Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
“TCC”
Trabalho de Conclusão de Curso
O Gás Natural e sua Importância na Matriz Energética Brasileira
Contextualizada à Geração Termoelétrica
Aprovada por:
_____________________________________________
Coordenadora: Suzana Kahn Ribeiro, D.Sc
_____________________________________________
Vice – coordenador: Marcio S.S. Almeida, Ph.D.
Nota: _______
ii
Agradecimentos
iii
Epigrafe
iv
Resumo
Maio- 2015
Este trabalho analisa a geopolítica atual e futura do Gás Natural no contexto atual de
fatos e fatores que afetam as reservas, produção, demanda, logística e valores desta
importante fonte primária de energia. Analisa também a situação atual e futura da
matriz energética Brasileira, e sugere medidas que possam minimizar ou superar as
constantes crises de abastecimento de energia elétrica, cruciais para o
desenvolvimento pleno e sustentado do Brasil.
Abstract
This paper analyzes the current geopolitical and future of natural gas in the current
context of facts and factors affecting reserves, production, demand, logistics and
values of this important primary energy source. It also analyzes the current and future
situation of the Brazilian energy matrix, and suggests measures that can minimize or
overcome the constant electricity supply crises, crucial to the full and sustainable
development of Brazil.
Key Words: Natural Gas, Thermal Electric Power Plants, Combined Cycle,
Thermoelectricity, Energy Matrix.
v
Currículo Resumido: Armando Masayoshi Yoshida
vi
Índice das Tabelas.
vii
Índice das Figuras.
viii
Lista de Siglas
ix
PIB – Produto Interno Bruto
PIS – Programa de Integração Social.
ToP – Take-or-Pay
UPGN – Unidade de Processamento de Gás Natural
USGS – U.S. Geological Survey
x
Unidades:
xi
Sumário
Introdução...................................................................................................................1
Capitulo 1 – O Gás Natural no Mundo......................................................................2
1.1. Histórico...............................................................................................................2
1.2. Características do Gás Natural............................................................................5
1.3. Produção e Demanda de GN no Mundo..............................................................6
1.4. Principais Fluxos Mundiais de GN & GNL...........................................................9
1.5. A Participação do GN na Matriz Elétrica Mundial..............................................11
1.6. Principais Ocorrências Recentes que Afetaram a Demanda e os Preços
de GN no Mundo................................................................................................12
1.6.1. A Revolução do GN não Convencional nos Estados Unidos da
América..........................................................................................................12
1.6.1.1. Introdução......................................................................................................12
1.6.1.2. Gás Não Convencional................................................................................. 13
1.6.1.3. Reservas........................................................................................................13
1.6.1.4. Impacto Ambiental.........................................................................................13
1.6.1.5. A “Revolução” Americana..............................................................................14
1.6.2. Tsunami de 11 de março de 2011 em Fukushima – Japão..........................15
1.6.3. A Crise Rússia x Ucrânia e o Contrato de Venda de GN à China.................18
1.7. A Volatilização do Preço do GN no Mercado Internacional...............................19
xii
2.5.4. Estocagem Subterrânea de GN.....................................................................39
2.6. Previsões dos Preços do GN Nacional e Importado Colocados no Brasil.........41
xiii
Introdução
Tabela 0-1 – Evolução do Consumo Final de Energia Primária por Fonte (Kbep)
Fontes 1970 1980 1990 2000 2005 2010 2013 Var. % 1970 @ 2013
Derivados de Petroleo 21.040 44.770 44.944 84.238 71.997 85.977 100.766 378,9%
Eletricidade 3.231 10.189 18.123 28.510 32.267 39.964 44.404 1274,3%
Produtos de Cana 3.158 6.221 10.414 19.838 28.113 42.107 41.379 1210,3%
Lenha e Carvão Vegetal 28.345 21.862 15.636 18.441 22.367 21.700 20.343 -28,2%
Gas Natural 3 320 1.385 7.115 12.663 15.435 17.756 591766,7%
Outros 3.306 9.506 15.038 13.813 14.862 18.325 19.263 482,7%
TOTAL ( 1000 bep) 59.083 92.868 105.540 171.955 182.269 223.508 243.911 312,8%
Fonte: BEM – EPE.
malha de dutos, para que o gas natural possa ser entregue as Centrais Termicas à
preços competitivos.
O presente trabalho objetiva estudar como ponto focal a participação atual e futura
do GN na Matriz Elétrica Brasileira, tendo em vista que os recursos hidraulicos ainda
não explorados em sua plenitude e localizados na Bacia Amazonica correm serios
riscos de se tornarem inexploráveis devidos as recentes disputas nas esferas socio-
ambientais.
O GN também é citado por Caio Plínio II, historiador, e militar durante a expansão do
império romano. No extremo oriente, que hoje constitui a China, existem citações de
chamas escapando de fendas, relatado por mercadores da outrora rota da seda.
3
O interesse pelo GN se extinguiu com o advento da energia elétrica, que era mais
pratica, limpa e a um preço bastante acessível.
Após a segunda guerra mundial, o GN passou a ser utilizado como matéria prima
para produção de produtos químicos, petroquímico, fibras sintéticas, fertilizantes,
detergentes, e outras aplicações.
Este equilíbrio viria a ser quebrado em março de 2011, com o acidente Nuclear da
Central Térmica Daiichi em Fukushima, que forçou a parada por decisão
governamental de 54 reatores nucleares, e a readequação das centrais térmicas
existentes, e a construção de novas centrais termoelétricas para consumirem
preferencialmente o GN. Este fato isolado está causando uma reação em cadeia
visto que outros países estão adotando idênticas medidas.
É esperada para os próximos anos uma forte expansão na demanda de GNL por
conta da diminuição do ritmo de crescimento de novas centrais nucleares, e também
o apelo de ambientalistas por melhorias das condições do ar atmosférico, e
restrições a construções de grandes barragens para aproveitamentos hidroelétricos.
A demanda global por GN irá crescer em 215 bcf por dia ao longo do período de
2010 a 2040. Isto é equivalente ao acréscimo de três vezes o volume de GN
consumido nos USA em 2010.Por volta de 2025, o GN deverá ultrapassar o carvão
como segunda maior fonte de energia, logo atrás do petróleo.
Os USA irá liderar a produção de gás não convencional, ficando responsável por
mais da metade do crescimento durante a maior parte o período 2010 a 2040.
Espera-se que os USA passe de importador liquido para exportador liquido de GN
até 2020.
Uma parte crescente da demanda global por gás deverá ser atendida por
importações de GNL. O volume de GNL deverá triplicar durante o período de 2010 a
2040, para atender cerca de 20% da demanda global de gás. Este crescimento de
GNL irá facilitar o comercio entre as regiões, ajudando a equilibrar a oferta e a
demanda global por GN.
Segundo o World Energy Outlook 2014 publicado pelo IEA- International Energy
Agency, a utilização do GN continuara a crescer, em todos os Cenários
considerados por esta entidade, a partir dos dados coletados em 2014 (ano base de
2013) mantendo esta tendência até o ano de 2020, quando divergências poderão
ocorrer dependendo da política governamental adotada. No modelo New Police
Scenario, a demanda de GN de 5,4 tcm no ano de 2040 praticamente se iguala a
demanda de carvão, superados somente pelo petróleo.
Dentro deste contexto a IEA idealizou três cenários possíveis que descrevemos a
seguir:
De acordo com o WEO-2014 (World Energy Outlook – 2014) editado pela IEA –
International Energy Agency, o setor de Energia Elétrica continuará sendo o maior
demandante de GN no período de 2014 a 2040. A utilização do GN para geração de
eletricidade e aquecimento doméstico será responsável pelo acréscimo no consumo,
de mais de 2,1 tcm de GN em 2040 com um incremento anual médio de 2,1%,
conforme demonstra a figura 1.5-1 a seguir.
O GN será o único combustível fóssil que terá um acréscimo em seu consumo (de
22% em 2013 para 24% em 2040), enquanto o carvão terá sua participação
12
1.6.1.3. Reservas
As reservas de gás de xisto, tecnicamente recuperáveis, são estimadas em 200
trilhões de metros cúbicos. A China ocupa a liderança com 36,1 trilhões, seguida
pelos Estados Unidos, com 24,4 trilhões, Argentina, com 21,9 trilhões e México, com
19,3 trilhões (IEA/ARI, 2013).
(3) Poluição do ar: Na exploração do xisto, as rochas são bombardeadas com uma
mistura de água, areia e produtos químicos. A pressão causa fissuras no subsolo e
faz com que o gás suba em direção à superfície.
Fig. 1.6.1.5-1 – Principais Bacias de Exploração e Produção de Gás não Convencional nos USA.
Fonte: Valor Econômico 01-07-2013 – Sergio Lamucci
15
O avanço da indústria de gás e petróleo de xisto nos EUA tem produzido um impacto
considerável sobre a economia americana, tendência que deverá se aprofundar nos
próximos anos e afetará também a economia global. As previsões apontam um
crescimento mais forte no PIB, maior geração de empregos, mais receitas para os
cofres públicos e um impulso importante para industrialização dos EUA, ao baratear
o custo da energia. Estima-se que em 2020 o PIB americano será de 2% a 3,3%
maior do que seria, devido ao impacto cumulativo da nova produção de gás e
petróleo, em grande parte devido à indústria do xisto (Citigroup Global Markets,
2013).
A fatia do gás de xisto na produção total de gás natural dos EUA pulou de 4% para
5% em meados da década passada, para 34% em 2012, e em 2040 deve atingir
50% (IEA/ARI, 2013). Um fator crítico, que tem favorecido a exploração do gás de
xisto nos EUA, é a propriedade privada das reservas de gás no subsolo. Nos EUA, o
subsolo pertence aos proprietários das terras e não à União. Dessa forma, os
exploradores do gás podem tratar a atividade de exploração diretamente com os
donos dos direitos de mineração, dispostos a vendê-los por uma participação nos
lucros. Os EUA têm um ambiente regulatório mais ágil e uma regulação ambiental
menos restritiva, quando comparados com outros países. É um sistema que garante
o máximo de aproveitamento dos recursos naturais, mas tende a comprometer a
sustentabilidade ambiental.
Fig. 1.6.2-1 Consumo de Combustíveis Fosseis no Japão para Geração de Energia Elétrica
(2010 A 2012)
Fonte: FECJ – Federation of Electric Power Companies of Japan – 2012
O preço do LNG no mercado spot para a Ásia teve um alta após o desastre de
Fukushima. A figura 1.6.2-2 a seguir demonstra o preço spot de LNG para o Japão e
Korea do Sul (Platts´s LNG Japan Korea Market ou JKM) que passou de US$
9,7/MMBtu em fevereiro de 2011 para US$ 11,5/MMBtu três meses após o desastre
de Fukushima e US$ 18,34/ em maio de 2012.
Fig. 1.6.2-2 – Média Mensal do Preço do GNL - Spot para Japão e Coreia do Sul
(2009 A 2011).
Fonte: JKM – 2012
Não se reportou acréscimos dos preços do LNG na Europa (UK National Balancing
Point) nem mesmo nos USA (Henry Hub), como supervenientes do acidente de
Fukushima. Tal fato decorreu devido à existência de razoável quantidade de GNL
disponível no mundo, decorrente da explosão de produção de Shale-Gas nos USA,
que assim deixou de importar este energético, e também pela entrada de novos
“players” no mercado de LNG como a Nigéria e Angola.
18
Por detrás dos bastidores das disputas atuais de ordem política e econômica
envolvendo a Rússia e a Ucrânia, existe de fato um cenário da maior importância
para estes dois países. Trata-se do suprimento de GN não só para a Ucrânia, mas
principalmente para a CE-Comunidade Europeia. Portanto as discussões
envolvendo a anexação da Crimeia pela Rússia e outros fatores associados são
meramente pano de fundo para encobrir o verdadeiro motivo destas disputas.
A Rússia tem como maior fonte de divisas, ou seja, cerca de 60% através da venda
de GN seja para a Ucrânia, seja para a CE.
A CE esta atenta a esta disputa política e comercial com a Ucrânia, pois caso a
Rússia decida interromper o suprimento de GN para a Ucrânia, a CE certamente
ficara desabastecida deste vital energético. Somente para avaliar a gravidade e o
risco decorrente desta possibilidade, destacamos que a Alemanha terá cerca de
40% de suas necessidades de GN reduzidas. Fato mais grave são os países bálticos
que dependem totalmente do GN proveniente da Rússia.
Caso o trajeto que passa pela Ucrânia seja bloqueado, o gás russo poderia ser
enviado a outros países da CE através do Mar Báltico e chegar diretamente à
Alemanha. Outra opção é o gasoduto na Península de Iamal, que cruza Belarus e
Polônia antes de chegar a território alemão.
Em longo prazo, a CE poderia ainda importar gás do Irã, caso o país mostre uma
maior abertura. O Irã tem uma posição geográfica relativamente boa, que possibilita
a exportação, por exemplo, para o Paquistão e para a Índia.
Diante desta articulação da Ucrânia e da CE, aliado ao fato da Rússia não poder
abrir mão de sua dependência comercial com os países membros da CE, pois é tido
atualmente como o terceiro parceiro comercial mais importante. Em 2012, os russos
exportaram 215 bilhões de euros para a Europa e dela importaram 123,4 bilhões. A
19
Diante destes fatos a Rússia acelerou negociações com a China que se arrastavam
por mais de 10 anos, e assinaram em 15 de maio de 2014 um acordo de
fornecimento de GN entre a GAZPROM da Rússia e a CNPC da China, avaliado em
400 bilhões de dólares por 30 anos, após uma década de negociações. O acordo
prevê ainda que o GN será comercializado a um preço entre 350 e 400 dólares por
1.000 m3. Isto significaria algo entre US$ 9,72/MMBtu e US$ 11,00/MMBtu.
De acordo com a CNPC, o contrato indica que a Rússia fornecerá gás à segunda
maior economia mundial a partir de 2018, e o volume entregue aumentará
progressivamente "para alcançar com o tempo 38 bilhões de metros cúbicos (m3)
anuais".
A história do gás natural no Brasil começa com a instalação das primeiras lâmpadas
a gás no Rio de Janeiro em 1854. Pouco depois, em 1873, o mesmo sistema de
iluminação pública, cujo gás era produzido a partir de carvão mineral, passa a ser
instalado em São Paulo. Ao longo do século XX, as distribuidoras de gás canalizado
também iniciam o uso de materiais como hulha e nafta para a produção de gás. Já o
gás liquefeito de petróleo (GLP), por sua vez, começa a ser utilizado para cocção a
partir de 1936.
Somente na década de 1950 o gás natural começa a ser usado no Nordeste. Sua
produção teve início no estado da Bahia e era praticamente toda destinada às
indústrias. Em 1959, verificou-se uma produção de 1 milhão de m3/dia e, logo uma
década depois, esse número saltou para 3,3 milhões de m3/dia.
Na região Sudeste, o combustível começou a ser produzido a partir dos anos 1980
na Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro. Outro fator fundamental para a
consolidação da atual conjuntura de oferta de gás foi a construção do gasoduto
Bolívia Brasil (GASBOL), com capacidade de transporte de até 30 milhões de metros
cúbicos por dia. O GASBOL que demandou negociações entre o Brasil e Bolívia
durante cerca de 25 anos, entre 1.974 com a visita do então presidente do Brasil á
época, general Ernesto Geisel à Bolívia que culminou com o acordo firmado com o
presidente general Hugo Banzer, e posteriormente ratificado em diversos protocolos
que culminaram com o contrato final assinado entre os presidentes do Brasil Jose
Sarney e da Bolívia Paz Estensoro em 1.988, entrou em operação em fevereiro de
1.999. Naquele momento, acreditava-se que a grande disponibilidade de gás natural
proporcionada pelo GASBOL seria suficiente para desenvolver o mercado interno de
gás natural. Entretanto, não foi isso o que ocorreu na prática. A falta de um mercado
maduro, aliada à urgência de recuperação do capital investido, levou o país a adotar
medidas emergenciais de certa maneira precipitadas para o desenvolvimento do gás
natural. Tais medidas foram inevitáveis devido ao modelo de contrato adotado com a
Bolívia, conhecido como take or pay, em que o comprador é obrigado a pagar um
percentual sobre o gás contratado, caso não consuma o valor estipulado em
contrato.
Diante desse impasse comercial, foi criado através do Decreto 3.371 de 24-02-2000,
o Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT) que previa a construção imediata
de termoelétricas movidas a GN em todo território nacional. No entanto, o programa
corria grande risco financeiro por conta de dois fatores: deficiências regulatórias e
alto custo de produção (em comparação à hidroeletricidade). Dessa maneira, apesar
de alguns projetos conduzidos pela Petrobrás, que posteriormente se mostraram
improdutivos, a potência instalada não foi suficiente para evitar a crise elétrica de
2001, popularmente conhecida como "apagão".
Na última década, as reservas brasileiras de gás natural aumentaram
consideravelmente, principalmente após a descoberta de petróleo e gás associada
às camadas do pré-sal na costa brasileira. Em 2000, as reservas provadas do país
eram de 221.000 milhões de m3, e, em 2010, subiram para 423.000 milhões de m3,
segundo dados do Balanço Energético Nacional 2011, publicado pela Empresa de
Pesquisa em Energia (EPE) do Ministério de Minas e Energia (MME).
23
Outra fonte de Gás Natural para o Brasil poderá ser o desenvolvimento das técnicas
de explotação do chamado Gás-Não-Convencional, também chamados de “Shale-
Gas” ou Gas de Xisto Betuminoso, e a viabilização de sua cadeia de produção que
compreende o completo domínio das técnicas de “Fracking”, produção, separação, e
transporte até seu ponto de entrega, a preços competitivos frente aos demais
energéticos. Neste sentido, a ANP-Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis realizou em novembro de 2013 a 12ª rodada de Licitações
ofertando diversos blocos em diversos estados Brasileiros. Os licitantes escolheram
os blocos localizados nas seguintes bacias sedimentares: Sergipe-Alagoas;
Parnaíba; Acre-Madre de Dios; Paraná e Recôncavo Baiano.
Os resultados não atingiram os resultados esperados pelos promotores do leilão, e
as seguintes empresas além da Petrobras, adquiriram blocos para exploração
destas bacias sedimentares: Alvopetro (Colombia), GDF Suez (França), Geopark
(Bermudas) e Trayectoria (Panamá).
A exploração do Gás não Convencional tem sido alvo de criticas de diversos setores
Brasileiros e entidades internacionais, principalmente dos ambientalistas, que
alertam sobre a possível contaminação do Aquífero de Guarany, além de causarem
danos geofísicos com possibilidade de abalos sísmicos, riscos de explosões devido
à possibilidade do gás se infiltrar no subsolo e vazando para o ambiente em áreas
urbanas. Outra critica mais recente alega que a exploração do gás não convencional
poderia competir com o pré-sal Brasileiro, forçando os preços do óleo e gás
produzidos “offshore” caírem abaixo de seus custos de produção.
Não obstante toda esta problemática relacionada com as reservas confirmadas e
potenciais de GN no Brasil, o consumo de gás também aumentou na última década,
com contribuições de 9,29% em relação às outras fontes de energia. Apesar disso,
seu percentual de contribuição ainda é muito baixo em relação à média mundial. Isto
fica patente quando se compara a participação do gás natural na matriz energética
brasileira com a média observada no restante do mundo (Figura 1).
Reservas Totais de Gás Natural por Localização (Terra e Mar) por Unidade da
Federação – Período 2004 a 2013
Tabela 2.2-1– Reservas Totais de Gás Natural, por Localização (Terra e Mar) e Unidade da
Federação Período de 2004 a 2013 – Fonte ANP Anuário Estatístico – 2014.
Reservas Provadas de Gás Natural por Localização (Terra e Mar) segundo Unidades
da Federação – Período de 2004 a 2013.
Tabela 2.2-2– Reservas Provadas de Gás Natural por Localização (Terra e Mar) segundo Unidades
da Federação – Período de 2004 a 2013 – Fonte: ANP – Anuário Estatístico – 2014.
Produção de Gás Natural por Localização (Terra e Mar) por Unidade da Federação
entre 2004 e 2013.
Tabela 2.2-3- Produção de Gás Natural por Localização (Terra e Mar) e por Unidade da Federação
entre 2004 e 2013. Fonte: ANP – Anuário Estatístico-2014.
Gás natural, petróleo e derivados responderam por 80% deste incremento. Isto se
deveu basicamente à redução na oferta interna de hidroeletricidade por dois anos
consecutivos com consequente aumento de geração térmica, seja gás natural,
carvão mineral ou óleo. Outro aspecto refere-se ao consumo do setor de transporte,
que pelo segundo ano consecutivo cresceu significativamente. Cabe ressaltar que,
em 2013, este aumento foi suprido em grande parte por etanol, diferentemente do
ano 2012 cujo destaque foi a gasolina.
A figura a seguir ilustra o consumo de energia por fonte observadas em 2012 &
2013.
Figura 2.3.2-1 – Matriz Energética Brasileira – Consumo Final por Fonte - 2012 & 2013
Fonte: BEN – 2014 EPE/MME
Figura 2.3.3-2 – Comparação das Fontes Primárias de Energia Disponibilizadas entre 2012 &
2013.
Fonte: BEN – 2014 – EPE/MME
31
Figura 2.4-1 – Gás Natural como Matéria Prima para Industria Química & Petroquímica
Fonte: Gás Energy – ABIQUIM
O GNV passou a ser utilizado em veículos leves operando em Ciclo Otto a partir dos
anos 80 do século passado. Tinha utilização restrita para taxis e frotistas além de
inexistir uma ampla rede de venda deste combustível. Sua utilização para o público
em geral ocorreu em 1996 através do Decreto 1787 de 12/01/1996. Sua utilização
33
Tendo em vista que o GNV não está ainda disponível em todo o território Brasileiro,
as montadoras de veículos não oferecem esta alternativa, ou sejam veículos
fabricados exclusivamente para utilizarem GNV como combustível automotor e,
portanto, aqueles que desejarem utilizar o GNV deverão ainda realizar a instalação
de um kit de conversão Gasolina ou Álcool para GNV. Apesar destas limitações, o
Brasil possui atualmente uma frota de cerca de 1,6 Milhões de automóveis e
utilitários que se utilizam deste combustível alternativo, ocupando o terceiro lugar no
ranking, atrás do Paquistão e Argentina que possuem respectivamente 2,0 Milhões e
1,7 Milhões de veículos movidos a GNV.
Segundo a ANP em seu Anuário Estatístico de 2014, havia no Brasil em 2013, 601
dutos destinados à movimentação de petróleo, derivados, gás natural e outros
produtos, perfazendo 19,7 mil km. Destes, 150 dutos (14,3 mil km) eram destinados
ao transporte e 451 (5,4 mil km) à transferência.
Para a movimentação de gás natural, havia 110 dutos, com extensão de 11,7 mil km,
enquanto para os derivados eram 5,9 mil km. Outros 32 dutos, com quase 2 mil km,
destinavam-se à movimentação de petróleo. E os 76 km restantes, compostos por
37 dutos, eram reservados à movimentação dos demais produtos, tais como etanol e
solventes.
37
Figura 2.5.3-1 – Infraestrutura de Dutos para Produção e Movimentação de Gás Natural – 2013
Fonte: ANP – Anuário Estatístico - 2014
O PEMAT, como é conhecido esse plano, vinha sendo aguardado pelo mercado
desde 2011. Ele ficou em consulta pública até o dia 26 de fevereiro de 2014. Além
das projeções de demanda, para um horizonte de dez anos, o documento tem
simulações de investimentos nos gasodutos e propostas de traçados para a nova
rede. Pela legislação do setor, que está em vigência desde 2009, leilões de novos
dutos podem ser feitos com base em projetos do próprio governo ou da iniciativa
privada. O ministério propõe, conforme as diretrizes da nova Lei do Gás, quatro
grandes interligações entre centros de produção do insumo e polos de consumo.
Não há uma previsão global dos investimentos porque três das quatro interligações
têm alternativas diferentes de execução. Dependendo das ligações a serem feitas,
os investimentos nessas conexões podem variar de R$ 7,3 bilhões a R$ 8,6 bilhões.
Alguns estudos têm sido desenvolvidos por entidades públicas e privadas, dentre os
quais podemos citar os trabalhos geológicos conduzidos pelo IPT de São Paulo
(APPI-2005). Neste trabalho estão relacionados alguns sítios mais promissores para
uma avaliação mais detalhada quanto a viabilidade de utiliza-los como Estocagem
subterrânea de Gás Natural. O IPT avaliou algumas áreas na área de influência do
GASBOL e nas Bacias Sedimentares do Paraná também próximas ao traçado do
GASBOL. Esta área possui ainda uma grande demanda de Gás Natural para
Geração Térmica e Fins Industriais.
A figura a seguir indica a localização de cada alvo prospectado pelo IPT em 2005.
Os estudos conduzidos pelo IPT em 2005, concluíram que existe potencial para
viabilizar nestas áreas prospectadas, volumes úteis (cerca de 50% do volume total)
entre 80 a 800 milhões de m3 de GN, o que equivaleria ao abastecimento
ininterrupto de GN do GASBOL por cerca de 10 dias. Caso as condições geológicas
do reservatório permitirem trabalhar com mais de uma pressão de operação, iniciar-
se-ia as operações com uma determinada pressão, aumentando a mesma de acordo
com o crescimento da demanda. Nestas condições, o reservatório poderia suportar
uma demanda equivalente ao GASBOL por até 70 dias ininterrupto.
Tabela 2.6-1 – Evolução dos Preços do Gas Natural entre 2009 a 2014 por Origem e Area de
Utilização – Fonte: IBP
Figura 2.6-2 – Comportamento dos Preços de GN e GNL Importados entre 2009 e 2014
Fonte: IBP
O preço final do gás natural resulta da soma de diversos custos ao longo de sua
cadeia de produção. O preço ao consumidor final é formado pela soma dos custos
de produção, de transporte e de distribuição, adicionados dos respectivos impostos.
Esse preço deve ser de tal grandeza que remunere o produtor pelos custos de
exploração, desenvolvimento e produção (upstream), o transportador pelos custos
de transporte e o distribuidor pelos custos de distribuição local e comercialização.
Para garantir a remuneração dos investimentos realizados na cadeia é importante a
utilização de contratos de longo prazo e a fidelização do consumidor final.
O preço final do gás natural, além de remunerar os ativos dos agentes envolvidos na
cadeia produtiva, deve chegar ao consumidor de forma competitiva, principalmente
frente a seu substituto imediato, o óleo combustível. No caso do Brasil, o preço do
gás natural deve chegar ao usuário final com preços 10% inferiores ao óleo
combustível. Desta forma, fica claro que o netback value é um modelo de
44
Conforme exposto, nos colocamos como meros expectadores, pois nenhum dos
itens citados estão sob controle do governo e autoridades brasileiras. Mas
certamente os fatos acima afetarão os preços do GN e do GNL e por consequência
a economia brasileira como um todo. Portanto deveremos empreender maior esforço
no aumento da produção brasileira de GN para que possamos blindar a economia
brasileira e promover um desenvolvimento amplo e sustentável do Brasil
45
Este quadro tem-se modificado substancialmente nos dias atuais, tornando o gás
natural uma das principais alternativas de expansão da capacidade de geração de
energia elétrica em vários países, inclusive no Brasil. Atualmente, as maiores
turbinas a gás chegam a gerar 370 MW de potência e os rendimentos térmicos
atingem 40% em um único “train”. Em 1999, os menores custos de capital foram
inferiores a US$ 200 por kW instalado, em várias situações e faixas de potência
(110-330 MW).
Importante ainda destacar que uma turbina a gás emite cerca de 600 kg CO 2 /MW.h,
ou seja 35% menos CO 2 (gás do efeito estufa) comparada com outros combustíveis
fosseis tais como carvão e óleo combustível.
Apesar dos ganhos alcançados no rendimento térmico das turbinas a gás operando
em ciclo simples, seu desempenho tem sido prejudicado pela perda de energia nos
gases de exaustão. Entre outras tecnologias empregadas na recuperação dessa
energia, destaca-se a de ciclo combinado, que compreende na instalação de um
ciclo denominado Rankine constituído de uma Caldeira Recuperadora de Calor e
uma Turbina a Vapor e respectivo gerador para produção de potência adicional.
Tem-se, assim, uma combinação dos ciclos de turbinas a gás (Brayton) e turbinas a
vapor (Rankine). Esse processo ainda pode ser melhorado com a queima de
combustível suplementar à jusante dos gases de combustão das turbinas a gás,
principalmente quando há disponibilidade de combustíveis residuais.
Os ciclos combinados foram propostos nos anos 60, mas apenas nos anos 70 é que
as primeiras unidades geradoras, de pequena capacidade (a maioria na faixa de 15
MW a 20 MW), foram construídas e postas em operação. O rendimento térmico
nominal das primeiras unidades era apenas da ordem de 40%. Em virtude do
aumento da oferta de gás natural e da redução de seus preços, além dos avanços
tecnológicos alcançados, os ciclos combinados têm-se tornado uma alternativa
importante para a expansão da capacidade de geração de energia elétrica.
Figura: 3.2-1- Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte (BEN-2014, ano base 2013)
Região - 2014 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SE/CO % 40,28 34,61 36,26 38,77 37,42 36,33 34,36 30,26 25,30 18,68 16,01 19,36
SUL % 57,56 37,30 46,07 43,90 54,93 94,75 90,47 73,49 75,48 84,49 65,70 57,40
SECO/SUL % 42,47 35,10 36,97 39,19 37,38 41,44 39,32 34,89 29,25 25,68 19,79 22,72
NORTE % 60,75 80,92 86,10 90,21 92,97 91,64 84,87 64,73 42,70 32,85 28,05 33,36
NORDESTE % 42,62 42,13 41,54 43,62 40,80 36,56 32,30 27,25 21,93 15,70 13,03 17,73
N/NE % 46,32 50,84 51,42 53,90 52,73 49,22 43,98 36,80 27,61 20,42 46,40 21,20
REGIÃO - 2015 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SE/CO % 16,84 20,58 28,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
SUL % 59,41 51,11 39,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
SECO/SUL % 20,60 23,29 29,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
NORTE % 34,70 39,07 61,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
NORDESTE % 16,41 18,34 23,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
N/NE % 20,47 22,94 32,06 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Tabela 4.1-1 Capacidade dos Reservatórios por Área em 2014 e 2015
Fonte: ONS
na MP. Mas essa não é uma fonte inesgotável, e a Eletrobras terá que
conseguir recursos para dar prosseguimento às muitas obras que contratou.
Conforme exposto, o Brasil optou sabiamente por diversificar sua matriz elétrica para
flexibilizar a obtenção de energia elétrica necessária e fundamental para seu
desenvolvimento sustentado, e ter assim alternativas para fazer face a imprevistos
consequentes por longos períodos de estiagem, mas também para não sofrer as
consequências de alguma possível adversidade geopolítica que poderiam afetar o
suprimento de combustíveis fosseis.
É importante destacar que o pais passará por momentos de tensão até 2019 por
ocasião da renovação do contrato de fornecimento de GN por parte da Bolívia,
embora este fato esteja mitigado com as três Unidades de Recebimento de GNL do
Rio de Janeiro-RJ, Pecem-CE e Bahia de Todos os Santos-BA.
O consumo de gás para geração de energia elétrica quadruplicou entre 2011 e 2014,
enquanto que o consumo nos outros setores (industrial, residencial e transporte) tem
estado praticamente estagnado, fruto da falta de políticas setoriais para o gás e de
preços pouco competitivos.
O Brasil precisa de gás natural, pois é o combustível que reúne qualidades que não
se encontram em outros energéticos: é mais limpo que o carvão e o petróleo; é
versátil, podendo ser consumido em todos os segmentos (residencial, industrial,
transportes, geração de eletricidade); é um combustível imprescindível para a
qualidade dos produtos industriais; e não é intermitente, como o vento ou a energia
solar. Além de reservas pouco mapeadas de gás convencional, o Brasil tem
enormes reservas de gás de folhelho, ocupando a décima posição mundial, segundo
estudo do Departamento de Energia dos EUA.
Uma série de entraves institucionais, fiscais e regulatórios colocam em evidência a
fragilidade e a dependência energética crescente do Brasil:
Os preços de gás no Brasil são dos mais altos no mundo – isso apesar de 65% do
gás nacional ser associado e, portanto, com custo de produção baixo, já embutido
no custo de produção de petróleo. Em dezembro de 2013 o preço ao consumidor
industrial era quase três vezes o preço nos EUA e de 10 a 37% mais caro do que
nos países europeus. O preço ao consumidor residencial chega a 450% do preço
residencial nos EUA e é 26% mais caro que no Reino Unido. Preços altos e
56
Revisão pela ANP e Ministério de Minas e Energia das regras de licitação visando
oferecer incentivos ao investimento na exploração de gás natural: redução ou
abolição dos bônus de assinatura e participação especial, abrandamento dos
requerimentos de conteúdo local, concessão de incentivos fiscais para produção de
gás natural, redução/isenção dos royalties, concessão de financiamento em termos
favoráveis para construção de infraestrutura de escoamento de gás.
A ANP deve organizar leilões periódicos de compra de gás produzido por empresas
independentes e parceiros da Petrobrás, com acesso garantido à infraestrutura de
transporte e transferência de gás, com remuneração do uso da infraestrutura
definida pela ANP.
6- Referências Bibliográficas
ABRACE – Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres;
Conceitos e definições do setor de gás natural. Disponível em < http://www.abrace.org.br > Acesso em maio-
2015.
ALMEIDA E., - Energia e Desenvolvimento: em Busca do Elo Perdido – Grupo de Economia da Energia –
Blog Infopetro- Disponível em https://infopetro.wordexpress.com/os-autores > baixado em março-2015.
ALMEIDA J. R. U. C., et al. - Estocagem de Gas Natural como Beneficio Econômico para o Despacho
Hidrotérmico do Sistema Interligado Nacional: Uma Abordagem Conceitual – Trabalho apresentado no Rio
Oil & Gas – 2014. Disponível em < www.riooilgas.com.br > Identificação do trabalho IBP1814-14, baixado em
janeiro de 2015.
AMUSUH – Associação Nacional dos Munícipios Sedes de Usinas Hidroelétricas – Reservatórios do Sudeste
estão no nível mais baixo desde 2001. Disponível em http://www.amusuh.org.br Acesso em maio -2015
APPI, C.J., IYOMASA, W. S., GORAIEB, C. L. Estocagem subterrânea de gás natural: tecnologia
para suporte ao crescimento do setor de gás natural no Brasil. 1ª ed. São Paulo: Páginas e
Letras Editora Ltda., 2005. 226 p.
BP – British Petroleum - Statistical Review of World Energy 2011. Reino Unido: BP, 2011.
CECCHI, José Cesário. Indústria Brasileira de gás natural: regulação atual e desafios. Rio de Janeiro: ANP,
2001.
CHANDRA, V. – Fundamentals of Natural Gas: An International Perspective – Penn Well Corportion, Tulsa,
Oklahoma, USA, 2006, 202 p.
COLOMER M., - Estocagem de Gas Natural no Brasil como Solução para o Conflito entre a Industria de
Gás e o Setor Elétrico – Grupo de Economia da Energia – Blog Infopetro – Disponível em <
https://infopetro.wordpress.com/os-autores > baixado em Março de 2015.
COLOMER M., - O Setor Elétrico e as Indefinições da Política de Gas Natural no Brasil, Grupo Economia da
Energia – Blog Infopetro – Disponível em < https://infopetro.wordpress.com/os-autores/ >, baixado em abril-2015.
COLOMER M., - Os Impactos da Queda do Preço do Petróleo no Mercado de Gas Natural, Grupo Economia da
Energia – Blog Infopetro – Disponível em < https://infopetro.wordexpress.com/os-autores/ > baixado em março
de 2015.
COLOMER M., - Uma Agenda para o Gás Natural no Novo Governo – Grupo de Economia da Energia – Blog
Infopetro – Disponível em < https://infopetro.wordexpress.com/os-autores > baixado em abril-2015.
EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Plano Nacional de Energia 2030. Rio de Janeiro, EPE: 2007 –
Disponível em < http://www.epe.gov.br > Baixado em Fev-2015.
EPE – Empresa de Pesquisa Energética – MME – BEN – Balanço Energético Nacional – 2014 – Disponível em
< http://www.epe.gov.br >, baixado em abril-2015.
EPE – Empresa de Pesquisa Energética - MME - Anuário Estatístico de Energia Elétrica - 2014 – Disponível
em < www.epe.gov.br/Estudos >, baixado em abril-2015.
FIOREZE, M.; HEDLUND, K. F. Soares; GRAEPIN, C.; SILVA, T. C. Nova; AZEVEDO, F.C. Gomes; KEMERICH
P. D. da Cunha - Gas Natural: Potencialidade de Utilização no Brasil – UFSM/CESNORS – abril – 2013.
61
IEA – International Energy Agency – World Energy Outlook – 2014 – Published by OECD/IEA in 2.014 – Paris –
France, 2014, 726 p.
GOMES, M. J., Estudo do Mercado Brasileiro de Gas Natural Contextualizado ao Shale Gas, Trabalho de
Diplomação em Engenharia Química, apresentado na Escola de Engenharia da UFRGS – Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, em dezembro de 2011. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/38375/000823873.pdf?sequence=1 ,baixado em dez-2014.
LAMUCCI S., - Gás de Xisto Estimula Economia dos EUA e pode Derrubar Preço do Petróleo – Valor Econômico
01-07-2013, - Disponível em < https://www.outrapolitica.wordexpress.com/gas-de-xisto >, baixado em janeiro-
2015.
LOM W. L. – Liquefied Natural Gas – Applied Science Publishers Ltd – London – UK, 1974, 178 p.
LOURENÇO, S.R.; Uma contribuição para a inserção do gás natural como alternativa viável na matriz
energética nacional. 2006. Tese (Pós-Graduação em engenharia química) – Faculdade de Engenharia
Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.
MEDICE, M. – The Natural Gas Industry – A review of World Resources and Industrial Applications – Published
by Newnes – Butterworths an imprint of the Butterworths Group. – London-UK, 1974, 356 p.
MELO Filho, M., A história do gás natural: do Rio de Janeiro para o Brasil. Rio de Janeiro, 2005.
ROCHA, D. de Q. et. al. Analise da Estrutura de Formação de Preços no Mercado de Gás Natural. TCC
apresentado na Escola Politécnica da UFRJ em agosto-2003.
SANTOS, E. M. dos; FAGÁ, M. T. W.; BARUFI, C. B.; POULALLION, P. L. Gás natural: a construção de uma
nova civilização. Estudos Avançados, São Paulo; v. 21, n. 59, p. 67-90, 2007.
SANTOS et. al. Gás natural: estratégias para uma energia nova no Brasil. São Paulo: Annabume, Fapesp,
Petrobrás,2002.
STRAIT, R. e NAGVEKAR M. – Carbon dioxide capture and storage in the nitrogen and syngas industries
– KBR Technology – Disponível em <www.kbr.com >, baixado em maio-2015.
TANCREDI, D et al. – Por que o Brasil está trocando as hidroelétricas e seus reservatórios por energia
mais cara e poluente? Núcleo de Estudos e Pesquisas do Senado – Disponível em <www.anacebrasil.org.br>,
baixado em maio-2015.
TAVARES M., Os Desafios do Mercado Brasileiro de Gas Natural – Revista Interesse Nacional – Ano 6 –
Número 22, julho-setembro 2013, disponível em < http://interessenacional.uol.com.br/site/wp-
content/uploads/2013/07/revista-interessenacional-Edicao-22.pdf > baixado em setembro de 2014.
TUSIANI, Michael D. and SHEARER G. – LNG A Nontechnical Guide – 2.007 – PennWell Corporation – Tulsa,
Oklahoma, USA, 2007, 436 p.
ABRACE, ABEGAS & CNI – Visões do Gas – Uma Contribuição para o Futuro do Brasil – Disponível em: <
www.visoesdogas.com.br > baixado em dezembro de 2014.
62