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b) No âmbito do apoio a pessoas idosas: centro de 4 — O interessado pode solicitar previamente os pare-
convívio, centro de dia, centro de noite, lar de idosos, ceres das entidades competentes ao abrigo do artigo 13.º-B
residência; do RJUE.
c) No âmbito do apoio a pessoas com deficiência: centro Artigo 8.º
de actividades ocupacionais, lar residencial, residência Pareceres obrigatórios
autónoma, centro de atendimento, acompanhamento e
animação de pessoas com deficiência; 1 — O parecer do Instituto da Segurança Social, I. P.,
d) No âmbito do apoio a pessoas com doença do foro incide sobre:
mental ou psiquiátrico: fórum sócio-ocupacional, unidades a) As condições de localização do estabelecimento;
de vida protegida, autónoma e apoiada; b) O cumprimento das normas estabelecidas no pre-
e) No âmbito do apoio a outros grupos vulneráveis: sente decreto-lei e das condições definidas nos termos do
apartamento de reinserção social, residência para pessoas artigo 5.º;
com VIH/sida, centro de alojamento temporário e comu- c) A adequação, do ponto de vista funcional e formal,
nidade de inserção; das instalações projectadas ao uso pretendido;
f) No âmbito do apoio à família e comunidade: centro d) A lotação máxima do estabelecimento.
comunitário, casa de abrigo e serviço de apoio domicili-
ário. 2 — O parecer da Autoridade Nacional de Protecção
Civil incide sobre a verificação do cumprimento das regras
2 — Consideram-se ainda de apoio social os estabeleci- de segurança contra riscos de incêndio das instalações ou
mentos em que sejam desenvolvidas actividades similares do edifício.
às referidas no número anterior ainda que sob designação 3 — O parecer da autoridade de saúde incide sobre
diferente. a verificação do cumprimento das normas de higiene e
saúde.
Artigo 5.º 4 — Quando desfavoráveis, os pareceres das entidades
Regulamentação específica referidas nos números anteriores são vinculativos.
5 — Os pareceres são emitidos no prazo de 30 dias a
As condições técnicas de instalação e funcionamento contar da data da recepção do pedido da câmara municipal.
dos estabelecimentos são as regulamentadas em diplomas 6 — O prazo previsto no número anterior pode ser
específicos e em instrumentos regulamentares aprovados prorrogado, uma só vez, por igual período, em condições
pelo membro do Governo responsável pela área da soli- excepcionais e devidamente fundamentadas.
dariedade social. 7 — Considera-se haver concordância das entidades
consultadas se os respectivos pareceres não forem recebi-
dos dentro do prazo fixado nos números anteriores.
CAPÍTULO II
Licenciamento ou autorização da construção Artigo 9.º
Vistoria conjunta
Artigo 6.º
1 — Concluídas as obras e equipado o estabelecimento
Condições de instalação dos estabelecimentos em condições de iniciar o seu funcionamento, pode a câ-
Consideram-se condições de instalação de um estabe- mara municipal, nos termos do disposto nos artigos 64.º e
lecimento as que respeitam à construção, reconstrução, seguintes do RJUE, promover a realização de uma vistoria
ampliação ou alteração de um edifício adequado ao de- conjunta às instalações, no prazo de 30 dias após a comu-
senvolvimento dos serviços de apoio social, nos termos nicação da conclusão da obra pelos interessados e, sempre
da legislação em vigor. que possível, em data a acordar entre as partes.
2 — A vistoria é realizada por uma comissão composta
Artigo 7.º por:
Requerimento e instrução a) Um técnico a designar pela câmara municipal, com
formação e habilitação legal para assinar projectos corres-
1 — O licenciamento de construção é requerido à câmara pondentes à obra objecto da vistoria;
municipal e está sujeito, com as especificidades previstas b) Dois representantes do Instituto da Segurança
no presente decreto-lei e nos instrumentos regulamentares Social, I. P., devendo ser um da área social e outro da
respeitantes às condições de instalação dos estabeleci- área técnica;
mentos, ao regime jurídico da urbanização e edificação c) O delegado concelhio de saúde ou o adjunto do dele-
(RJUE), estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 gado concelhio de saúde;
de Dezembro, na redacção actual. d) Um representante da Autoridade Nacional de Pro-
2 — A aprovação do projecto sujeito a licenciamento tecção Civil.
pela câmara municipal carece dos pareceres favoráveis
das entidades competentes, nomeadamente do Instituto da 3 — O requerente da licença ou da autorização de uti-
Segurança Social, I. P., da Autoridade Nacional de Protec- lização, os autores dos projectos e o técnico responsável
ção Civil e da autoridade de saúde. pela direcção técnica da obra participam na vistoria sem
3 — A consulta às entidades referidas no número ante- direito a voto.
rior é promovida pelo gestor do procedimento e efectuada 4 — Compete ao presidente da câmara municipal a
através do sistema informático previsto no artigo 8.º-A convocação das entidades referidas nas alíneas b) a d) do
do RJUE. n.º 2 e das pessoas referidas no número anterior.
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g) Autorização de utilização, sem prejuízo do disposto da licença, mas seja seguramente previsível que as mesmas
na alínea c) do artigo 111.º do RJUE; possam ser satisfeitas, pode ser concedida uma autoriza-
h) Mapa de pessoal, com indicação das respectivas cate- ção provisória de funcionamento, salvo se as condições
gorias, habilitações literárias e conteúdo funcional; de funcionamento forem susceptíveis de comprometer a
i) Projecto de regulamento interno; saúde, segurança ou bem-estar dos utentes.
j) Minuta de contrato a celebrar com os utentes ou seus 2 — A autorização referida no número anterior é con-
representantes, quando exigível nos termos do artigo 25.º cedida, por um prazo máximo de 180 dias, prorrogável
por igual período, por uma só vez, mediante requerimento
2 — O requerente pode ser dispensado da apresentação devidamente fundamentado.
de alguns dos documentos previstos no número anterior, 3 — Se não forem satisfeitas as condições especifica-
caso esteja salvaguardado o acesso à informação em causa das na autorização provisória dentro do prazo referido no
por parte do Instituto da Segurança Social, I. P., designa- número anterior, é indeferido o pedido de licenciamento.
damente por efeito de processos de interconexão de dados 4 — No período de vigência da autorização provisória
com outros organismos da Administração Pública. de funcionamento, os estabelecimentos beneficiam das
3 — Os serviços do Instituto da Segurança Social, I. P., isenções e regalias previstas no artigo 23.º
devem comprovar que a situação contributiva da segurança 5 — Às instituições particulares de solidariedade social
social relativa ao requerente se encontra regularizada. ou equiparadas, ou outras instituições sem fins lucrativos
4 — Caso se comprove que a situação contributiva do com quem o Instituto da Segurança Social, I. P., pretenda
requerente não se encontra regularizada, deve o interes- celebrar acordo de cooperação, que reúnam todas as con-
sado ser notificado para, no prazo de 10 dias, proceder à dições de funcionamento exigidas para a concessão de
respectiva regularização, sob pena de indeferimento do licença, é concedida uma autorização provisória de fun-
pedido. cionamento por um prazo de 180 dias, renovável até à
celebração de acordo.
Artigo 17.º
Decisão sobre o pedido de licenciamento Artigo 20.º
1 — O Instituto da Segurança Social, I. P., profere a Suspensão da licença
decisão sobre o pedido de licenciamento no prazo de 30 1 — A interrupção da actividade do estabelecimento
dias a contar da data de recepção do requerimento devi- por um período superior a um ano determina a suspensão
damente instruído. da respectiva licença.
2 — Decorrido o prazo referido no número anterior 2 — A proposta de decisão da suspensão é notificada ao
sem que o Instituto da Segurança Social, I. P., tenha profe- interessado pelo Instituto da Segurança Social, I. P., que
rido decisão sobre o pedido de licenciamento, a pretensão dispõe de um prazo de 10 dias para contestar os funda-
considera-se tacitamente deferida, valendo como licença mentos invocados para a suspensão da licença.
para todos os efeitos legais o documento comprovativo 3 — Se não for apresentada resposta no prazo fixado,
da regular submissão do respectivo pedido, acompanhado ou a contestação não proceder, é proferida a decisão de
do comprovativo de pagamento das taxas eventualmente suspensão.
devidas. 4 — Logo que se alterem as circunstâncias que determi-
3 — O requerimento é indeferido quando não forem naram a suspensão da licença, pode o interessado requerer
cumpridas as condições e requisitos previstos no presente o termo da suspensão.
decreto-lei.
Artigo 21.º
Artigo 18.º
Caducidade da licença
Licença de funcionamento
A interrupção da actividade por um período superior a
1 — Concluído o processo e verificando-se que o esta- cinco anos, ou a cessação definitiva, determina a caduci-
belecimento reúne todos os requisitos legalmente exigidos, dade da licença.
é emitida a licença, em impresso de modelo próprio a Artigo 22.º
aprovar por portaria do membro do Governo responsável
pela área da solidariedade social. Substituição da licença
2 — Da licença de funcionamento deve constar: 1 — Quando se verifique a alteração de qualquer dos
a) A denominação do estabelecimento; elementos previstos no n.º 2 do artigo 18.º, deve ser reque-
b) A localização; rida, no prazo de 30 dias, a substituição da licença.
c) A identificação da pessoa ou entidade gestora do 2 — Com o requerimento de substituição devem ser
estabelecimento; apresentados os documentos comprovativos da alteração.
d) A actividade que pode ser desenvolvida no estabe- 3 — O pedido de substituição é indeferido se as alte-
lecimento; rações não respeitarem as condições de instalação e de
e) A lotação máxima; funcionamento legalmente estabelecidas.
f) A data de emissão.
Artigo 23.º
Artigo 19.º Utilidade social
Autorização provisória de funcionamento
Os estabelecimentos que se encontrem licenciados nos
1 — Nos casos em que não se encontrem reunidas todas termos do presente capítulo são considerados de utilidade
as condições de funcionamento exigidas para a concessão social.
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