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Evangelizar
a partir da tarefa educacional
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EDUCADOR DIRETOR
Liderança 42. Entendemos por educador diretor quem tem a responsabilidade
do educador de dirigir e gerir a instituição, ou seja: reitor, vice-reitor, diretores
diretor e membros de equipes diretoras. São líderes que acompanham e
orientam quem faz parte da comunidade educacional no desen-
volvimento do projeto educativo da instituição. Nesse sentido,
e considerando o espírito da Missão Continental, o educador
diretor católico deve exercer uma liderança que estimule a
essência pastoral na escola.
Modelo 43. A imagem evangélica do Bom Pastor, que busca e cuida de cada
de identidade: uma de suas ovelhas e não tem medo de dar a vida por elas, é
a imagem do um modelo da identidade do educador diretor católico. (Jo 10,
Bom Pastor
11-16 e Lc 15, 3–7). Como o Bom Pastor, o diretor é aquele que
assume a missão de liderar, conduzir, administrar, gerir e cuidar
de sua comunidade educacional; terá uma preocupação especial
em buscar a ovelha perdida e devolvê-la com amor ao rebanho.
Líder 44. Na Escola Católica, esta realidade exige que o educador diretor
da ação opte claramente por liderar a ação evangelizadora na comuni-
evangelizadora dade educacional, a fim de que ela seja uma autêntica discípula
missionária.
Perfil do 45. O educador diretor, que pode ser um sacerdote, um religioso,
educador uma religiosa ou um leigo, por seu papel de liderança, respon-
diretor sabilidade e importância na comunidade educacional e na
sociedade civil, deve necessariamente adequar-se a um perfil
que contemple características íntegras de maturidade humana
e espiritual, bem como aptidões administrativas e pedagógicas.
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PESSOAL TÉCNICO-PEDAGÓGICO,
ADMINISTRATIVO E DE SERVIÇOS
58. Todo integrante da comunidade escolar tem uma responsabi- Cooperar
lidade educacional. Para a Escola Católica, todo o pessoal da ativamente
comunidade escolar – não docente, docente e docente diretor no processo
de formação
– deve cooperar ativamente – a partir de seus papéis e funções
dos alunos
específicas – no processo de formação dos estudantes. Seu pro-
fissionalismo, cooperação e respeito aos alunos e suas famílias
são exigências fundamentais para o sucesso de um ambiente
educacional que permita o desenvolvimento de todas as capa-
cidades de crianças e jovens a que se propõe a escola.
59. A Escola Católica deve cuidar para que todo o pessoal técni- Cuidar do
co-pedagógico, administrativo e de serviços que trabalha na pessoal técnico-
comunidade educacional atenda também às características, -pedagógico,
qualidades e critérios de maturidade já mencionados. Deve-se administrativo
e de serviços
ter uma preocupação especial com aqueles que têm um contato
frequente e direto com os alunos. O trabalho desses profissionais
deve ser acompanhado com diversos tipos de capacitação e
aperfeiçoamento para transformá-los em agentes atuantes nas
comunidades educacionais. É dever também da Escola Católica
cuidar do crescimento na fé de cada um deles, sabendo também
que seu testemunho é uma importante ação educativa.
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EX-ALUNOS
69. Os ex-alunos são os egressos das escolas católicas que levam as Parte ativa
riquezas do ensino e da vivência da comunidade escolar na qual da comunidade
educacional
estudaram. Os ex-alunos, após entrarem para o nível superior ou
para o mercado de trabalho, têm seus modos de vida e formas
de inserção na sociedade transformados em um importante
referencial da qualidade do trabalho de formação empreendido
pela Escola Católica. Por isso, os ex-alunos devem ser atuantes
na comunidade educacional, não apenas porque colaboram
com ela em muitos projetos, mas, sim, porque contribuem para
melhorar a qualidade do trabalho educacional ao compartilhar
seu olhar crítico e suas propostas de renovação.
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Linhas de ação:
Avaliar, formar, protagonizar
71. Esta realidade nos obriga a formular as seguintes linhas de ação:
a. Avaliar se os Educadores Diretores exercem sua tarefa com
a devida maturidade humana e cristã, e se sua liderança é
própria de uma autoridade que estimula e acompanha o
crescimento de todos;
b. Implementar planos de reciclagem e/ou formação para que
todos os Educadores Diretores, inclusive os ordenados e or-
denadas que desempenha essa tarefa, estejam devidamente
preparados e profissionalmente formados para o exercício
da função que desempenham;
c. Gerar instâncias de avaliação, encontros de reflexão sobre
a prática docente e cursos de formação à luz da Pedagogia
de Jesus, o Mestre, aquele que vai ao encontro, ajuda a
discernir, acompanha e suscita o testemunho aos discípulos
de Emaús;
d. Envolver todo o pessoal técnico-pedagógico, administrativo
e de serviços nos trabalhos pastorais de educação da Escola;
e. Rever o perfil de seleção, assim como seu cumprimento,
de todo o pessoal diretor, docente, técnico-pedagógico,
administrativo e de serviços que trabalha na comunidade
educacional, a fim de garantir que cada um deles atenda
às características, qualidades e critérios de maturidade
necessários para trabalhar em uma Escola Católica;
f. Estabelecer em cada comunidade educacional um plano de
formação permanente que favoreça o aperfeiçoamento do
corpo docente e não docente, obtendo-se as atualizações
necessárias que possibilitem o avanço proposto na qualidade
do ensino;
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Atitudes
Predisposições ao trabalho; mostram-se no indivíduo que “está
disposto e preparado para”, “está sempre aberto a”, “se coloca vo-
luntário a”, “está interessado em”. São respostas habituais, estáveis,
seguras que temos em nosso desempenho cotidiano. É um estado
neural e mental que gera uma resposta imediata – de acordo com
determinados valores – mediada pela experiência (hábito, exercício).
É uma conduta que se torna habitual e, para isso, exige uma progres-
sividade (desenvolvimento no tempo), uma iluminação intelectual
(conhecer, saber) e vontade (querer).
Carismas
Dons especiais que o Espírito Santo derrama sobre a Igreja para o
reavivamento da fé nas diversas comunidades eclesiais. Através desses
dons peculiares, o Espírito convoca e anima diversos setores da Igreja
– em especial, associações de leigos, ordens religiosas e congregações
–, para o cumprimento da tarefa missionária, que se expressa através
do trabalho pastoral, da nova evangelização e da missão ad gentes.
CELAM
Conselho Episcopal Latino-Americano. É um organismo de
comunhão, reflexão, colaboração e serviço criado pela Santa
Sé a pedido do Episcopado Latino-Americano, servindo como
sinal e instrumento do afeto colegial, em comunhão com a Igreja
Universal. Agrupa todos os bispos da Igreja Católica da América
Latina e do Caribe. Sua constituição formal se deu em 1955 pelo
Papa Pio XII, e sua sede se localiza em Bogotá, Colômbia. O CELAM
realiza suas Assembleias Ordinárias a cada dois anos, além das
Reuniões Anuais de Diretores, Secretários Gerais de Conferências
Episcopais e da Coordenação de atividades pastorais.
Sede:
Bogotá D.C. Colombia
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Conferência Episcopal
Instituição de caráter permanente que congrega todos os
bispos de um país ou de um território mai amplo (como no caso
das Antilhas). As primeiras Conferências organizadas foram as da
Colômbia (1908) e do México. O Concílio Vaticano II formalizou
sua existência no decreto Christus Dominus (38); depois, Paulo
VI, no motu proprio Eclesiae sanctae (1966), e João Paulo II, no
motu proprio Apostolos suos (1998) definiram sua natureza e sua
autoridade magisterial. Os bispos se reúnem periodicamente em
Assembleias e se organizam em Comissões para tratar de temas
relacionados ao estudo da realidade, ao discernimento à luz do
Evangelho e à definição de linhas de ação para uma evangelização
que responda aos sinais dos tempos atuais.
Conversão pastoral
Consiste em abandonar antigas estruturas pessoais, insti-
tucionais e eclesiais para criar novas estruturas que mantêm a
fidelidade à tradição, mas sabem dialogar com os novos tempos.
Implica em sair da comodidade do que sempre se está acostumado
a fazer para começar a fazer o que deve ser feito, mesmo que
implique em maior compromisso e esforço.
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Currículo evangelizador
Desenvolvimento dos conteúdos culturais que são ordena-
dos, sistematizados e sequenciado para facilitar a transmissão
no decorrer dos diversos níveis do sistema educacional, mas
que, mantendo a fidelidade aos conhecimentos e ao saber,
constrói e comunica os valores do Evangelho em uma síntese
ativa entre cultura, fé e vida. Se, além disso, o currículo for
considerado como a totalidade das atividades educacionais
de uma escola, sua linguagem total deve transpassar a relação
entre fé, cultura e vida.
Documento de Aparecida
Documento conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano, realizada no Santuário de Nossa Senhora da
Conceição Aparecida, no Brasil, em maio de 2007.
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Escola missionária
Fiéis aos novos tempos e à presença de novos sujeitos, e ilumi-
nados pelas palavras de Aparecida, a escola deixa de ser um lugar
passivo e a espera de quem deseje se empenhar para educar e se
transformar em um agente ativo que – como o Bom Pastor – sai à
procura das ovelhas, especialmente das perdidas, das rebeldes, das
impedidas pela desigualdade das condições socioeconômicas ou por
vários tipos de vícios e desvios. A escola carrega esses necessitados
sobre seus ombros e os coloca em uma posição privilegiada.
Evangelização
É a missão da Igreja: anunciar as Boas Novas do Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo (DA 29). É a proclamação do Evan-
gelho com o objetivo de atrair todos a Cristo e à Sua Igreja. De
maneira específica, implica em levar a revelação cristã a pessoas
e culturas ainda não receberam o Evangelho. Ou, também, aos
lugares dessacralizados ou secularizados, que precisam de um
novo anúncio da Palavra de Deus.
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Inclusão / exclusão
Categorias sociais que refletem as relações estabelecidas
pelos sujeitos ou indivíduos entre si e com a sociedade, e entre a
sociedade com cada um desses sujeitos ou indivíduos. Enquanto
os incluídos são aceitos pela sociedade e podem usufruir de todos
os direitos, os excluídos são aqueles que, por diversas razões, não
podem participar ativamente da vida socioeconômica, mesmo
que formalmente tenham todos os direitos. As instituições e os
processos de socialização reforçam ou ajudam a acabar com
essa divisão.
Indicadores
Toda ação, tarefa ou compromisso deve ter um instrumento
de revisão e controle em sua formulação. Os indicadores mostram
se o trabalho – neste caso, a educação e a escola – se ajusta às
regulamentações e, idealmente, ao que foi pré-estabelecido e
acordado. Mostram ainda as tendências de progresso, estaciona-
mento ou retrocesso. Os indicadores de “boas práticas” permitem
pré-estabelecer o que é desejável em termos programa ou de
projetos, a fim de avaliar as diferentes etapas de cada projeto.
Interdisciplinaridade
Recurso metodológico e epistemológico que mescla as práticas
e suposições das disciplinas afins. Ou seja, a interdisciplinaridade
supõe um maior grau de integração entre as disciplinas. Supõe
também a existência de um conjunto de disciplinas conexas entre
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Linhas de ação
Propostas de trabalho enunciadas através de uma formu-
lação concreta dos compromissos pessoais e institucionais. São
definidas de forma direta e permitem implementar os projetos
necessários para pôr em prática ideias e princípios.
Missão
Etimologicamente, significa “ato de enviar”, mas, em termos
gerais, consiste em confiar a alguém uma tarefa, uma função,
um fim determinado. No âmbito religioso e, em especial, entre os
cristãos, a missão é um compromisso ativo quanto ao anúncio da
Palavra de Deus e da verdade a todos os homens. Os missionários
eram e são aqueles que assumem a missão: saem de sua zona de
conforto para anunciar o Evangelho em outros lugares. A Igreja
é chamada a repensar profundamente e a rever com firmeza e
audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas
e mundiais. (DA 11)
Missão Continental
Como um dos principais resultados da Conferência, os bispos
convocaram o povo católico latino-americano e caribenho a
iniciar uma grande Missão Continental, como um novo Pente-
costes, que os impulsione a ir, de maneira especial, em busca dos
católicos afastados e dos que não conhecem ou sabem muito
pouco sobre Jesus Cristo, reforçando a fé que hoje existe no
continente americano mediante um novo e dinâmico impulso
evangelizador. A Missão Continental é um tempo de graça para
a Igreja peregrina na América Latina e no Caribe, uma ocasião de
conscientização de sua autêntica vocação cristã. É uma Missão
permanente, única e variada, que expressa a vontade da Igreja
de ser discípula e missionária de Cristo a fim de transmitir aos
demais a alegria da fé no atual processo de mudança pelo qual
toda a sociedade está passando.
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Novos areópagos
O termo é usado no documento de Aparecida (DA 492), mas
João Paulo II falou sobre os “novos areópagos”, onde é urgente
anunciar o Evangelho, com uma linguagem compreensível e
convincente, assim como fez São Paulo na capital grega ao
apresentar aos atenienses o “Deus desconhecido”. O Areópago
era o lugar público (praça) dos anúncios, debates e discussões
dos cidadãos da polis. Hoje, há diversos lugares em que se faz
isso, especialmente: os meios de comunicação de massa, Internet,
redes sociais virtuais, etc.
Novos tempos
A leitura profética e a interpretação dos “sinais dos tempos” nos
mostram que estamos vivendo em uma época com características
inéditas e repleta de várias riquezas e contradições, de grandes
agregações e de ameaças sub-humanas, de afirmação de diversos
direitos e destruição da vida. O Documento de Aparecida traz
uma análise detalhada em seu Capítulo 2 (33-101).
Pastoral
Se a função da Igreja é a de seguir o exemplo de Jesus, como
o bom pastor que cuida de cada uma das ovelhas e do rebanho,
a pastoral define a tarefa da Igreja e de seus pastores: anunciar
o evangelho e cuidar dos vários rebanhos que estão lhes foram
confiados. Embora todas as ações possam ser pastorais, costuma-
se distinguir os diversos setores que implicam em várias tipos
de pastoral e metodologias (entre elas, a pastoral da educação
e a escolar)..
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Transdisciplinaridade
Processo cognitivo e metodológico que exige o respeito à
interação entre os objetos de estudo de diferentes disciplinas,
obtendo-se a transformação e a integração de suas respectivas
contribuições a fim de formar um todo lógico e coerente. Pro-
põe um princípio da unidade do conhecimento que vai além
das disciplinas.
Valores
Valor é uma propriedade das realidades objetivas, ideais ou
possíveis; uma qualidade de certas formas do ser e do agir pelas
quais alguns são mais ou menos apreciados, desejados, realizados,
preferidos ou postergados. Embora conhecido, o valor é algo
vivido, que o sujeito descobre e sente em seu interior frente ao
que o rodeia e frente a si mesmo. É também uma qualidade que
descobrimos fazer parte dos objetos que apreciamos (bens), com
a capacidade de despertar em nós sua vivência. Os valores – na
medida em que são devidamente esclarecidos e hierarquizados –
são princípios que nos permitem orientar nosso comportamento
em função de nossa realização pessoal. São crenças fundamentais
que nos ajudam a preferir, apreciar e optar por alguma coisa ou
comportamento em detrimento de outro. Além disso, são fonte
de satisfação e plenitude.
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MATERIAIS DE CONSULTA
DOCUMENTO FINAL DE APARECIDA
BENTO XVI: DISCURSOS SOBRE EDUCAÇÃO
CONCÍLIO VATICANO II: GRAVISSIMUM EDUCATIONIS
RELATÓRIO DELORS
A IDENTIDADE DA ESCOLA CATÓLICA
A ESCOLA CATÓLICA NOS UMBRAIS DO TERCEIRO MILÊNIO
EDUCAR JUNTOS
PALESTRAS
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