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SENTIMENTOS QUE CURAM

A história gira em torno do casal formado por Cameron (Rufallo) e Maggie (Zoe
Saldana), que teve duas filhas Amélia e Faith apesar do fato dele ser maníaco-depressivo
desde jovem. A ressaca da década que marcou o fim das ideologias se abate sobre os
dois como crise doméstica, os constantes colapsos nervosos de Cameron fizeram com
que eles deixassem de morar juntos, por mais que mantivessem contato constante.
Em 1978, devido às dificuldades financeiras, Maggie resolve fazer um curso de
especialização em Nova York, com duração de 18 meses. A saída para que o plano dê
certo é que Cameron deixe o hospital psiquiátrico em que vive para voltar a morar em
casa, cuidando das garotas, com Maggie visitando o trio aos finais de semana. Trata-se
de um grande desafio para Cameron, que precisa assumir de vez as responsabilidades de
pai e aprender a controlar a própria doença.
O filme foca bastante nas dificuldades enfrentadas pelo pai ao conviver com as
filhas, e vice-versa. Em momento algum é posto em dúvida o amor que ele sente por elas,
apenas a dificuldade em assumir o papel dele exigido pela vida adulta. Por mais que seja
até curioso ver as tentativas do personagem ao se adaptar à uma vida normal.
É um filme até bem intencionado, mas sem ter muito a dizer. Cameron (Rufallo)
se esforça, entregando uma atuação repleta de trejeitos que jamais soam exagerados e até
criam uma certa simpatia pelo personagem. Um ponto interessante é o comentário feito
por Maggie (Zoe Saldana) em relação à diferença sobre como brancos e negros são vistos
pela sociedade quando estão na pobreza, refletindo o preconceito existente nos Estados
Unidos.
Há alguns anos, o número de doenças psicoemocionais em meio a sociedade
cresce cada vez mais, e até pouco tempo, eram vistas como fraquezas psicológicas, falhas
de caráter, frustrações momentâneas e “frescuras”. Porém, as consequências de tais
doenças têm sido cada vez mais evidenciadas, e passaram a ser vistas não só como uma
enfermidade, mas como um verdadeiro problema, uma ameaça a vida.

O transtorno maníaco-depressivo, a bipolaridade, é uma das mais conhecidas,


marcada pelas repentinas mudanças de estados de humor (variando nos níveis de
intensidade, de frequência e de duração), com reações maiores do que os gatilhos, e
flutuações sempre pendentes para comportamentos e atitudes negativas.

Antigamente, este mal era denominado Psicose Maníaco-Depressiva, mas o nome


foi modificado porque muitos pacientes não apresentavam os sintomas psicóticos. Os
portadores da doença mudam de humor como quem troca de roupa, oscilando
drasticamente entre a mania (um estado de euforia) e a depressão, ocorrendo em ciclos
rápidos ou intervalos de maior tempo.
Estresse, ansiedade e traumas, embora presentes em todos os casos da
maníacodepressão, funcionam como disparadores para os estados de depressão ou
euforia.
A doença é desencadeada por fatores psicológicos, mas problemas biológicos
relacionados aos neurotransmissores cerebrais também podem cooperar, apesar de serem
causas ainda desconhecidas. Resultados de pesquisas recentes confirmam a maior
incidência do Transtorno Bipolar em pessoas com histórico familiar da doença, embora
isso não seja decisivo para que haja.
Ainda que traga uma história simples de superação (ou quase isso) e de
reencontro, Sentimentos que Curam é o tipo de filme que consegue cumprir exatamente
o que promete, e apesar de previsível, emociona ao literalizar a ideia de que “a união faz
a força”.

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