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MODULO 4
PRODUTOS E SERVIÇOS
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2017 © Secretaria Nacional do Consumidor
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo
com autorização por escrito da Secretaria Nacional do Consumidor.
Esplanada dos Ministérios, Bloco “T”, Palácio da Justiça Raymundo Faoro, Edifício Sede, 5º andar, Sala 542 – Brasília,
DF, CEP 70.964-900.
Edição
Ministério da Justiça
Secretaria Nacional do Consumidor
Escola Nacional de Defesa do Consumidor
Coordenação-Geral
Priscilla Valéria Gianini Santos
Apoio Técnico
Luciana Caetano Silva Fernandes
Ana Cláudia Sant'Ana Menezes
Coordenação Revisão
Prof. Dr. Rafael Timóteo de Sousa Júnior Renatha Choairy
Prof. Dr. Ugo Silva Dias
Ilustração
Coordenação Pedagógica Cristiano Silva Gomes
Janaína Angelina Teixeira
Diagramação
Designer Instrucional e Gestora Pedagógica Sanny Saraiva
Meirirene Moslaves Meira Patrícia Faria
1 - APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 5
3.1 Regulação............................................................................................................ 19
3.2 Informação........................................................................................................... 29
4 VAMOS RELEMBRAR................................................................................................... 43
5 ENCERRAMENTO ........................................................................................................ 44
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 45
Modulo 4
1 - APRESENTAÇÃO
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2 - PRODUTOS E SERVIÇOS
Vamos conhecer esse amplo universo de produtos e serviços que hoje são regulados pelo
setor saúde.
Para identificarmos quais produtos e serviços estão relacionados à saúde e fazem parte do
nosso cotidiano, vamos verificar o que ocorre nas 24h do dia de um consumidor:
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Modulo 4
Para essa
dor de
cabeça
você precisa
tomar esse
remédio
Nesse breve relato do cotidiano de um cidadão comum, podemos identificar vários produtos
e serviços como alimentos, produtos de higiene pessoal, de limpeza, cosméticos, medicamentos,
serviços médicos e de alimentação, que se não forem devidamente regulados e controlados,
podem expor o consumidor a riscos.
É para esse amplo conjunto de serviços e produtos que são consumidos diariamente, que
a vigilância sanitária e os órgãos de defesa do consumidor dirigem seus olhares. Esse universo é
apresentado no texto da Lei n. 9.782/99, que institui o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e
cria a Anvisa.
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Vamos dimensioná-lo:
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Modulo 4
Para atuar nesse imenso universo de produtos e serviços de interesse para a saúde,
tradicionalmente as estruturas de vigilância sanitária organizam suas atividades em:
Vigilância de
Vigilância de produtos
produtos e serviços. para a saúde
e de serviços
de interesse
para saúde.
Vigilância
sanitária de
portos, Vigilância sanitária
aeroportos e do meio ambiente
de fronteiras. e dos ambientes
de trabalho.
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IMPORTANTE
O controle sanitário de alimentos e bebidas é compartilhado por diversos órgãos, em especial,
os da saúde e da agricultura. Cabe aos órgãos da saúde, o controle sanitário dos produtos
alimentícios industrializados, desde a produção até o consumo. Por sua vez, compete à
agricultura a regulação dos produtos de origem animal, vegetal e bebidas, embora a inspeção
do comércio de tais produtos seja também competência do setor saúde.
A rotulagem de alimentos, tão importante para garantir informações claras e objetivas para
o consumidor, também merece atualização constante.
Nome do produto
Lista de ingredientes
Prazo de validade
Origem
Tabela nutricional
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Modulo 4
DESTAQUE
Atualmente um dos grandes desafios para os servidores públicos de vigilância de alimentos,
é a regulação dos teores de sal, açúcares e gorduras em alimentos industrializados, que são
amplamente consumidos, especialmente por crianças. O consumo excessivo desses nutrientes
vem contribuindo para um quadro de sobrepeso e obesidade na população, considerado
fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes,
hipertensão, entre outras.
02
Alimentação não
saudável
01
Organização
Mundial de Saúde
03
Gordura trans
04
Doenças crônicas
não transmissíveis
01: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 36 milhões das mortes que
ocorreram no mundo, em 2008, foram causadas por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT),
que possuem quatro fatores de risco comportamental:
(a) tabagismo;
(b) sedentarismo;
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02: No tocante à alimentação não saudável, deve ser observado que atualmente existem evidências
científicas convincentes de que a ingestão de certos nutrientes contribui para o desenvolvimento
de DCNT, especialmente a gordura trans industrial, a gordura saturada, os açúcares e o sódio.
03: De acordo com a revisão das evidências científicas realizada pela OMS em 2003, o excesso de
gordura trans industrial, de gordura saturada e de sódio aumenta o risco de doenças cardiovasculares
(DCV), enquanto a ingestão de açúcares aumenta o risco de obesidade e cáries dentais.
04: Com base nessas evidências e a fim de reduzir o risco de DCNT, a OMS recomendou que:
05
índices
08
Obesidade
ATENÇÃO À 06
GORDURA TRANS
Pesquisas da
OMS
07
Indicadores
05: a) a ingestão de gordura trans industrial fosse inferior a 1% do valor energético total (VET) da
alimentação, ou seja, 2 gramas ao dia;
(b) a ingestão de gordura saturada e de açúcares fosse inferior a 10% do VET, o que representa
aproximadamente 20 e 50 gramas ao dia, respectivamente;
(c) a ingestão de sódio fosse inferior a 2 gramas ao dia, equivalente a 5 gramas de sal ao dia.
06: Diversas revisões sistemáticas, além de recomendações publicadas pela OMS, posteriormente,
confirmaram que esses nutrientes têm um impacto nocivo no desenvolvimento de DCNT.
07: Os dados de consumo alimentar demonstram que a população brasileira consome quantidades
elevadas desses nutrientes. Segundo Louzada et al. (2015), a quantidade média de gordura trans,
gordura saturada e açúcares consumidos diariamente pela nossa população é 1,4%, 9,4% e 15,4%
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Modulo 4
08: Essas evidências ajudam a explicar a elevada prevalência de DCNT no Brasil. As doenças do
aparelho circulatório, por exemplo, são a principal causa de morte no país, e foram responsáveis,
em 2011, por 30% dos óbitos, o que equivale a mais de 335 mil mortes. Já o excesso de peso atinge
36,3% da população brasileira adulta.
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09 Composição dos
Vida saudável alimentos
.... ...
............
............
...............
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Regulamentação 11
da rotulagem Rotulagem
Carboidrato
Proteina
Gordura
Sódio
Açúcar
Colesterol
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Informações nutricionais
padronizadas
09: Em 2004, a Estratégia Global sobre Alimentação, Atividade Física e Saúde da OMS recomendou
aos governos a adoção de medidas para eliminar a gordura trans industrial, promover a substituição
das gorduras saturadas por insaturadas e limitar o consumo de sódio e açúcares livres.
11: Outras estratégias internacionais direcionadas ao combate do excesso de peso e DCNT reforçam
a função da rotulagem de alimentos no incentivo a uma alimentação saudável e aconselham seu
aprimoramento, de acordo com as orientações do Codex Alimentarius.
12: De forma similar, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) reconhece que as
informações nutricionais são parte do elenco de estratégias para promoção da alimentação
adequada e saudável e que a atualização das regras de rotulagem é necessária, a fim de reduzir o
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excesso de informações técnicas e publicitárias, e proporcionar uma informação mais clara, precisa
e compreensível.
Desta forma, a revisão dos regulamentos técnicos sobre rotulagem de alimentos, é uma prioridade
regulatória para a Anvisa, sendo que a matéria consta da Agenda Regulatória e se encontra em
discussão.
Medicamentos
IMPORTANTE
Além dos riscos inerentes a esse tipo de produto, outros potenciais riscos estão presentes
em toda a cadeia produtiva que envolve não só o produto, mas também seus insumos, como
matéria prima e excipientes.
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Modulo 4
Outros Produtos
Existem também
outros grupos de produtos
igualmente regulamentados e Cabe à vigilância
fiscalizados pela vigilância a regulamentação de
sanitária, como: um conjunto bastante
heterogêneo de
produtos para saúde
que engloba:
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A vigilância sanitária de produtos para a saúde e serviços de interesse para a saúde tem como
objetivo promover a adesão desses estabelecimentos às normas e aos regulamentos técnicos vigentes,
avaliar as condições de funcionamento e identificar os riscos e os danos à saúde dos pacientes, dos
trabalhadores e ao meio ambiente. A ação da vigilância deve ser capaz de impedir a transmissão de
doenças, reduzir a ocorrência de danos e a morbi-mortalidade relacionada a esses serviços.
DESTAQUE
Além dos estabelecimentos de saúde, cabe à Vigilância o controle de estabelecimentos de
interesse para a saúde. Trata-se da prática de atividades que prestam assistência ao indivíduo
fora do contexto hospitalar ou clínico, e que pode alterar o estado de saúde do indivíduo.
Dentre essas atividades estão compreendidas as realizadas em salões de beleza, clínicas de
estética, estúdios de tatuagem, instituições de longa permanência para idosos, comunidades
terapêuticas, academias de ginástica, creches, entre outras. Atualmente este setor abarca
mais de um milhão de serviços e uma ampla variedade de atividades que demanda boa parte
do esforço do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária no cumprimento de suas competências
regimentais.
As normas que vêm sendo editadas para a área de serviços não se restringem apenas a fixar
parâmetros para a estrutura física dos estabelecimentos, mas incorporam também aspectos
relacionados ao processo de trabalho e biossegurança e estabelecem indicadores que devem
ser monitorados pelos serviços.
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A vigilância sanitária
em parceria com outros
órgãos da Administração Pública
cuida das questões relacionadas à Além de condições
poluição do ar, da água, dos solos adversas de trabalho e de
e os desastres provocados por saúde do trabalhador.
produtos perigosos.
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Modulo 4
Oba! Estamos
avançando com
sucesso e agora vamos ver
os subitens Regulação e
Informação.
3.1 Regulação
Segundo COSTA, 2009, a regulação é uma função mediadora entre os interesses da saúde e
os interesses econômicos, ou seja, constitui uma instância social de mediação entre a produção de
bens e serviços de saúde e a saúde da população.
Por essa razão, as ações são de competência exclusiva do Estado, que deve atuar em prol da
preservação dos interesses sanitários da coletividade, de modo a proteger a saúde da população,
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Nem sempre essas intervenções são fáceis e, portanto, em muitos momentos, é importante
contar com parcerias, sendo que uma das mais importantes são aquelas feitas com órgãos de de-
fesa do consumidor.
IMPORTANTE
Mas afinal o que é regulação?
O conceito de regulação compreende a forma de que dispõe o Poder Legislativo ou Poder
Executivo, com fundamentos na Lei que estabelece normas que afetam a conduta de agentes
do mercado. Essas normas podem limitar, restringir e obrigar esses agentes cabendo ao
agente regulador monitorar e fiscalizar o mercado, adotando medidas que obriguem os
agentes regulados a adotar as normas estabelecidas.
Segundo a Profa. DI PIETRO, o ato de regular significa organizar determinado setor, bem
como controlar as entidades que atuam nesse setor (DI PIETRO, 2006).
“O termo regulação é ainda empregado para designar uma forma de intervenção
do Estado no campo econômico, geralmente ligada ao propósito de mitigar
imperfeições do mercado para melhorar o funcionamento de determinados
setores da vida econômica e social, impedindo que os comportamentos desses
setores variem além de certos limites preestabelecidos pela sociedade”.
(ALBUQUERQUE, 2009).
Regulação Econômica: Diz respeito à intervenção governamental direta feita nas decisões
empresariais relativas a determinados mercados, tais como: definição de preços, competição e
entrada e saída de novos agentes nos mercados. Neste campo, o ato de regular tem como principal
propósito o de facilitar, limitar ou intensificar os fluxos e trocas de mercado.
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Modulo 4
meio dos quais os governos coletam informações e intervêm em decisões econômicas individuais,
podendo apresentar impacto substancial sobre os administrados e o desempenho do setor privado.
Em qualquer uma das modalidades de regulação, a intenção, como destaca SILVA 2009,
“é garantir o adequado funcionamento do mercado na perspectiva de alcançar a
máxima eficiência na busca do bem-estar social. Para que isto aconteça, o Estado
vale-se de mecanismos, instrumentos e desenhos institucionais capazes de
estabelecer e induzir padrões de comportamento, detectar variações e corrigir
eventuais desvios, segundo as características, singularidades e necessidades de
cada setor regulado”. (SILVA, 2009)
Veja as principais agências brasileiras que regulam serviços prestados diretamente aos
consumidores:
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Segundo RAMALHO (2008), em função dos interesses públicos envolvidos, as agências devem
gozar de características que também estão presentes em outros órgãos governamentais: transparência
de procedimentos, emprego de mecanismos ágeis e eficientes para participação dos interessados na
regulamentação, capacidade e especialização técnica e publicidade de atuação com disponibilização
de informações e dados dos setores e das empresas regulados, de forma a permitir que a sociedade
possa acompanhar a atuação do órgão. Além disso, devem contar com a existência de mecanismos
de controle social, que permitam responsabilizá-las perante a sociedade, evitando sua captura por
interesses dos setores regulados, com vistas ao seu transparente e competente desempenho.
DESTAQUE
Depois de tudo isso resta saber o que é a regulação sanitária?
A regulação sanitária refere-se à regulamentação, controle e fiscalização das relações de
produção e consumo de bens e serviço, formas pelas quais o Estado intervém para impedir
que comportamentos no sistema produtivo causem danos ou riscos à saúde da população,
buscando garantir o adequado funcionamento do mercado, dando maior previsibilidade,
transparência e estabilidade ao processo regulatório, propiciando um ambiente seguro para
a população e favorável ao desenvolvimento social e econômico do país (RAMALHO 2008).
Os setores regulados pela Anvisa e demais órgãos do SNVS envolvem bens e serviços
socialmente estratégicos por serem essenciais à proteção da saúde e à vida da população
brasileira, assim como os demais bens e serviços são caracterizados pela presença de falhas
de mercado, tais como competição imperfeita e assimetria de informação, entre outras.
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Modulo 4
Outra importante falha de mercado nos setores regulados pela Vigilância diz respeito à
assimetria da informação. A publicidade de medicamentos pode ser utilizada como exemplo, na
medida em que é utilizada pelo setor farmacêutico como estratégia de ampliação do consumo.
IMPORTANTE
É nesse contexto que a regulação sanitária assume relevante papel na proteção e na defesa
da saúde dos cidadãos e, portanto; passa a ser categorizada como regulação social.
O papel de uma agência reguladora ou órgão público regulador é buscar um equilíbrio entre
os interesses dos consumidores, das empresas e dos governos e oferecer à sociedade melhores
condições de vida e desenvolvimento. Através da emissão de normas e regulamentos e da
fiscalização dos setores, o Estado busca proporcionar produtos e serviços seguros e de qualidade,
com preços módicos, buscando ainda evitar práticas predatórias e desleais de concorrência e de
domínio do mercado. Dessa maneira, o Estado pode eticamente promover o desenvolvimento
social e econômico da população e do país. Caso essa função não atinja seus propósitos, pode
prejudicar toda a sociedade, permitindo que apenas interesses restritos sejam protegidos e
beneficiados (LAZZARINI, 2009).
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Regulamentação
Registro
Representa o ato legal que reconhece a adequação dos produtos de interesse da saúde, como
alguns grupos de alimentos, medicamentos, dispositivos médicos, produtos de higiene, cosméticos
e saneantes às normas vigentes. A concessão do registro é formalizada por meio de publicação no
Diário Oficial da União (DOU), expressando, portanto, a permissão por parte da autoridade sanitária
para o início da fabricação do produto. Para a concessão do registro, a vigilância sanitária deve
verificar critérios relativos à segurança e eficácia, em especial no caso de medicamentos e outras
tecnologias em saúde, além do cumprimento dos procedimentos determinados pela legislação
vigente. São avaliados, por exemplo, formulação, estudos científicos, presença de substâncias
permitidas ou proibidas, informações de bulas e de rótulos, embalagens, entre outros itens.
Fiscalização e Inspeção
As inspeções sanitárias são realizadas tanto para fins de licenciamento quanto para
monitoramento das condições de estabelecimentos, em situações consideradas especiais por
envolver maior risco sanitário ou ainda para investigação de denúncias.
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Modulo 4
Por exigência legal, todos os estabelecimentos com atividades de interesse para a saúde,
antes mesmo de seu funcionamento, devem ser inspecionados e licenciados pela autoridade
sanitária. No ato da inspeção para o licenciamento sanitário, também conhecido como alvará
sanitário, é verificado o cumprimento dos regulamentos técnicos e normas pertinentes. Além da
licença de funcionamento para empresas exercerem quaisquer atividades sob regime de vigilância
sanitária, por exemplo, extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar,
reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir produtos, é necessário que elas possuam a
Autorização de Funcionamento, conhecida como AFE. A exceção cabe à área de alimentos, que
exige somente a licença sanitária.
Cadastramento
Análise Laboratorial
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Monitoramento de Mercado
O art. 37 do CDC proíbe a publicidade enganosa ou abusiva, ou seja, aquela que induz o
consumidor a erro.
Atendimento a Denúncias
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Modulo 4
Chamamento ou Recall
Muitas vezes o defeito que expõe o consumidor a riscos não é previsível antes da disponibilização
do produto ou serviço, no mercado. Neste caso, assim que o fornecedor constatar que um produto
ou serviço já disponível para consumo apresenta defeito, ou seja, apresenta condições que expõem o
consumidor a riscos, ele deve imediatamente tomar medidas para o seu recolhimento mediante troca
ou ressarcimento. É isso que determina o Código de Defesa do Consumidor. A esse procedimento, dá-
se o nome de chamamento ou, na forma mais conhecida mundialmente, recall.
LEGISLAÇÃO
“O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou
deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado
de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa,
rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou
segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão
informá-los a respeito”.
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DESTAQUE
Nesse contexto, vale ressaltar o Grupo de Estudos Permanente de Acidentes de Consumo
(Gepac), criado em 2008 pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor. O Grupo
é composto por representantes do Ministério Público Federal em São Paulo, Ministério
Público do Estado de São Paulo, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Procon
São Paulo, IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Anvisa, Inmetro, Denatran,
Brasilcon (Instituto Brasileiro de Política de Direito do Consumidor), entre outros. O Gepac se
reúne em média quatro vezes ao ano, com o propósito de trocar informações e experiências,
analisar casos relevantes, definir estratégias para coibir a comercialização de produtos com
potencial danoso e monitorar acidentes de consumo, bem como propor ações que diminuam
sua ocorrência.
Mesmo existindo legislações sanitárias mais antigas que responsabilizam o fornecedor pelo
recolhimento de medicamentos e produtos para saúde (Lei n° 6.360/76, art. 62, parágrafo único, e
Resoluções da Anvisa mais recentes, como a RDC nº 55/2005, RDC nº 23/2012 e a RDC nº 24/2014,
a utilização do CDC no tocante ao Recall pode agilizar e integrar as ações de vigilância e defesa do
consumidor permitindo maior eficiência na retirada de produtos que podem causar danos à saúde
do consumidor.
DICA
Para facilitar a compreensão das normas relativas ao Recall, a Secretaria Nacional do
Consumidor – Senacon/MJ elaborou o Guia Prático do Fornecedor (http://www.justica.gov.br/
seus-direitos/consumidor/saude-e-seguranca/anexos/recall-guia-pratico-do-fornecedor.pdf).
Ao estimular o Recall, as equipes desses dois serviços podem racionalizar suas atividades,
atribuindo aos fornecedores de produtos ou serviços a devida responsabilidade pelo problema
detectado.
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Modulo 4
3.2 Informação
Para dar a devida dimensão ao tema Informação, vamos abordá-lo sob dois aspectos: a
informação utilizada como instrumento para gestão dos serviços de vigilância sanitária e de defesa
do consumidor e a informação como manifestação de transparência dos serviços que possibilita,
entre outras coisas, a participação e o controle social.
Um dos desafios estratégicos colocados para serviços, cuja missão é intervir e prevenir
situações de risco, promovendo a saúde do consumidor, é investir para que os dados produzidos
pelos serviços gerem informações e que essas informações se transformem em conhecimento.
A seguir vamos apresentar alguns bancos e sistemas de informação utilizados pelos serviços
de vigilância sanitária e de defesa do consumidor.
Hoje os serviços federais de vigilância sanitária contam com diversos bancos de dados, que
permitem algumas consultas simples sobre produtos, empresas e serviços. A maior parte desses
bancos é dirigida a públicos específicos, especialmente relacionados às empresas e a serviços de
vigilância, inclusive com acesso atrelado às senhas.
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
Alimentos: Banco de dados com relação de produtos com registro obrigatório e empresa
responsável.
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Modulo 4
Sistema Interamericano de Alertas Rápidos (Siar): Intercâmbio de informações entre países das
Américas sobre alertas de segurança de produtos.
Descrição da Suspeita
Utilizado
quando?
Recebimento da Notificação
da Suspeita e contato Notificação da Suspeita Profissionais da Saúde e Consumidores
com o notificador
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
Algumas vigilâncias estaduais, como a do Estado de São Paulo, contam com sistemas
próprios de notificação eletrônica de eventos adversos e também geram alertas sobre produtos e
serviços notificados.
O SNDC utiliza como principal suporte para suas informações, o Sistema Nacional de
Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). Esse sistema registra “dados de atendimentos
a consumidores, a instrução dos procedimentos de atendimento e dos
processos de reclamação, além da gestão das políticas de atendimento e
fluxos internos dos Procon integrados ao Sistema e a elaboração de Cadastros
Estaduais e Nacional de Reclamações Fundamentadas” (site Senacon). Os dados são desagregados
por Estados e são apresentados sob a forma de listas e gráficos.
Como já apontado, o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 10, prevê que o
fornecedor não pode colocar no mercado de consumo produto ou serviço que
apresente risco ao consumidor. Caso o fornecedor tome conhecimento de tal risco,
é sua obrigação comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e à
coletividade de consumidores e promover a retirada do risco do mercado. Essa ação
é conhecida como recall ou processo de chamamento.
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Modulo 4
DESTAQUE
Como órgão coordenador do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, a Secretaria
Nacional do Consumidor acompanha e fiscaliza todos os procedimentos de recall no Brasil,
nos termos do artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor, bem como desenvolve ações
voltadas à prevenção de acidentes de consumo.
A Portaria MJ n. 487/2012, que dispõe sobre o procedimento de recall no país, também instituiu
oficialmente um sistema de comunicação de avisos de risco ao consumidor – o Sistema Nacional de
Alertas Rápidos de Recall. Esse sistema já existia, mas passou a ter mais força com a sua institucionalização.
O Sistema serve para o registro, monitoramento e controle da qualidade e da segurança de produtos e
serviços no território brasileiro, tanto pelas autoridades públicas como pela sociedade.
IMPORTANTE
Com o Sistema, qualquer cidadão pode ter acesso a detalhes de qualquer Campanha de
Chamamento em trâmite no Brasil. Além disso, o usuário pode cadastrar o seu e-mail para
receber os alertas que a Senacon publica toda vez que recebe um recall.
Além disso, o Sistema de Recall é uma ferramenta que disponibiliza a divulgação atualizada
das informações de recall para os consumidores e aprimora uma rede de alertas rápidos para a
população. Pelo Sistema, o fornecedor disponibiliza as informações para o cadastro de seu recall.
O consumidor pode visualizar informações de todas as campanhas realizadas no Brasil sobre
qualquer produto ou serviço. O Sistema também gera relatórios com os dados das campanhas
e possui indicadores públicos sobre recall. As informações podem ser acessadas no endereço da
Senacon na internet.
O consumidor pode se cadastrar para receber no e-mail fornecido alertas sobre novos
Recalls.
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
IMPORTANTE
O ingresso no Sistema exige o fornecimento de registro profissional em Conselho de
Categoria, e os dados a serem preenchidos são os mesmos daqueles constantes na ficha de
notificação supramencionada.
Objetivo
Quem alimenta? do preenchimento.
Lançado oficialmente em 29 de
janeiro de 2014. O SIAC está Profissionais da saúde, regularmente inscritos Receber informações
disponibilizado nos sites da nos Conselhos de medicina, enfermagem, sobre acidentes graves
Secretaria Nacional do odontologia, farmácia, serviço social, ou fatais sofridos em
Consumidor, da Agência Nacional psicologia, educação física, fisioterapia, razão de uso de produtos
de Vigilância Sanitária e do nutrição e terapia ocupacional. ou serviços defeituosos.
Ministério da Saúde.
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Modulo 4
Tanto a promoção da saúde como a proteção aos cidadãos nas relações de consumo
são direitos previstos como fundamentais e sociais na Constituição Federal de 1988. Embora, a
princípio, sejam direitos que demandem intervenções em campos distintos, nota-se, atualmente,
a conjugação de esforços de ambas as áreas em políticas relacionadas à promoção do consumo
seguro e saúde, que tem ganhado cada vez mais relevância nos cenários local, regional e global,
motivando diversos Estados a enfrentar o tema de maneira prioritária e articulada.
Após o lançamento do Siac, a Senacon passou a coordenar a articulação com órgãos federais,
estaduais e diretamente com hospitais para efetiva implementação do Sistema. As primeiras
instituições a assinarem um acordo de cooperação com a Senacon foram o Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o maior hospital da América Latina, e
o Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também entre os maiores
hospitais do país.
Além disso, também foi assinado acordo de cooperação com o Ministério Público do Estado
da Paraíba, cujos objetos centrais foram a criação de um programa estadual, apoiado pela Senacon,
de prevenção de acidentes de consumo, e a atuação do MP-PB em conjunto com a Senacon para
utilização do Siac nos hospitais públicos e privados da Paraíba.
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
No âmbito do Hospital das Clínicas de São Paulo, o Siac foi concretizado primeiramente no
Instituto da Criança – ICr, como piloto, em seguida em outros institutos.
Em 10 de setembro de 2015, o Hospital das Clínicas registrou o seu primeiro caso de acidente
de consumo no Siac, ocorrido com uma criança de 3 anos que ingeriu pedaços de colher de plástico
que quebrou durante a alimentação. Também em 2015 a Senacon iniciou a primeira investigação
a partir de um registro do Siac. Dizia respeito a uma motocicleta que causara um acidente ao seu
condutor.
Em 2014, ficou decidido que o Siar é o instrumento para proteção dos consumidores, em
nível nacional e hemisférico, por meio do intercâmbio de informações. Esse Sistema traz vantagens
recíprocas no compartilhamento de dados para promoção da segurança de produtos de consumo.
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Modulo 4
O SIAR se divide em
três Módulos: público, privado
e seguro. Para saber mais, clique
em cada um deles.
Módulo Público. Esse módulo, acessível a qualquer pessoa ou instituição, serve para
compartilhamento de informações de relevância para toda a população do continente. Estarão
disponíveis os alertas de recall, com campos de busca, inclusive rápida e personalizada, e
informações de análises e gráficos. Nesse Módulo, é possível encontrar, para cada recall: Órgão
Notificante, Categoria do Produto, Fonte do Alerta, Data de Publicação, Nome do Produto, Marca,
Foto do Produto, Número de Série, Código do Produto, País de Origem, Descrição do Defeito, Países
afetados e Descrição do Risco.
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
01 Sindec 02 Recall
SISTEMA FINALIDADE ACESSO
SISTEMA FINALIDADE ACESSO
03 Siac 04 Siar
SISTEMA FINALIDADE ACESSO SISTEMA FINALIDADE ACESSO
05 Consumidor.gov.br 06 Sinmac
SISTEMA FINALIDADE ACESSO SISTEMA FINALIDADE ACESSO
Anvisa conta com um Sistema para captação de notificações sobre problemas referentes ao uso de
produtos sob regulação sanitária, Notivisa.
Um dos mais importantes instrumentos para que o consumidor exerça seus direitos é a
informação. Munido de informações claras e objetivas, o consumidor pode reivindicar direitos e
exercer seu direito de escolha.
O texto constitucional determina nos incisos de seu art. 5º, que “é assegurado a todos o
acesso à informação...”, resguardando o sigilo da fonte quando necessário ao exercício profissional
e que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou
de interesse coletivo ou geral que serão prestados no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
LEGISLAÇÃO
“órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo,
incluindo as Cortes de Contas, do Judiciário e do Ministério Público; as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios” ( art. 1º).
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
Segundo a LAI os órgãos públicos devem disponibilizar seus dados e informações em locais
com condições apropriadas para atender e orientar o público e as páginas eletrônicas desses órgãos
deverão ser estruturadas de forma simples e organizada, com linguagem acessível para os leigos.
O sigilo passou a ser tratado como exceção, para situações previstas na lei, e o interesse
público, a gravidade do dano à segurança da sociedade e do Estado são os principais critérios para
classificar se uma informação é ou não sigilosa.
Quando solicitada, a informação deve ser fornecida imediatamente e quando isto não for
possível o prazo não pode ultrapassar 20 dias, podendo ser prorrogado por mais 10. A negativa de
acesso à informação comporta recurso dos interessados às instâncias superiores da Administração
Pública e caso a negativa se perpetue, o agente público responsável por fornecer as informações
solicitadas estará sujeito às penalidades previstas na lei.
Ainda dentro do
tema Informação, temos o
Boletim Consumo Seguro e
Saúde e o projeto Educanvisa.
Vamos ver um pouco sobre
cada um deles!
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Modulo 4
As edições estão disponíveis nos sites das duas instituições e abordam temas como:
• Falsificação de medicamentos
• Entre outros.
SAIBA MAIS
http://www.anvisa.gov.br/institucional/ouvidoria/consumo_saude/index.htm
http://www.justica.gov.br/seus-direitos/consumidor/educacao-para-o-consumo/boletim-
consumo-e-saude/boletim-consumo-e-saude
Educanvisa
Por se tratar de uma ação de cooperação entre duas secretarias – Saúde e Educação – a
Anvisa, na primeira etapa, capacita os profissionais indicados por essas instituições, que se tornam
os coordenadores locais do projeto. Estes atuam como multiplicadores do conhecimento em seus
estados ou municípios, levando a temática aos professores, que serão os responsáveis por aplicar
os conteúdos em sala de aula, aliando a teoria à prática escolar, versando sobre os temas livremente
ou adaptando-os a cada realidade.
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Modulo 4
4 VAMOS RELEMBRAR
Por fim, além dos estabelecimentos de saúde, cabe à vigilância o controle de estabelecimentos
de interesse para a saúde. Trata-se da prática de atividades que prestam assistência ao indivíduo
fora do contexto hospitalar ou clínico, e que pode alterar o estado de saúde do indivíduo. Dentre
essas atividades estão compreendidas as realizadas em salões de beleza, clínicas de estética,
estúdios de tatuagem, instituições de longa permanência para idosos, comunidades terapêuticas,
academias de ginástica, creches, entre outras.
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5 ENCERRAMENTO
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Modulo 4
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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