal
• Se o credor for empresário deverá ter registro regular (art. 97, § 1º).
Causa de pedir (art. 94) são três, basta uma delas:
1ª Impontualidade, ou apenas crise financeira (mora), também é
chamado de pedido direto de falência.
A divida tem que ser líquida, certa e exigível.
Tem que ter um protesto para fins falimentares, não pode ser cambial.
O valor do crédito tem que ser maior que 40 salários mínimos.
Pergunta 02
Quem é sujeito passivo? Quem pode falir?
Resposta:
1 Empresário e sociedade empresária, com ou sem registro (art. 1º);
2 Espólio de empresário falecido em até um ano;
3 Sócio de responsabilidade ilimitada, em caso de falência da
sociedade (art. 81);
4 Instituição financeira privada (art. 1º da lei nº. 6024/74);
5 Instituição financeira pública não federal;
6 Cooperativa de crédito (art. 1º da lei nº. 6024/74);
7 Seguradoras (decreto-lei nº. 73/66);
8 Plano de saúde (lei nº. 9656/98);
9 Previdência complementar abertas;
10 Consorcio para aquisição de bens (lei nº. 11.795/08);
11 Sociedade de capitalização (decreto-lei 261/67), ex.: baú do Silvio
Santos.
Pergunta 03
Quem não é sujeito passivo?
Resposta
1 Pessoa física que não seja empresária;
2 Sociedade simples/sociedade cooperativa;
3 Associação, fundação, organização religiosa e partido político;
4 Empresário e sociedade empresária que não exerçam empresa há
mais de 2 anos;
5 Sociedade anônima já liquidada;
6 Espolio de empresário falecido há mais de 1 ano;
7 Sócio de sociedade limitada, em caso de falência da sociedade, salvo
desconsideração;
8 Instituição financeira pública federal, ex.: BB, CEF, Banco da
Amazônia, Banco do Nordeste, Nossa Caixa, Banco do Piauí.
9 Previdência privada fechada (LC 108/01);
10 Consorcio de sociedades (art. 278 da Lei6004/76);
11 Empresa pública e sociedade de economia mista.
Todas as entidades listadas no art. 2º da Lei 11.101/05, sem exceção, não
podem requerer recuperação judicial ou extrajudicial (art. 198/199).
Aula 3 – Dia 14/11/2009
Ativo Passivo
Arrecadação Créditos Extraconcursais
Restituição Créditos Concursais
Declaração de Ineficácia
Ação Revocatória
1 Arrecadação
Todos os bens que estão na posse do falido, sejam ou não de sua propriedade,
são arrecadados para a massa falida.
2 Restituição
Todos aqueles que forem proprietário de coisa que estava na posse do falido e
for arrecadada, terá direito a restituição in natura da coisa, antes de se pagar qualquer
credor. Ex.: propriedade fiduciária; sociedade arrendante (leasing).
Se a coisa não existir quando for feita a restituição, esta se dará em R$.
Há três casos de não proprietário com direito a restituição:
1 Credor de ACC (Adiantamento de Contrato de Cambio) – art. 86, II;
2 Vendedor de coisa entregue ao falido nos 15 dias anteriores;
3 *... Adquirente de boa-fé.
Ativo – pedidos de falência art. 85, § único.
4 Ação Revocatória
Autor: Massa Falida, MP, Credor
Réu: terceiros, falido.
Exige ação autônoma.
Aplica-se a qualquer ato jurídico.
O ato é considerado nulo.
Exige prova de má-fé entre terceiro e o falido = conluio fraudulento.
Proposta em até 3 anos após a sentença de falência, tal prazo é decadencial.
3 Declaração de ineficácia – art. 129, lei 11.10/05
Hipóteses de cabimento:
1 Pagamento antecipado, realizado no termo legal (art. 99, II).
2 Pagamento por forma diversa da prevista no contrato, realizado no termo
legal. Ex.: dação em pagamento.
3 Constituição, no termo legal, de garantia real a quem já era credor.
4 Doações realizadas pelo falido nos 2 anos anteriores à sentença da
falência.
5 Renúncia a herança ou legado nos 2 anos anteriores a sentença de
falência.
3º caso 6 Venda de estabelecimento com a conseqüente falência do alienante.
de 7 Venda de imóvel pelo falido após a sentença de falência.
restituiçã
o *... Nos casos 6 e 7 se o adquirente provar sua boa-fé terá direito a restituição
do que pagou (art. 86, III)
Sociedade
é contrato:
a) Plurissubjetivo;
b) De fins econômicos;
c) De partilha de dos resultados.
Sociedade em Comum: todo
mundo toca a sociedade, dá a
cara.
Sociedade Não
Personificada Sociedade em Conta de Participação:
só um sócio aparece, o que tem mais
responsabilidade. Todos os sócios
dão o R$.
Tipos:
Sociedade - Sociedade em Nome Coletivo.
- Sociedade em Comandita Simples.
Sociedade - Sociedade Limitada.
Empresária - Sociedade Anônima.
- Sociedade em Comandita por Ações.
Sociedade
Personificada
Tipos:
- Regime Próprio (Sociedade simples),
Sociedade - Sociedade Cooperativa.
Simples - Sociedade em Nome coletivo.
- Sociedade em Comandita Simples;
- Sociedade Limitada
Capital ÷ em ações: sociedade empresaria.
Doutrina:
• Sociedade de Pessoas (confiança ou affectio societatis): Sociedade
Simples, Sociedade em Nome Coletivo e Sociedade em Comantida Simples.
Regime Próprio
Sociedade de Pessoas: quorum para liberar é unânime.
SOCIEDADE COMUM
1 Não é pessoa jurídica, porque não foi registrada (art. 986 do CC);
2 Também chamada “sociedade irregular” ou “sociedade de fato”;
3 É contrato de sociedade, é contrato válido de sociedade;
4 Pode ser provada em juízo:
• Em favor de sócio, se houver prova documental;
• Em favor de terceiro, por qualquer meio de prova.
5 Os sócios agem em nome próprio, a sociedade é um ela entre eles;
Sócio 1
Sociedade
Sócio 2
A sociedade em comum pode falir (art. 105, IV, da Lei 11.101/05), mas sua
falência corresponde à falência de todos os sócios.
SOCIEDADES PERSONIFICADAS
EFEITOS
1 Declarar a ineficácia das regras que restringem a responsabilidade dos
sócios e administradores;
2 Declarar a ineficácia da separação patrimonial existente entre sócios e
sociedade.
CAUSAS
1 Abuso de personalidade jurídica provocado por desvio de finalidade.
Teoria Maior Subjetiva da Desconsideração: se tem um estado de insolvência
da sociedade causado por desvio de finalidade.
CDC – art. 28, caput.
CC – art. 50.
Lei nº. 8884/94 – art. 18.
Desvio de finalidade: envolve ato culposo ou doloso dos sócios e
administradores que gerou a insolvência.
A insolvência é presumida, não precisa de prova da insolvência.
Questões Processuais
Administradores de Sociedade
1 Devem ser pessoas físicas?
Sempre.
2 Deve o administrador ser “sócio da sociedade”?
Resposta 1
Sim, nas seguintes sociedades:
Sociedades em nome coletivo;
Sociedade em comandita simples e deverá ser o “sócio
comanditado”;
Sociedade em comandita por aços (sócio-diretor) – art. 1031 do CC;
No Conselho de administração da S.A.
Resposta 2
Não, nas seguintes sociedades:
Sociedade simples;
Sociedade limitada, desde que o contrato social permita
administrador não sócio – art. 1061 do CC;
Cooperativa;
Diretoria da S.A.
Sociedade - Mandante
Administradores - Mandatários
Cartulares
Forma
Ações Ordinárias: possuem direito de voto que não pode ser eliminado pelo
Estatuto. O Estatuto, porém, pode limitar esse direito de voto.
Ações Preferenciais: nestas, a lei permite que o Estatuto elimine o direito de
voto, desde que, este fato com a atribuição de vantagens econômicas (art. 17).
Ações de Fruição
a)Existem,
b)Conferem direito de participação nos lucros/acessórios,
c)Não possuem direito de o sócio participar do acervo patrimonial quando
a sociedade for liquidada, porque tal direito já foi exercido antecipadamente.
Bônus de Subscrição
Confere ao seu titular direito de preferência em futuro aumento de
capital, isto é, em futura aquisição de ações.
O aumento de capital ocorre quando as coisas vão bem.
EXTINÇÃO DE TODAS AS SOCIEDADES
Causas (art. 1033 do CC, art. 206 da
LSA):
Extinção da sociedade
1) Vontade dos sócios:
Sociedade de prazo
Meio Indireto: há indeterminado: maioria absoluta
dissolução, liquidação e (todas as sociedades) e quorum de ¾
extinção
LTDA.
Sociedade de prazo
determinado: dissolução antes do
Sociedade insolvente prazo quorum de unanimidade para
Sociedade Solvente todas as sociedades.
2) Vencimento do prazo.
Via judicial
3) Falta de pluralidade dos sócios
Via judicial Via extrajudicial por mais de 180 dias.
4) Extinção de autorização de
Auto falência Insolvência funcionamento
civil Dissolução
Ação de
dissolução de extrajudicial Efeitos (art. 1036 do CC):
sociedade 1) Afastam-se administradores;
2) Nomeia-se liquidante;
Liquidação 3) Vedam-se novos contratos.
extrajudicial
Oposição do Credor
1)É permitida na fusão e na incorporação (art. 1122 do CC e art. 232 da
LSA).
2)É permitida na cisão total e na cisão parcial ocorrida em sociedade do CC
– art. 1122 CC.
3)Não é permitida, por falta de interesse de agir do credor, na cisão total e
na cisão parcial de S/A, já que as resultantes são solidárias entre si (art. 233, LSA).
4)Não é permitida, por falta de interesse de agir do credor, na
transformação de qualquer sociedade, dado que o credor anterior à transformação
sempre exercerá seus direitos com base no tipo anterior (art. 1115 do CC).
Títulos de Crédito
Nota promissória
São títulos abstratos, são válidos
Letra de Câmbio
ainda que a causa seja nula.
Cheque
Duplicata: é título causal. A duplicata será válida apenas se a sua causa for
válida.
A duplicata não segue o principio da abstração.
É causal porque se nada venceu não pode criar duplicata.
É criada pelo próprio beneficiário/credor.
A Lei 5474/68 ressuscitou o aceite, a recusa.
Aqui a recusa tem que ser motivada, o aceite presumido.
Quando um vendedor simula venda ao comprador ao invés de cobrar direto do
comprador, endossa para um terceiro. Este quando chega o 30º dia cobra do comprador
que recusa. Neste caso o terceiro pode cobrar do vendedor.
O CC legislou sobre títulos de crédito, entretanto, são só normas gerais.
As normas do CC sobre título de crédito são supletivas, isto é, não prevalecem
sobre as leis especiais.
- Decreto 5766/66: Lei Uniforme de Genebra
(trata de nota promissória e letra de câmbio);
- Lei 7357/85: Lei do Cheque;
- Lei 5474: Lei da Duplicata.
Aval Parcial
É válido:
• No cheque;
• Na nota promissória;
• Na letra de câmbio.
É nulo:
• Na duplicata;
• No CC (art. 897, § único).
Juros
É válido:
• Na nota promissoria;
• Na letra de câmbio.
É nulo:
• No cheque;
• Na duplicata;
• No CC.
Novo
endosso endosso
É válido se E3 cobrar de E2, e
E1 E2 E3 jamais de E1.
Clausula Proibitiva
de Novo Endosso
Responsabilidade do Endossante
No cheque, na duplicata, na nota promissória e na letra de câmbio o
endossante deve pagar aos posteriores (endossatários).
No CC (art. 914), no endossante não é obrigado a pagar o título, salvo
se expressamente pactuou nesse sentido.
Aval
Aval posterior ao vencimento é válido e produz os mesmos efeitos que
o aval dado antes do vencimento (art. 900 do CC).
Assinatura na face (anteverso) do título sem indicação do que se trata é
“aval”.
Aval em branco é aquele que não indica o avalizado. Neste caso, será
avalizado:
• O sacador na letra, na nota e no cheque;
• O sacado na duplicata.
Endosso
A assinatura no verso do título sem indicação do que se trata é
“endosso”.
Endosso parcial é sempre nulo tanto para o CC quanto para o direito
comercial.
O sacador pode inserir em qualquer título de crédito “clausula não a
ordem”. Neste caso, o título pode ser endossado, mas o endosso produzirá meros efeitos
de cessão civil de crédito (= a autonomia entre as obrigações). Não tem efeito de
endosso, ex.: marceneiro.
Endosso após o vencimento é válido, é endosso e produz os efeitos de
endosso.
Endosso póstumo: é o endosso após o protesto ou prazo para protesto. É
válido, é endosso. Mas produz meros efeitos de cessão civil de créditos.
Endosso impróprio:
• Endosso mandato: tem que escrever “para cobrança”. Tem que ser
expresso, senão será endosso normal.
• Endosso caução: tem que escrever “em garantia”. Tem que ser
expresso, senão será mero endosso.
OBS.:
No endosso mandato o endossatário só pode substabelecer, mas não pode
endossar de novo.
O endosso caução pode ser levado à penhor.
Prazos:
• Nota Promissória - Devedor principal e avalistas: 3 anos
• Letra de Câmbio Aceita Credor após o vencimento.
• Duplicata Aceita - Endossantes e avalistas: 1 ano após
protesto por falta de pagamento.
Devedor Principal:
Na nota promissória é o sacador;
Na letra de câmbio aceita é o sacado aceitante;
Na duplicata aceita é o sacado aceitante.
Os endossantes tem ação de regresso. 6 meses, se for nota promissoria e letra
de câmbio; e 1 ano se for duplicata.
O prazo começa a contar do pagamento (via extrajudicial) ou da citação da
execução (pagamento via judicial).
Duplicata recusada Credor tem 1 ano após o
Duplicata devolvida protesto contra todos (devedor
Letra de câmbio recusada principal/endossante/avalistas)
Cheque tem
Data de emissão
Prazo para apresentação:
- 30 dias após a emissão – mesma praça;
- 60 dias após a emissão – mesma praça.
Os 6 meses começa a contar depois que termina o prazo para apresentação.
Cheque pós-datado vincula somente o credor.