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O Contrato Social

fala da condição natural do homem em contraste com a sua condição social,


resultando destas duas condições duas formas de liberdade (natural e social)
sendo que esta última restringe a liberdade da condição natural do ser humano

3- a- O estado de natureza
Para Rousseau o homem no seu estado selvagem era bom e sentia-se feliz. À medida que se
desenvolve agricultura e a metalurgia tudo se modificou. Com o aparecimento da
propriedade privada surgem os conflitos e as rivalidades. A propriedade dá origem às
desigualdades entre os homens. Para defender os seus direitos os proprietários vêem-se na
necessidade de formar um governo que os proteja dos pobres. Temos assim uma sociedade
desigual que conduz inevitavelmente à guerra. É necessário voltar ao estado de natureza à tal
comunidade ideal em que os homens são todos livres e iguais. Assim acreditava Rousseau.
b-O Contrato Social
Para se chegar a essa sociedade ideal era necessário um contrato social. Os direitos não se
impõem pela força mas através de um acordo que os homens fazem com a comunidade. Não é
delegando poderes absolutos numa entidade soberana ,como pensava Hobbes, que isso se
consegue. Rousseau explica o que é o Contrato Social : “ Encontrar uma forma de associação
que defenda e proteja de toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado e em que
cada um, ao unir-se a todos, só a si mesmo obedeça e continue tão livre como antes. Se cada
um se entrega a todos, não se confia a ninguém, e como em todo o associado se adquire o
mesmo direito que cada um cedeu, ganha-se o equivalente de quanto se perdeu e mais força
par se conservar o que se possui “ ( Contrato Social-editorial Presença pag.21 e 22 ). Desta
associação nasce um “ corpo moral e colectivo “ que Rouseau designa como “ república ou
corpo político, a que os seus membros dão o nome de Estado, quando é passivo, de
soberano quando é activo , de potência quando o comparam com entidades
idênticas. Quanto aos seus associados, tomam colectivamente o nome
de povo, individualmente o de cidadãos, quando participantes na autoridade soberana, e o
de súbditos , como indivíduos submetidos à lei do Estado.
c-Soberania
Da vontade geral nasce a soberania ou o poder soberano cujo exercício se confunde com o
poder legislativo. Só o povo quando é directamente consultado pode fazer leis. A soberania
tem as seguinte características:
-É inalienável: não se pode delegar em ninguém nem admite representação. ( O povo inglês
julga ser livre , mas está muito enganado ; só o é durante a eleição dos membros do
Parlamento; logo que são eleitos, passa a ser escravo e nada é “ ( C.S. pag 111)
-É indivisível: opõe-se à separação de poderes porque “ a vontade ou é geral ou não é ; ou é
a de todo o povo, ou apenas de uma parte ….Mas os nossos políticos, não podendo dividir a
soberania no seu princípio, dividem-na no em força e vontade, em poder legislativo e em
poder executivo ; em direitos de impostos, de justiça e de guerra, em administração interna
e no poder de negociar com o estrangeiro: tão depressa misturam todas essas partes, como
as separam. Fazem do soberano um ser fantástico, formado por diversas peças. “ ( C.S. pag.
34 e 35 )
-É infalível: “ A vontade geral é sempre recta e tende para a utilidade pública.” Rousseau
estabelece ainda “uma diferença entre a vontade de todos e a vontade geral : esta só
atende ao interesse comum, a outra só escuta o interesse privado, e não é mais do que a
soma das vontades particulares. “ ( C.S. pag36 e 37 )
d- Governo
Enquanto o povo em democracia directa estabelece as leis ao Governo cabe executá-las.
Para Rouseau há 3 tipos de governo:
Monárquico-o executivo está nas mãos de uma só pessoa . o rei. Para Rousseau “ a
monarquia só é conveniente nos grandes Estados “ .Mesmo assim põe algumas reservas “ se
é difícil que um grande Estado seja bem governado, muito mais será se for regido por um
único homem… nas monarquias triunfam quase sempre os trapalhõezinhos, os patifezinhos,os
intrigantezitos, que com pequenos talentos trepam nas Cortes até aos altos lugares para, logo
que os alcançam, só servirem para mostrar ao público a sua inépcia “ ( C.S pag 87)
Democracia- Há aqui uma certa confusão do poder executivo com o poder legislativo . Daí as
reservas de Rousseau “ Não é conveniente que aquele que elabora as leis as execute. Não é
possível imaginar um povo que estivesse constantemente reunido para atender aos negócios
públicos ; não existe governo mais exposto às guerras civis e às agitações internas do que o
democrático ou popular “ .E termina dizendo : “ Se existisse um povo de deuses , governar-
se-ia democraticamente. Um governo tão perfeito não convém aos homens .” (C.S.pag 80,81
e 82 )
Aristocracia-O governo pertence a um pequeno número de homens. É este tipo de governo
que Rousseau prefere, se os elementos do governo forem escolhidos e selecionados através
de eleição.:“ A melhor ordem e a mais natural é aquela em que os mais sábios governem a
multidão .” C.S. pag 83 )
e-RELIGIÃO

Rousseau entende, tal como Hobbes, que o poder civil e o poder religioso devem andar
estreitamente unidos . Do cristianismo diz que “ é uma religião muito espiritual, preocupada
unicamente com as coisas do céu ; a pátria do cristão não é deste mundo ; o essencial é
ganhar o paraíso e a resignação é mais um caminho para lá chegar ; os verdadeiros cristãos
nasceram para escravos, sabem-no e não se inquietam ; esta vida é muito curta e nada vale
aos seus olhos. “ ( C.S. 158,159 e 160 ). É bom não esquecer que Rousseau é calvinista e para
esta religião o que mais conta são os êxitos pessoais e o ser bem sucedido na vida. Na
religião que ele professa os dogmas são poucos e muito simples : “ A existência da Divindade
poderosa, inteligente, benfeitora, previdente ; a recompensa dos justos ; o castigo dos maus,
a santidade do contrato social e das leis ( dogmas positivos) . Quanto aos dogmas
negativos resumo-os a um único, a intolerância : ela faz parte dos cultos que excluímos . “

Família

Para Rousseau, a família seria a forma de convívio social mais antiga e a única natural, mas
deixa de sê-lo, no entanto, quando seus membros se mantêm unidos, mesmo depois que a
necessidade natural por conservação se encerra, depois que os filhos atingem a
maturidade e independência. Neste caso, a família passa a ser o primeiro modelo de
sociedade política fundado em uma convenção que dá aos pais o posto de chefia e aos
filhos o de súditos, embora todos tenham nascido livre e iguais.

1. A concepção de Rousseau (no século XVIII), segundo a qual, em estado de natureza, os


indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá,
desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa
língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos
existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém cerca um
terreno e diz: “É meu”. A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá
origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza
hobbesiano da guerra de todos contra todos.
 A definição da natureza humana é um equilíbrio perfeito entre o
que se quer e o que se tem. O homem natural é um ser de
sensações, somente. O homem no estado de natureza deseja
somente aquilo que o rodeia, porque ele não pensa e, portanto,
é desprovido da imaginação necessária para desenvolver um
desejo que ele não percebe. Estas são as únicas coisas que ele
poderia "representar". Então, os desejos do homem no estado
de natureza são os desejos de seu corpo. "Seus desejos não
passam de suas necessidades físicas, os únicos bens que ele
conhece no universo são a alimentação, uma fêmea e o
repouso".
 Embora seja um dos mais célebres expoentes do Iluminismo, o genebrino Jean-Jacques
Rousseau não compartilhava uma das características mais marcantes de seus
contemporâneos das Luzes: o otimismo no progresso moral dos seres humanos. Pelo
contrário, partindo da hipótese de que a sociabilidade teria eliminado a pureza de
sentimentos do homem natural, Rousseau lê a história da humanidade como uma
história de queda.

 Nesse sentido, de acordo com Rousseau, o ser humano é naturalmente um ser


solitário, dotado de um instinto de auto-preservação, de um sentimento de compaixão
por seus semelhantes, e potencialmente racional. Ademais, possui outras duas
características que o distingue dos outros animais: a já mencionada liberdade – poder
fazer tudo aquilo que suas forças permitirem –; e a perfectibilidade – isto é, a
capacidade de aperfeiçoar-se, de superar seus próprios limites. Ora, é justamente esta
capacidade natural que o conduz para além do estado originário
 Com o surgimento da sociedade civil, o que ocorre, de fato, é a perpetuação da divisão
social entre ricos e pobres, através de um pacto ilegítimo.
 A associação civil deve ser estabelecida de tal modo que o interesse de cada indivíduo
seja levado em conta, o que só é possível em um modelo de formação social e política
legítimo, isto é, no qual a liberdade e a igualdade estejam virtuosamente articuladas.
Desse modo, com o novo contrato, a liberdade natural, que só conhecia limites nas
forças do próprio indivíduo, é abandonada em favor da liberdade civil, cujo limite é
estabelecido pela vontade geral. A vontade geral, com efeito, é aquela que dá voz aos
interesses que cada pessoa tem em comum com todas as outras. Não se trata, convém
notar, da mera soma das vontades particulares, mas de um substrato comum a todas
as vontades individuais
 As ideias de Rousseau tiveram grande impacto nas concepções políticas do Ocidente.
Por exemplo, o Artigo 1º da Constituição Brasileira, em seu parágrafo único, diz
expressamente, ecoando o ideal de Rousseau: “Todo poder emana do povo que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.
No livro “Onde se trata da legislação”, o autor aborda os aspectos
jurídicos do Estado Civil, em doze capítulos. As principais ideias são
desenvolvidas a partir de um princípio central, a soberania do povo,
que é indivisível. O povo, então, tem interesses, que são nomeados
como “vontade geral”, que é o que mais beneficia a sociedade.
Evidentemente, o “soberano” tem que agir de acordo com essa
vontade, o que representa o limite do poder de tal governante: ele não
pode ultrapassar a soberania do povo ou a vontade geral. Mais a
frente no livro, a corrupção dos governantes quanto à vontade geral é
criticada, garantindo-se o direito de tirar do poder tal governante
corrupto. Assim, se esse é o limite, o povo é submisso à lei, porque
em última análise, foi ele quem a criou; sendo a lei a condição
essencial para a associação civil.

para Rousseau, a democracia é boa em cidades pequenas, a


aristocracia em Estados médios e a monarquia em Estados grandes.
Em contrapartida a essas adequações, no capítulo décimo, o autor
mostra como o abuso dos governos pode degenerar o Estado. Ainda,
é destacado no capítulo nono que o principal objetivo de uma
sociedade política é a conservação da propriedade de seus membros.

para Rousseau, a democracia é boa em cidades pequenas, a


aristocracia em Estados médios e a monarquia em Estados grandes.
Em contrapartida a essas adequações, no capítulo décimo, o autor
mostra como o abuso dos governos pode degenerar o Estado. Ainda,
é destacado no capítulo nono que o principal objetivo de uma
sociedade política é a conservação da propriedade de seus membros.

Vale ressaltar que, para Rousseau, o homem se completa com a


natureza , portanto não é um estado a ser superado, como Locke e
Hobbes acreditavam. Rousseau em o Discurso Sobre a Origem e os
Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens, afirma que “a
maioria de nossos males é obra nossa e (…) os teríamos evitado
quase todos conservando a maneira de viver simples, uniforme e
solitária que nos era prescrita pela natureza”
A consciência no estado selvagem não estabelece distinção entre bem
ou mal, uma vez que tal distinção é característica do indivíduo da
sociedade civil. Para Rousseau, o que faz o indivíduo em estado de
natureza parecer bom é, justamente, o fato de conseguir satisfazer
suas necessidades sem estabelecer conflitos com outros indivíduos,
sem escravizar e não sentindo vontade de impor a sua força a outros
para sobreviver e ser feliz.

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