Vous êtes sur la page 1sur 20

R E V I S TA

2018
LITERÁRIA

Ediçao I
V
O
O
ÍNDICE
NOTA DE ABERTURA

Caro Leitor!!!
hora do chat com Beth Cambula
Foi numa tarde molhada, simples crescia lentamente Beth Cambula. As ou também de dia. Diga aí,quando
e abençoada que a REVISTA VOO curiosidades iam batendo-nos à língua. e como acha que deves escrever?
não dançou longas distâncias
para encontrar uma poetisa RV: E então, o que queres dizer BC: Eu vou falar um pouco de
Moçambicana , Beth Cambula, que é que tu escreves para os leitores mim,vou tentar especificar,eu acho
está a três anos escrevendo sobre ou escreves para ti mesma? que para escrever,a gente não precisa
aquilo que o Camões diz que "é o fogo saber do horário nem do momento
que arde sem se ver". Na similitude, BC: Escrevo para mim,mas também ...cada vez que a inspiração vier é
sonhadora e com vontade de voar escrevo para os leitores porque só pegar numa caneta e num papel
(re)conta como tudo brotou… é através deles que eu consigo fazeres a vontade da tua mente,o
expandir mais a poesia... cada vez que estiver na tua mente, porque
R.V: Como se encontra com a escrita? que publico,claro que eu recebo eu falo mais da madrugada porque
mais "compartilhações" nem,da há aquelas pessoas que encontram
B.C: Na verdade, eu comecei a parte daqueles que admiram,gostam a inspiração na madrugada é,é meu
escrever a poesia quando entrei e apreciam a poesia em geral. caso,as vezes acordo de noite só para
na escola secundária, escrevia em escrever uma simples coisa que para
forma de versos e não publicava alguém pode ser uma enorme dor de
nas redes sociais...e no decorrer do cabeça,mas para mim significa muito.
tempo acabei levando mais a poesia
para dentro de mim através de uma RV: Bom, a Michel ou simplesmente
decepção amorosa que sofri e...é a Beth disse-nos que começou a
isso, o mal que veio para o bem. escrever poesia quando entrou ao
ensino secundário, mas ainda não
A Beth como vulgarmente é falou-nos das suas referências.Quais
conhecida, traçou nuvem dentro maiores referências da sua escrita?
das respostas, era como se de
amor se tratasse, uma paixão BC: Eu não vou fugir muito da nossa
em pessoa. Abrimos o nosso literatura, cá em Moçambique... Falo da
ouvido para submeter explicações Paulina Chiziane, do José Craveirinha
acerca das vantagens de publicar e para que eu seguisse o mundo da
textos poéticos nas redes sociais. escrita directamente,o meu maior pilar
foi o poeta/escritor Adilson Sozinho
RV: Porquê a poesia numa era mais conhecido por Mauro da Silva,ele
quase conturbada onde mais que me incentivou tanto para que eu
tempo perde-se nas redes sociais? chegasse hoje a esse estremo e me
RV: Para ti, escrever poesia tornar seriamente uma poetisa que é
B.C: Naquele momento eu não é sonho ou realidade? adorada por muitos e apoiada também.
andava nas redes sociais, mas
pouco a pouco fui percebendo que B.C: Eu acredito que escrever RV: Já alguma vez passou por
publicando os meus trabalhos nas poesia é uma realidade,pois o dificuldades e pensou em desistir?
redes como também em rádios, meu sonho era de ser uma mesmo
TV's... ganharia mais seguidores, cantora porque eu sempre gostei de B.C: Sim, eu já passei por muitas
mais apreciadores da literatura escrever letras de música também dificuldades e já pensei em desistir,
e assim construiria um futuro nos meus tempos livres cantar. mas sempre tive amigos,colegas
melhor para a nossa poesia para ser que persistiram em mim.
mais apreciada mais reconhecida. RV:-É interessante, és uma arte em
pessoa...Qual é a linha da tua escrita? RV: A Michel poderia explicar-nos
A conversa pairava mais paz com de uma forma breve como é que foi?
a Michel Cambula, pois além de B.C: "...Eu não tenho uma linhagem
ser moçambicana, prova também específica ,mas tenho trabalhado mais B.C: Eu lembro que no ano passado,o
as temperaturas da cidade de com a linhagem narrativa, a poesia meu ex parceiro, ela por ciúmes,
Maputo onde nasceu a 10 de lírica e um pouco mais de soneto. por falta de confiança passou a me
agosto de 1998 e sentiu nas veias proibir para que (não) fosse aos
a "metafísica pseudonímica" RV: Há quem goste de escrever de noite,há eventos e,isso por algum momento
lhe perpassando na pele onde quem goste de escrever pela madrugada me enfraqueceu,mas acabei preferindo
hora do chat com Beth Cambula
a poesia do que o amor porque é através
da poesia que eu posso... (Suspiro). Versos da Beth Cambula
------------------------------------------
R.V: Uau esse suspiro é fenominal.
Gostávamos de saber uma vez que a
Beth falou -nos do projecto que é o
Ele é meu
lançamento da sua primeira obra literária,
que aprofundasse mais,falasse mais dos E eu sou dele
seus projectos no seu todo no que diz Nunca beijamos
respeito à escrita para que depois deixe Nem se quer um toque
ficar as suas últimas considerações. Mais o amor que temos, é como se já disse tivessemos o
carinho"atrevido"
B.C: Se tudo der certo,pretendo lançar a Ele não espera convite
obra em setembro na angola, com ajuda Nem pede licença
do meu padrinho literário:José Manuel, Chama-se amado,não de amante,mais sim de amor lindo
ele que tem sido muito importante para
minha inspiração, minha poesia e para
o meu livro crescer.Estou aqui para
--------------------------------------
agradacer que isso se torne mais relevante
e que haja mais poetas se interessando por
esse tipo de entrevista, obrigada,beijos.
Sabendo...
R.V: Obrigado por ter-nos aberto seu Quis eu'scolher á ti
espaço de tempo para falar do seu trabalho, E tu bagunças me
foi bom ter conversado contigo,termos Sabendo...
conhecido um pouco da vida da Beth Alienei me sob tuas asas
esperamos que um dia consiga realizar E tuas pegadas, sigo te
seus sonhos e que brinde seus fãs com essa Como se minha bússola fosses,
tal obra desejada e esperada. Até breve!
E tu bagunças-me
Sabendo,eu...
Colaboração: LUÍS NHAZILO Que amas tu,o meu reflexo
Escolhi ti
Sabendo
Que tu,bagunças-me...

-------------------------------------------

Quando'sol não mais brilhar


A lua,não mais iluminar
Lembraras ,de cada nosso conversar
Sem ti,sim sem ti eu irei brindar

Quanto menos esperar


Estarei eu bem longe, para não mais voltar
Levantarei o austral prá não chorar
Podeis por ventura,me perder

Quanto menos amar me


Podeis me perder
Seguirei,para não parar
Viverás, em mim para todo sempre
"...no verso
VANILDO MUZIME - XAI-XAI

A PROCURA DA CRENÇA NÃO SEI MAIS

abro ah, não sei mais


as comportas do meu coração, se é o mal aventurado ladrão
para que entres ou se é o meu querido irmão,
e faças me sentir me diferente. que me rouba.

cansei se quem libertou me( da escravatura)


de entrar onde não devia foi para me apaziguar
de querer alguém que não devia ou foi para ele mesmo me escravizar,
querer ser amado por alguém que não podia não sei mais

prove me já não compreendo nada


ser intensamente diferente desse mundo,
ser a estrela cadente em que mesmo a escrita é manipulada
que cadenciará o meu coração
onde a maior pobreza,
és tu, eu acho é o povo pensar que é pobre
a que meu procurava e não achava. e lá no alto lugar, isso lucra-os.

achei, a crença do meu coração a dignidade/sinceridade


então! é amais menos querida atitude
não me iluda. nessa tão alheia sociedade
gerada da pobreza e criada na animosidade
não sei mais.

de tanto pensar em manipular,


manipulou sua própria vida e
mão sabe mais.

VANILDO MUZIME (Pseud)

Vanildo Afonso Muzime, poeta Moçambicano,


nascido nas terras dos guerreiros [Gaza]. Nasceu em
2001 Perambula na esfera da escrita desde os seus 14
anos de Idade.
"...no verso
minha desgraça
ANASTÁCIA CHAUQUE - MAPUTO me esqueceu ela
e agora
casada está e esmorecido estou
ORGULHO
e eu?
amo a mais que tudo fiquei com o meu orgulho
ela também me ama perdi a
pego no celular por orgulho
a digitar o contacto dela e hoje tanto me arrependo
porém não consigo a ligar
sofrendo por esse amor
vejo ela passando pela rua já agora impossível
tenho vontade de correr e se o tempo voltasse!
abraça-la e dizer
o quanto a amo e a quero o tempo
em meus braços nunca voltará
para consertar os erros
ela sente o mesmo infelizmente
mas nunca me procura
e eu também quero queria eu tê-la em meus braços
que seja ela me procurando contudo a desejo toda felicidade

sofro tanto e tanto e assim fiquei eu


por amor a ela só, pelo orgulho
todavia o orgulho me aniquila inteiro

eu e ela
escravos do orgulho somos
portanto infelizes somos
a vontade existe
o querer existe

mas o orgulho impede


que haja acção
quero abrir o meu coração
para ela
somente dizer o quão
a quero em meus braços

e quando o quero fazer


vem o maldito orgulho
e diz
não faça isso
ela que deve vir até a você ANASTÁCIA CHAUQUE (Pseud)
Anastácia Lourenço Chaúque, nasceu em Maputo,
o tempo se passou contadora de histórias e poetisa, escreve há três anos,
e quando finalmente até então sem nenhuma obra publicada, fez rádio e
venci, o orgulho estuda Administração Pública no Instituto Superior
ela não mais está livre de Relações Internacionais.
"...no verso
CESARINA DE JESUS - NIASSA

SOCORRO INOCÊNCIA ROUBADA

socorro,socorro inocente eu era,


não sabia que palavra era aquela naquela época da minha infância
apenas dizia socorro,socorro e agora não sou mais!

inocência roubada na adolescência


ninguém conseguia ouvir- me atirada para o mundo de nova experiência
talvez pela cartas censuradas feitas. inocente eu era,
mas continuava clamando pelo socorro e agora não sou mais!
socorro, socorro
sou escrava do mundo
uma súplica infinita pela dor já não pertenço as luzes da pureza
pelo socorro da minha escravidão estou no abismo
e não consigo mais sair da escuridão
socorro pela minha pele negra
socorro pelo meu sotaque não sou mais inocente
socorro por tudo que me afasta da minha raça não sou mais pura
sou a moça das noites
socorro que não tem mais cura.
mais uma vez clamo pelo socorro
mais uma vez chamo pela paz inocente eu era naquela época
mais uma vez socorro.. e perversa sou com o passatempo
alguém ouve- me? quero a minha antiga a infância
quero o meu sorriso com brilho
socorro mas o mundo me impede

inocente eu era naquela época


e agora não sou mais
estou num mundo seco
onde não sou mais inocente.

CESARINA DE JESUS (Pseud)

Cesarina de Jesus Alberto, Moçambicana, natural de


Lichinga, Província de Niassa. Actualmente, vive na
cidade de Maputo. Inicia a sua veia artistica aos 11
anos de Idade.
"...no verso
ESAÚ BONDO - NIASSA

AMILO DA ALMA TALVEZ EU!

são ventos ao alívio de poeira caminho


levantada ao amanhecer não é caminhar
o rebentar da areia para andar
sobre os meus olhos
lagrimejados de tanto entrar poeira neles
choro sem dor
por ti somente
terra das montanhas

o teu bem
mau me quer do sol
o mal entendido dessa gente
que não percebem
se somente és frio
calor, poeira ou vento

eu te amo do mesmo jeito


desenho te em palavras
te tatuo na mente
te recordo na saída de casa
procurando te saber
o que vais ser durante o dia
vento?
frio?
calor?
ou poeira?

ESAÚ BONDO (Pseud)


"...no verso
ALERTO BIA - INHAMBANE

SONHO SER RIO OS POETAS

. meu sonho é ser rio… ai de nós poetas


. descer o pico da montanha que manchamos livros límpidos
. lavar rostos dos meninos incontidos em prantos
. desde a nascença com os versos
. até ao desassossego destas guerras triviais ocos pra medíocres
. quero ser rio… que não entendem
. para caminhar o longínquo poesia
. sem que alguém me impeça de avançar desprendemos mágoas
. melhor seria assim: eu rio
afixadas no tecido
. no sempre rio que avança
. correr lentamente aos passos da preguiça da alma
. sem que me confundam com um foragido formamos listras
. ou quem corra de medo… de pranto
. eu rio... nós ceifeiros
. andaria pelas fronteiras
de dores terra do cacto
. sem que me peçam passaporte
. como se inibem humanos e quando formos
. cavalgar estas terras terra morta
. por se acharem seres pensantes. lá os ossos
. eu rio... e cá as carnes
. curaria a sede dos sedentos
terra fecundo
. por isso: meu sonho é ser rio
. atravessar campos e campos que será dos disfarces
. e por vezes afugentar as poeiras e nossos
. das gentes que me banha… sentires tácitos! [...]
. mas de que vale sonhar
. um sonho tácito
. se mesmo com coaxos de rãs
. vivo em apuros!!!

ALERTO BIA (pseud.)

Alerto Augusto Bia, Moçambicano nascido na Terra de Boa Gente [Inhambane – Moçambique] a 02
– Março – 1993. Licenciado em Ensino de Inglês com habilitações em Português. Participa de diversas
antologias poéticas de extensão internacional. Publicou: Sonhar é ressuscitar (Maputo, 2016); Sombras
Cálidas (Brasil, 2017); Fachos Ardentes (Portugal, 2017) & Cais de Resgate (Brasil, 2018).
"...no verso
MÁRCIA COSSA - MAPUTO

À DEUS TERRA PÁRIA!

Deus, na minha terra pária,


Deus meu! as crianças,já nao mais sao crianças
violentadas e aos sacrificios levadas sao,
eu quero abrir o meu coração deitarem-se com os seus pesadelos obrigadas são
diante de ti, essa é a terra que vivo,onde todos tem um caracter
eu quero abrir o meu coração. explosivo e nada é emotivo e tudo tornou-se
bem sei que me ouves frustrante
Emanuel na terra que mana guerra e miséria
tu és o meu refúgio e nao mais existe a paz
a minha fortaleza
ah! Tu és o meu pastor e estas sempre comigo nesta minga terra,os humanos confiam na palavra e
aguardam por uma acçao...
Deus que repreende aspiramente
onde o mais importante é viver de aparências para
age, divinamente esquecer a dura e triste realidade
tão soberanamente, terra pária
de tal maneira que tão sobrenaturalmente os fortes apontam a culpa aos fracos
alcanço o socorro do alto completamente E a vista nos é tapada com notas tao ínfimas que mal
e quando passo pelas águas, tu estás comigo dao para comprar o esperado mensal saco de arroz
e quando pelo fogo, quando passo pelo fogo, como se nao mais racionais fóssemos
sei que os teus anjos me protegem esta é a terra que vivo
e debaixo das tuas asas, há sombra onde o chefe faz e desfaz
e cá por baixo da cruz há sombra promete e nao cumpre
[choro] manda e ameaça e o povo corre atras
tombei, caí a terra que mana fome e desgraça
os joelhos sulquei onde funciona a lei da selva
o coração rasguei os mais fortes vivem e os fracos sobrevivem
pranteei essa é a terra que um dia,manou a paz e a esperança
lamentei e chorei e que hoje mana a,
as mãos pecadoras alimpei guerra, miséria, fome, desgraça e a crise reina!
o coração purifiquei e à Deus me sujeitei

MÁRCIA COSSA (Pseud)


Márcia Rogério Cossa. Nascida aos 02 de Maio de 1995.
"...no verso
GERSON NORBERTO CAMÕES III - MAPUTO

REVELAÇÕES DE UM HOMEM ESQUECIDO REALIDADE SUA

buscar a essência do parecer não somente o amanhecer


cultivar a semente do entender que tem a beleza de um nascer
mas descobertas em ti fiz
estou perdido em marés do desespero e delas me maravilho
amo tomando assim a oitava maravilha
talvez nem ame
talvez nem seja amado das janelas dos seus olhos
mas o meu ser procura entender há castelo do seu sorriso
porque tu me amas mesmo eu sendo vagabundo tudo se torna fascinante
eu não mereço um mar de rosas de toda a vez que me torno em um mero viajante
pois nem do jardim eu sei cuidar
suas curvas são perfeitas perdições
aprendendo a amar com a natureza que faz de mim um explorador de emoções
onde o céu ama a lua deixa-me conhecer a sua alma
mesmos distante através das suas janelas
sera que não sou amável e o seu coração
através dos seus castelos
em meio às palavras
me revelo não te vais embora
dizendo para ti não se negue ao amor
do amor nada sei se liberte dessa dor
do amor eu nunca subi e tome o meu coração
apenas busco das minhas emoções que para sempre será a sua aurora
para merecer do seu sentimento

talvez aprenda a amar


talvez aprenda a te amar
e te leve a navegar nesse mar de rosas.

GERSON NORBERTO CAMÕES III (Pseud)


Ou (Imperador do amor). Frequenta Ensino medio. Nascido aos 25 de Novembro 1995 na terra de boa(
]gente [Inhambane]. Reside atualmente na Cidade Capital de Moçambique [Maputo
"...no verso
NOÉ DIMAS - GAZA

ÁFRICA O MUNDO

oh! minha eva áfrica não sei se é verdade!


venho de muito longe com esta lírica mas o mundo concedeu-me uma mãe
seus filhos habitam debaixo da terra mãe, que só uns sabem da sua realidade.

com íris nos seus olhos negros ó minha mãe,


por famílias com gelo de coração eu vi-te pelejando por nossa polidez,
que só dispõe suas classes em acção. pelejar para nos outorgar a fortuna,

nas raízes do seu umbigo áfrica, mas o homem que adquiriu por conquista
averigua-se a cicatriz como penhor dos negros o teu poder soberano,
e do seu útero, polispermo grela-se, é um capitalista ébano, que te explora.
mas opcionalmente embriagam-se de suas vindimas
não sei se é verdade,
destrate, uns vão caindo ao chão letal mas sei que é espinhoso extraírem-te tudo.
ora, não sendo o tempo que passou. assim pensaram...
jesus maria e josé! mas a tua fé, olvidaram.
"...moçambique está em áfrica.
ó minha mãe,
sei que não é fácil para ti.
mas as lágrimas dos seus filhos
se voltarão para o regozijo.

NOÉ DIMAS (Pseud)


Noé José Ndima. Nasceu aos 23 de Janeiro 1996 em Gaza. No bairro 3 da cidade de Chibuto. Iniciou a sua
carreira como Jornalista na Escola Pré-Universitária Hamdan Bin Rashid do Chibuto. Licenciado em curso
de tradução Português - Francês na Universidade Eduardo Mondlane em Maputo. Membro da Associação
"OS GUERREIROS ASSOMBRADOS".
"...no verso
ARCÉLIO ALFREDO ZITHA - GAZA

O ÚLTIMO CACHIMBO QUIÇÁ…

vejo o sol rasgando o dia ajunte-se a mim querida olga


novamente rostos entregues levemos juntos esses incontidos dias
em busca do dia-a-dia do seu pão que lealmente eu amei-te
mitigou-se a esperança na calçada porem desprezado meu humilde amor
são rostos movidos pelo vento
sorria linda olga, sorria
hoje a esperança reside por todas vezes que me geou felicidade
numa garrafa de vodka, de whisky julgando-me que não detenho capacidade
e por vezes fumada em um cachimbo de amar sua personalidade
e do fumo que liberta
expele-se mais desgraça, mais fome vem sem pudor derriçar dos restos imortais
desse amor que quiçá hoje finda
ah, essa gente me dá graça e me ajude a declarar falência
graça que não é graça é pena e clamor á minha existência em sua vida
ao altíssimo
que volte a molhar nossas gargantas ajunte-se a mim e vamos juntos encerrar
com suas gotas de água benta minhas loucuras de fielmente amar-te
para que com elas possa se colher na terra sem que me conceda o prazer de provar-te
e permita o descanso eterno da minha alma
hoje o cachimbo se revoltou
as garrafas de vodka e whisky encerraram ajude-me a secar esse mar
só resta na gaveta, a morte que se construiu com suas suplicas
que com essas mãos cavamos ajude-me a esquecer-te que não devo amar-te
ao selarmos nossos destinos em uma urna quiçá eu conheça novas fontes de minhas lágrimas.
acreditando que deus faz milagres

ARCÉLIO ALFREDO ZITHA

Nasceu aos 11 de Janeiro de 1996, na localidade de Muzingane, distrito de Xai Xai, província de Gaza.
Solteiro. Primeiramente trabalhou como Jornalista na Escola Secundaria Julis Nyerere e na Escola Pre-
universitaria Hamdan Bin Rashid, Chibuto, e foi bem sucedido. Iniciou sua carreira como escritor no
ano de 2013, inspirado nos poemas de Luís Vaz de Camões, conta com muitos textos escritos, mas sem
nenhuma obra publicada. Membro da Associação "OS GUERREIROS ASSOMBRADOS". Amante da
literatura desde a sua infância, com o sonho de um dia alcançar sua meta de ter uma obra sua publicada.
FICHA TÉCNICA

DIRECTOR EDITORIAL:

COLABORACORES

MAPUTO: LUÍS NHAZILO

GAZA:

INHAMBANE:

SOFALA:

MANICA:

ZAMBEZIA:

TETE:

NAMPULA:

NIASSA:

CABO DELGADO:
R E V I S TA

Vous aimerez peut-être aussi