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RESUMO: Esta pesquisa em andamento faz parte das reflexões iniciais de nossa tese de Doutorado cujo
objetivo geral é estudar o processo de constituição identitária da mulher chicana, a partir da obra
Borderlands/La frontera: the new mestiza (2012) escrita por Gloria Anzaldúa, sobretudo as possíveis
representações de identidade de gênero social, com o intuito de rastrear os efeitos de sentidos de violência.
Para tanto, é necessário a crítica do estudo das relações de saber/poder (FOUCAULT, 2014), via Análise
do Discurso. Buscamos também noções sobre o lugar geoistórico (NOLASCO, 2013), sob a visão
discursivo-desconstrutiva (GUERRA, 2010, 2015). Nossa hipótese é a de que a escrita pode ser examinada
como um palimpsesto em que marcas sobrepõem a outras e que não conseguem ser exauridas. Nas análises
podemos observar que a escrit(ur)a está permeada de denúncias de uma violência simbólica praticada
pelo opositor através da incitação ao ódio e pela discriminação étnica e sexual. Observamos que na
escrit(ur)a analisada há marcas “visíveis” de controle e silenciamentos, que caracterizam uma forma de
violência ou perseguição, na busca de uma excludente anulação do sujeito indígena.
ABSTRACT: This ongoing research is part of the initial reflections of our doctoral thesis which general
objective is to study the process of identity formation of the Chicana woman, from Borderlands / La
frontera: the new mestiza (2012) written by Gloria Anzaldúa, mostly the possible representations of social
gender identity, in order to trace the effects of senses of violence. Therefore, it is necessary to critique the
study of the relations of knowledge/power (Foucault, 2014) via Discourse Analysis. We also search for
notions about the geo-historical place (NOLASCO, 2013), under the discursive-deconstructive vision
(GUERRA, 2010, 2015). Our hypothesis is that the writing can be examined as a palimpsest in which marks
overlap others that cannot be exhausted. In the analyzes we could observe that the writing is permeated by
denunciations of a symbolic violence practiced by the opponent through the incitement to hatred and ethnic
and sexual discrimination. We observe through the written analysis that there are “visible” marks of
control and silencing, which characterize a form of violence or persecution, in the search for an exclusive
elimination of the indigenous subject.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
As discussões que aqui emergem fazem parte dos estudos que desenvolvemos no grupo
de estudos “Celebração dos Sujeitos Periféricos”, na Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, campus de Três Lagoas, supervisionado pela professora Dra. Vânia
Tomamos a obra escrita por Gloria Anzaldúa, Borderlands/La frontera: the new mestiza
(2012), para lançar nossas reflexões e, com esse desejo, visitarmos um conjunto de textos
produzidos por diferentes pesquisadores que se sentem desconfortáveis diante daquilo
que muitos veem de soslaio, os dispositivos de poder que estão em jogo na luta política e
social. Para este estudo, sob a perspectiva arqueogenealógica de Michel Foucault,
rastreamos na escrit(ur)a de Anzaldúa denúncias que estão relacionadas à violência contra
a mulher indígena. A posição-sujeito é ocupada por Gloria Anzaldúa, como mulher
pesquisadora, ativista, lésbica, professora e chicana. Vale dizer que entendemos a
posição-sujeito como um corpo social que se distancia do indivíduo empírico.
Muitas são as contribuições no meio acadêmico que questionam acerca dos sujeitos que
são (co)locados à margem. Estes são corpos sociais que cotejam ou se opõem a outros
sujeitos sociais. Essa relação é engendrada por um processo marcado por relações de
poder entre grupos revestidos de ideologias diferentes. O termo ideologia é entendido,
neste trabalho, como a visão de mundo no qual o sujeito está inserido. Os saberes aos
quais os sujeitos estão atrelados estão numa dupla diferença, quais sejam, a diferença
cultural do mundo moderno e a política do colonialismo e do capitalismo (SANTOS;
MENESES, 2010).
O enunciado que dá forma ao título deste texto, a saber, “Controlar sua língua”, foi usado
num contexto odontológico relatado por Gloria Anzaldúa, no capítulo 5 de seu livro
Borderlands (2012), ocasião em que a dentista insiste para que Anzaldúa controle sua
língua ao terminar o processo cirúrgico a que fora submetida: “’We’re going to have to
Com o intuito de problematizar esses dizeres, fizemos quatro perguntas para mobilizar o
nosso trabalho, cujo motivo não é buscar respondê-las; pelo contrário, objetivamos trazer
o pensamento reflexivo que pode fluir a partir dessas questões. São elas: 1) Como
funcionam os discursos que apontam a violência contra a mulher? 2) Há marcas
linguísticas na escrit(ur)a de Anzaldúa cujos efeitos de sentidos fazem emergir a violência
e fomentam esse tipo de discurso? 3) A construção cultural e social da sexualidade, além
da biológica, abre margem para a prática da violência contra a mulher? 4) Que efeitos de
sentido a violência pode produzir?
Este artigo está divido em três partes. Na primeira parte tratamos da problemática da
violência discursiva na contemporaneidade, sob a premissa de que o discurso é a palavra
em ação. Na segunda parte trazemos as condições de produção que esses discursos
emergem, sobretudo aqueles que são expressos no livro de Gloria Anzaldúa. A terceira
parte apresenta reflexões analíticas para, enfim, dar rumos a alguns posicionamentos
presentes na (des)construção dessa discursividade, no intuito de lançar luzes sobre o
percurso identitário das mulheres indígenas diante da violência e do preconceito.
1
‘“Nós vamos ter de controlar sua língua’, disse a dentista” (Tradução nossa).
2
Bolsonaro usou esse enunciado para justificar seu pensamento quanto à volta da mulher da licença-
maternidade, uma vez que ela poderia usufruir de mais um mês de férias, trabalhando assim cinco meses
no decorrer de um ano.
Reconhecemos que ainda temos de transpor noções construídas lá no centro, e, erigir aqui,
à beira do centro, uma epistemologia fronteiriça; desconstruir, como o faz Milton Santos
(2012), os lugares habitados por aqueles que estão à margem, considerando o
atravessamento de classe social, raça, gênero, sexualidade que os constroem.
A partir do que já foi exposto, este artigo faz parte da trilha inicial que configurará uma
tese de doutoramento, cujo objetivo é estudar o processo de subjetivação da mulher
chicana, a partir do livro Borderlands/La frontera: the new mestiza (ANZALDÚA, 2012),
sob o viés discursivo-desconstrutivo cunhado nos estudos de Vânia Guerra (2010, 2015).
Para isso, levamos em consideração a produtividade da prática da teorização descolonial,
conforme proposto por intelectuais como Edgar Nolasco (2013) e Boaventura Sousa
Santos (2010), cujas questões tentamos coadunar ao longo de nossas reflexões.
Procuramos mostrar como a noção da prática descolonial se sustenta e como ela contribui
para os estudos do discurso, puxando os fios teóricos da crítica subalterna que ofereçam
contribuições para o nosso trabalho.
Dessa maneira, o discurso é compreendido como uma prática social, determinada pela/na
história que constitui os sujeitos e objetos. E é através dessas práticas, que nos abre a
possibilidade de analisar a circulação dos enunciados, o local geoistórico do sujeito
mulher chicana, as materialidades que fazem emergir os sentidos e como os enunciados
se estabelecem com a história e a memória. Trata-se de uma investigação que se
fundamenta no suporte teórico-metodológico arqueogenealógico, proposto por Foucault,
para análise dos discursos (FOUCAULT, 2014). Vale retomar a noção de Local
Geoistórico para dizer que a entendemos a partir de Nolasco (2013): o lugar que arraiga
A escolha deste tipo de temática vincula-se, por um lado, ao interesse em contribuir para
o acervo de pesquisas sobre práticas sociais, bem como o da compreensão dos conflitos
que permeiam o processo identitário da mulher chicana. Assim, o estudo alcança sua
importância quando trazemos gestos interpretativos e saberes outros ao partirmos da
escrita, língua e do corpo da mulher chicana, no intuito de desestabilizar os saberes
hegemônicos, que tentam, numa arena de poder, silenciar histórias deserdadas.
Em se tratando da violência, primeiramente, podemos dizer que ela está associada aos
danos causados à vítima em sua integridade física, moral e simbólica. Na escrita de
Anzaldúa, há registros de dispositivos de poder/saber que certificam práticas de violência,
produzidos por sujeitos situados em lugares diversos. A autora erige seu discurso a partir
de um local fora do centro, marginalizado, excluído daqueles que são considerados
ajustáveis.
3
Ver BESSA-OLIVEIRA, Marcos A.; NOLASCO, Edgar C.; GUERRA, Vânia M. L.; S. FREIRE, Zélia
R. N. dos, 2017.
Esses ideários de progresso e ordem levam o sujeito enunciador a ter a ilusão de que tudo
pode ser dito no momento e como ele quiser; esquece-se de que há um movimento por
trás dos dizeres, orientados pela ordem do discurso daquilo que pode ser ou não dito.
Michel Foucault (FOUCAULT, 2013, p. 8-9) afirma que
Borderlands/La Frontera: The New Mestiza foi publicado primeiramente em 1987. Desde
então, as discussões sobre sua categorização narrativa têm aumentado: autobiografia,
ensaios históricos, memórias, testemunhos, poesia, ficção? Borderlands é um texto
transcultural que nos induz a pensar sobre a construção identitária – a nova mestiza. Como
ativista, a escritora nos leva a refletir sobre nossa compreensão do que é fronteira, não
como uma simples divisão entre aqui e lá, nós e os outros, mas como algo psíquico, social:
um lugar onde habitamos e que habita todos nós.
A fronteira física entre os EUA e México ajuda a escritora a criar maneiras diferentes de
enxergar e pensar; contudo a fronteira pode ser também secundária, pois, uma "cerca"
psicológica pode ser posta, (a)locando o sujeito à margem, ao tentar ocultar e negar sua
cultura e seu local geoistórico. A fronteira estabelece a vergonha para aqueles que estão
do lado de cá e a dignidade para quem está do lado de lá. Para Guerra (2017, p. 99), essa
distinção visível é o que alicerça os conflitos, “as tenções identitárias e a normalização de
esteriótipos”.
Na obra que estamos a estudar, é possível encontrar inúmeros enunciados que atestam
práticas de violência. Entres esses enunciados podemos verificar uma forte visada
feminista que mobiliza uma desconstrução de saberes comprometidos com o domínio
masculino. Podemos também observar muitos enunciados que são caracterizados pela
discriminação dos sujeitos indígenas; são situações em que a relação de poder busca
determinar a utilização do espaço, como a escola, para restringir o uso da língua
R1: Se você quer ser Americana, fale “americano”. Se você não gosta da
língua, volte para o México que é onde você deveria estar. (Tradução
nossa).4
Obersevamos que ao negar por meio do advérbio não, R1 desvela que o enunciado “Se
você não gosta da língua” carrega em si mesmo saberes antagônicos. O não funicona
como um rastro de que no interdiscurso existe um enunciado que diz o contrário, isto é,
há uma outra voz que afirma o que está negando. Nos dois enunciados, o sujeito designa
o outro de forma mostrada. Dessa maneira, o sujeito reivindica a autonomia de seu
discurso sob a forma da denegação do outro (AUTHIER-RÉVUZ, 1998). A partir de um
pensamento abissal, isto é, o pensamento moderno ocidental hegemônico, refutado por
Santos (2010), o sujeito é revestido pelo desejo de uma língua que alardeia o nacional,
cujo primado está relacionado ao puritanismo patriota, que considera a língua do outro
como uma estranha indesejada. Entendemos que essas práticas concernem a uma
O sujeito mulher chicana se torna alvo da violência simbólica, praticada por meio da
interdição e da hostilidade. O desrespeito que perpassa a violência é veiculado quando
R1 “passa a ser o outro, sem nome, sem terra, sem família, um bárbaro, que não tem
direito à hospitalidade da lei, do pacto, mas que pode ser alvo da hospitalidade absoluta”
(GUERRA, 2010, p. 32). Tal efeito de sentido se materializa no enunciado “Se você quer
4
If you want to be American, speak ‘American’. If you don’t like it, got back to Mexico where you belong.
Foi o que aconteceu com os mexicanos que ainda hoje enfrentam uma profunda
dualidade, ancorada sobretudo entre a parceria econômica e os conflitos migratórios,
interligando temor e apatia por pessoas estranhas que vêm de fora do país, ou seja, a
xenofobia. A partir do século XX, uma nova organização social, dentro do capitalismo
industrial, tem sido erigida para alcançar todos os níveis da sociedade, transformando
culturas e construindo riqueza e pobreza, despertando “a ganância, a inovação e a
esperança, e ao mesmo tempo impondo o rigor e instilando o desespero” (CASTELLS,
2013, p. 17).
O texto nos leva para ambientes confliantes. A escrita de Anzaldúa é invadida de reflexões
profundas, alcançando o leitor em sua mais distinta vivência. O sujeito olha para si e
percebe-se mulher, chicana, nascida numa atmosfera de opressão e confusão. O seu local
geoistórico enuncia o seu desconforto para (sobre)viver e enfrentar as contradições:
buscar uma nacionalidade, não encontrar nenhuma, ou encontrar mais de uma, num
confronto do sujeito com o outro. Trata-se também de uma paisagem onde a pergunta
"Quem sou eu?" não é prontamente ou facilmente respondida. As restrições impostas por
questões culturais, por todas as suas pretensões de proteção, sufocam o sujeito. E em
muitos lugares o sujeito percebe essa tentativa de seu silenciamento. Enraizado na cultura,
a insistência em falar da e pela mulher chicana é, a todo momento, atualizada por
Formações Discursivas que estão atreladas às instituições religiosas. Isso inclui obedecer
sem questionar, manter o silêncio e essencialmente sufocar seus próprios seres.
De acordo com Michel Foucault (2014), há uma estratégia que tenta manter o controle
colocando pensamentos acusadores nas mentes das pessoas. Observamos um poder
distribuído, pouco ou quase nada explícito, mas que funciona em rede e promove a
docilidade e a submissão do sujeito. R2 demarca uma relação interdiscursiva com o
discurso da medicina e com o religioso. Algumas instituições religiosas podem colocar
em prática, atreladas ao livro bíblico de Deuteronômio, por exemplo, um poder
disciplinador e normalizador. De acordo com o livro, os ensinamentos devem ser
praticados a partir da ideia de que:
os mandamentos do SENHOR aos vossos filhos, conversando acerca deles
quando estiverdes sentados em casa e nos momentos em que estiverdes
andando pelos caminhos, ao deitardes e quando vos levantardes para um novo
dia; tu os escreverás nos umbrais da tua casa, e nas tuas portas
(DEUTERONÔMIO 11: 19-20).
Foucault nos assevera que onde há poder há resistência. Assim, o sujeito mestizo
demonstra sua crítica ao pensamento abissal. A maioria de nós adere à autoridade porque
não tem conhecimento de que a autoridade deve se provar válida. As imposições
colocadas sobre o sujeito, neste trabalho a mulher chicana, vieram de uma necessidade de
controle, disfarçadas como o ato benevolente de "proteção". O pensamento ocidental
moderno diz que a mulher tem de ser protegida pelo homem, contudo esse pensamento
coloca a mulher em papéis rígidos e definidos, como dona de casa, a professora, mãe, etc.
Segundo Guerra (2008, p. 47), esse processo enunciativo, “constitui-se sob o primado do
interdiscurso: todo discurso produz sentidos a partir de outros enunciados já cristalizados
na sociedade”.
5
The queer are the mirror reflecting the heterosexual tribe's fear: being different, being other and therefore
lesser, therefore sub-human, in-human, non-human.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje, nós, mulheres indígenas, também buscamos
igualdade de gênero na política. O objetivo é seguir
mostrando que as mulheres também sabem sobre
política, dos saberes tradicionais, da cultura, de
educação e saúde; está na hora das mulheres
indígenas serem as protagonistas. (Josiane
Tutchiauna) 6
Com esses dizeres, marcamos a epistemologia crítica que perpassa este texto na direção
de entender o processo identitário da mulher indígena. Alicerçados em inúmeras políticas
públicas e iniciativas filantrópicas esses dizeres têm sido veiculados, de modo construir e
constituir um arcabouço de informações sobre os povos indígenas, especificamente pela
posição das mulheres indígenas no atual contexto em que vivemos.
O tema da inclusão social das minorias étnicas é objeto de reflexão pelo menos desde os
anos 60. Dele se ocuparam as teorias pós-coloniais e também as teorias sobre o sujeito
fronteiriço. Neste passo, os debates pós-coloniais parecem, ao rejeitar uma referência
direta a noção de cultura e etnicidade, aproximarem-se mais daquilo que nos parece o
cerne do problema: a compreensão das raízes da exclusão social. Em nossos entender, o
risco que essas abordagens trazem é aquele de reduzir o fenômeno da exclusão social à
herança pós-colonial das periferias.
6
Josiane Tutchiauna é mulher do povo ticuno e tem 36 anos. Desde os 12, acompanha os pais na militância
indígena. Graduanda em Antropologia Social, atua no âmbito das políticas educacionais e nas relações de
gênero e sexualidade. Ela relata os desafios das mulheres indígenas no Alto Solimões e revela como, pouco
a pouco, conseguiram quebrar tabus. Ver https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-que-pensam-cinco-
mulheres-indigenas-que-sao-lideranca-em-suas-comunidades. Acesso em 25 de fevereiro de 2018, às 10 h.
Diante desta análise preliminar, entendemos que o estranho, o queer, o gay e a lésbica
são temidos porque não estão incluídos na “cartografia urbana’ cuja zona é estabelecida
como civilizada (SANTOS, 2010, p. 37), ameaçando o poder daqueles que instituem o
“nós”. Esse processo analítico nos leva a dizer que a escrit(ur)a de Anzaldúa (d)enuncia
uma sociedade moldada historicamente por dispositivos dominadores com o intuito de
manter o homem em posições de referência.
Por fim, sabemos que a Análise do Discurso (AD) traça como propósito escavar os
vestígios normalizadores, dispersados nos discursos dos saberes, das instituições e,
consequentemente, investiga como os arranjos dos poderes corroboram o aparecimento
de acontecimentos discursivos (GREGOLIN, 2001). Nessa perspectiva, esperamos que
esse conhecimento, a partir dos sentidos da representação que o sujeito elabora sobre si e
sobre o outro, possa contribuir também para a discussão de “novas” formas de exclusão
e inclusão. O que vimos emergir na escrit(ur)a analisada são marcas visíveis, ou
silenciamentos, que caracterizam uma forma de violência ou perseguição, na busca de
uma excludente anulação do sujeito indígena, em favor da homogeneidade de uma etnia.
REFERÊNCIAS
ANZALDÚA, Gloria. Borderlands/la frontera: the new mestiza. San Francisco: Aunt
Lute Books, 2012.
AUTHIER-RÉVUZ, Jaqueline. Palavras incertas: as não-coincidências do dizer. Trad.
Eni P. Orlandi Campinas: Ed. da UNICAMP, 1998.
* Doutorando e mestre em Letras pela UFMS de Três Lagoas. Bolsista da CAPES. E-mail:
lajptinoco@gmail.com
** Pós doutora pela Universidade de Campinas sob a supervisão da Profa. Dra. Maria José Faria Coracini.
Docente permanente no Programa de Pós-graduação em Letras (mestrado e doutorado), da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisadora do CNPq. E-mail: vguerra1@terra.com.br