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Aprendizagem Cooperativa E Seus Efeitos Em Uma Aula

De Geometria Para Ensino Médio

Francisco José (tradução e adaptação)


Professor de Física
EEMTI-Monsenhor Dourado-SEDUC-Ce

Abstract
Este artigo trata da implementação da aprendizagem cooperativa no estudo da matemática em duas turmas do ensino
médio. A pesquisa teve a duração de um ano letivo. Cada turma foi separada na condição de que uma delas seria
o grupo de controle e a outra, o experimental a fim de que comparações sobre a aplicabilidade da aprendizagem
cooperativa pudessem ser feitas (NT).
Key words: Aprendizagem cooperativa, Matemática, Responsabilidade individual, Grupos cooperativos.

urante nossas experiências como professores de Entendendo a Aprendizagem Cooperativa

D matemática do ensino médio, descobrimos esses


três fatos: Primeiro, muitos estudantes do ensino
médio não gostam do curso de matemática. Esses alu-
Roger T. Johnson e David W. Johnson (2000, p.1)
definem aprendizagem cooperativa como o “relaciona-
mento em um grupo de estudantes que requer interde-
nos às vezes acham que a matemática é uma matéria
chata e acreditam que não terá nenhum uso depois que pendência positiva (no sentido de que ou todos navegam
se formarem. Stuart (2000) afirma que muitas pessoas ou todos afundam), responsabilidade individual (cada
consideram que a matemática é algo que causa estresse um de nós tem que aprender e contribuir), competên-
e que não tem atrativos. Tais estudantes apresentam ele- cias interpessoais (comunicação, confiança, liderança,
vada ansiedade ao aprender matemática. Segundo: os tomada de decisões e resolução de conflitos), interações
estudantes têm dificuldades em expressar o seu raciocí- promotoras cara a cara e autocrítica (refletir sobre quão
nio no papel e na frente de sua turma. Este fenômeno bem o grupo está atuando e o que fazer para melhorar
pode ocorrer por que muitas aulas tradicionais de ma- ainda mais)”.
temática levam a uma atmosfera competitiva entre os Aprendizagem cooperativa é importante para o de-
alunos (Johnson e Johnson, 1989 [1]). Terceiro, os estu- senvolvimento da capacidade de se comunicar e para o
dantes não estão acostumados com uma aprendizagem desenvolvimento das habilidades dos alunos em traba-
ativa dessa disciplina. Em face dessas descobertas, pro- lhar juntos em uma aula de matemática. Quando ocorre
curamos um método de ensino para ensinar matemática aprendizagem cooperativa em uma sala de aula, os estu-
às turmas de ensino médio que pudesse ajudar nossos dantes não somente aprendem matemática, mas também
alunos a entender e gostar de matemática. Em parti- constroem com seus colegas relações interpessoais que
cular, fazíamos o seguinte questionamento: Nossos alu- não seriam capazes de formar em uma sala de aula tra-
nos entenderiam e gostariam mais de matemática se ten- dicional (Johnson e Johnson, 1989 [1]).
tássemos uma abordagem de aprendizagem colaborativa Ao planejar a implementação da aprendizagem co-
em vez do método tradicional de ensino? operativa em sua aula, o professor deve considerar o
seguinte: responsabilidade individual e as recompensas
para os grupos, preparação do aluno e dificuldades co-
muns.
Muitos pesquisadores afirmam que o sucesso da im-
plementação da aprendizagem cooperativa requer que
Email addresses: jabora63@gmail.com (Francisco José os estudantes tenham objetivos a serem alcançados pelo
(tradução e adaptação)) grupo e responsabilidade individual (Leiken e Zas-
Preprint submitted to Monsenhor Dourado paper 31 de Janeiro de 2018
lavsky, 1999 [2]). Muitos problemas podem ser minimi- implementar a aprendizagem cooperativa e ela dará fru-
zados se o professor elaborar um sistema de recompen- tos somente se o professor aprender como empregá-la
sas bem estruturado, de maneira que os alunos sejam in- na sala de aula (Slavin 1990 [7]). Na verdade, aprendi-
dividualmente responsáveis pelo seu trabalho, enquanto zagem cooperativa pode ser até prejudicial ao aprendi-
colaboram com seus colegas para o sucesso do grupo zado dos estudantes. Por exemplo, estudantes fracos po-
(Landauer e Petrie, 1997 [3]). O uso de objetivos para dem copiar o trabalho dos estudantes melhores do grupo
os grupos (particularmente metas sociais) na aprendiza- e o resultado é uma menor aprendizagem do estudante
gem cooperativa fornece aos alunos uma razão para tra- fraco do que aquela que ele teria se estudasse pelo mé-
balharem juntos (Johnson e Johnson, 1989 [4]). Fazer todo tradicional. Outra dificuldade em potencial é que
com que cada indivíduo assuma sua responsabilidade os professores devem estar preparados para abrir mão
assegura a compreensão do conteúdo da disciplina. É de daquele controle tradicional que eles podem ter na sala
suma importância certificar-se de que todos do grupo es- de aula. Ao assegurar que os alunos estão focados em
tão aprendendo os novos conceitos. O sucesso do grupo seus deveres (necessário na aprendizagem cooperativa)
em cumprir as suas metas depende do sucesso de cada e trabalhando em grupos, pode acontecer que exista al-
membro do grupo. gum barulho na sala e o professor pode achar que esse
Ao formar os grupos, os professores devem estabele- barulho indique que ele está perdendo o controle de seus
cer os seus objetivos, assim como o sistema de recom- alunos e que eles não estão aprendendo. O que está
pensas (pontuação das tarefas e testes NT). Os profes- ocorrendo é que os alunos estão debatendo entre eles
sores podem fazê-lo de muitas maneiras diferentes, por o tópico proposto e não fazendo perguntas diretamente
exemplo: os alunos podem ganhar pontos ou outro tipo ao professor (como seria numa aula formal).
de recompensa caso eles saiam-se bem em uma avalia-
ção (Stevens, Stavin, e Farnish, 1991 [5]). Uma vez que Os Benefícios da Aprendizagem Cooperativa
o sucesso da equipe depende do aprendizado de cada
indivíduo que a compõe, este método reforça o auxílio A pesquisa mostra que os benefícios proporcionados
mútuo visando a obtenção de êxito (Stevens, Stavin, e pela aprendizagem cooperativa incluem o aumento do
Farnish, 1991 [5]); Posamentier e Stepelman, 1999 [6]. rendimento escolar, melhor habilidade em se comuni-
Ambientes cooperativos que reforçam as metas de car, e interações sociais e acadêmicas bem sucedidas
grupos e a responsabilidade individual fazem com que dentro dos grupos.
os alunos se importem com o êxito dos colegas, tornem- A produção do aluno em ambientes de aprendizagem
se em melhores ouvintes e valorizem métodos alterna- cooperativa é mais elevada (Slavin 1991 [7]; Stevens,
tivos na resolução de situações problema (Stevens, Sta- Slavin e Farnish 1991 [5]; Whicker, Bol e Nunnery 1997
vin, e Farnish, 1991 [5]). [8]). Os efeitos da aprendizagem cooperativa sobre a
Os estudantes devem estar preparados para participar produção do estudante é bem impressionante. A produ-
da aprendizagem colaborativa e os professores devem ção do estudante de aprendizagem cooperativa é afetada
elaborar um planejamento para que sua implementação por muitas razões. Nesse panorama, o estudante observa
tenha êxito em suas aulas. Muitas pessoas erronea- uma variedade de outros alunos em vários estágios de
mente acreditam que a aprendizagem cooperativa acon- excelência na realização de suas tarefas e colegas forne-
tece bastando que o professor coloque os alunos para cendo assistência e apoio entre si. Quando os estudantes
trabalhar em grupos. No entanto, a aprendizagem coo- interagem cooperativamente, eles gostam de explicar as
perativa é exitosa somente quando os membros de um suas estratégias para o outro com suas próprias palavras
grupo percebem que fazem parte de um time no qual (Stevens, Slavin e Farnish 1991 [5]). Os alunos que es-
todos juntos devem atingir um objetivo (Posamentier e tão explicando podem dessa forma entender mais clara-
Stepelman, 1999 [6]). Uma vez que a aprendizagem co- mente o conteúdo. Quando é solicitado que os alunos
operativa é baseada na premissa de que os estudantes expliquem, elaborem e defendam seus pontos de vista,
que trabalham juntos são responsáveis não só pelo seu eles estão sendo forçados a raciocinar mais profunda-
aprendizado como também pelo dos outros (Lindauer e mente sobre suas ideias. Todavia os estudantes que es-
Petrie, 1997 [3]), eles devem aprender a escutar um ao tão ouvindo as explicações refletem sobre elas e podem
outro e a valorizar a noção de que pode existir mais de criar outras abordagens para a situação problema. Prati-
uma forma de se resolver um problema. Aprendizagem cando e observando os demais em tal contexto de apoio
cooperativa é uma grande estratégia de aprendizagem, mútuo, os alunos internalizam e entendem os conceitos
mas ela não acontece sem que haja um planejamento. que estão tentando dominar (Stevens, Slavin e Farnish
O professor pode encontrar algumas dificuldades ao 1991) [5].
2
Um dos maiores benefícios da aprendizagem coope- [4]. Alunos trabalhando com aprendizagem cooperativa
rativa é que ela aumenta as habilidades do estudante geralmente gostam da experiência e acreditam que seus
em se comunicar dentro da linguagem matemática (Artz colegas os estimam. Esta crença de que eles são aceitos
1999) [9] ação esta que melhora o entendimento do con- pelos demais permite que os alunos acreditem que eles
teúdo que está sendo aprendido. De fato, Johnson e serão bem sucedidos academicamente. Esta percepção
Johnson (1989, p. 235) [1] afirma: “Se o ensino de de sucesso aumenta a auto estima deles.
matemática visa ajudar os estudantes a pensar matema- Os resultados a longo prazo da aprendizagem coope-
ticamente, a entender as conexões entre os diversos fa- rativa incluem maior empregabilidade e carreiras bem
tos e procedimentos matemáticos e a aplicar o conhe- sucedidas (Johnson e Johnson 1989 [1]). Muitos empre-
cimento matemático formal de maneira flexível e com gadores valorizam um funcionário que tenha competên-
significado, então a aprendizagem cooperativa deve ser cias verbal, responsabilidade, iniciativa, capacidade de
empregada nas aulas de matemática”. A aprendizagem interação interpessoal e de tomada de decisões. Todas
cooperativa promove o aprendizado da matemática de essas qualidades podem ser desenvolvidas pela experi-
um forma ativa em vez de uma maneira passiva (John- ência em aprendizagem cooperativa. Assim, a aprendi-
son e Johnson 1989) [1]. os professores devem enco- zagem cooperativa não somente ajuda com a matemá-
rajar os seus alunos para que expliquem o seu conheci- tica, mas também prepara os alunos para a vida pós es-
mento matemático por que isso força-os a analisar, in- colar.
tegrar e elaborar o seu conhecimento de novas manei-
ras (Stevens, Slavin e Farnish 1991) [5]. Os alunos po- Conectando Pesquisa com Ensino: Implementando
dem aprender melhor um do outro, quando é solicitado Aprendizagem Cooperativa em uma Aula de Mate-
que eles expliquem como chegaram as suas soluções. mática do Ens. Médio
Os professores que pedem para que os estudantes refli-
tam em como chegaram a suas respostas e as expliquem Uma vez que existe pouca pesquisa sobre aprendiza-
ou as elaborem para outros alunos do grupo, estão aju- gem cooperativa aplicada em aulas de matemática do
dando todo o grupo em seu aprendizado e enfatizando ensino médio, decidimos conduzir um experimento in-
as habilidades de comunicação dentro da matemática formal. Nossos participantes eram estudantes de duas
(NCTM 2000) [10]. Aprendizagem cooperativa permite turmas de geometria, e uma delas assitia as aulas do au-
que os estudantes dêem e recebam explanações elabora- tor desse artigo. As turmas tinham competências acadê-
das. Eles então, aprendem mais do que os estudantes micas similares. O estudo comparou as notas e o com-
que simplesmente copiam as respostas. portamento dos estudantes dessas duas turmas. Em am-
A comunicação matemática que às vezes é difícil é bas as turmas, os alunos trabalharam, em sua maioria,
importante para o desenvolvimento do aluno na maté- de forma bastante independente durante os primeiros 4
ria. Leiken e Zaslavsky (1999) [2] descobriram que meses. As duas turmas estudavam a mesma matéria e
usando a aprendizagem cooperativa estavam encora- tinham os mesmos testes e tarefas de casa.
jando os alunos a se engajarem ativamente na compre- Durante os primeiros quatro meses, a implementa-
ensão da disciplina e a se comunicarem a respeito dela, ção da aprendizagem cooperativa foi aplicada modera-
resultando em elevada produção acadêmica. damente nas duas turmas. todavia, começamos a au-
Outro benefício da aprendizagem cooperativa é que xiliar os alunos a desenvolver suas competências para
ela permite a experiência de se trabalhar em conjunto trabalharem cooperativamente. Os alunos aprenderam
em prol de um objetivo comum. Os estudantes aumen- como trabalhar em grupo e a partir de tarefas individu-
taram a habilidade de usar a matemática em suas inte- ais valendo nota, podemos explicar a eles importância
rações sociais. Alguns dos resultados a curto prazo in- da responsabilidade individual no seu aprendizado. Du-
cluem aumento na aprendizagem, retenção e raciocínio rante o primeiro quadrimestre, analisamos a produção
crítico (Whicker, Bol e Nunnery 1997) [8] . Comparada das duas turmas e as comparamos, de forma que pude-
com a sala de aula tradicionalmente competitiva, a ex- mos verificar que os grupos eram bem semelhantes.
periência cooperativa promove elevados níveis de auto Durante a última semana do primeiro quadrimestre,
estima (Johnson, Johnson e Holubec 1984 [4]; Johnson ambas as turmas completaram uma pesquisa (ilustrada
e Johnson 1989 [1]. Aprendizagem cooperativa pode na figura 1, que media as atitudes dos alunos em relação
reforçar o sentimento de auto aceitação, enquanto que a a aprendizagem cooperativa e a matemática.
competitiva pode afetá-la negativamente, e atitudes in- Os resultados desse questionário Likertstyle 1 mos-
dividualistas tendem a estar basicamente relacionadas a
uma auto rejeição (Johnson, Johnson e Holubec 1984) 1 Escala construída a partir das respostas coletivas a uma série de
3
trole na mesma sala, fizeram os mesmos testes e provas.
A única diferença era que o grupo experimental traba-
lhava cooperativamente.
Conforme foi estabelecido anteriormente, dois im-
portantes aspectos da implementação da aprendizagem
cooperativa são dar recompensas ao grupo e reforçar a
responsabilidade individual. O sistema de recompen-
sas foi explicado ao grupo experimental no primeiro dia
da segunda semana de um conjunto de nove semanas.
As recompensas foram baseadas na performance indivi-
dual nos testes de cada capítulo. Uma vez que os alunos
tinham nível acadêmico similar, designamos, primeira-
mente, um score mínimo aceitável de 90 % para cada
teste. Se cada aluno do grupo atingisse 90 % ou mais,
cada aluno do grupo recebia mais 4 pontos de crédito,
naquele teste. Esse tipo de sistema de recompensas, en-
coraja o estudante de cada grupo a certificar-se de que
todos no grupo entenderam o conteúdo antes da reali-
zação do teste. ele reforça o valor da responsabilidade
individual e cria ao mesmo tempo, a possibilidade de
ganhar pontos extra se todos do grupo forem bem no
teste.
Figura 1: Atitudes dos alunos em relação à Matemática e a Ap. coo- No final do segundo quadrimestre, comparamos as
perativa notas das duas turmas. A média de cada turma havia au-
mentado desde o primeiro quadrimestre até o segundo.
trou que tanto o grupo experimental como o de controle Quando comparamos as notas do primeiro quadrimestre
concordavam que a aprendizagem cooperativa era uma com as do segundo, a média do grupo experimental ti-
estratégia de aprendizagem positiva para utilizar em au- nha crescido de 9 % em relação àquelas do primeiro e
las de matemática. Os estudantes tinham opiniões pa- as médias do grupo de controle haviam crescido de 4 %
recidas em relação aos grupos de trabalho e poucas dis- em relação às notas do primeiro quadrimestre. O grupo
paridades apareciam nas suas respostas ao questionário. experimental também tinha uma média de segundo qua-
As respostas do grupo que se tornou o grupo experi- drimestre maior do que a média do grupo de controle:
mental indicavam que seus estudantes gostavam ligeira- 97 % (grupo experimental) e 95 % (grupo de controle).
mente mais de matemática do que os do grupo de con- As tabelas 1 e 2 ilustram as notas de cada estudante de
trole. ambas as turmas.
Durante as as primeiras noves semanas do primeiro Dez alunos do grupo experimental (mais da metade
semestre, uma das turmas de geometria tornou-se o da turma) aumentaram suas notas em mais de 9 %. Um
grupo experimental e a outra turma ficou sendo o grupo estudante em particular obteve um aumento de 20 %
de controle. Os estudantes do grupo de controle, apren- desde o primeiro quadrimestre até o segundo quadri-
diam, basicamente, pela metodologia tradicional, da mestre, ou seja, de 82 % para 102 %. Aprendizagem
mesma forma que no primeiro quadrimestre, contudo cooperativa certamente causou um efeito positivo sobre
não trabalharam em grupos cooperativos durante o se- o grupo experimental.
gundo quadrimestre. Introduzimos uma significativa No final do segundo semestre, os estudantes do grupo
mudança instrucional no grupo experimental, ou seja, experimental realizaram a mesma pesquisa comporta-
era utilizada exclusivamente a aprendizagem coopera- mental que ambos os grupos haviam feito no início do
tiva e as carteiras dos alunos eram arrumadas em grupos ano. Comparamos os scores depois da pesquisa com os
de quatro pessoas. Os outros fatores eram os mesmos scores obtidos antes da pesquisa do grupo experimental
em ambas as turmas. Ao grupo experimental foi ensi- a fim de descobrir se imersão em grupos cooperativos
nado o mesmo conteúdo que foi dado ao grupo de con- durante um semestre inteiro havia mudado suas atitudes
em relação à aprendizagem cooperativa. Os estudan-
tes do grupo experimental aparentavam um atitude mais
perguntas NT. positiva em relação a aprendizagem cooperativa no fim
4
Figura 2: Notas dos quadrimestres % do grupo de controle. Figura 3: Notas dos quadrimestres do grupo experimental.

do segundo semestre. Acima de tudo, a pesquisa indi- também devem preparar os alunos para trabalharem de
cava que os alunos do grupo experimental gostavam de forma cooperativa, enfatizando a necessidade de saber
trabalhar com a matemática junto com parceiros e acha- ouvir e de ser aberto às ideias dos colegas. A efetiva
vam que a aprendizagem cooperativa poderia ajudá-los utilização da aprendizagem cooperativa em sala de aula
a entender e a aprender matemática. pode afetar positivamente as competências sociais dos
Nossa experiência em tentar implementar a aprendi- alunos, a auto estima e as relações intergrupos. Atual-
zagem cooperativa em sala de aula, convenceu-nos de mente, os professores contam com recursos para confir-
que ela tem um efeito positivo na produção e nas ati- mar que a aprendizagem cooperativa funciona, contudo
tudes dos alunos em relação à matemática. Acredita- a prática é o melhor caminho para entendê-la (Artz 1999
mos que nosso foco na responsabilidade individual e [9]).
na recompensa para os grupos, contribuíram para o
sucesso desse projeto. Cada aluno tinha duas responsa-
bilidades: com ele mesmo e para com os membros do Referências
seu grupo. As recompensas eram dadas por ambos os
esforços. Nosso sucesso inicial, incentivou-nos a conti- [1] D. W. Johnson, R. T. Johnson, Cooperative learning in mathe-
matics education, New directions for elementary school mathe-
nuar usando os grupos de aprendizagem cooperativa em matics (1989) 234–245.
nossas aulas e a consideramos um método exitoso para [2] R. Leikin, O. Zaslavsky, Cooperative learning in mathematics,
ensinar matemática. The mathematics teacher 92 (1999) 240.
[3] P. Lindauer, G. Petrie, A review of cooperative learning: An
alternative to everyday instructional strategies, Journal of Ins-
Conclusão tructional Psychology 24 (1997) 183.
[4] D. W. Johnson, et al., Circles of learning. Cooperation in the
classroom., ERIC, 1984.
Aprendizagem cooperativa causa muitos efeitos po- [5] R. J. Stevens, R. E. Slavin, A. M. Farnish, The effects of coope-
sitivos na aula de matemática se ela for implementada rative learning and direct instruction in reading comprehension
da maneira correta. As pesquisas descobriram que se strategies on main idea identification., Journal of Educational
Psychology 83 (1991) 8.
os professores lançarem mão de um sistema de recom- [6] A. S. Posamentier, J. Stepelman, Teaching secondary school
pensas em vista a responsabilidade individual, a apren- mathematics: Techniques and enrichment units, Prentice Hall,
dizagem cooperativa pode ser viável. Os professores 1999.
5
[7] R. E. Slavin, Here to stay—or gone tomorrow, Educational
leadership 47 (1989) 3.
[8] K. M. Whicker, L. Bol, J. A. Nunnery, Cooperative learning in
the secondary mathematics classroom, The Journal of Educati-
onal Research 91 (1997) 42–48.
[9] A. F. Artzt, Cooperative learning in mathematics teacher educa-
tion, The mathematics teacher 92 (1999) 11.
[10] N. C. of Teachers of Mathematics, Principles and standards for
school mathematics, volume 1, National Council of Teachers of,
2000.

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