Vous êtes sur la page 1sur 11

“NINGUEM SABE O QUE PODE O CORPO”: POR UMA

ABORDAGEM COMPLEXA DOS TRANSTORNOS DO


ESPECTRO AUTISTA

Nize Maria Campos Pellanda


Maria de Fátima de Lima das Chagas

Grupo de pesquisas – GAIA


Universidade de Santa Cruz do Sul
Brasil
Ideias iniciais
Esta pesquisa trata da inseparabilidade de conhecer e
subjetivar-se em crianças diagnosticados com TEA
(Transtornos do Espectro Autista).

Para isso, utilizamos nosso conceito-eixo cunhado por nosso


grupo de pesquisa – ontoepistemogênese, o acoplamento
tecnológico (crianças com Ipad) e a neuroplasticidade que, na
perspectiva da complexidade nos ajuda a romper com
abordagens comportamentalistas, simplificadoras da
realidade e apostar na auto-organização dos sujeitos.
Quadro teórico

Autores como Morin (1991); Maturana, Varela (1980); Sacks


(2006); Bergson (1979); Simondon (1958); Espinosa (1983) em
uma abordagem complexa nos ajudar a pensar os sujeitos
com TEA em suas diferentes dimensões – cognitiva, afetiva e
social.
Integrando diferentes dimensões do
humano
Na perspectiva complexa na qual estamos trabalhando,
nada pode ficar de fora.
A pesquisa com as crianças autistas que desenvolvemos
inclui o acoplamento com um objeto técnico - o iPad.
O objetivo é criar um ambiente de acoplamento no qual
os sujeitos são desafiados a responderem com
reconfigurações importantes que congreguem aspectos
cognitivos, afetivos e de interação social.
Relato empírico - metodológico
- Nos atendimentos, as crianças interagem com o iPad a partir de
aplicativos que disponibilizamos para elas.
- O pesquisador em contato com a criança faz poucas intervenções
mas procura ser afetivo e atento.
- Sempre que necessário, intervém no sentido de desafio.
- Os aplicativos selecionados envolvem estratégias de subjetivação
desafiando os sujeitos no sentido de um trabalho de
reconfiguração de si.
- Sistematicamente, conversamos com as famílias para que
relatem suas observações sobre as crianças em casa.
- Estes encontros são filmados.
Relato empírico - metodológico
Nos atendimentos das crianças autistas oferecemos o iPad com
jogos desafiadores e um ambiente que pode levar a
reconfigurações dos sujeitos em termos de autoafirmação/auto
constituição, a possibilidade de pensar sobre si mesmo.
- Os pesquisadores fazem um diário de bordo, onde se incluem
como parte da realidade observada mostrando como estão
sendo afectados pela pesquisa e relatando o processo de
acoplamento tecnológico das crianças com o iPAD.
- No final de cada encontro a equipe se reúne para discutir a
sessão cruzando dados das observações com as percepções de
cada pesquisador. As sessões são gravadas em vídeo.
Buscamos desafiar a criança para que ela se mobilize
em todas as suas dimensões, com a produção de
instrumentos autopoiéticos de auto-afirmação e
narratividade (eu posso, eu fiz, essa ou esse sou eu,
atitude narrativa) são estratégias centrais nesse
processo metodológico.

Foto do
Foto do Atendimento
Foto do
Atendimento
Atendimento
Etapas do projeto
1. As crianças são atendidas na universidade em 12 sessões
semanais
2. As crianças ficam dois meses em casa e recebem um iPad
para usarem durante este período sob a observação das
famílias
3. Os sujeitos voltam à universidade para um período de mais
12 sessões. Nesta volta, a primeira atividade é o relato dos
pais
4. Tratamento das emergências da pesquisa para a escrita do
relatório final da experiência.
Percepções no percurso
- Temos observado na experiência que as crianças
autistas têm especial predileção por dispositivos
técnicos.

- Tudo parece indicar que a criação de um ambiente


rico em interações humanas e tecnológicas pode
levar pessoas com cérebro lesionado a
modificações cerebrais com alterações plásticas
que dão origem às aprendizagens (ROTTA, 2006).
Conclusão
O ambiente rico em tecnologias, pode mobilizar a condição
de neuroplasticidade de crianças autistas, o que é muito
diferente das ações mecânicas, adaptativas
representacionais com referências externas, repetitivas e
de reforços que, na nossa avaliação, por não mobilizarem o
cérebro, acabam por fixar as estereotipias características
destes transtornos.

No GAIA percebemos a aprendizagem como um acoplamento


dinâmico no qual estão envolvidas as emoções e, no qual, a
tecnologia entra de maneira criativa (BERGSON, 1979;
SIMONDON, 1958).
Referências
• BERGSON, H. (1979). A evolução criadora. Rio de
Janeiro: Zahar
• Espinosa ... Vou buscar essa referência

• MATURANA, H.VARELA,F. (1980). Autopoiesis and


cognition. Dordrecht: D. Reidel
• SACKS, O. (2008). Um antropólogo em Marte. São
Paulo: Companhia das Letras,
• SIMONDON, G. (1958). Du mode d´ existence des
objects techniques. Alençon: Aubier.

Vous aimerez peut-être aussi