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VERDADES ESSENCIAIS

Introdução:

Chamamos esse curso de “Verdades Essenciais”, porque


compreendemos que Deus é eterno e ele, somente ele, não passa. Se
queremos saber A VERDADE precisamos procura-lo e ver o que ele tem
a dizer. Por isso, “Verdades Essenciais” começa com alguns
questionamentos básicos: Se o cristão é chamado à maturidade (Ef
4:13) e toda sua vida deve ser de um constante crescimento (Os 6:3; Lc
2:52), o que ele deve saber, minimamente, para começar essa jornada
(Hb 6:1,2)? Onde é o ponto de partida (Lc 24:27; At 8:30-40)? Qual a
base para que o edifício comece a ser edificado (Ef 2:20; 1° Co 3:10-12)?

Mais do que doutrinas (Prolegômena, Teontologia, Antropologia,


Cristologia, Soteriologia, Eclesiologia e Escotologia) o Discipulado
precisa começar com COSMOVISÃO (VISÃO DE MUNDO). O pecado fez
com que os olhos do homem ficassem embaçados em relação à
realidade a sua volta. Sendo assim, o discipulado é a reinterpretação da
realidade, à luz dos olhos divinos.

Tudo vem de Deus Tudo leva a Deus


Cosmovisão
A queda e seus efeitos

Cristo é: perdão; reconexão; restauração; e


releitura.

O discipulado é uma releitura da Criação; de quem é Deus;


e de quem eu sou. Na verdade, pode-se dizer que é uma
releitura da relação que o homem tem com a Criação, com
Deus e com o próximo.
Vamos seguir, durante o curso, com apresentação simples. “Verdades
Essenciais” bem poderia ser chamado de “Discipulado CQC”. Esta
nomenclatura se dá, porque seguiremos o esquema abaixo:

Discipulado

Criação Queda Cristo


o
Sumário:

Criação

1. Como sabemos que foi criado?


2. Quem criou?
3. Como e para que criou?

Queda

4. Mas, afinal, por que está deste jeito?


5. Fui infectado? A humanidade também? E o que acontece agora?

Cristo

6. Que história é essa de substituto?


7. Esse substituto, o que mais ele é e fez? Fale mais dele, por favor!
8. Então, existe um remédio! Como ele é aplicado?
9. Mas, quem é esse ajudador?
10. Ele constituiu um povo?
11. E quais garantias nós temos?
12. Para onde vamos?
13. Se liga aí que é hora da revisão!
Criação

1. Como sabemos que foi criado?

Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer


espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito,
juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.
Hebreus 4:12

Introdução:

A palavra “Bíblia” indica uma coleção de livros. Quando falamos da


Bíblia estamos falando de vários livros juntos. É o livro mais lido no
mundo e o mais traduzido, também. Ele [o livro] está por toda parte. E o
objetivo é que todos os países e em todas as línguas a Bíblia esteja
presente, para que todos tenham acesso a ela. Mas, por qual razão?

1) A necessidade da Bíblia

Todos os seres humanos possuem, em si, três pensamentos: a) existe


um algo/ser superior; b) estamos afastados deste algo/ser; c) o que
podemos fazer para nos reconciliar. É a partir desta consciência que os
homens constroem as religiões. Todos querendo voltar para Deus. Por
isso, os homens construíram milhares de tipos de religiões e, ainda,
constroem.

Quando viajamos de avião, por exemplo, não encontramos Deus lá em


cima. Quando vemos imagens da estação espacial internacional não
vemos, ao fundo, o trono de Deus e seus anjos. Simplesmente, porque
Deus é espírito (Jo 4:24). É impossível ver um espírito, porque ele não é
matéria. Então, como é possível conhecermos Deus? Não há um lugar
sequer que possamos encontrar, fisicamente, Deus. Então, a única
forma de conhecermos o Senhor é através da sua revelação. Explico
melhor: Deus precisa se mostrar para que possamos vê-lo. Deus não é
inventado por nós, por isso em nada é importante o que “eu acho” sobre
ele ou não.

Como ser Soberano, Deus precisa se revelar para o conhecermos. E


como Deus se revelou? Como Deus é? Como saberei suas qualidades? O
que ele gosta e o que ele não gosta? Como posso agradá-lo? Quais são
seus planos para nossa vida? Como poderemos cumprir? Qual é o
padrão de Deus para suas criaturas?

a) Revelação Geral

A ideia de Revelação Geral surge a partir da necessidade de Deus ser


alguém incompreensível. Ou seja, não podemos conhecê-lo em sua
infinitude (Jó 11:5-9; Rm 11:33-36; 1ªCo 2:10). Por isso, Deus se
revelou, ou seja, se deu a conhecer. Todo conhecimento que homem
possui de Deus se dá, porque Deus resolveu se mostrar (Jó 42:5; At
17:25 – 29).

Quando utilizamos a expressão “Revelação Geral” estamos nos


remetendo a textos como Sl 19, Rm 1 e At 14:17. Estes textos nos
apresentam, claramente, Deus como sendo o Criador. Significa dizer
que ele deixou suas impressões digitais na criação. Na verdade, estes
textos nos mostram que a criação reflete a glória de um Deus
majestoso.

A “Revelação Geral” mostra que Deus existe pela obra da Criação,


Providência e da consciência do homem. Acompanhe bem isso:

 Criação – A Natureza:

“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das


suas mãos”. (Salmos 19:1)
“pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus
lhes manifestou.
Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno
poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo
compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens
são indesculpáveis;” (Romanos 1:19,20)

 Providência – A Experiência e a História:

Contudo, não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes


chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com
fartura e enchendo de alegria os seus corações". (Atos 14:17)

 Consciência do Homem:

“Sabemos, sem nenhuma dúvida, que no espírito humano há, por


inclinação natural, certo senso da Divindade. Para que não nos
refugiemos na alegação de ignorância, o Senhor nos dotou de certa
percepção de sua majestade. [...] Ora, como os próprios pagãos
confessam, não existe nação tão bárbara, nenhum povo tão selvagem
que não tenha impressa no coração a existência de algum Deus. E, por
outro lado, aqueles não parecem diferir quase nada dos animais
irracionais, não obstante sempre conservam uma semente da religião,
de tal modo esta concepção universal arraigou-se em todos os espíritos
e se fixou em todos os corações”.1

Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem
o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender
inteiramente o que Deus fez. Eclesiastes 3:11

(De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o
que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei;
pois mostram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações.
Disso dão testemunho também a consciência e os pensamentos deles, ora

1
Calvino, João. As Institutas da Religião – volume 1. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2006. Páginas 57 e
58.
acusando-os, ora defendendo-os.) Isso acontecerá no dia em que Deus
julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o
declara o meu evangelho. Romanos 2:14-16

b) Revelação Especial

Em primeiro lugar, deixe-me te deixar ciente do que a Teologia


Reformada compreende por “Revelação Especial”. Há dois tipos de
“Revelação Especial”: Cristo e a Bíblia.

A “Revelação Geral” é insuficiente, porque, embora aponte para a


existência de Deus, não demonstra propósito algum para o homem e
sua existência. Sendo assim, nesta parte, quero demonstrar um pouco
de Cristo da Bíblia como sendo vitais para o homem e seu
conhecimento de Deus. Por isso, precisamos de uma “Revelação
Especial”, que:

 Corrige a leitura e interpretação da “Revelação Geral”;


 Ilumina o homem, permitindo-o reler a natureza através da
Bíblia;
 Tornar conhecido o amor e a justiça de Deus no plano da
Salvação;
 Como instrumento do Espírito Santo, realizar a transformação
do estado e da condição do homem.2

Quais foram os modos de Revelação?

 Revelação por Teofanias

Teofania, que literalmente, significa “manifestação de Deus”, refere-se


aos aparecimentos de Deus bem como as aparições fantásticas do seu
poder. A teofania foi predominante até o período mosaico. Deus se
manifestou a homens como dão (Gn 2:15-17, 22, 23; 3:8), Abraão (Gn
12:2; 28:13) e, especialmente, Moisés. A Bíblia afirma que, depois de
Moisés, esta não seria a maneira “oficial” de revelação (Dt 34:10),
2
Simões, Ulisses Horta. Teologia Sistemática – Estudos dirigidos no livro Teologia Sistemática Loius
Berkhoff.
embora alguns homens do AT tenham recebido teofanias, como Elias,
por exemplo.

Características das Teofanias: apelo físico e ao sensitivo.3

Revelação por Profecias

Por profecia queremos dizer a comunicação que Deus faz de seus


pensamentos aos seres humanos.4 E como ele fez essa comunicação?

 Sonhos: Gn 40:1-23; Nm 12:6; Dt 13:1-6; 1º Sm 28:6; 1º Re


3:5-15; Mt 1:18-24;
 Visões: Gn 46:2; Is 6; Ez 1:8-10; Dn 1:17; Ob 1; Lc 1:22; At
9:10;
 Sortes: 1º Sm 10:20; At 1:24; Ex 28:30; Nm 27:21; Dt 33:8; 1º
Sm 10:22; Ne 11:1;
 Voz em língua humana: Gn 2:16;

Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos


nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias
falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas e por meio de quem fez o universo. Hebreus 1:1,2

 Revelação por Cristo

Jesus Cristo é o clímax de toda revelação de Deus (Hb 1:1-2). Nada


antes ou depois dele fala mais, ou melhor, do que ele sobre Deus. Aqui,
também podemos ver o caráter progressivo da revelação divina. Cristo é
a expressão máxima do ser de Deus. Ele é o próprio Emanuel, o Deus
conosco. Ele é o Deus manifestado na carne, pois nele habita toda
plenitude da divindade (Cl 2:9).5

Textos auxiliares: Jo 14:9; Lc 9:29; Jo 17:5; Fp 2:5-8; Rm 5:8

3
De Lima, Leandro Antônio. Razão da esperança. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2006. Página 16.
4
Bavinck, Herman. Dogmática Reformada: volume 1. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2012. Página 330.
5
De Lima, Leandro Antônio. Razão da esperança. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2006. Página 17.
 Revelação pela Bíblia

A portadora dos bons ideais da humanidade é a língua e a sarc da


língua é a palavra escrita. Ao se fazer conhecido, Deus também se
adapta a essa realidade. Para poder entrar plenamente na vida da
humanidade e, assim, tornar-se plenamente sua possessão, a revelação
assume a forma e o modo de Escritura. A Escritura é a serva da
revelação.6

Textos auxiliares: Rm 15:14; Ef 6:17; 2ª Tm 3:16; 2ª Pe 1:20; Hb 4:1-12

2) O Estudo da Bíblia

A Bíblia expressa a revelação de Deus. Ela é a responsável por nos


trazer todo conhecimento eu temos do Criador. Sendo assim, é
necessário que pontuemos algumas características das Escrituras.

a) Autoridade

Porque a Escritura é a Palavra de Deus inspirada e infalível, ela tem


suprema autoridade. Não existe nenhuma autoridade humana que seja
maior, nem regra de homens capaz de suplantar seus preceitos, e
nenhum ensino que possa contradizer algo que ela ensine. [...]Ela tem
autoridade em todas as questões de doutrina. [...]Ela tem a mesma
autoridade em todas as questões de prática e vida cristã. [..] Devemos
entender que a autoridade da Escritura é a autoridade de Deus mesmo.
Dizer que a Escritura é a Palavra de Deus é dizer que ela tem toda
autoridade. Negar isso é negar a Deus; contradizer isso é contradizer o
próprio Deus.7

b) Inspiração

Inspiração é a influência divina sobre os escritores da Bíblia a fim de


preservá-los de erros, e para que eles registrassem com toda a
fidelidade os acontecimentos revelatórios de Deus e mesmo os

6
Bavinck, Herman. Dogmática Reformada: volume 1. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2012. Página 380.
7
Doctrine according to Godliness. Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 20-21.
presenciados pelos escritores (boa parte dos evangelhos e de Atos, por
exemplo).8

Como foi a Inspiração?

 Mecânica: Ditado
 Dinâmica: Escritores Arrebatados
 Orgânica: A Bíblia é, ao mesmo tempo, divina e humana. O
Espírito Santo usou homens como organismos vivos e não
como meras máquinas. Deus não ditou as palavras para serem
escritas, e nem simplesmente os homens tiveram “elevações”
que os levaram a fazer registros. Deus agiu no ser humano
usando todos os recursos pessoais, superintendendo todo o
processo, de modo a garantir a veracidade absoluta dos
escritos.9

c) Inerrância

Deus conteve, pela ação da inspiração, a influência do pecado e da


corrupção sobre o trabalho dos escritores bíblicos.

Significado:

 A Escritura é autêntica, sem falsidade, sem erros nos


autógrafos, isto é, corresponde ao que o Espírito inspirou!
 A Escritura corresponde ao que Deus revelou, nada mais,
nada menos; ela é a revelação objetiva de Deus, e Deus não
pode mentir.
 Ela é regra infalível de fé e prática. Perfeita harmonia consigo
mesma.10

8
De Lima, Leandro Antônio. Razão da esperança. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2006. Página 17.
9
De Lima, Leandro Antônio. Razão da esperança. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2006. Página 22.
10
Simões, Ulisses Horta. Teologia Sistemática – Estudos dirigidos no livro Teologia Sistemática Loius
Berkhoff.
d) Suficiência

É a capacidade que a Escritura possui, sem necessidade de acréscimo,


tornar o homem de Deus perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra.

Textos auxiliares: 2ª Tm 3:16-17; Rm 15:4; Rm 16:25-26; Hb 4:12; Jo


12:47-50; Jo 14:23-26; Jo 16:12-15; Lc 16:27-31; Gl 1:6-9; 1ª Ts 2:13;
1ª Pe 4:11; 2ª Pe 1:3-21; 2ª Jo 8-11; Jd 3; 1ª Co 4:6; Ap 22:18-19

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